A mesa de doces de Natal pode ter mais do que bolos-reis e rainha, rabanadas e coscorões. Não fique preso à tradição e descubra onde comprar panettone em Lisboa.
Não é propriamente uma tradição portuguesa, mas desde há uns anos que o panettone começou a aparecer nas nossas mesas da consoada. O sucesso tem sido tal que a Gleba, por exemplo, vende este bolo italiano durante o ano todo. Ora, como doces de Natal nunca são demais, apontamos-lhe cinco sítios em Lisboa onde comprar panettone, das versões clássicas com passas às mais gulosas (e pornográficas até) recheadas de chocolate ou doce de leite. Com sorte, consegue comprar sem encomendar (nada como telefonar para perceber), mas na dúvida, encomende.
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20,95€-22,95€ (550g)
Se há panettone afamado é este exemplar da Gleba, de tal forma deixou rapidamente de ser sazonal para estar à venda durante todo o ano. Há duas versões, ambos com 36 horas de fermentação: o clássico, com casca de laranja confitada e passas; e o de chocolate, com pepitas de chocolate e avelãs torradas.
33€ (500g)
Nome de uma marca com quase 15 anos, Carolina Sales deixou tudo para abrir em Portugal uma confeitaria fina. Há bolos e brigadeiros todos os dias numa montra de babar. Para o Natal, Carolina vai mais longe. Há toda uma gama que compõe qualquer mesa, bem como várias opções para oferecer em caixinhas bem bonitas. Os panettones conquistam até os mais conservadores. São pornográficos, bem recheados (com brigadeiro de leite, doce de leite ou nido com nociolla), e levam ainda gotas de chocolate negro e cobertura de chocolate de leite belga. Também há a versão simples (23€/500g), com gotas de chocolate negro.
65€ (1kg)
Cumprindo a tradição italiana, o Rocco apostou para este Natal em duas opções de panettone. A tradicional segue a receita de Natal, em que a massa é preparada com Liveto di Madre, complementando-se com sultanas, aromatização de baunilha de Madagáscar e citrinos Sicilianos, mel e da manteiga. E depois há a versão de chocolate com pedaços de chocolate negro 70%. O levantamento tem de ser feito no restaurante no Chiado.
25€
É o bolo-rei que costuma dar que falar, mas este ano Francisco Siopa, chef executivo de pastelaria do Penha Longa, apostou também na criação de um panettone artesanal com ingredientes premium, do fermento artesanal ao chocolate belga de primeira linha. Tem uma massa leve e fofa, recheada com pedaços generosos de chocolate.
28€/850g
No café-padaria de Diego Haupenthal, o pão e o brioche são o ex-líbris (e estão hoje já numa série de cafés e restaurantes da cidade). É difícil resistir, porém, à pastelaria, do simples croissant ao pain au chocolat ou ao cinnamon bun. Tudo feito em casa, com fermentação natural e muita dedicação. No Natal, há dois panettones: o tradicional e o de chocolate (32€). Já não estão a aceitar reservas, mas ainda há alguns exemplares para quem passar pela padaria.
Em forma de coroa e feito de massa lêveda, o bolo-rei popularizou-se em Portugal no século XIX, seguindo uma receita originária do sul de Loire, que ainda hoje se mantém. Conta a lenda que a primeira casa a vendê-lo foi a Confeitaria Nacional, que se mantém firme na lista dos melhores sítios para comprar o bolo-rei em Lisboa. Ao longo do tempo, perdeu a fava, perdeu o brinde (entretanto, recuperado em alguns exemplares), mas não há mudança que nos tire o bolo-rei da mesa de Natal. E para aqueles que lhe resistem, habitualmente queixando-se da fruta cristalizada, são cada vez mais as variações.
Para quem não consegue suportar as frutas cristalizadas do tradicional bolo-rei (e há sempre alguém – sempre! –), o bolo rainha é a escolha certa. Em vez da fruta colorida, entram os frutos secos em doses generosas. Na dúvida sobre onde comprar bolo-rainha em Lisboa, deixamos-lhe cinco sugestões que compõem qualquer mesa. Em quase todas, encontrará o bolo-rainha sem dificuldade, mas o nosso conselho é que não se distraia e garanta a encomenda com tempo. Não faltam motivos de stress por esta altura, que não seja a procura por um bom bolo-rainha mais um.
É uma sobremesa típica em França ou na Bélgica nesta altura do ano e, na sua versão mais tradicional, tem uma aparência o mais próxima possível a um tronco de lenha (afinal, representa um hábito da quadra, em que as famílias se reuniam à volta da lareira para ouvir histórias e entoar cânticos de Natal enquanto um enorme tronco queimava). Por cá, os troncos de Natal já se juntaram às rabanadas, azevias, sonhos, fatias douradas, coscorões e bolos-reis para agradar aos mais esquisitos ou adoçar ainda mais a quadra com novos sabores.
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