Televisão, Séries, Policial, O Jovem Montalbano
©DRO Jovem Montalbano
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As origens sicilianas de ‘O Jovem Montalbano’

Não são só os americanos que fazem prequelas. Os europeus também as fazem, e até melhor, a julgar por ‘O Jovem Montalbano’.

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★★★★☆

As origin stories e as prequelas não são exclusivas das séries americanas. As europeias também as sabem fazer, e pelo exemplo de O Jovem Montalbano (RTP 2. Sáb e Dom, 17.45), bem melhor que as americanas – vejam-se as execráveis Perry Mason ou Ratched. Perante o colossal sucesso de O Comissário Montalbano, baseada nos livros policiais de Andrea Camilleri (já vai na 14.ª temporada), com Luca Zingaretti no papel principal, a RAI decidiu fazer, em 2012 e 2015, duas temporadas de O Jovem Montalbano, para contar a história dos primeiros tempos de Salvo Montalbano, primeiro como comissário-adjunto, e depois já promovido a comissário, em Vigata, na sua Sicília natal.

Michele Riondino foi escolhido para interpretar Montalbano em jovem, e embora tenha muito mais cabelo que Zingaretti, é perfeitamente convincente, evocando-o subtilmente em vez de o imitar e captando muito bem o feitio e as idiossincrasias da personagem, as pessoais como as profissionais. Os enredos têm a mesma qualidade de escrita e o interesse absorvente dos da série original, e o resto é feito pela Sicília. As suas paisagens e comida (o jovem Montalbano já era um bom garfo, claro), a cultura social e os tipos humanos. Mas também os atavismos, as rivalidades velhas de gerações e os ódios espessos.

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