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Fotografia: Inês FélixPavilhão Chinês
Fotografia: Inês Félix

Da comida às compras: 15 paragens obrigatórias na Rua Dom Pedro V

Para quem vem do Chiado, é a porta de entrada no Príncipe Real. Entre moda, petiscos e antiguidades, estes são os pontos obrigatórios na Rua D. Pedro V.

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Parece haver uma só rua que atravessa o Príncipe Real do início ao fim, mas na verdade são duas que se encontram na Praça do Príncipe Real. De um lado a Rua da Escola Politécnica, que vem do Rato, e do outro a Rua Dom Pedro V, que aqui percorremos de uma ponta à outra. E parece que, todas as semanas, há novos motivos para voltar – um novo cocktail, um novo prato ou uma nova loja. Para que não se perca, dizemos-lhe o que é que não pode mesmo perder. Estas são as paragens obrigatórias na Rua Dom Pedro V. 

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Paragens obrigatórias na Rua Dom Pedro V

  • Compras
  • Chiado/Cais do Sodré

O minimalismo espanhol tem casa no Príncipe Real e quem manda é a catalã Marta Lopez-Fanjul, que trouxe para os charriots o design clássico, intemporal e duradouro traduzido em camisolas, calças, saias, camisas, casacos e sobretudos. Tudo isto em algodões puros, caxemira e outros materiais nobres que douram as prateleiras da Shon Mott, marca dos irmãos Pep e Kiko Buxó que Marta trouxe para Lisboa. Os acessórios, incluindo as malas da marca norte-americana de São Francisco Utility Canvas, seguem a mesma linha funcional e minimalista, sem preços proibitivos. À porta está uma tigela com água, vantagem para quem leva o animal de estimação que por aqui é sempre bem-vindo.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Cinco anos depois de ter aberto na Rua do Alecrim, a Garrafeira Imperial mudou-se para o Príncipe Real, para o espaço onde em tempos estava o restaurante Pão à Mesa (e antes ainda, um antiquário). Uma loja forrada a garrafas que pretende desmistificar o mundo dos vinhos, mostrando que é possível comprar nas garrafeiras a preços acessíveis. Nas estantes, estão os vinhos acima de 10€, havendo depois uma zona para os vinhos mais baratos e outra, sempre em crescendo, para os vinhos naturais. Para os especialistas da poda, há um cofre onde se esconde a Imperial Wine Society e que guarda os vinhos mais especiais (e caros), apenas para aqueles que o vêem como investimento. 

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  • Coisas para fazer
  • Chiado/Cais do Sodré

Cervejas artesanais, tequilas, uísques e por aí fora. O Pub Lisboeta é fiel ao seu nome. É um pequeno pub, sim, com horário alargado, e revela os devidos traços alfacinhas (dificilmente um pub irlandês terá um neón no seu interior a dizer "Lucília"). Não estranhe se vir um amontoado de gente à porta, seja ao final da tarde, para um copo depois do trabalho, ou quando a noite já for longa. 

  • Mexicano
  • Chiado/Cais do Sodré

O azul eléctrico do Coyo Taco veio dar alguma luminosidade e (mais) animação ao Príncipe Real. Esta cadeia mexicana nasceu em Miami pela mão de três amigos e chegou a Portugal com a chancela Multifood. A carta de street food mexicana é bastante completa e tem tacos clássicos e twists, como o de carnitas de pato, burritos e quesadillas. Melhor ainda: à semelhança de outros restaurantes do grupo, como o Tapisco, ali ao lado, tem uma janela onde vende margaritas e outros cocktails para a rua. PS: Os tacos do Coyo foram elogiados por Barack Obama.

