O Mercado de Arroios tem uma padaria artesanal desde Dezembro de 2018. Chama-se Terrapão e tem bom pão de fermentação lenta mas também pratos e petiscos com os diferentes pães como base. É um espaço pequeno, com o forno e o pão a ser amassado bem à vista, uns quantos lugares ao balcão. Simples, ainda em processo de decoração, em tons terra e verde-água, e um calorzinho agradável para quem vem do frio. Têm quatro pães fixos: o pão da casa, com trigo branco, barbela do Oeste, centeio integral e espelta integral biológico, o de isco trigo, com trigo branco e barbela do Oeste, com uma fermentação a frio que anda a rondar as 20 horas – em aparência são muito semelhantes, apenas com dois cortes ou um quadrado desenhado a diferenciar, mas é no corte que se evidencia qual é qual. Depois há os mais “convencionais” cacete francês e chapata. A broa de milho e de centeio, também com fermentação natural, também têm sido presenças fortes na montra iluminada da loja oito do mercado, mas a ideia é andarem sempre com novidades e pães diferentes a aparecer, daqueles que duram, à vontade, uma semana.
Numa área com mais de meia centena de quilómetros de ruas, o equivalente a ir a Sintra e voltar, os novos negócios brotam como cogumelos e convivem lado a lado com os que já resistem há muitos anos. As fronteiras estendem-se do Intendente ao Saldanha e a Almirante Reis atravessa a freguesia quase de uma ponta à outra. Entre as muitas propostas, há gastronomia dos quatro cantos do mundo e comércio mais tradicional, espaços culturais, galerias a céu aberto e tesouros por descobrir em edifícios com muita história para contar. Estas são apenas 29 paragens obrigatórias em Arroios, mas há muito mais para ver numa zona da cidade onde a diversidade está por toda a parte, das pessoas aos lugares.
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