Rossio Gardens
Francisco Romão Pereira / Time OutRossio Gardens
Francisco Romão Pereira / Time Out

12 esplanadas para fingir que é Verão

A temperatura pode descer, mas isso não tem de significar ficar fechado em casa. Esqueça o frio nestas esplanadas em Lisboa.

Cláudia Lima Carvalho
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Somos bons amantes de esplanadas e não é o frio que nos impede de sair de casa ao lusco-fusco. Pelo contrário. Não há fins de tarde escuros que nos façam desistir de fazer uma pausa numa destas esplanadas (algumas delas até têm aquecedores, mantinhas e bebidas quentes, se essa for a vontade). Pegue no casaco, abandone a preguiça e finja que é Verão numa destas esplanadas em Lisboa. Há novidades fresquinhas (mas aquecidas) e clássicos que nunca passam de moda. Afinal, mesmo com o frio a chegar, as esplanadas continuam a ser uma desculpa perfeita para estar na rua.

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Esplanadas para fingir que é Verão

  • Português
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 2 de 4

O sítio é improvável – escondido no Porto de Lisboa (daí o nome) , tem uma esplanada com mais lugares do que aqueles no interior e uma das grelhas mais respeitadas de Lisboa. No Último Porto, que continua a servir apenas aos almoços, tudo o que vai para o prato é fresco: há peixe-espada, chocos, douradas, pampos, cabeça de garoupa ou ovas grelhadas, tudo servido nas tradicionais travessas de inox. Há lá outra coisa que saiba mais a Verão.

  • Belém

É um clássico que muito apreciamos e (quase) tudo se deve à localização, já que fica mesmo em cima do rio, com uma vista desafogada. É perfeita para os finais de tarde – tem uma carta de cocktails bastante simpática –, mas também se pode deixar ficar para jantar. A esplanada é daquelas que consegue saber tão bem em dias frios como naquelas longas tardes de Verão. 

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  • Santos

O Bisque não abriu em Paris, mas trouxe para Lisboa a alma francesa, a começar desde logo pela esplanada. Pavel Kiselev abriu este bistrô com Vladimir Perelman, empresário que conheceu em Lisboa, mas cujo trabalho na restauração em Moscovo já acompanhava. A carta é do chef Dmitry Parikov, que à distância assegura o toque francês. A bisque, a sopa cremosa tradicional da cozinha francesa, feita à base de crustáceos e que dá nome ao restaurante, é servida aqui com generosos pedaços de lagosta. 

  • Chiado/Cais do Sodré

N'O Jardim do Sr. Lisboa, a esplanada é abrigada e aquecida a lenha, ideal para jantares prolongados. O menu, ideal para ser partilhado, à semelhança do que acontece n'A Cozinha, o primeiro restaurante do grupo, foca-se essencialmente nos vegetais e no peixe, mas também lá estão os pratos de carne (veja-se a barriga de leitão confitada ou o tomahawk). Para os dias frios, o arroz de forno com carabineiro, tártaro de camarão, lima e óleo de salsa pode ser a escolha certa.

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  • Sintra

Não há muitos palácios que nos convidem a estar e, sobretudo, a ficar. É o caso do novo 1743, em Rio de Mouro, na Quinta da Fonte Nova (ou Palácio Fonte Nova). A cozinha é italiana, com consultadoria de Joachim Koerper, chef com uma estrela Michelin, e da mulher Cintia Koerper, chef pasteleira. O ambiente é acolhedor, clássico, sem ser pesado, romântico, sem ser piroso. Na cozinha, o exercício não é diferente. Há também dois menus de degustação: um com sete momentos (125€) e o outro com oito (175€), mas já com trufa preta, caviar e pratos como leitão.

  • Cafés
  • Campolide
  • preço 1 de 4

Não há quiosque que não nos lembre uma tarde bem passada no Verão. E no Verde Lima, no Jardim da Amnistia Internacional, em Campolide, há a vantagem de a esplanada estar dividida em dois espaços, um coberto e outro no exterior. É perfeito também para ir com miúdos, já que há muito espaço para brincadeiras. 

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  • Santa Maria Maior

No centro da cidade, junto à estação do Rossio, há uma esplanada e um jardim numa espécie de dois-em-um. Pintado de vermelho, verde, amarelo e branco, o Rossio Gardens quer ser um ponto de paragem, onde as pessoas podem chegar e espreguiçar-se a aproveitar o sol que bate ora de manhã, ora ao final da tarde. Para comer, a carta estende-se do brunch aos pratos para partilhar. Para beber, há sumos, batidos e cocktails, tanto clássicos como de autor. Às quartas, quintas e sextas, já há DJ sets a animar a esplanada. 