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  • Compras
  • Antiguidades
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É a maior e mais antiga loja do mundo especializada em azulejos originais. Verónica Leitão é a terceira geração da família a abraçar o negócio que inclui um número infindável de azulejos portugueses dos séculos XV a XIX, painéis originais, como o Painel dos Saltimbancos que nasceu no século XVIII na Quinta dos Anjos de Carnide (por 8200€ é seu), muita porcelana das Caldas da Rainha, colunas em talha, portas, peças de exterior, um cantinho Bordalo – tudo, enfim, o que Manuel Leitão, filho do fundador, acredita ser a alma de um povo. “Não estamos a vender, estamos a transmitir conhecimento e peças a gerações futuras”, defende. E é seguro comprar aqui azulejos: “Não compramos em pequenas quantidades, porque podem ser azulejos roubados. Tudo o que compramos é reportado à polícia”, explica Verónica. Se quiser um bonito azulejo, por 10€ vai bem servido.

  • Compras
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Bernardo Atelier Lisboa é um verdadeiro bazar urbano do século XXI. Tem marca própria, designs estrangeiros com produção portuguesa e propostas para miúdos e adultos, da moda à decoração, incluindo vasos em cerâmica e cortiça, cestos de verga, ilustrações, brinquedos de madeira e artigos de papelaria. No Príncipe Real, há outras duas lojas pertencentes à mesma família: a Real Slow Retail Concept Store e a Miranda & Go.

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  • Compras
  • Chiado/Cais do Sodré

Podíamos falar-lhe da incrível história da bósnia que chegou a Portugal para dar largas à sua paixão pela moda, mas, para já, o centro das atenções é a loja do Príncipe Real, onde o sentido estético de Lidija Kolovrat paira por todo o lado. Há peças das últimas colecções, apresentadas na ModaLisboa, e vestígios de outras marcas convidadas pela designer a partilhar o espaço. Se conseguir, suba as escadas e veja o que é um sótão a sério.

  • Petiscos
  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

Está cheio? Peça um cocktail à janela, encoste-se à parede (ou a um qualquer carro estacionado na Rua Dom Pedro V) e ponha a conversa em dia com os amigos. Nos entretantos, vá decidindo quais e quantos pratos querem partilhar. Neste pequeno restaurante, Henrique Sá Pessoa juntou tapas e petiscos, numa mistura entre Portugal e Espanha. Tem preços amigáveis, para dividir nas poucas mesas, ou sentado ao balcão. Comece com um tapisco e faça a porção crescer para um tachinho – o de paella negra, por exemplo. Isto tudo sem esquecer que para a comida descer há acompanhamento à altura: um bar de vermutes.

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  • Noite
  • Chiado/Cais do Sodré

O Pavilhão Chinês foi inaugurado a 18 de Fevereiro de 1986 e reúne nas cinco salas uma inacreditável colecção de objectos do seu fundador, Luis Pinto Coelho. De capacetes da Segunda Guerra Mundial a soldadinhos de chumbo, de aviões em miniatura a peças únicas de Bordalo Pinheiro, passando por curiosíssimos exemplares de Betty Boop e Action Men. Tem uma mesa de snooker, empregados vestidos a rigor, como já não se vê e é, por isso, um dos melhores sítios de Lisboa para impressionar os seus amigos turistas de visita à cidade.

  • Italiano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Maria Paola Porru, dona dos gigantes Casanostra e Casanova, atirou-se, em 2010, para um estilo de pizza pouco comum entre os lisboetas, mas muito apreciado em Itália: a pizza al taglio. Isto é, em fatias rectangulares ou quadradas, do tamanho que o cliente quiser, vendidas a peso. Entre as nossas favoritas estão a de batata com alecrim, a caprese, com mozzarella de búfala, e a de ricotta com salsicha napolitana. Pode comer ali ou pedi-las em formato take-away.

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  • Português
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 3 de 4

Apesar de ter fechado portas no final de 2017, o restaurante Antiga Casa Faz Frio, no Príncipe Real, não entrou para a necrologia das lojas históricas: mudou de mãos e reabriu de cara lavada mas com a história intacta. O receituário português continua a ser o grande foco desta casa, agora com uma actualização dos pratos e um maior investimento em ingredientes e matéria-prima de qualidade. A casa era conhecida por ter sempre uma proposta de bacalhau nos pratos do dia e isso vai continuar a ser regra. A casa era conhecida por ter sempre uma proposta de bacalhau nos pratos do dia e isso continua a ser regra.

