Livraria da Travessa
© Arlei Lima
© Arlei Lima

Moda, livros e comida italiana: 20 paragens obrigatórias na Rua da Escola Politécnica

Do museu à livraria, dos restaurantes às lojas, a Rua da Escola Politécnica guarda clássicos e novidades que não pode perder no Príncipe Real.

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Por muito que se conheça e palmilhe o bairro, há sempre qualquer coisa para descobrir. Um novo cantinho a abrir, um novo prato para provar, um novo cocktail para beber, enfim, um leque de novidades e clássicos que se vão encontrando numa das principais ruas do Príncipe Real – a Rua da Escola Politécnica. E porque vai sempre haver quem não esteja a par de tudo o que pode encontrar por aqui, seja de um lado ou do outro da estrada, nós ajudamos nessa tarefa e detalhamos quais as paragens obrigatórias.

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Paragens obrigatórias na Rua da Escola Politécnica

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  • Chocolates e doces
  • Princípe Real

É Bettina Corallo que recebe os clientes na loja/fábrica no Príncipe Real, aberta há uns bons anos. E é ela também a responsável por cada nova criação artesanal da casa, feitos com o melhor do chocolate com 70% a 100% de cacau proveniente de países como a Bolívia, a República Dominicana e a Venezuela. Ah, e não há lecitina nem baunilha adicionadas, tudo aqui vem no estado mais puro possível, com adições de fruta ou frutos secos em algumas criações mais arriscadas.

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  • Princípe Real

Depois da Rua dos Bacalhoeiros, a Benamôr subiu umas colinas para abrir portas no Príncipe Real. A segunda casa veste-se de rosa millennial, que nem casa de bonecas, e tem uma montra catita sempre com as novidades da marca. O novo espaço serve uma homenagem ao produto mais vendido, aquele que alavancou a marca desde o início: o famoso creme de rosto, cuja fórmula se mantém desde 1925, agora sem parabenos. Em cima dos armários há posters emoldurados com anúncios do antigamente e, sem surpresa, o charme da art déco continua a ser um dos pilares da marca e da decoração das suas lojas, ambas com os mosaicos de chão inspirados no friso das bisnagas.

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  • Princípe Real

Lençóis mais brancos não há e esta loja que o diga. Em tempos já satisfez os caprichos de clientela bem mais selecta, dos Kennedy a casas reais por toda a Europa. Também vende toalhas, camisas de noite e aqueles vestidos para baptizar crianças indefesas. Tudo imaculado e bordado ao gosto do freguês.

  • Italiano
  • Princípe Real
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

É usual ouvir falar da ZeroZero pelas boas pizzas feitas em forno de lenha com produtos de qualidade, as tábuas de queijos e enchidos italianos para as petiscadas de fim de tarde, já sem contar com os cocktails com prosecco. Podendo, é juntar a esta equação a esplanada com buganvílias, coisa que mais parece um jardim, tanto no restaurante do Príncipe Real como no do Parque das Nações. O tempo de espera na fila vale a pena, acredite, e pode em ir sem medos numa romaria em família.

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  • Libanês
  • Princípe Real
  • 3/5 estrelas
  • Recomendado

O menu é suficientemente grande e completo para dar a conhecer melhor os pratos típicos de forno e os grelhados do Líbano, com a maior parte das receitas tiradas directamente do livro da avó de Tarek Mabsout, o dono. Outra das grandes apostas deste restaurante é nos vinhos: além dos rótulos portugueses, têm 18 referências libanesas, entre tintos, rosés e brancos, cultivados no vale de Bekaa, considerado o coração verde do Líbano. Uma boa maneira de conhecer um pouco de tudo é pedir um dos combinados, e regar com um copinho de vinho.

+ O Sumaya faz parte da Caixa 2por1 Deluxe - Grandes Restaurantes de 2023

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  • Princípe Real

Este é o primeiro espaço fora do Brasil, onde já existem oito, e traz o mesmo conceito que por lá vinga há 44 anos – uma livraria de bairro com uma curadoria literária única e programação cultural a condizer. Literatura, Fotografia, Arquitectura, Artes, Ciências Humanas ou Biografias – cabe tudo nestas estantes. O lote de autores portugueses continua a pesar nas escolhas editoriais da livraria com nomes António Lobo Antunes, Mia Couto, Alexandra Lucas Coelho, Miguel Torga, Maria Gabriela Llansol ou Eça de Queirós. Para folhear em português do Brasil, há autores como Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Machado de Assis, Lilia Moritz Schwarcz, Jorge Amado, Chico Buarque ou Milton Hatoum. A Travessa tem também uma secção infantil só para eles e um pequeno cantinho com cadeiras para leituras miudinhas.

