Restaurante italiano "Casa D'Oro"
© Eduardo MartinsPizza Diavola do Casa D'Oro
© Eduardo Martins

Volta ao mundo em 12 pratos

É possível viajar pelo mundo sem sair do Porto. Basta sentar-se à mesa destes restaurantes e provar as iguarias que melhor representam a gastronomia de destinos como Argentina, China ou Líbano.

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Se está sempre pronto para experimentar novos pratos, provar novas bebidas e viajar à volta do globo sem sair da cidade, este roteiro é para si. Aqui, encontra as coordenadas de restaurantes onde pode provar iguarias de 12 destinos diferentes. Estamos a falar do Líbano, Brasil, Itália, Japão, México, Malásia, Argentina, Taiwan, Moçambique, Índia, China e Vietname. Tabbouleh, uma salada aromática com bulgur, pepino, tomate, alface e uma série de temperos capazes de transportar o palato para outras paragens, é apenas um exemplo do que há para provar neste périplo internacional.

Recomendado: Os melhores restaurantes de comida do mundo no Porto

Volta ao mundo em 12 pratos

  • Sírio
  • Cedofeita

Líbano

Quem diria que uma viagem ao Médio Oriente, mais especificamente ao Líbano, ia sair tão em conta. Estamos no Sabores do Sebouh e, entre os pratos de referência, encontra a famosa salada de lentilhas (9,80€). Mas há mais: hummus servido com pão pita (5,20€) e o infalível  falafel (1,40€). Se tiver apetite para mais, não perca o tabbouleh, uma salada aromática com bulgur, pepino, tomate, alface e uma série de temperos capazes de transportar o palato para outras paragens (10,20€). A receita é do avô de Sebouh Soghmahian, que comanda a cozinha do restaurante.

  • Brasileiro
  • Cedofeita
  • preço 2 de 4

Brasil

A decoração faz lembrar uma floresta tropical, enquanto no menu se celebra a gastronomia brasileira de raiz. O típico churrasco ficou de fora – com muita pena nossa –, mas iguarias como a carne de sol (14,50€), o dadinho de tapioca (6€) e o quiabo (6,70€) — super crocante — têm lugar cativo à mesa. Incontornável é mesmo o bobó de camarão, feito com leite e arroz de coco, creme de mandioca e coentros (17,50€). Para beber, peça uma caipirinha, um clássico que nunca desilude e com alguns sabores por onde escolher. Enquanto espera pela comida, aprecie os bonitos objectos de artesanato espalhados pelo espaço. São feitos de capim dourado, uma planta que cresce no paradisíaco Parque do Jalapão, no estado de Tocantins, no interior do Brasil, e que tem um brilho natural semelhante ao ouro. Aqui, além de brilhar, ainda emprestou o nome ao restaurante.

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  • Italiano
  • Porto
  • preço 2 de 4

Itália

A Casa d’Oro, de Maria Paola Purru, é uma instituição na cidade. A localização, em plena marginal e com vista para a Ponte da Arrábida, ajuda, mas a qualidade do que lá se serve é o factor decisivo. Na carta, entre outros pratos italianos feitos com muita mestria e sem invenções, destacam-se as pastas, as lasanhas e as pizzas de massa fina. A Diavola (15€), com tomate, mozzarela e salame picante, é particularmente popular. Não se esqueça de combinar a refeição com o tè freddo, o chá frio da casa, que vai bem com todas as propostas disponíveis. E tome nota: até o pôr-do-sol ganha outro encanto quando visto por estas janelas envidraçadas.

  • Japonês
  • Campo Alegre
  • preço 4 de 4

Japão

Há restaurantes bonitos e depois há o Ikeda, que tem uma das salas mais fotogénicas da cidade. Isto porque o tecto está coberto de grous em origami, um pássaro que para a cultura nipónica é sinónimo de felicidade. Mas para nós, a verdadeira felicidade é provar a barriga de salmão com molho ponzu (17€). A ementa inclui outras especialidades, como os noodles salteados com legumes (desde 14€) ou o camarão salteado em molho de alho e sake (20€). Para aqueles dias em que tudo o que queremos é um pouco conforto e aconchego no estômago, o ramen (20€) é uma escolha segura. A massa japonesa é regada com caldo de porco e acompanhada por ovo cozido e legumes. A finalizar, um toque de cebolinho.

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  • Baixa

México

Este não é um mexicano qualquer. É um dos bons. Tem uma decoração arrojada e “uma carta pequena, consistente e caseira”, garante Lúcia Pinto, sócia do Duello juntamente com Leonel Ribeiro, o namorado. Nas entradas, brilham uns generosos nachos, com totopos caseiros cobertos de carne, queijo, abacate, natas ácidas e pico de gallo (12€). Igualmente imperdíveis, são os tacos (9€-12€). O clássico Al Pastor com carne de porco e pickles de ananás caseiros; o de camarão salteado, com um molho feito a partir das cabeças e “refrescado com brandy”; o de polvo com pimento assado e malagueta; o Birria com vitela e o huerta, uma versão vegan, vêm às duplas para a mesa. Difícil escolher? Leve companhia e peça todos. Para brindar, há cocktails de autor.

  • Pan-asiático
  • Baixa
  • preço 2 de 4

Malásia

Uma viagem pelos sabores orientais sem sair do Porto é a proposta deste restaurante, onde as imperam receitas fiéis, confeccionadas com produtos de origem, de países como a Tailândia, o Vietname, a Indonésia, as Filipinas, a Coreia e a Malásia. A representar esta última nação, encontra um saboroso caril amarelo, que tanto pode ser feito à base de frango (17,50€) como de camarão black tiger (18,75€), heura (17,50€) ou tofu (16,50€). Para acompanhar, um chá frio ou cerveja asiática são opções.

