Palácio do Grilo
Mariana Valle LimaPalácio do Grilo
Mariana Valle Lima

As melhores coisas para fazer nos palácios em Lisboa

Com vista para o rio ou para a floresta, perfeitos para conhecer histórias encantadas ou beber um cocktail. Estes 17 palácios valem uma visita.

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Abrigaram heróis, duques, navegadores e até fauna tropical. Esconderam segredos e conspirações e mantêm objectos que provam muitas das histórias mais rocambolescas da cidade. Uns estiveram de portas fechadas algum tempo, outros mantiveram-se activos, vendo reciclada a sua vocação. Hoje são motivo para visitas guiadas e passeatas pelos seus jardins e salas históricas, funcionam como charmosos hotéis, abrem as portas a concertos e outros eventos culturais, já para não falar que dão cartas como modernos espaços de restauração, onde até há nus e DJs pelo meio. Conclusão óbvia: não faltam coisas para fazer nos palácios de Lisboa. A única coisa que ainda falta é seguir o nosso roteiro.

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Coisas para fazer nos palácios em Lisboa

  • Xabregas

"O Palácio do Grilo é um restaurante no meio de um teatro vivo, onde cada membro da equipa é um actor ou intérprete, pronto a surpreendê-lo", descreve a equipa que pegou no espaço e transformou-o em 2022. Portanto, há nus pelo meio e outras visões insólitas podem sempre abrir o apetite. Sim, porque aqui também há um restaurante. Se lhe derem os calores, por outro lado, está tudo bem: consta que o sítio é fresco e tem, ainda, um imenso jardim para explorar. As noites no Grilo são de festa e há ainda lugar para reviver o espírito dos duques de Lafões, que, sendo ricos, deveria ser bem desafogado.

  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Belém

O residente oficial mais famoso pode não estar na casa, mas o trajecto pelo palácio e pelos jardins mantém-se uma prioridade. Ao sábado (nem todos, é preciso confirmar aqui), às 10.30, 11.30, 14.30, 15.30 e 16.30, há visitas guiadas por técnicos do Museu da Presidência (máximo 30 participantes) que lhe contam tudo sobre o monumento. O percurso inclui toda a ala protocolar (sala das Bicas, sala de Jantar, sala Dourada, sala Império, sala dos Embaixadores), a Capela e o Gabinete Oficial do Presidente da República. No exterior, vale a pena lembrar-se que esta já foi uma zona de veraneio. Ah! E um zoológico tropical. 

5€ (inclui visita livre ao Museu)

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  • Atracções
  • Sete Rios/Praça de Espanha

Foi construído entre 1671 ou 1672, como pavilhão de caça para João Mascarenhas, 1.º Marquês de Fronteira. Paredes meias com o Parque Florestal de Monsanto, este palácio do século XVII acolhe a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna que tem como principais objectivos promover a investigação, criação artística e cultural e cuidar do património que além do palácio, inclui românticos jardins. E é tudo acessível através de visitas guiadas todos os dias, excepto ao domingo. Com regularidade, há concertos, filmes e conferências que trazem o ambiente secular do palácio até aos dias de hoje.

Entrada: 15€

  • Atracções
  • Ajuda

Monumento nacional desde 1910, destaca-se como a antiga habitação real e museu de artes decorativas, e também enquanto sede de outras instituições portuguesas ligadas à cultura e palco de cerimónias protocolares. Organiza visitas orientadas e recebe exposições que convidam a um passeio pela História. E por falar nisso, as origens deste palácio remontam a 1755. Encontrava-se a Família Real na sua Quinta de Belém quando se deu o grande terramoto. Desde então, D. José I recusou-se a voltar a habitar edifícios construídos “em pedra e cal”. A solução encontrada passou pela eleição de um local seguro. Hoje, entre mostras e conferências, enche-se de programação complementar e também os miúdos têm tudo para adorar o passeio.

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  • Hotéis
  • Hotéis de luxo
  • Belém
  • preço 4 de 4
Palácio do Governador
Palácio do Governador

Pronto para fazer check in em grande estilo? Em 2015, a casa onde viveu o primeiro governador da Torre de Belém, Gaspar de Paiva (1517), e os seus sucessores, abriu portas como hotel de cinco estrelas. O Palácio do Governador, em Belém, deve a decoração inspirada no período dos Descobrimentos à designer Nini Andrade Silva, que foi buscar a história do edifício para desenhar a identidade do hotel. A vista para o Tejo, a poucos metros distância, é só mais um apontamento de charme. A recepção ocupa o espaço da antiga capela. No pátio da entrada, estão ainda resquícios da antiga fábrica que aqui funcionou e alguns dos quartos (60 no total) mantêm os tectos em arco e tijolo picado. A decoração segue o caminho das Índias.

