Televisão, Séries, Pátria, HBO
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‘Pátria’ é uma história de dor e violência

Em ‘Pátria’ (HBO), Aitor Gabilondo mostra-nos que apesar de tudo “a dor não tem lados”.

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★★★★☆

São duas famílias bascas, unidas por antigos e fortíssimos laços de amizade. A violência terrorista da ETA e a reacção repressiva do Estado espanhol vêm dividi-las, fazer com que voltem costas uma à outra e até obrigar uma delas a abandonar a cidade natal. Baseada no bestseller de Fernando Aramburu, Pátria (HBO) centra-se em duas mulheres, Bittori (Elena Irureta) e Miren (Ane Gabarain), que deixam de ser grandes amigas quando o marido da primeira, um empresário, é assassinado pela ETA, e o filho da segunda, que poderá ser o assassino, é preso.

Pátria, adaptada por Aitor Gabilondo, escolhe o ponto de vista das vítimas e das famílias dos presos para falar sobre um conflito que dividiu, ensanguentou e enlutou comunidades, lares, vizinhos, amigos. No livro, Aramburu desenha uma clara linha entre bem e mal. Gabilondo preferiu mostrar que “a dor não tem lados”. A ETA não é idealizada nem desculpabilizada, mas o sofrimento das famílias dos seus membros não é menorizado. Pátria é uma série álgida, duramente realista, mas sempre emocionada em surdina, onde é impossível que a nossa simpatia não vá para Bittori, que só quer a verdade sobre a morte do marido, e para a filha de Miren, Arantxa, que recusa que o fanatismo e a voz do sangue se sobreponham ao seu coração.

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