Guaka
Ricardo Lopes
Ricardo Lopes

Mi casa es su casa. Os novos restaurantes mexicanos em Lisboa

Pusemos as margaritas, os tacos e os molhos picantes em dia nos novos restaurantes mexicanos em Lisboa.

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Há muito que os restaurantes mexicanos existem na cidade, mas nos últimos tempos têm sido várias as novidades. Invadiram Lisboa com o seu calor latino e nós, claro, agradecemos. Apraz-nos a música animada, a decoração colorida, os tacos, os burritos, o guacamole, as margaritas, a tequila e até os picantes, mesmo que estes últimos sejam capazes de nos fazerem chorar. Estes novos restaurantes mexicanos em Lisboa são uma viagem ao México sem que sejam precisas malas e bagagens. Basta levar espaço no estômago e um sorriso na cara. 

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Novos restaurantes mexicanos

  • São Sebastião

Sandra Ruiz é a mais nova de quatro irmãs. Na Cidade do México, onde cresceu, eram as mais velhas, juntamente com as avós e com a mãe, que se ocupavam da cozinha. Sandra observava, cortava cebola e levantava a mesa “porque ninguém o queria fazer”, conta. Mal sabia ela, nessa altura, que anos mais tarde ainda se lembraria das receitas de família e que as usaria no seu restaurante. O Potzalia é, desde Janeiro, a presença mais colorida do pacato Multicentro, em Entrecampos. Lá, serve-se comida típica mexicana, sem adaptações de outras partes do mundo, certifica a responsável. “A comida mexicana não é gourmet”, garante. E, por isso, o Potzalia “não é moda, é comida”. Comida de casa. Para comer não falta o pozole (10€), um caldo de milho típico, e outras relíquias mexicanas, como a quesadilla (4€), os tacos (três por 8€, cinco por 11€) e os burritos (8€) que chegam com vários recheios, os mesmos para ambos. Tudo acompanhado por molhos feitos na casa. Para sobremesa, o guava flan, um pudim com queijo e especiarias, e o tres leches são os favoritos (ambos 2,50€). Regue com as tradicionais horchata ou jamaica, sem álcool, (1,50€ o copo, 6€ o litro), ou com as margaritas (4,50€). 

  • Mexicano
  • Cais do Sodré

No Verão, uma fugitiva, em Março, uma mal-amada. A cinco minutos a pé do La Fugitiva, Marbelly e Ulises Prado e o chef mexicano Gabriel Rivera abriram o La Malquerida, com comida típica das ruas mexicanas. Aqui, o ambiente é ainda mais descontraído. “É para as pessoas entrarem, comerem e irem embora”, diz a proprietária. Apesar disso, “as pessoas acabam por ficar”. O preço é também mais reduzido nesta taqueria e a atmosfera ainda mais animada, com música na coluna e DJ às quintas-feiras. No menu criado por Gabriel, e que Marbelly alerta que é para ser comido com as mãos, as estrelas são os tacos de pastor (2€), com a opção de adicionar queijo (2,5€). Tacos que devem ser temperados com um dos molhos à disposição, divididos por nível de picante. Além dos tacos, há uma torta de pastor (3€ sem queijo/3,5€ com queijo), uma sandes com o mesmo recheio dos tacos; a suculenta gringa (4€) que leva duas tortilhas, queijo e tudo o que um taco de pastor tem direito; e as tradicionais quesadillas (3€). Existe ainda um menu composto por três tacos e uma coronita (7,50€). Para os tacos e para as tortas existe uma opção sem carne, com cogumelos, pelo mesmo preço. Já na carta das bebidas, vai encontrar, claro, margaritas (7€), a mesma receita de sucesso de La Fugitiva, mas geladas, com picante e tamarindo; e ainda corona (3,50€) ou coronita (2€, um tamanho mais pequeno). 

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  • Mexicano
  • Cais do Sodré

A música é alta e animada e as paredes estão pintadas com desenhos de campos de milho e pessoas em trajes coloridos. Nas mesas da esplanada ou do interior, estão nachos, tacos e margueritas. O La Fugitiva, aberto desde o Verão passado na movimentada Rua de São Paulo, no Cais do Sodré, quer ser uma viagem ao México, sem que sejam precisas malas e bagagens. É Marbelly Prado, que em conjunto com o irmão Ulises e com o chef e amigo mexicano Gabriel Rivera, nos dá a conhecer um pouco deste calor latino. Marbelly é costa-riquenha e adora Portugal, mas não esconde a preferência pela gastronomia mexicana. Atreve-se até a afirmar que no La Fugitiva não se come tex-mex (fusão da cozinha mexicana e norte-americana). No menu, brilham os tacos (9€-14€) e a eles juntam-se as tortas, as saladas e também as sopas, com destaque para a de tortilha (4,50€). Antes, para abrir o apetite, vão bem os clássicos nachos (11€). E durante, como não podia deixar de ser num mexicano, aconselham-se os coktails típicos, com destaque para as margueritas (7€-10€). 

