Blitz
Arlei Lima
Arlei Lima

As pizzarias em Lisboa que vai querer conhecer

Napolitanas ou romanas, com sabores italianos ou portugueses, estas são as pizzarias em Lisboa a não perder.

Cláudia Lima Carvalho
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É um assunto sensível, sobretudo numa cidade onde há cada vez mais restaurantes de pizzas de qualidade. E a verdade é que uma pizza é capaz de ser o prato mais consensual e com mais adeptos um pouco por todo o mundo. Mas a escolha teve de ser feita. Escrutinámos uma lista de dezenas de pizzarias, pensámos nas melhores pizzas trincadas nos últimos tempos e chegámos a um veredicto final. Estas são as pizzarias em Lisboa que vai querer conhecer. Tudo o que tem de fazer é dar uma olhada pela lista que se segue e decidir onde vai marcar mesa (ou guardar lugar na fila).

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As pizzarias em Lisboa que vai querer conhecer

  • Grande Lisboa

As pizzas são o grande chamariz, mas a boa onda do espaço é inegável. Assim que abrem portas, na avenida junto à praia, a esplanada compõe-se, mesmo nos dias frios, numa mistura de portugueses e estrangeiros que tão bem caracteriza a Costa da Caparica hoje. A Blitz é, na verdade, o melhor retrato da mudança na zona. Depois de ter começado a fazer pizzas para os amigos e de ter tido uma food truck na Hungria, em Portugal David Liptay foi desafiado a voltar a pôr as mãos na massa. O forno destaca-se, a carta é simples. Há cinco pizzas com base de tomate e quatro com base de queijo. Nas foccacias, mais umas tantas opções. Conforme a inspiração, há sempre uma ou outra novidade.

  • São Vicente 

A zona está em estado de sítio devido às obras que tomaram conta de Santa Apolónia, mas a verdade é que o Casanova se mantém de pedra e cal num cais aonde chegou quando só o Lux existia – hoje, tem até o dobro do espaço. Ao fim de tantos anos, as pizzas mantêm-se também motivo de romaria. Hoje não parece nada de extraordinário, mas é sempre bom lembrar que em 2000 quando Maria Paola Porru abriu o Casanova, não era assim tão comum encontrar boas pizzas, de massa fina e estaladiça, feitas em forno de lenha – apesar da massificação, ainda não é.

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  • Lisboa

Ao fim da tarde, a esplanada fica composta em menos de nada e não tem sido diferente desde que abriram em Abril. Ajuda que o Rude, dos mesmos donos, dois números abaixo, se tenha estabelecido no bairro, mas não é só isso. Gonçalo Salgado sabia desde o início o que queria (e não queria) fazer. Para o Finória, trouxe o conhecimento de seis anos à frente do restaurante italiano Salti Vera Pizza, em Oeiras, entretanto fechado. Entre as pizzas que levam tomate na base e aquelas que levam mozzarella, há cerca de duas dezenas de opções, além de quatro calzones. Nas bestsellers estão a burratina, com tomate, mozzarella, burrata, parma e manjericão, a caserta, que ao tomate e à mozzarella junta speck, cebola e alho, e a pera e zola, com mozzarella, pêra e gorgonzola. É nas pizzas brancas que fica aquela que leva o nome da casa com mozzarella, asiago e porcini. 

  • Pizza
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Depois de ter sido eleita este ano como a 12.ª melhor pizzaria da Europa, o Forno D’Oro destacou-se a nível mundial, ocupando a 73.ª posição. Não há outro representante de Portugal. Regra geral, diríamos que seria de desconfiar de quem gosta de aportuguesar uma pizza. Mas no que toca ao Forno D’Oro – para interpretar de forma literal, já que o dito é revestido a folha de ouro – não há nada a temer. Tanka Sapkota, o dono soube o que fazia quando decidiu fazer os dois menus, Alma Lusitana e Espírito Itálico. No primeiro há sabores como alheira, agrião ou paio de porco, no segundo há os suspeitos do costume, como queijos e carnes frias. Quanto à massa, é napolitana. 

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  • Chiado/Cais do Sodré

São, provavelmente, as pizzas com a massa mais fina da cidade, o que as torna surpreendentemente leves. Escondida numa rua, perto da Praça das Flores, esta é uma pizzaria biológica, o que significa que aqui só se trabalha com fornecedores orgânicos, tanto portugueses como italianos. No menu, são várias as opções vegetarianas, vegans e também sem glúten, mas nada tema que também há uma diavola (15€) ou uma parma (17,50€). E não há nada que não seja feito em casa: do pesto aos fermentados, do creme balsâmico aos gelados nas sobremesas – com o bónus de os clientes poderem assistir à parte do processo das pizzas, alisadas, estendidas e postas no forno mesmo ali à vista.

