Canalha
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

Da coqueluche da cena gastronómica aos clássicos: 15 restaurantes em Belém

Nos restaurantes em Belém, há mesas para todos os gostos e carteiras e nem precisa de enfrentar a confusão dos turistas.

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A fome arranja-se facilmente com uma corrida pelo passeio que acompanha a margem do rio, ou mesmo com umas pedaladas de bicicleta. Uma paragem talvez para a observação de turistas junto dos Jerónimos e dos Pastéis de Belém, ou até para uma voltinha Centro Cultural de Belém e do seu novo museu. Deixe as selfies com vista para a ponte 25 de Abril para depois e comece a pensar em talheres. Esta lista de restaurantes em Belém inclui estrela Michelin, uma tasca com uma estrela benfiquista na parede e muito foco na dobrada, além do novo hotspot gastronómico da cidade.

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Os melhores restaurantes em Belém

  • Belém

Ir às mesas falar com as pessoas nunca foi das coisas que mais gostou de fazer. Apesar de todo o reconhecimento, João Rodrigues sempre passou mais tempo dentro da cozinha. Quem o vê hoje atrás do balcão do Canalha, na Rua da Junqueira, em amena cavaqueira com quem ali se senta, não suspeitaria. O chef está feliz, sem grandes peneiras, dramas ou conceitos. A música, numa playlist ecléctica em português, compõe o ambiente, agitado q.b. O serviço é rápido, mas sem pressas. “Queria ter um espaço destes em Lisboa. É um restaurante para as pessoas estarem bem, divertidas”, conta o antigo chef do Feitoria, que deixou o estrela Michelin do Altis Belém em 2022, depois de 13 anos. À entrada, fica a montra com carne, peixe e marisco para ser feito a gosto. Mas há muito mais para pedir, de entradas mais simples como pastéis de bacalhau (3,20€/duas unidades), a um raspado de presa de vaca Simental Alex Castani (16,10€). Há molejas de borrego alentejano grelhadas (9,20€) ou uma tortilha aberta de camarão e cebola (17,90€). De destacar ainda um prato já clássico de João Rodrigues, a lula de torneira grelhada e manteiga de ovelha (25€).

  • Frutos do mar
  • Belém

O cenário é digno de filme, o que tem alguma graça quando se descobre que ali já houve um armazém da Tobis, a mais antiga produtora do cinema português. Os tons dourados, que reluzem, a sereia que, quando se entra, parece esconder um aquário enorme, sofás de veludo espaçosos, frisos e colunas, candeeiros únicos… Podíamos continuar a enumerar, mas o melhor é dizer que a Nunes Real Marisqueira sofreu uma revolução. Não foi só uma mudança de sítio, para umas portas ao lado. Foi um investimento de “quatro e muitos milhões” que fez renascer uma casa – não que alguma vez tivesse morrido, mas há um antes e um depois desta transformação. A essência, essa, não mudou, tal como grande parte das caras que nos recebem ali, agora com novas fardas (calçado incluído) e tudo. A carta subiu de nível, mas não deixou de fora os clássicos. O marisco nacional continua a ser a aposta central.

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  • Belém

No princípio era o balcão e a comida tradicional, depois veio o arrojo e a vontade de fazer diferente. Com a lição estudada e o caminho feito n’O Frade, Sérgio Frade abriu o Guelra. Não fica muito longe do primeiro restaurante, mas este é mesmo no epicentro turístico de Belém. Com esplanada e sala no piso superior, e com Manuel Barreto ao leme, o balcão volta a ser o foco da acção (e atenção), em tons de azul do mar, de onde, aliás, vem a matéria-prima. Na carta, só peixe e marisco, embora não da forma que se espera. Apesar de o espaço ter capacidade para cerca de 80 pessoas, divididas pelas três zonas, o menu não é muito grande, pelo menos por agora. 

  • Brasileiro
  • Belém
  • preço 1 de 4

A Lanchonete, de sotaque brasileiro, abriu em 1986. Três décadas depois, a casa sofreu transformações pelas mãos de Pedro Bento, que decidiu dar uma nova vida ao negócio do pai: os espelhos, o metal, a identidade de padaria antiga, deram lugar a uma fórmula renovada, da carta ao espaço. O que aqui se come é muito daquilo que se come nas lanchonetes do outro lado do Atlântico: pastéis de feira, pão de queijo, coxinhas, hambúrgueres e lanches brasileiros. 

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  • Belém
  • preço 4 de 4

Depois da saída surpreendente de João Rodrigues do estrelado Feitoria, no Altis Belém Hotel, André Cruz, até então braço direito do chef, é agora o homem do leme – e não tem desiludido. Sabe bem o que está a fazer. O crítico Alfredo Lacerda foi disso testemunha e resumiu assim a experiência: "André Cruz faz brilhar a sua paixão pelo produto (algumas coisas vêm de horta própria, no Pinhal Novo) e oferece uma boa relação entre luxo e achados, com atenção ao país onde vive". São dois os menus, a que o chef chamou Semente: um de sete (150€) e outro de nove momentos (180€), havendo duas versões vegetarianas (110€/ sete momentos, 130€/ nove).

  • Belém

Legumes biológicos, fruta da época, ovos do campo, café torrado, pão de fermentação lenta e pratos para todos, desde o pequeno-almoço ao lanche ajantarado, feitos sempre com respeito pela terra e pelas pessoas. Assim se apresenta o restaurante do Centro Cultural de Belém (CCB). É Único, de conceito e de nome, e quer-se inclusivo e sustentável, como o programa Semear, que se assume como a sua espinha dorsal.

