Bonança
Rita Chantre
Rita Chantre

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Precisa de boas ideias antes que seja segunda-feira outra vez? Sugerimos nove coisas para fazer no fim-de-semana.

Mauro Gonçalves
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Temos um novo fim-de-semana à porta, razão mais do que suficiente para passar a agenda da cidade a pente fino e rechear os próximos dias com tudo do bom e do melhor. Depois do mau tempo ter estragado os planos aos cerca de 500 gaiteiros que se preparavam para descer a Avenida da Liberdade, parece que finalmente o desfile em honra de São Patrício vai acontecer no sábado. Nos Jardins do Bombarda, inaugura uma nova sala de espectáculos, a Sala Estúdio Valentim de Barros. Não deixe de dar uma oportunidade aos novos restaurantes, às peças de teatro acabadas de estrear ou aos concertos que vão dar música à cidade. Ah e atenção ao relógio, porque a hora vai mudar na madrugada de domingo.

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Sexta-feira

  • Arte
  • Marvila

A Galeria Underdogs acolhe a exposição JR: Through My Window do francês JR. Com 36 litografias dos seus projectos mais emblemáticos, o artista conta-nos sobre as curiosas histórias por detrás das suas obras através de um conjunto de códigos QR que dão acesso à sua visão. A voz é a do próprio.

  • Belém

Na Doca de Belém, na mais antiga associação náutica da Península Ibérica, abriu o Bonança, imponente e bonito, depois de um grande investimento de diferentes sócios, nem todos ligados à restauração, que viram ali a oportunidade de criar um “espaço de alegria” e de “trazer mais vida à beira-rio”. O majestoso mural que abraça a sala da entrada, pintado em 1940 e que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X em 1514, agora recuperado, serve de mote. É a viagem de Vasco da Gama à Índia que é celebrada na cozinha, embora de forma subtil. No piso em cima, além de vista para o mural – o pé direito tem cerca de dez metros e ao todo há 150 lugares (sem contar com a esplanada que já existe, mas ainda não está a funcionar), há vista para o rio. Na cozinha, o peixe e o marisco estão na base de tudo, com algumas influências do mundo. Veja-se a barriga de atum rabilho com ponzu e wasabi (28€) ou o carpacio de camarão vermelho com ovas de truta e vinagrete de yuzu kosho (28€), mas são os arrozes como o de carabineiro com limão e harissa (59€/duas pessoas) que são a grande aposta. À noite, aos fins-de-semana, há ainda espaço para dançar. 

+ “Um espaço de alegria.” Em Belém, junto ao rio, o Bonança é um restaurante imponente

Sábado

  • São Sebastião

Estávamos em 2017 quando o casal Hanna e Misha Lytvynenko abriam em Santos, numa zona onde pouco acontecia, o Heim com uma carta de brunch para todo o dia. Em pouco tempo, o café rapidamente se revelou pequeno para a grande procura e ao Heim seguir-se-iam novos negócios e conceitos na cidade. Oito anos depois, esse mesmo Heim está fechado para obras e um novo nasceu, bem pertinho do Parque Eduardo VII. Continua a não ser muito grande, mas tem uma nova imagem, mais actualizada. Junto à Rua Castilho, é luminoso e acolhedor. A tosta de abacate (11€) leva pimentos grelhados, queijo feta, quinoa crispy e folhas verdes. Há uma opção que junta ovo escalfado, húmmus de pimentos, cogumelos grelhados com cebola e abacate esmagado (13€) ou uma outra que combina ovos mexidos com molho verde, abacate, salmão, tomate, folhas verdes e pão (14,50€). Os mais gulosos não resistirão ao hambúrguer com bacon, ovo, tomate abacate e maionese de sriracha em pão brioche (13€). E nos doces, além das habituais panquecas (10€), com creme de caramelo ou de café e cereja, há a novidade de um crème brûlée em brioche com um molho de laranja (10€).