  • Chiado/Cais do Sodré

O cronómetro na sala do restaurante dita a experiência. Começa nos 45 minutos e vai descendo. Quase sem darmos por ela, a música fica mais alta, uma contagem decrescente começa em uníssono (5, 4, 3…) e a equipa que serve às mesas surge de sombreros postos num grande alarido – ao mesmo tempo, toca nas colunas a icónica canção de “Jarabe Tapatío”, também conhecida como a dança mexicana do chapéu. De um lado e do outro, distribuem-se shots de tequila. Bem-vindos ao Guaka, o restaurante mexicano que abriu na Praça das Flores, depois de ter feito sucesso em Faro e no Porto. A ideia não é embebedar ninguém, até porque a tequila não é servida pura, serve apenas para criar um ambiente de festa, livre, leve e solto. Para se beber também são as margaritas, que chegam a todas as mesas. Há a clássica (4,80€), mas são as frozen (de lima, morango, ananás, maracujá ou manga), feitas na hora, que mais saída têm. Podem ser pedidas em tamanho pequeno (4,80€) ou grande (7,50€). Para os mais arrojados, aconselha-se a bulldog margarita (8,20€) com uma coronita a completar o copo. Já para comer, há muito por onde escolher. À mesa, recomendam que se comece por um guacamole tradicional (7,30€) ou pelo especial totopos (8,30€), no qual os nachos estão mergulhados em guacamole, nata ácida, queijo cheddar cremoso, picle de cebola roxa, jalapeños e coentros. Mas não faltam as quesadillas (10,10€-10,80€) ou os tacos, como o de carnitas (9,70€) ou o de camarão (13,70€). Há ainda duas opções de fajitas, de frango (10,80€) ou de carne assada (13,70€), e pratos especiais como o chili com carne (13,60€) ou uns huevos rancheros (10,50€). 

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  • Chiado

Música, arte, copos e boa comida. Os filhos do 100 Maneiras – Manuel Maldonado, chef executivo do grupo e que está habitualmente na cozinha do estrelado 100 Maneiras; Miguel Santos, director de operações; Luis Ortiz, chef de cozinha; e João Sancheira, chefe de bar – abriram em Dezembro o Carnal, um gastrobar mexicano cheio de atitude, no espaço do antigo bar Double 9, do 9Hotel Mercy. “A ideia inicial era muito simples, uma taqueria, mas de repente já estávamos num gastrobar porque não conseguimos fazer nada simples”, brinca Miguel Santos, defendendo que é a presença de Luis Ortiz que faz a diferença. Pouco adianta a experiência se a comida não for boa. E aí não há dúvidas: “É aquela pessoa que está na cozinha que é o nosso ponto alto”. “O problema da comida mexicana em Portugal, ou da japonesa ou da francesa, é que tentamos fazer esse tipo de comidas com os nossos produtos e isso não é possível.” Aqui, Ortiz prepara pratos clássicos que se esperam num mexicano e outros que “não têm nada a ver com o tradicional”. E há receitas de família, como o Flan de la abuela, que o chef acredita que darão nome ao Carnal. Mas antes disso, há várias formas de se aventurar, começando devagarinho pelo guacamole con chicharrón o totopos y chileajo (6€) e passando para as quesadillas (4,5€-5€). Os tacos (6€-10€) são uma aposta forte, e são servidos mesmo depois de a cozinha fechar, até às 02.00. Para acompanhar, como seria de esperar na família 100 Maneiras, há bons cocktails.

Comidas do mundo em Lisboa

  • Italiano

A viagem é longa. Do norte ao sul, de costa a costa, Roma, Nápoles, Milão, Génova, a gastronomia italiana em Lisboa chega de todos os pontos, mas para lhe chegar não precisa de aviões. E desengane-se quem pensa que Itália é só sinónimo de pizza. Pastas, risotos, polentas, ossobucos, lasanhas, tudo tem espaço nas cartas, sem esquecer as burratas, focaccias e os preceitos associados. A massa de fermentação lenta, pasta fresca, ou sobremesas como tiramisù e pannacotta. Nos últimos anos há cada vez mais – e melhores – espaços que nos trazem o melhor da cozinha do país em forma de bota e nós agradecemos. A lista abaixo dá-lhe alguns dos melhores sítios da cidade para treinar o sotaque italiano enquanto gesticula de prazer a cada garfada. São os melhores restaurantes italianos em Lisboa. Mamma Mia!

  • Japonês

A cozinha japonesa apareceu em Lisboa nos anos 1980 mas só nos anos 2000 atingiu o seu boom. Nos últimos anos a oferta de restaurantes tem crescido por toda a cidade, em parte por culpa dos buffets de sushi que democratizaram a relação dos portugueses com estas pecinhas de arroz e peixe cru. Nem tudo o que abriu, porém, tem a qualidade de matéria-prima desejada ou mãos que a saibam tratar como merece. E desengane-se se pensa que comida japonesa é só sushi. Na lista que se segue provamos-lhe que há muito mais a descobrir. São os melhores restaurantes japoneses em Lisboa.

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  • Pizza

É um assunto sensível, sobretudo numa cidade onde há cada vez mais restaurantes de pizzas de qualidade. E a verdade é que uma pizza é capaz de ser o prato mais consensual e com mais adeptos um pouco por todo o mundo. Mas a escolha teve de ser feita. Escrutinámos uma lista de dezenas de pizzarias, pensámos nas melhores pizzas trincadas nos últimos anos e chegámos a um veredicto final. Estas são as melhores pizzarias em Lisboa: redondas, quadradas, rectangulares, à fatia – ou às fatias, dependendo da vontade –, a escolha é sua. Tudo o que tem de fazer é dar uma olhada pela lista que se segue.

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