Zama, de Lucrecia Martel
Zama, de Lucrecia Martel

O melhor do IndieLisboa 2018

Feitas as contas são 245 filmes distribuídos por 11 dias. Ver todos é uma quimera. Perante este facto da vida, em espírito de serviço público, a Time Out viaja pelas secções e retrospectivas deixando pistas. A escolha é à vontade do freguês.

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Lucrecia Martel e Jacques Rozier são razões suficientes para prestar atenção à 15ª edição do IndieLisboa. Mas as retrospectivas dedicadas aos Heróis Independentes de 2018 são apenas duas razões para passar os próximos dias em modo de orgia cinéfila. Porque depois há as secções competitivas, sinais do presente da arte, com sorte fornecendo pistas para o seu futuro próximo, seja em curtas ou longas-metragens, ou a estimulante secção Silvestre dedicada a novos, experientes e mesmo consagrados cineastas, todos com uma perspectiva singular do cinema. E mais, por exemplo o popular IndieJúnior, onde se tenta aplicar a máxima “de pequenino se torce o pepino”, expondo os mais jovens aos melhores e mais educativos exemplos. E ainda a sempre muito frequentada secção IndieMusic, na qual, através de músicos e bandas de todo o lado se mergulha “não raras vezes nos contextos históricos, políticos e sociais que acompanham as movimentações musicais”, como sublinha a organização.

Filmes novos que têm nas memórias cinéfilas a sua principal inspiração e matéria-prima, ou apenas filmes que trabalham sobre e reinterpretam o património visual cinematográfico, são a especialidade do segmento Director’s Cut, este ano desdobrado num Director’s Cut em Contexto em que se encontram “obras nas quais o património dos que fizeram a história do cinema se materializou.” Mas o festival não seria o que é sem Boca do Inferno, o sítio onde estão as películas que abriram novos horizontes sem ligar a tabus, por vezes de maneira desconcertante, contudo sempre explorando os chamados “temas fracturantes”. Sem esquecer as célebres Sessões Especiais, nas quais, nesta edição, serão exibidos, entre outros, A Árvore, de André Gil Mata, e Raiva, de Sérgio Tréfaut. E este ano, estilo cereja no topo do bolo, ainda há um concerto de John Parish que muito tem a ver com o cinema. A escolha, agora, é à vontade do freguês.

O melhor do IndieLisboa 2018

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Filmes para todos os dias
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De 26 de Abril a 6 de Maio, a cidade enche-se de cinema independente. Para não se perder entre a programação do IndieLisboa 2018, damos-lhe o melhor de cada dia. 11 dias, 15 fimes. 

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A bem dizer, quase ninguém conhece Jacques Rozier. Até agora, que o problema é resolvido em justa retrospectiva histórica no IndieLisboa 2018.  

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São, ou foram no seu tempo, filmes novos, mas para entrarem no programa da secção Director’s Cut do IndieLisboa precisaram de mergulhar na memória do cinema e nela encontrar matéria-prima para a sua inspiração. Criar obra nova a partir desse olhar sobre o património cinematográfico é o objectivo. Aqui vão cinco exemplos.

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Na Boca do Inferno
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É na Boca do Inferno que se encontram algumas das películas mais desconcertantes do IndieLisboa 2018 e os temas, como agora muito se diz a propósito de tudo e de quase nada, mais fracturantes. 

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Tanto cinema, tão pouco tempo. Há filmes em cartaz para todos os gostos e feitios. Das estreias da semana aos filmes que, semana após semana, continuam a fazer carreira nas principais salas. Saiba que filmes estão em que cinemas, e quando é que os pode ver. E, se não souber o que escolher, leia as nossas críticas.
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