Restaurante, Sushi Design, Farol Hotel
©Arlindo CamachoSushi Design
©Arlindo Camacho

Os melhores restaurantes em Cascais

Se está de passeio pela vila, saiba quais os melhores restaurantes em Cascais – e não pense que só vai encontrar peixe

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A meia hora de Lisboa, Cascais – à beira-mar plantado – não é apenas um paraíso de praias e ondas para surfar. Os melhores restaurantes em Cascais, para antes ou depois do bronze, têm os olhos colados ao mar. Mas, se as estrelas são os peixes e o marisco, há mais: alta cozinha chinesa, caça e estrelas Michelin. Entre a terra e o mar, o difícil será escolher se prefere um pargo com cevadinha e funcho ou uma burrata italiana da Campânia. Explore este roteiro e, se estiver muito indeciso, siga também as nossas sugestões de pratos.

Recomendado:  Comer, comprar e passear: as melhores coisas para fazer em Cascais

Guia de Restaurantes

  • Cascais
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Miguel Rocha Vieira veio da Hungria directamente para a praia do Guincho, alterar as linhas de uma cozinha Estrela Michelin, com veias alemãs e francesas, herança dos chefs que por lá tinham passado, como Vicent Farges. E transformou-a numa carta muito virada para o mar, ali mesmo ao lado, assente na sazonalidade. Gil Fernandes, sous-chef de Rocha Vieira (que saiu em Novembro de 2018), é quem assume agora as rédeas do restaurante que trabalha o marisco e o peixe fresco em três menus de degustação e ao longo de toda a carta. Mas as novidades são frequentes. Ou seja, se já não apanhar o salmonete com couves, choco e batata ou o pargo com cevadinha e funcho, a culpa não é da Time Out. Agora, se ignorar o sommelier Ivo Peralta, a culpa aí já é sua.

PERFEITO PARA Experimentar os pratos de mar, muitos inspirados ali mesmo à frente.

OBRIGATÓRIO PROVAR O salmonete com curgete e choco.

  • Frutos do mar
  • Cascais
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Há hábitos de restaurantes a que os portugueses já deviam estar habituados. O momento em que chega à sala um peixe em chamas (a receita é peixe ao sal) deslumbra estrangeiros mas também faz virar cabeças até de quem não come peixe. No Furnas do Guincho, é costume ver sair um carrinho destes da cozinha por dia, num aparatoso espectáculo. E é do mar que vêm as maravilhas que se comem por lá, seja o marisco fresco ou cozinhado – a saborosa paella, por exemplo – ou o famoso peixe. Não contente, há outras opções imperdíveis, como a açorda de lagosta ou a cataplana de polvo, para comer na sala interior ou na esplanada, quando o tempo estiver para isso.

PERFEITO PARA Um almoço em cima do mar, naqueles dias sem vento em Cascais.

OBRIGATÓRIO PROVAR O bacalhau à lagareiro.

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  • Pizza
  • Cascais
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

É um curioso caso de sucesso em Cascais – tanto que mudaram em meados de 2017 para um restaurante maior  de uma pizzaria napolitana, idealizada por um casal de brasileiros radicado em Portugal há 25 anos, famoso por ter criado a marca de biquínis Marhum. O insólito aconteceu e Humberto, o homem da família, decidiu mudar de vida, estudar Itália de uma ponta à outra, arranjar fornecedores em Nápoles (a burrata vem da Campânia, por exemplo) e abrir um restaurante simpático com pizzas de bordas gordas e centro húmido.

PERFEITO PARA Meter conversa com Humberto e deixá-lo contar tudo sobre os ingredientes das pizzas.

OBRIGATÓRIO PROVAR A pizza Caruso, com mozarela de búfala fresca e espinafres.

  • Frutos do mar
  • Cascais
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

Poucos lhe chamam Mar do Inferno e preferem tratá-lo pela alcunha “Lourdes” ou “Dona Lourdes”. E é à matriarca da família que todos apelam em dias de Verão para conseguir uma mesa na esplanada (cá entre nós, a sala interior ainda é melhor, mas shhh…), e a quem todos agradecem à saída, depois de encherem a barriga com especialidades de mar vindas ali de perto. Em caso de muita fome, atire-se à travessa do mar, com robalo, dourada, gambas, mexilhões e acompanhamentos. Ou então, fique-se pela mariscada.

PERFEITO PARA Poder dizer com propriedade aos cascaenses que “foi à Lourdes”.

OBRIGATÓRIO PROVAR As bruxas de Cascais.