+ O brunch do Heim ganhou uma segunda casa, agora junto ao Parque Eduardo VII

  • Lisboa

A sala de espectáculos, inaugurada a 27 de Março, ocupa um antigo telheiro do Hospital Psiquiátrico Miguel Bombarda, inserindo-se nos Jardins do Bombarda, dinamizados pela cooperativa LARGO Residências. Nomeada de Valentim de Barros, procura homenagear o bailarino, que esteve grande parte da sua vida internado neste hospital. O espaço é composto por uma black box, que inclui uma bancada retráctil com capacidade para 100 pessoas, e um estúdio no piso superior. Até ao final de 2025, a Sala Estúdio acolhe programação exclusiva do Teatro Nacional D. Maria II e, no futuro, espera-se que venha a ser um espaço polivalente, para receber concertos, peças, encontros ou conferências.

O programa de abertura inclui um conjunto de eventos ao longo do fim-de-semana. No sábado, há concerto de Rezmorah às 21.00 e DJ set de Saya às 22.00.

+ “Mais acessível e democrático”. É o que espera ser a nova Sala Estúdio Valentim de Barros

Domingo

  • Alfama
  • preço 3 de 4

Depois da francesinha, o leitão. Até este domingo, no seu Zunzum, Marlene Vieira dedica um menu ao leitão, com sugestões que vão das mais tradicionais como o croquete de leitão com chutney de laranja (8€/dois) e o escabeche de leitão e chips (12€) às mais fora da caixa como o ramen de leitão (18€) ou a porchetta de leitão com salada de folhas e laranja (21€). Já no dia 29, sábado, o Rei dos Leitões desce a Lisboa, vindo da Mealhada, para servir algumas das suas especialidades, nomeadamente o rissol de leitão, o leitão assado e a cabidela.

  • Filmes
  • Areeiro/Alameda

O CinePop leva, sem preconceitos, filmes de culto à tela do Fórum Lisboa, antigo Cinema Roma. Ou filmes que apenas ganharam o amor incondicional do público. Uma ideia do realizador e argumentista Tiago P. de Carvalho que acontece algumas vezes por ano, ao domingo. Entre Março e Abril, a programação é heterogénea e vai de David Lynch a Monty Python, passando por O Tubarão ou Jumanji. Este domingo, veja ou reveja Cidade de Deus.

+ O melhor do cinema alternativo em Lisboa

Mais que fazer em Lisboa

  • Museus

Edifícios relativamente novos, com linhas que são uma perdição para a fotografia, ou clássicos da cidade que são autênticas viagens no tempo. Deixamo-lo com uma visita guiada aos melhores museus da cidade, dando-lhe razões para descobrir ou redescobrir endereços obrigatórios e ideias para explorar colecções surpreendentes e que, por vezes, passam despercebidas. Paralelamente, há uma agenda concorrida de actividades, cursos, conferências, visitas orientadas, oficinas, festivais e concertos – alguns pagos, outros gratuitos – lado a lado com exposições temporárias. Conheça estes de Lisboa e arredores que não dispensam uma visita.

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  • Compras

Porque não queremos que perca o fio à meada na hora de renovar o armário ou de repensar a decoração da sala, damos-lhe um lamiré das aberturas dos últimos meses. Há lojas que ajudam a revitalizar bairros, enquanto outras reforçam a tese de que o que é nacional é bom. Mesmo para aqueles que se preocupam com a sustentabilidade, há sítios à espera de visita. As lojas abriram e nós registámos. Agora é só definir o orçamento e fazer a lista de compras, ou simplesmente deixar-se levar por este roteiro de novas lojas em Lisboa.

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Ir ao café é um hábito bem português, ainda que ao longo dos anos os cafés se tenham transformado: acompanharam os tempos, vestiram outras modas e até ritmos de além-fronteiras. Seja para tomar o pequeno-almoço – e não falta em muitos deles uma boa amostra de pastelaria –, lanchar com a família, fazer uma refeição ligeira, trabalhar, encontrar amigos ou mostrar tudo isto nas redes sociais, corremos os bairros e encontrámos 20 cafés em Lisboa onde gostará de se sentar. Há clássicos que nos acompanham desde sempre, mas também novos que abraçam as tendências e a contemporaneidade.

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