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  • Geladarias
  • Princípe Real

A Nivà é a primeira cremeria italiana em Portugal. Aqui serve-se um gelado artesanal que, pela sua consistência de mousse gelada, merece destaque das demais gelatarias. A loja é o quinto espaço da família Rivolta, que tem como lema “Privilegiar a excelência do produto e a satisfação do cliente”. Stracciatella e Morango são dos sabores mais pedidos, mas a carta é variada e promete mudar a oferta com regularidade. Para além dos gelados, o estabelecimento vende outras opções igualmente tentadoras. Há expressos com chantilly, chocolate quente, e granitas ou milkshakes.

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  • Princípe Real
Papua Market
Papua Market

Esta concept store, que pediu emprestado o nome à marca de biquínis e fatos de banho que estão em destaque na loja, junta uma mão cheia de marcas no espaço, valorizando as nacionais, seguindo um estilo descontraído na onda do surf. Conte encontrar na Papua Market as sandálias Teva, os sapatos Olkin, a roupa da Imago ou as mochilas da Herschel.

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  • Princípe Real
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Restaurantes de comida tradicional há muitos, nem tantos a abrir, e poucos com um chef com nome feito na praça a dar-lhe forma. É isso o Pica-Pau, um restaurante que bebeu das receitas de Maria de Lourdes Modesto, em pleno Príncipe Real e com Luís Gaspar, da Sala de Corte, aos comandos. Açorda de gambas à segunda-feira, mão de vaca com grão à terça, filetes de pescada com arroz de tomate e coentros à quarta, cozido à portuguesa à quinta e arroz de cabidela à sexta. Eis os pratos do dia deste novo restaurante – que nasceu no lugar do antigo Pesca, de Diogo Noronha –, sempre disponíveis ao almoço e ao jantar com o preço único de 12€. O sábado é dia de massada de garoupa e camarão (18€) e ao domingo come-se cabrito assado com arroz de forno e grelos (20€). Maria de Lourdes Modesto e o seu Cozinha Tradicional Portuguesa serviram de bússola a Luís Gaspar, tal como o clássico Tesouro das Cozinheiras, de Mirene, e o próprio gastrónomo Virgílio Nogueira Gomes. A carta não tem que saber. Além dos pratos do dia, divide-se entre petiscos e principais. Na primeira parte, está, por exemplo, o pica-pau que dá nome à casa (14€). O couvert não é de se deixar passar. O pão de Mafra chega à mesa quente, acompanhado de manteiga dos Açores e molho Pica-Pau (3€) – isso mesmo, o molho do pica-pau. Nas sobremesas (4€), está lá a doçaria tradicional, claro: farófias com leite creme, mousse de chocolate, arroz doce e pudim abade de priscos.

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  • Princípe Real

Há sempre alguém viciado em produtos de beleza – se não for um creme hidratante básico, há-de ser um sérum revitalizante. E há que tomar consciência do que se compra. A Kiehl's tem mais de 160 anos e junta a herança farmacêutica aos princípios do comércio justo. E claro que há produtos estrela como é o caso do Midnight Recovery, o Crème de Corps ou Butterstick Lip Treatment. A marca faz regularmente embalagens temáticas consoante a época festiva do ano.

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  • Princípe Real
  • preço 2 de 4
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Desde que abriu a loja no Príncipe Real, Amélia Antunes quis criar um universo à parte. E conseguiu. Mais balcão, menos balcão, a Amélie au Théâtre permanece fiel ao imaginário do boudoir luxuoso, decorado com lustres e flores. Criado um dos ambientes mais femininos de Lisboa, Amélia selecciona a moda que melhor assenta no espaço, mistura-a com os seus acessórios e peças de design únicas. Tudo isto com o devido toque de extravagância.

  • Museus
  • História natural
  • Princípe Real
  • 3/5 estrelas
  • Recomendado

Parte da Universidade de Lisboa, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência tem como missão promover a curiosidade e a compreensão pública sobre a natureza e a ciência, integrando, para tal, três núcleos: o Museu e Jardim Botânico, o Museu Mineralógico e Geológico, e o Museu Zoológico e Antropológico. Pode visitar só o museu ou só o jardim (ou comprar um bilhete que dá acesso a ambos). Aos domingos, até ás 13.00, a entrada é gratuita mediante levantamento de bilhete.

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  • Princípe Real

É no número 80 nos lotes A e B que agora duas lojas, separadas por uma entrada de prédio, oferecem à cidade um novo local recheado de produtos sustentáveis e com preocupações ambientais a serem os pilares de suporte da marca. Sustentabilidade, aproveitamento, ecologia e comércio justo são as palavras mágicas da Stró onde pode encher o saco com mantas, boinas, cachecóis, cobertores ou chinelos de retalhos, tudo produtos em lã, linho ou algodão que obedecem a uma produção sustentável e controlada.

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  • Livrarias
  • Princípe Real

Abriu em Dezembro de 2020 e é um espaço branco e luminoso onde cabem os livros da Edicare dedicada ao universo infanto-juvenil, assim como uma selecção de artigos de papelaria que agradará a varias idades. Vai encontrar também jogos didáticos, jogos de tabuleiro e livros especiais com realidade aumentada ou puzzles magnéticos.