  • Oeiras

No mais recente restaurante do grupo Non Basta, a esplanada é, provavelmente, o que mais salta à vista. Instalado em pleno Jardim de Paço de Arcos, com um parque infantil, e mesmo em frente ao mar, é uma óptima escolha para aqueles dias de sol de Outono e Inverno. Na hora de comer, é difícil que o menu não agrade: há pratos de massa (14€-22€), feitos com a pasta fresca que já circula nas restantes cozinhas do grupo, e pizzas (10€-16€), com o dedo de Luiz André Alvim, da Bike Bakery. Resulta de um processo de fermentação lenta que a deixa volumosa e arejada, porém crocante.

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  • Avenida da Liberdade

Escondida no Hotel Hotel, a dois passos da Avenida da Liberdade, a esplanada do Animal, o restaurante do hotel, é um autêntico refúgio verde. No pátio, as mesas estão dispostas entre plantas, algumas com vista para a piscina, só acessível a hóspedes. Na esplanada tanto se podem beber uns cocktails, como devorar a carta ecléctica que vai de refeições ligeiras e plant based à carne maturada. Pelo meio, um piscar de olho às cozinhas do mundo que inclui Japão, Itália e Peru. O sushi, por exemplo, não é de se deixar passar.

  • Estrela/Lapa/Santos

Depois de mais de uma década como Le Chat, tudo mudou no espaço do Jardim 9 de Abril, mesmo ao lado do Museu de Arte Antiga. A inspiração vem do filme Apanha-me se Puderes (Catch Me If You Can, no original), de Steven Spielberg, com Leonardo DiCaprio e Tom Hanks. As cores são as da companhia de aviação da Pan Am e o menu, agora mais composto, é um convite a uma viagem, que se quer sem turbulência. A vista, essa, mantém-se intocável. A relação com o cinema não é novidade, não fosse o Catch Me do mesmo grupo – Os Suspeitos do Costume (outro filme) – que detém O Bom, O Mau e O Vilão e o Eat Pray Love, ambos no Cais do Sodré.

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  • Cafés
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Por mais escondido que esteja – os mais distraídos poderão até não encontrar a entrada – e por mais anos que passem, o Lost In é sempre uma boa aposta. A esplanada, abrigada e reservada, e a vista para Lisboa são imbatíveis a qualquer hora do dia, até porque a carta é versátil. Há pratos compostos, mas também petiscos rápidos e várias saladas. Para os dias mais frios, há mantas e aquecedores.

  • Grande Lisboa

Adoramos a praia nos dias quentes, mas poucas coisas sabem melhor no Inverno do que apreciar o mar. A esplanada do restaurante de José Avillez no Guincho é por isso uma aposta sempre certeira. Foram anos e anos ao abandono, um mono à beira-mar, em plena estrada do Guincho. Foi palco de treinos ao ar livre, piqueniques e sessões fotográficas e é agora o Maré. A carta aposta na contemporaneidade, homenageando ainda assim a tradição.

Outono em Lisboa

  • Coisas para fazer

O Outono já chegou. É claro que, à boa maneira lisboeta, enquanto o sol brilha fingimos que o Verão não foi a lado nenhum, mas chegou o momento de aceitar a realidade de que a meia-estação está aí. E de redescobrir as muitas possibilidades para aproveitar os dias na cidade, faça chuva ou faça sol. Tire notas, que o guia que se segue vai garantir que nunca fica sem coisas para fazer no Outono, à medida que os dias se tornam cada vez mais curtos. Teatro, exposições, concertos, passeios na natureza: há sugestões para todos.

  • Coisas para fazer

Quando mais alto está, maior é a queda. O provérbio português tanto é verdade metafórica como literal – é o caso das folhas e dos seus flutuantes saltos para o precipício. Quem de baixo olha, bonito lhe parece. Também deve haver um adágio nacional equivalente. Por isso, fomos à procura dos melhores sítios para a prática deste desporto outonal e contemplativo: ver as folhas, no seu vetusto castanho avermelhado, a desprenderem-se dos ramos e a regressar à terra, para dali vir vida nova. 

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