Wanderlust

Tudo o que vai mexer com a cidade em 2018

Embarcámos nas próximas 52 semanas, onde todos os caminhos vão dar a Lisboa e ao que a cidade tem para nos dar.

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Se googlar “Lisboa 2018”, não é difícil perceber que o destino continuará a navegar de vento em popa. Mantém-se um palco seguro para conferências, palestras e encontros internacionais em capítulos tão distintos como a auto-imunidade, os radicais livres, a kizomba, ou a indústria do luxo e da moda (fique desde já a saber que Abril é mês de receber a Condé Nast International Conference, com mais de 500 participantes).

A cidade anuncia-se mais uma vez como uma proposta “cheap” (ainda baratinha) para turistas. Pode não aparecer de forma tão insistente nas listas dos “50 melhores destinos” mas nenhum amigo forasteiro duvidará de si se se referir à capital portuguesa como uns dos hot spots do momento (assim mesmo, à inglesa). Não é por acaso que “Avoid Winter Blues” (ou depressõeszinhas de Inverno) e Lisboa aparecem lado a lado no mesmo anúncio online.

Mas o grande destaque que o motor de busca partilhará consigo chama-se Eurovisão. Depois de anos na penúria, o fenómeno Salvador Sobral injectou vários decibéis de conforto e fé renovada na alma lusitana.

Agora é esperar pelo bis na grande final do festival, que acontecerá na Altice Arena, a 12 de Maio. A avaliar pela corrida aos bilhetes, esperam-se uns próximos meses focados no evento que reunirá mais de 40 participantes e que mobilizará cerca de 30 mil pessoas.

Entretanto, não estranhe se alguma desta população flutuante chegar literalmente a flutuar. É aqui que entra outra tendência na cidade em 2018. O novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia foi inaugurado em Novembro passado e são esperados cerca de 600 mil passageiros durante este ano, segundo a Divisão de Turismo Marítimo. Vamos ficar a ver navios, sim, a chegar e a partir, e previsivelmente o turismo continuará a ser um tema fracturante.

Se é para fugir a sete pés, vá treinando para a Maratona de Lisboa. O acontecimento não é novidade mas atenção runners, e simples caminhantes: este ano a prova realiza-se no mês de Outubro, com partida em Cascais, no Passeio D. Luís I. A rota contempla passagem pela linha costeira para uma chegada à meta na Praça do Comércio, já em Lisboa. O dorsal é um detalhe-chave no equipamento, mas se quiser inovar com um toque especial no figurino, não se acanhe. Tudo porque no mês anterior, Setembro, a Comic Con Portugal instala-se em Lisboa. À quinta edição anual dedicada à cultura popular, o certame abandona a Exponor em Matosinhos, onde se manteve desde o começo, antecipa-se ao tradicional mês de Dezembro, e ocupará cinco locais diferentes, ainda a anunciar.

Lembremos também os reincidentes. Em 2018, o Rock in Rio está de regresso à Belavista, agora mais ambientado ao mês de Junho; a Web Summit volta a acampar no Parque das Nações no começo de Novembro. O Wanderlust, o maior triatlo mindful do mundo, repete a dose em Outubro.

Antes disso, a cidade segue a sua marcha costumeira de eventos dentro e fora de portas. A Programação em Espaço Público da EGEAC será retomada em Abril, com uma nova edição do Abril em Lisboa. Segue-se mais uma edição do FIMI – Festival Internacional da Máscara Ibérica, em Maio, e as Festas de Lisboa, em Junho.

Em Março, dance ao som do Lisbon Dance Festival, para se ir ambientando para a festa.

Preparado para 2018?

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O título podia ser uma frase de um rap. Mas não é. São os espectáculos que não pode perder em 2018. Do Teatro Nacional D. Maria II ao Teatro Meridional, este ano parece ser ano de boa colheita.  Há quem pratique a ideia de um espectáculo por mês. O que já não é nada mau. Mas nós por aqui – assumindo-nos, obviamente, como suspeitos – achamos pouco. Tente superar esse objectivo, até porque há meses com uma porrada de bons espectáculos. Bom 2018.  Comecemos por onde sempre se começa: Janeiro. De 11 a 28, no São Luiz Teatro Municipal, os Arena Ensemble – com encenação de Marco Martins e um elenco onde cabem Nuno Lopes, Rita Cabaço, Bruno Nogueira – estreiam Actores, peça que deambula sobre o processo de criação de um actor. Já no Teatro Nacional D. Maria II, o grande destaque do mês é O Grande dia da Batalha, um acolhimento aos Artistas Unidos, num espectáculo com adaptação e encenação de Jorge Silva Melo sobre o Albergue Nocturno, de Gorki.  Depois, de 19 de Janeiro a 4 de Março, há um dos grandes destaques de programação do ano: o Ciclo Tânia Carvalho. Uma união de forças do Maria Matos, do São Luiz e da Companhia Nacional de Bailado, que vão receber uma retrospectiva dos 20 anos de carreira de uma das maiores coreógrafas portuguesas, com vários espectáculos e iniciativas.  Em Fevereiro, no CCB, temos um regresso à Grécia Antiga. Bom, mais ou menos. Com direcção de Tónan Quito, música dos Dead Combo e interpretação de Tónan Quito, Cláudia Gaiolas, Francisco Camacho, Isabel
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