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‘Julia’, uma série cozinhada no ponto

Sarah Lancashire faz esquecer Meryl Streep como Julia Child. Esse é o maior elogio possível a esta série da HBO Max.

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★★★★☆

A primeira vez que Julia Child cozinhou foi durante a II Guerra Mundial, quando trabalhava na OSS, a antecessora da CIA, e concebeu, com vários ingredientes, um repelente para os tubarões que faziam detonar os explosivos destinados aos submarinos do Eixo. A história não aparece em Julia (HBO Max), mas não importa. Esta série deliciosamente “à antiga” conta o suficiente para que percebamos a determinação e o mérito que Julia Child teve ao mudar, nos anos 60, os hábitos culinários dos americanos, apresentar-lhes a rica e sofisticada cozinha francesa, ser a pioneira dos programas do género na TV e mostrar que as mulheres também se podiam realizar e ser criativas na cozinha, num tempo em que lhes era difícil serem ouvidas e levadas a sério. Julia destaca ainda a importância do seu pequeno grupo de amigas e da sua produtora, e a forte e afectuosa relação de apoio mútuo que tinha com o marido, Paul, que cedo percebeu que, como pintor e fotógrafo, não tinha o talento da mulher com a comida. O maior elogio que podemos fazer à colorida interpretação de Sarah Lancashire como Julia Child é que faz esquecer a de Meryl Streep no filme Julie & Julia, de Nora Ephron. A outra vedeta de Julia é a comida. Não veja a série se não estiver de estômago cheio, é o meu conselho.

Críticas de televisão

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