  • Compras
  • Mercearias finas
  • Princípe Real

Porta incontornável no Príncipe Real desde 2002, é impossível esquecer que a melhor delicatessen de Lisboa nasceu em Alvalade nos anos 70. Passou entretanto para um espaço mais pequeno, encerrado há uns meses, mas continua viva no centro de Lisboa, com tudo aquilo que sonhamos ter na despensa. Queijos, molhos e massas italianas, chás gourmet (sim, existem), vinhos, caviares, chocolates, bolachas, mesmo tudo.

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  • Compras
  • Moda
  • Princípe Real

A New Black Urban Concept Store (vai buscar inspiração à expressão famosa no universo da moda que sempre há novidade diz que é "o novo preto") é uma loja para homens e mulheres e está recheada de marcas e designers bem conhecidos: Karl Lagerfeld, Diesel, Alexander McQueen, Rag & Bone, Maison Margiela, DSquared2, Vivienne Westwood ou Zadig & Voltaire. E isto é só uma amostra, numa montra onde há vestuário, calçado, jóias e outros acessórios.

  • Global
  • Princípe Real
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Kiko Martins andou a comer este mundo e o outro antes de assentar arraiais em Lisboa com um bom leque de restaurantes diferentes. A Cevicheria abriu em 2014 e criou buzz na cidade em torno da gastronomia peruana: tem o prato tradicional do Peru na sua versão mais pura – com peixe branco, puré de batata doce, cebola, algas e leite de tigre – mas a carta vai rodando novidades e vai além dos ceviches. Não aceita reservas e é um espaço pequeno, por isso vá com convicção. Na espera, observe o enorme polvo no tecto, por cima do bonito balcão de 4,5 metros.

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  • Princípe Real

O minimalismo pode traduzir-se noutras duas palavras: American Vintage. A marca francesa nasceu em 2005 pelas mãos do jovem empresário de Marselha Michaël Azoulay, que na altura tentava dar outro significado à t-shirt básica. Desde então, é uma verdadeira ode à simplicidade, que se adapta a vários estilos e com uma gama de cores vasta, precisamente para chegar a todos. Cortes casuais, tecidos de qualidade e acabamento vintage, não é por acaso que tem este nome. 

Paragens obrigatórias em Lisboa

  • Coisas para fazer

A zona mudou. O Campo das Cebolas – inaugurado em Abril de 2018 – rastilho da metamorfose, trouxe gente àquele canto da cidade, alterou rotinas, fachadas, hábitos. A rua fechou-se ao trânsito automóvel e ganhou um fôlego perdido há décadas. Hoje, a Rua dos Bacalhoeiros é um dos mais fervilhantes pólos na capital e isso valeu-lhe a nossa devoção.

  • Coisas para fazer

Uma pessoa pensa que vai só à Avenida da Igreja mas acaba por parar em Carcassone (a pastelaria), na Líbia (uma farmácia), na cidade das mil e uma noites (a pastelaria Nova Bagdad, baptizada, calculamos, antes da Bagdad original ter sido destruída pela guerra); passamos ainda por Helsínquia (outra pastelaria) e acabamos em Biarritz. Aí batemos com o nariz na porta: a mítica pastelaria no topo da avenida fechou. Há tanto para fazer que nós dizemos-lhe as nove paragens obrigatórias nesta avenida. 

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  • Coisas para fazer

Que bem que se está no Campo, principalmente se tiver paciência para procurar lugar para estacionar. Será recompensado. Na Rua Coelho da Rocha estão alguns dos melhores restaurantes de Campo de Ourique, que por si só já é um dos bairros onde se come melhor em Lisboa. Claro que tudo isto é discutível, mas não vamos discutir de estômago vazio. Da cozinha japonesa ao café saudável da moda, há para todos os gostos – e todos os heterónimos – ou não fosse esta a rua de Fernando Pessoa. 

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