Televisão, Série, Comédia, Ai a Minha Vida
©DRAi a Minha Vida
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‘Ai a Minha Vida’ é um deserto de humor

É mais fácil Nossa Senhora voltar a aparecer em Fátima do que ‘Ai a Minha Vida’ provocar uma gargalhada.

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★☆☆☆☆

Aqui há uns anos, a RTP passou uma série de comédia, Santos da Casa, gravada ao vivo em vários teatros do país. Nicolau Breyner interpretava o patriarca de uma família cujos membros se metiam em confusões várias e que tinha uma empregada africana, e a seguir uma ucraniana. Foram os brasileiros que conceberam este formato e o baptizaram “teatro besteirol”. Um dos seus maiores, mais populares e duradouros exemplos é Sai de Baixo, repetido regularmente no canal Globo. Ai a Minha Vida (TVI, Sáb 19.25) vai na senda de Santos da Casa no estilo “besteirol” à portuguesa.

Mas onde esta conseguia, embora intermitentemente, ter alguma graça, Ai a Minha Vida não dá uma para a caixa do riso, pese embora os esforços do seu respeitável elenco, liderado por Carlos Cunha, que faz um recém-reformado rodeado de familiares chupistas, pirosos ou apalermados, mais uma empregada russa (Patrícia Tavares com um sotaque capaz de lançar um míssil de um silo em Omsk). As personagens são gatafunhos de caricaturas, os actores mexem-se e falam ainda com mais exagero do que se estivessem num quadro de revista do Parque Mayer, e é mais fácil Nossa Senhora voltar a aparecer em Fátima do que aqueles textos provocarem uma gargalhada. Ver um prego enferrujar tem mais graça que Ai a Minha Vida.

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