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  • Italiano
  • Princípe Real

Traduzido do dialecto napolitano, Obicà significa “aqui está” – uma expressão mais do que apropriada para dar nome ao novo restaurante italiano do Príncipe Real. “Aqui está” o novo mozzarella bar da cidade. “Aqui está”, também, uma boa maneira de partilhar comida com amigos e família. Uma fórmula já testada em Roma (onde nasceu a cadeia, em 2004), e noutras partes do mundo, inclusive no Porto, onde se estreou em Portugal. No menu estão representadas as regiões de Génova, Pádua, Florença, Puglia e Campana. 

  • Princípe Real

Na esquina da Rua da Escola Politécnica com a Rua do Arco a S. Mamede, destaca-se desde há uns meses um café luminoso. Percebe-se a inspiração nórdica, minimalista e bonita. O café de especialidade é uma aposta, mas também a comida simples e saudável, cheia de cor e sem grandes invenções. O menu é por isso, aparentemente, simples. Para o arranque, houve a ajuda de Joana Limão, cara do site Lemonaid, responsável por receitas saudáveis e conscientes, com quem Laiza Xavier partilhou cozinha no Naked. A ideia foi fugir aos processados, construindo um menu que não obrigasse a cozinhar, até por limitações do espaço que não tem uma cozinha tradicional. Há tostas e bagels, bowls simples e mais compostas e tartes e bolos sem toque de açúcar a mais. Para acompanhar, os smothies são pensados da mesma forma que a comida, com a mesma atenção e cuidado, bem como as bebidas à volta do café.

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  • Livrarias
  • Princípe Real

Num tempo em que nos habituámos a chorar a morte de velhas livrarias, é sempre de saudar o nascimento de uma nova. Em Novembro do ano passado, a Almedina ganhou mais um espaço, na Rua da Escola Politécnica. Fica a um pulo do Rato, no lugar que pertencia a uma antiga oficina de vitrais e mosaicos e onde agora as antigas mesas de fabrico de vidro suportam o peso de outras artes, inscritas em milhares de livros.

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  • Princípe Real

O número elevado encomendas feitas pela clientela portuguesa ditaram que a espanhola Nícoli abrisse a sua primeira loja por cá, na Rua da Escola Politécnica. A morada em Lisboa tem perto de 200 metros quadrados divididos em duas salas: uma só para a roupa de bebé e criança, e outra edicada às colecções de mulher e homem. O estilo boho define grande parte das colecções da espanhola que lança várias colecções ao ano a par das cápsula com colaborações especiais. 

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  • Arte
  • Princípe Real

A antiguidade é um posto – e a Galeria São Mamede, na Rua da Escola Politécnica desde o final dos anos 1960, é uma verdadeira instituição do bairro. Dedicada ao modernismo e ao movimento contemporâneo português, já exibiu grandes nomes como Cesariny, Cruzeiro Seixas ou Nadir Afonso.

  • Vegetariano
  • Princípe Real

Healthy V. instalou-se na Rua da Escola Politécnica para servir pequenos-almoços, almoços e jantares vegetarianos e maioritariamente vegan. O responsável é João Gouveia que conta com a ajuda da chef Sílvia Santos na composição da carta, que inclui opções saudáveis, mas ricas em sabor. O espaço conta com duas esplanadas, uma virada para a rua e outra no beco ao lado, e um interior espaçoso com uma decoração boho minimalista. 

Lisboa bairro a bairro

  • Coisas para fazer

É no Príncipe Real que os valores das casas chegam a somas astronómicas: 5254 o metro quadrado, segundo os dados publicados o ano passado, a zona mais cara de todo o país. E também a melhor. Neste bairro parece haver uma só rua que o atravessa do início ao fim, mas na verdades são duas que se encontram na Praça do Príncipe Real. De um lado a Rua da Escola Politécnica, que vem do Rato, e do outro esta que tratamos aqui, a Rua Dom Pedro V. 

  • Coisas para fazer

"Há espaço para todos nos novos Bacalhoeiros”, começa por dizer João Sá, chef responsável pelo SÁLA, que ocupou o seu lugar nesta rua lisboeta. “Acima de tudo, o que é importante e engraçado é isso; quem ali estava, continua, tem o seu modus operandi, e nós temos outra coisa. Uma diversidade que não existia até então.” O arruamento que em 1755 ficou com a designação definitiva de Rua dos Bacalhoeiros tem história mas, até há pouco tempo, era precisamente isso: uma lembrança do passado. Agora, a zona mudou, o Campo das Cebolas – inaugurado em Abril de 2018 – rastilho da metamorfose, trouxe gente àquele canto da cidade, alterou rotinas, fachadas, hábitos.

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