  • Lisboa

Nos Anjos, a colorida Jezzus serve pizzas de fermentação natural, com cereais, farinhas e ingredientes locais. O resultado é uma pizza ligeira, fácil de digerir e com um toque português. A sugestão vai para a pizza à Bulhão Pato, inspirada no tradicional prato português de amêijoas; ou para a judas dos Açores, para os que são a favor do ananás na pizza. “Pizzarias já há muitas, queríamos fazer algo diferente”, diz Tiago Jesus, do grupo de restauração familiar Alfredo Jesus, que além desta pizzaria gere outros negócios na cidade, como a Leitaria Lisboa ou a marisqueira Verde Mar. Em breve, ganha uma segunda morada na Rua de Santa Marta.

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  • Pizza
  • Cais do Sodré
  • preço 2 de 4

Quando abriu em 2019 no Cais do Sodré, Duda Ferreira não foi tímido na apresentação. “Quero fazer a melhor pizza de Lisboa”, clamava. Quase cinco anos depois, o pizzaiolo conseguiu efectivamente tornar-se numa referência. O rebuliço na esquina da Rua de São Paulo dá disso conta. O segredo podem ser as combinações menos convencionais em pizzas de fermentação lenta e natural, mas também a escolha a dedo dos ingredientes – preconceitos à parte, o ananás vai muito bem com mozzarella, queijo do Viso, bacon, picles de cebila roxa e coentros (14€). Para comer ali, levar para o jardim ou pedir em casa.

  • Oeiras

Mesa farta a desta madrasta, ansiosa por dar provas de ser boa anfitriã. Da cozinha, saem clássicos de sempre, como os pastéis de massa tenra, o carpaccio de polvo e pico de gallo ou ovos rotos com presunto. Os pratos de massa (14€-22€) são feitos com a pasta fresca que já circula nas restantes cozinhas do grupo. Já as pizzas (10€-16€) têm o dedo de Luiz André Alvim, da Bike Bakery. Resulta de um processo de fermentação lenta que a deixa volumosa e arejada, porém crocante. O espaço é bem iluminado, aberto para o exterior. O edifício mantém a traça curvilínea dos anos 50, embora tenha sido totalmente remodelado. Há uma esplanada, a pensar nos longos dia de sol, e um terraço com bar, a puxar aos brindes ao pôr-do-sol.

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  • Princípe Real

Na carta, são as pizzas que se destacam, mas mesmo assim Jorge Marques, dono também do Faz Frio, é relutante em chamar pizzaria à casa. Não por ter dúvidas na qualidade do que serve, porque aí sabe bem o que está a ser feito na cozinha, mas antes porque não quer ter amarras. Para picar, há entradas como as almôndegas (7€) ou a burrata (7€). Quanto às pizzas, prometem-se opções "fora do baralho”, a começar desde logo pela margherita sbagliata (13€), com uma base de mozzarella (da portuguesa Ortodoxo) em vez de tomate, que vai em cima, alinhado com o manjericão. A fichi & prosciutto (15€) junta o presunto aos figos, mas em vez da fruta é usado um creme de figos. A bestseller tem sido, no entanto, a chicago pie (16€), uma bomba em forma de pizza, carregada de mozzarella, com salame picante.

  • Ajuda

Numa esquina, no pacato Largo da Paz, na Ajuda, o espaço não é muito grande. É acolhedor e familiar, tal como uma casa deve ser. Da sua cozinha para o Manápula, Rita Alambre quis trazer um pouco de casa, onde recebe amigos e família e lhes dá o que comer. A única diferença é que consegue sentar mais gente e tem um forno napolitano para fazer pizzas. Com trufa, presunto, pesto de pistáchio, ou alcachofras, Rita convida-nos a comê-las com as mãos, como deve ser. A massa é de fermentação lenta e tem à escolha dez pizzas.

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  • Chiado

Nunca se diz que não a uma boa pizza. José Avillez também não conseguiu resistir. Vai daí, instalou um forno a lenha, mandou vir de Itália farinha 00 especial para pizzas, tomate San Marzano e mozzarella fior di latte. Depois, deu azo à imaginação. Além de boas pizzas, umas mais clássicas e outras mais extravagantes, também serve massas, risotos e saladas variadas. Com a pandemia o restaurante fechou e instalou-se no Bairro do Avillez.