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  • Steakhouse
  • Baixa
  • preço 3 de 4

Argentina

Argentina sem carne é como Portugal sem pastéis de nata: uma tristeza. Por isso, quando veio para terras lusas e abriu o Belos Aires, Mauricio Ghiglione dedicou grande parte da carta a esta proteína animal. Ojo de bife (25€), bife de chorizo (25€) e colita de cuadril (22€) estão entre os cortes disponíveis. Nos pratos principais, destaca-se o ossobuco estufado a baixa temperatura com polenta cremosa (20€). Não dê a refeição por terminada sem provar o brownie de chocolate com dulce de leche e merengue italiano (6,50€).

  • Taiwanês
  • Cedofeita
  • preço 2 de 4

Taiwan

Estes pãezinhos recheados e cozidos a vapor são um clássico nas bancas de street food de Taiwan e um sucesso no Porto. No menu do BAO'S – Taiwanese Burger, por exemplo, há várias opções, mas o Gua Bao, com barriga de porco, pickles caseiros, coentros e amendoim (4,55€), e o Crab Bao, com tempura de caranguejo de casca mole, maionese de wasabi, daikon, chalotas e coentros (9,50€), são das mais tentadoras. Se ficar com fome, devore ainda uma taça de arroz com frango, gengibre, alho, manjericão, cebolete e chili (10,25€).

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  • Compras
  • Campanhã

Moçambique

Foi com a ideia de trazer a cozinha do seu país (e não só) para o Porto que Orlanda Barbosa abriu as portas deste seu espaço multifacetado em Campanhã. Aqui, além de boa comida, encontra as tradicionais capulanas, estatuetas em madeira, quadros feitos em batique e alguns artigos de marca própria. Depois de alegrar as vistas, agrade o paladar com um (ou vários) dos pratos típicos de Moçambique. Gambas fritas (18€), caril de frango com leite de coco (22€), caril de amendoim (22€) e matapa (12€) – com folha de mandioca e creme de amendoim – são pratos a considerar, quase todos serviços em doses para duas pessoas.

  • Indiano
  • Matosinhos

Índia

Depois de se estrear em Matosinhos, este restaurante especializado na comida do Sul da Índia chegou ao centro do Porto. “No norte a comida é mais rica, mais gulosa. Aqui trabalhamos os sabores de outra forma, apostamos em produtos frescos, como a cebola, o tomate e as ervas aromáticas, e as nossas especiarias vêm quase todas da Índia. Assim como as lentilhas”, explica Rishi Jacob, o proprietário. Sugestões? Não deixe de pedir o idli, que é cozinhado a vapor e feito com arroz e lentilhas (8,50€), a dosa masala, uma espécie de panqueca fina e grande, que fermenta 24 horas e utiliza os mesmos ingredientes (9,50€), e o appam, um crepe de arroz e coco (6€). Estes são alguns dos ex-líbris da culinária de Kerala, o único estado do país, conta o proprietário, onde se pode comer carne de vaca.

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  • Chinês
  • preço 1 de 4

China

Aqui, o espaço é enorme e o vermelho predomina nos elementos decorativos, que incluem candeeiros com motivos chineses, jarrões e armários e dragões de louça. Se o cenário é bom, a carta é muito melhor. Peça um crepe chinês (2,30€) para começar — aqui são grandes e bem recheados. Depois, atire-se a um dos clássicos, como o porco agridoce (8,80€), a galinha com amêndoas (8,80€) ou o chop-suey de vaca (9,80€). Tudo servido em quantidades muito generosas.

  • Baixa

Vietname

Em Abril de 2023, a gastronomia vietnamita, “uma das mais saudáveis do mundo”, ganhou um novo representante no Porto. Falamos do Bếp Việt, projecto de Nhung Dang. À cidade, Nhung trouxe uma equipa composta apenas por profissionais do Vietname, de modo a conseguir replicar, na perfeição, os sabores e tradições que tornam esta culinária única. Na carta, não faltam propostas tentadoras, mas o pho, a sopa mais célebre do país, é incontornável. Entre as várias versões disponíveis, encontra a tradicional, com carne de vaca (9,50€). A taça vem com massa de arroz, mergulhada num caldo de carne claro que esteve a apurar por um mínimo de oito horas e com pedaços finos e tenros de carne de vaca. Não vá embora sem experimentar o egg coffee, um café vietnamita com gema de ovo (4,20€).

Mais para comer no Porto

O Porto é conhecido pela boa comida, mas não se deixa ficar apenas pelos pratos tradicionais. Também somos mestres na arte de dominar ovos, panquecas, tostas e bebidas de café. E tudo isto está incluído nesta lista com os melhores brunches no Porto e arredores. Seja num mercado de frescos ou numa guest house, durante a semana ou nos dias de descanso, há duas coisas que estão garantidas: mesas fartas e comida boa e muito fotogénica. Se nunca sabe onde ir, aqui vai encontrar as respostas. De nada.

  • Cafés/bares

Se há coisa que fazemos bem, é beber um cafezinho, várias vezes ao dia. É vital. E se, volta e meia, não ingerirmos uma dose de cafeína, não somos os mesmos e ninguém nos atura. A pensar nisto e neste hábito tão enraizado na cultura e sociedade portuguesas, é que lhe preparámos esta lista com os cafés no Porto que tem de conhecer. Uns mais clássicos e antigos, outros mais modernos e com cafés de especialidade, moídos na hora, vindos de vários cantos do mundo. Agora já não tem desculpa para adiar mais aquele café há muito planeado.

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