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©João Pimentel Ferreira/Gulbenkian
©João Pimentel Ferreira/Gulbenkian

Entre a relva e a parede: sete museus com jardim

Em tempo de desconfinamento, divida-se entre a arte e o ar livre nestes museus com jardim

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Museus com jardim: parecia um conceito que pouco importava antes de ficarmos em casa, sem acesso à rua, aos relvados, às paredes cheias de pinturas e esculturas. Agora que o desconfinamento obriga a certo e determinado equilíbrio (para bem da economia e da saúde mental), dizemos-lhe como pode dar uma mão à cultura e outra à natureza. Pode optar por uma passeata cultural, pôr-se a par das novas exposições que estão patentes, e depois ir arejar as ideias para o jardim anexo ao museu, seja para uma leitura demorada deitado na relva ou para um simples reconhecimento da fauna e flora do local. Está entre a relva e a parede, a escolha é sua. 

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Entre a relva e a parede: sete museus com jardim

  • Atracções
  • São Sebastião

A máxima é aproveitar o que os museus têm para dar e apanhar um arzinho logo a seguir. O Jardim da Gulbenkian é uma referência para a arquitectura paisagista portuguesa e um verdadeiro retiro no centro da cidade, quer seja para piquenicar, ler ou deixar os miúdos correr. Há um lago, patos a vadiar e mais de 200 espécies de flora para descobrir. Dentro de portas, espera-o a exposição gratuita “A Idade de Ouro do Mobiliário Francês. Da Oficina ao Palácio” ou a Colecção do Fundador (10€). Aos domingos, a partir das 14.00, ninguém paga.

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  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade
Palácio Pimenta
Palácio Pimenta

Este antigo palácio de veraneio é o núcleo-sede do Museu de Lisboa. A exposição permanente mostra a evolução da cidade desde a pré-história até ao início do século XX – mas atenção que o piso 0 está temporariamente encerrado. Nesta altura, são os jardins que muitos procuram para tardes de sossego e leituras demoradas, com pavões como companhia. Estão divididos em três: o jardim de buxo, mais imperial e com esculturas de Bordallo Pinheiro, o bosque com arvoredos altos e uma aragem fresca, e o amplo relvado. Até domingo, 31, não paga bilhete.

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  • Belém

Opções relvadas em Belém não faltam, mas poucos se lembram do bonito Jardim das Oliveiras do Centro Cultural de Belém, onde se pode espojar à vontade – e agora há também um jardim vertical no Caminho Pedonal. O CCB já abriu as portas da Garagem Sul e por lá está a exposição “O Mar é a Nossa Terra”. Para entreter o estômago ou para um copo, o restaurante Este-Oeste e o Topo já estão a servir.

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  • Chiado

A arca de Noé da arte contemporânea do Chiado tem duas exposições para se entreter entre corredores: “Biografia do Traço. Coleção de Desenho (1836-1920)” e “Pedro Gomes. Encontro às Cegas”. Mas não vale esquecer o Jardim das Esculturas, um espaço verde interior para uma pausa entre devaneios artísticos.

Rua Serpa Pinto, 4. Ter-Dom 10.00- 18.00. 4,50€.

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Não bastava estar num edifício desenhado pelo Pritzker de 2011, Eduardo Souto de Moura, também o jardim tinha de ter a sua magnificência e diâmetro para boas tardes de preguiça na relva. Há uma cafetaria de apoio a vontades súbitas de beber ou petiscar. Dentro dos cones terracota por agora pode ver “Desenhar, encenar, pintar”, com obras inéditas de mais de 60 anos de trabalho de Paula Rego.

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  • Princípe Real

O MUHNAC inaugurou a exposição “Grupo do Risco: Expedições a Espaços Naturais” pouco antes de fechar devido à pandemia, por isso é de aproveitar e ver as novidades. No mesmo recinto, mas com outra bilheteira, está o Jardim Botânico, um daqueles lugares sagrados no meio da confusão urbana. Tem trilhos marcados, bancos pelo caminho e centenas de espécies botânicas para descobrir.

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  • Atracções
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A casa-homenagem de Maria Helena Vieira da Silva e do seu marido, Arpad Szenes, reabriu com a exposição “Água Pesada” de Alexandre Conefrey, e com a colecção Arpad Szenes 1897-1985, que faz parte do espólio do museu. Apesar de não ter jardim privado, é contíguo ao jardim das Amoreiras, para onde pode levar as cestas de piquenique especiais do restaurante do museu Mão Cheia.

Como ajardinar na cidade

  • Atracções
  • Parques e jardins

Agora que pode ir arejando as ideias, tenha preferência pelo ar puro, pelos espaços que pintam a cidade de verde. Com todos os cuidados que deve ter e mantendo a distância social recomendada pelas autoridades de saúde, faça o favor de apanhar um arzinho por aqui – se optar por juntar uma grupeta lembre-se que não poderão ser mais que dez. Seja para uma breve caminhada, corrida ou para uma visita prolongada aos relvados, seja prudente. 

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  • Eventos alimentares

Sabe onde piquenicar em Lisboa? É pegar, meter na cesta e estender a toalha nesses hectares relvados jardins fora. Há verdadeiros tesourinhos que vai querer conhecer, sobretudo agora que está oficialmente aberta a época do bom tempo, os raios de sol já queimam e a vontade de sair de casa é mais que muita, ainda que cada saída deva ser feita com a devida prudência. 

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