  • Hotéis
  • Chiado/Cais do Sodré

O Verride Palácio Santa Catarina abriu em pleno miradouro de Santa Catarina, mais conhecido como Adamastor, e se subir até ao rooftop bar pode sorver um belo cocktail enquanto aprecia o Tejo à sua frente — o check in é tentador mas opcional. No interior, o gastrobar The Lisbon Club 55, sob a batuta de Fábio Alves, deixa espaço para beber um copo, petiscar e apreciar obras de arte. O edifício de 1750 foi totalmente recuperado e deve o nome ao conde mais emblemático que por lá passou, mantendo a traça antiga e alguns pormenores que estavam bem conservados, caso da escadaria em caracol que impressiona logo à entrada, da fachada e do arco em pedra da suite Arch. 

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  • Hotéis
  • Santos
  • preço 3 de 4

Quem não se lembra do Ramalhete? "Qual Ramalhete?" Desculpem, mas só há um Ramalhete. O Palácio Ramalhete é central do romance Os Maias, de Eça de Queiroz, mas há vários palacetes a reivindicar o título. Mas o que parece é que Eça inspirou-se no Palácio do Conde de Sabugosa, em Alcântara, e levou-o para a Rua das Janelas Verdes, em Santos. Lá dentro, hoje, esconde-se muito mais do que um hotel com uma fachada bonita. Entre os nove quartos e sete suítes, não há dois iguais. Alguns têm vista para o Tejo, outros estão virados para o pátio interior, mas todos se mantêm fiéis à arquitectura original, com chão em tábua corrida, grandes janelas e tectos trabalhados. O momento “uau” acontece quando se abre a porta da suíte que era a antiga cozinha da casa, com uma lareira enorme e espaço até dizer chega. Mas depois, quando conhecemos a suíte da capela, com as paredes em azulejo e a cama king size, o nosso coração divide-se e ficamos em empate técnico.

  • Museus
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Foi construído em meados do século XVIII e funcionou como solar de veraneio, erguido no Campo Grande. Hoje é o Museu da Cidade, afirmando-se como núcleo-sede de cinco núcleos (Palácio Pimenta, Teatro Romano, Santo António, Torreão Poente e Casa dos Bicos) criados em 2015. A exposição permamente mostra a evolução de Lisboa, desde a pré-história até ao início do século XX, enquanto os Pavilhões Preto e Branco, localizados no jardim que se enche de pavões, funcionam como áreas de exposições temporárias. 

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  • Atracções
  • Bibliotecas, arquivos e fundações
  • Areeiro/Alameda

É uma das bibliotecas mais bonitas de Lisboa e está instalada num palácio construído em meados do século XVII, destinando-se a ser a casa de campo dos Marqueses de Távora. Lá, além de poder perder-se nos livros, também é possível apanhar um longo banho de sol (na varanda e no jardim). O edifício, tido como um dos grandes exemplos da arquitectura nobre seiscentista, é, desde 1929, arquivo, biblioteca e museu municipal.

  • Chiado

Espaços de comes e de bebes. Na Rua do Alecrim mora este palácio do século XVIII, com o seu bar Salla, no rés-do-chão, onde uma cuidada carta de apetizers e petiscos, gins e cocktails de assinatura faz o ambiente. Já o restaurante, com cozinha de chef, leva aos quatro cantos de Portugal e aos quatro cantos do mundo. O Palácio Chiado devolve-nos a 1781, essa época vivida por aristocracia e bons vivants, que aqui bailaram e se reuniram em faustosos banquetes.

Obrigatório em Lisboa

  • Coisas para fazer
Seja bem-vindo ao paraíso do estilo pombalino, que como sabe é a alta costura das classificações históricas e arquitectónicas; legítimo Chanel nas mãos de agentes imobiliários e proprietários de estabelecimentos com ar “muito antigo”. Vai perceber isso quando perguntar a um lojista de quando é a sua loja e lhe responderem “é do tempo do marquês de Pombal”.
  • Coisas para fazer
A ementa de sugestões grátis na cidade cresce de semana para semana, com oportunidades únicas para quem não quer gastar um cêntimo – acabaram-se todas as desculpas. Partilhamos algumas propostas a custo zero. São passeios e caminhadas grátis para fazer em Lisboa. Seja para conhecer melhor as ruas da cidade (ou o seu subsolo), seja para descobrir os cantos à residência oficial do primeiro-ministro. Estes são os melhores passeios grátis para fazer nos próximos meses.  Recomendado: Os melhores parques e jardins em Lisboa  
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  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios

Sabe o que são cristas calcárias ou cavidades cársicas? Neste caso referem-se à estrutura do vale de Cramesines e às grutas, ou lapas, que lá se encontram, mas o que importa mesmo é que é uma paisagem virada para o oceano e incrivelmente bonita no Parque Natural da Arrábida. A não perder também, um passeio à beira-Tejo na Moita e outro nas aldeias avieiras de Escaroupim e Palhota (este com passeio de barco incluído). Em Lisboa, destaque para o percurso que o leva a conhecer as mulheres que mais marcaram a história da cidade e do país, ao lutarem pelo seu direito a uma existência plena.

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