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  • Português
  • Belém

À primeira visto, tudo parece na mesma, mas a verdade é que houve uma pequena revolução n'O Frade. O espírito, esse, pelo menos, não mudou. A carta já não é a mesma, e o chef também não. Carlos Duarte Afonso, que tinha aberto o restaurante com o primo Sérgio Frade, saiu para abrir o Oitto, e na hora de escolher o substituto, Sérgio foi buscar um filho da casa: Diogo Carvalho. É dele agora a missão de comandar a cozinha e o balcão mais badalado de Belém.

  • Belém

Já foi a cafetaria do CCB e, depois da renovação, passou a restaurante com vista privilegiada sobre o rio e Belém. Os pontos cardeais percebem-se numa rápida passagem de olhos pela carta: a comida italiana com as pizzas e massas a Oeste e a inspiração japonesa no sushi e no teppan a Este. 

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  • Grande Lisboa

Há muito tempo que estava prometido e era só o que estava a faltar num dos museus mais badalados de Lisboa: um restaurante. Depois da cafetaria, chegou o maat Kitchen. O restaurante é do Grupo Mercantina, mas distingue-se pela aposta no fine dining. Se de um lado fica o maat Kitchen, do outro fica o maat Café e o Riverside Bar & Bistro, que ocupa o lugar da cafetaria depois das 18.00, estando os dois espaços divididos apenas por um balcão e um jogo de cores. Mas é para o restaurante que se viram as atenções. Natanael Silva é o chef executivo e Bruno Salvado o chef residente e o menu divide-se entre pratos para partilhar, carne, peixe, arrozes e brasa, tudo dentro da gastronomia mediterrânica. 

  • Mediterrâneo
  • Belém
  • preço 3 de 4

Ainda se lembra da antiga Vela Latina? O espaço levou um extreme makeover e ficou absolutamente irreconhecível. Lá dentro, convivem agora dois conceitos diferentes: a cozinha de sempre, com os clássicos de Benjamim Vilaça, como os filetes de pescada com risoto de alcachofras ou os fígados de aves em tarte de maçã; e o Nikkei, de cozinha de fusão peruana e japonesa, que se instalou no lugar do antigo bar e serve ceviches, tiraditos, causitas e outros pratos quentes à carta.

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  • Belém

A ciência não está só nos laboratórios e afins do edifício da Fundação Champalimaud. Está também no restaurante, se atentarmos no nome, nas paredes onde há frases deste cientista e uma falsa biblioteca imensa. Lá dentro, as massas e risotos são pratos fortes, mas há que dar um olhinho a opções de inspiração lusa, como os Brás, as bochechas ou as costelas de cordeiro com migas.

  • Italiano
  • Belém

Os edifícios da antiga discoteca BBC e do Piazza di Mare abriram renovados pelo grupo Sana, na vizinhança do maat. Um edifício para receber grandes eventos privados e festas temáticas, com o nome SUD Lisboa Hall. Já no Piazza di Mare está agora o Sud Lisboa Terrazza, com piscina e pool bar à noite, no primeiro andar, e um restaurante com dois espaços diferentes, esplanada e quiosque no rés-do-chão.

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  • Português
  • Belém
  • preço 2 de 4

Assim que se entra – cuidado com o degrau 
– vê-se logo o topo das paredes forradas a cachecóis vermelhos com toques aqui e ali de um branco e verde do Rio Ave ou de um azul do Belenenses. Essa primeira sala é só a entrada para um tasco cheio de potencialidades, com o expoente máximo no terraço das traseiras, com direito a umas quantas árvores e espaço para as corridas dos miúdos. Isto enquanto os pais resolvem uma dose de dobrada com feijão branco, a especialidade por que é conhecida esta casa em Pedrouços.

  • Global
  • Belém

No Estádio do Restelo, casa do Belenenses, o mítico restaurante Varanda Azul reabriu em busca das glórias do passado. Se de um lado se celebra o futebol com petiscos, cerveja e televisão – falamos do Matateu –, no Varanda Azul privilegia-se um ambiente mais íntimo e familiar com música ambiente (com uma lista que vai da bossa nova ao jazz). À mesa, a estrela são as carnes grelhadas, essencialmente de vaca, como o t-bone, perfeito para duas pessoas. Mas nem só de carnes se faz a carta do restaurante. 

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  • Português
  • Belém
Petisqueira Matateu
Petisqueira Matateu

Com uma esplanada em pleno estádio de Os Belenenses, com parque de estacionamento à porta, o Matateu é sempre uma boa opção quando o que se procura são petiscos. O nome não podia deixar de ser uma homenagem ao jogador que fez história no clube. E não precisa de ser fã da bola para aqui vir parar. Está longe da confusão e o que chega à mesa não costuma desiludir. 

Os melhores restaurantes em Lisboa por zona

Se há zona de Lisboa que nunca fica igual é o Cais do Sodré, conhecido pela movida nocturna, mas cheio de vida durante o dia. Há cada vez mais novos projectos a regenerar o bairro, de restaurantes a bares onde também se come bem, há um mudo de opções. Restaurantes de peixe, de carne ou de comida do mundo tornam possível comer de tudo um pouco sem sair do quarteirão. Não sabe onde reservar mesa?

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Depois de tanto tempo adormecida por causa da pandemia, a zona voltou à vida de antigamente. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real.

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