  • Cais do Sodré

O espaço é pequeno e os mais distraídos poderão até não dar por ele, mas que isso não seja isso impedimento para se descobrir a Sofi' Pizza & Vinho, aberta na Travessa dos Remolares pelos donos do Jobim, no Príncipe Real. Nesta aventura, a dupla Pedro Ivo Carvalho e Antonio Setembrino conta ainda com o chef Gil Guimarães, cuja pizzaria em Brasília tem sido apontada como uma das melhores do Brasil. A funcionar há poucos meses, a Sofi’ tem já o certificado da Associazione Verace Pizza Napoletana, muito graças ao trabalho reconhecido do pizzaiolo brasileiro. São sete as pizzas napolitanas, ou seja, com a massa ligeiramente mais alta. Da mais simples margherita (11,50€) às mais compostas como a que leva presunto de bolota de porco preto e burrata (16€) ou a que junta queijo da Serra da Estrela a um chouriço português picante, tomate coração de boi e crumble de amêndoa (16€). 

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  • Cascais

A Souldough, que durante a sua longa estadia na Aldeia da Praia, em Colares, Sintra, conquistou muitos estômagos, mudou-se para o Legasea, em Cascais, no início de 2023, e levou tudo consigo, inclusive o imponente forno a lenha. Entre as entradas estão as bruschettas, como a de creme de queijo azul de búfala, cebola caramelizada e redução de vinagre balsâmico e também os arancini, bolinhos fritos recheados com risotto. As pizzas napolitanas são de fermentação lenta. La Dolce Vita, com molho de tomate, grana padano, queijo straciatella, pesto e manjericão é uma das opções.

  • Pizza
  • São Sebastião
  • preço 1 de 4

“Não é necessariamente uma pizzaria”, explica Marina Wisniewski. Ela e Heitor Américo são o rosto da Tozzi Forneria Moderna. O foco está no forno e tudo o que é servido passa por lá. Nas pizzas, há os sabores mais clássicos, como a margherita, com mozzarella fior di latte, azeite e manjericão fresco, a Formaggi, recheada com fior di latte, grana padano, manchego e feta, ou a pepperoni, que acompanha com salame seco e cebola roxa. Se quiser fugir às tradicionais, aposte na pop-up, uma junção da formaggi e da pepperoni.

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  • Italiano
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

Fica no Bairro Alto e o forte são as pizzas – biológicas. O pizzaiolo é António Menghi, um italiano da região da Apúlia, que trata das massas que ficam umas 48 horas, no mínimo, numa câmara de fermentação e são feitas com grão europeu, importado de Itália. Além das pizzas na carta, há sempre uma ou duas do dia (em destaque na ardósia em cima do balcão), tal como uma pasta do dia. Deixe espaço para a sobremesa, do guloso tiramisú ao bolo de chocolate, é tudo bom.

  • Italiano
  • Chiado/Cais do Sodré

Quando no Verão de 2018 viajou por Portugal, Igor Penna, natural da região Piemonte, no Norte de Itália, soube que o seu destino passaria pelo nosso país. Foi depois dessa viagem que o cozinheiro e pizzaiolo decidiu fixar-se em Lisboa e começar tudo de novo. Em Abril deste ano abriu o Veramente Pizza & Vino, um restaurante tipicamente italiano, que serve pizzas, enchidos e vinho italiano. A atenção recai sob as pizzas de fermentação lenta que saem da cozinha. A massa é fina e os rebordos arredondados, com uma textura suave, que pode experimentar, por exemplo, na pizza Diavola, com salame picante spianata, mozzarella fior di latte, tomate San Marzano e beringela. 

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  • Italiano
  • Princípe Real

Quando abriu em 2015 no Príncipe Real, com uma esplanada virada para o Jardim Botânico e que se mantém até hoje como uma das nossas preferidas, repleta de buganvílias, ainda não se falava assim tanto de pizzas artesanais e fermentação lenta, mas era assim que esta pizzaria se apresentava. Juntava-se a isso, uma charcutaria italiana logo à entrada e um forno de lenha ao fundo onde só entra lenha de zinho. São cerca duas dezenas de opções, mas nem só de pizza se faz a história deste restaurante. Há saladas, massas e risotos e as sobremesas não são de se descartar (o mil-folhas de caramelo salgado é um bestseller). Em dez anos, a marca cresceu para o Parque das Nações e para o Time Out Market e as pizzas de massa fina continuam a destacar-se na cidade.

Lisboa gastronómica

A salivar por um bom bife? E já sabe como é que o vai querer? Mal passado, médio ou médio-bem? O que não falta em Lisboa são bons nacos de carne, daqueles suculentos e tenrinhos, que até se desfazem na boca. Já tínhamos desmistificado a carne maturada e mostrado os melhores sítios para a comer, mas estava a faltar uma lista essencial dos melhores restaurantes de carne em Lisboa. Entre os mais tradicionais e os mais sofisticados, há até uma das melhores steakhouses do mundo.

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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