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  • Frutos do mar
  • Cascais
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

A marca Monte Mar tem vindo a crescer ao longo dos anos, qual milagre da multiplicação (dos pães e) dos peixes. Mas continuamos a ser preferir o da Estrada do Guincho a todos os outros. Não só porque as marés do Tejo não geram nem ondas nem tão perfeitas como as que rebentam ao lado das mesas do restaurante cascaense, como porque aquele serviço simpático à moda antiga é impagável. A ementa mantém-se quilométrica, as sugestões do dia, idem, mas isso são só razões válidas para voltar lá sempre e provar coisas novas.

PERFEITO PARA Uma escapadinha a Cascais com direito a bom peixe e vista para o mar.

OBRIGATÓRIO PROVAR Os filetes de pescada com arroz de berbigão.

  • Chinês
  • Cascais
  • preço 3 de 4
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

É um dos mais genuínos restaurantes chineses em Lisboa e serve os verdadeiros sabores da região de Kuong Tong. Agora aparece de cara lavada, com uma esplanada toda envidraçada, mas com a carta de sempre, onde é bem provável que se perca, uma vez que apresenta mais de cem especialidades. Ao almoço os míticos dim sums são a jóia da coroa e estão sempre a sair, já ao jantar as opções continuam difíceis de enumerar, por isso facilitamos-lhe o trabalho: o pato à Pequim é uma das especialidades a par da sopa de barbatanas de tubarão.

PERFEITO PARA Entrar a falar português e sair a falar mandarim.

OBRIGATÓRIO PROVAR A sopa de barbatanas de tubarão supremo.

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  • Global
  • Cascais

Entrar no Cimas English Bar é, qual pórtico mágico, viajar para outra realidade. Para os anos dourados da Costa do Estoril, onde os espiões, as famílias reais em exílio, os escritores e os políticos portugueses e estrangeiros eram clientes habituais da família Cima. Um clássico que sobreviveu aos gloriosos anos 50 e 60 da Costa do Sol. O ambiente pesado não mudou, tal como a lista deliciosamente parada no tempo, que mantém o cocktail de marisco nos “acepipes”, o bife raspado nos pratos e a banana flambé nas sobremesas. A ementa é, portanto, também uma viagem, desta feita às cozinhas francesa (ai a concha de marisco gratinada) e galega, mas também, e com grande destaque para os pratos de caça. Duas notas: a garrafeira tem mais de 20 mil referências e há lampreia na devida época.

PERFEITO PARA Vestir por umas horas a pele de um aristocrata importante do séc XX.

OBRIGATÓRIO PROVAR A galinhola à English Bar.

Outras paragens obrigatórias

  • Cascais

Em 1950, uma condessa italiana ficou anémica e pediu ao chef do clube que frequentava para lhe servir carne crua de forma discreta. Ele criou um prato requintado, com fatias muito finas de novilho e mostarda. As cores que lembravam os quadros de Vitorre Carpaccio foram um sucesso tão grande que outros clientes quiseram experimentar. O restaurante La Contessa é uma homenagem à italiana enferma e serve desde 2015 a especialidade de todas as formas e feitios. “Sou fascinada por comida crua e saudável”, diz Alessandra Miranda para explicar porque juntou tártaros aos seus carpaccios. Um casamento mais que feliz, principalmente quando acompanhado pelo belíssimo mojito de morango e rematado pelo mil folhas com doce de ovos. Não esquecer ainda as piadinas: a melhor é a de rosbife. Convém marcar mesa – o espaço é bem pequenino. 

  • Petiscos
  • Cascais

O Páteo do Guincho é o quarto espaço do grupo Páteo do Petisco. Fica dentro do Clube D. Carlos, ao lado do Parque de Campismo, e tem uma carta ligeiramente diferente. Há novos petiscos, uma grelha para peixe e carne no carvão e carnes premium. A sala é espaçosa e luminosa e no meio está uma máquina de cortar enchidos que chama logo a atenção de quem entra. Por estar ao lado do campo de ténis, tem ainda um pequeno bar com um menu diferente (com saladas, hambúrgueres ou wraps) para os atletas que querem uma refeição mais leve depois do treino.

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  • Japonês
  • Cascais

Conhece a Confraria Lx? Pois fique sabendo que foi em Cascais que nasceu a marca de sushi, um restaurante no centro histórico da vila com uma esplanada que enche sete dias por semana durante o Verão. Muitas das especialidades de fusão controlada (calma, puristas) que os alfacinhas conhecem do Cais do Sodré, têm também morada em Cascais. Exemplo dos hot philadelphia ou dos niguri skin.

  • Global
  • Cascais

Os belgas têm o óptimo hábito de juntar mexilhões a batatas fritas, comendo tudo à mão, sem cerimónias. O Moules & Gin importou o conceito, juntou-lhe molhos deliciosos com influências de todo o planeta e uma lista de cocktails extensa e original. Não se esqueça de marcar mesa: costuma estar cheio.

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  • Vegetariano
  • Cascais

O melhor terraço de Cascais fica no topo desta loja-café-galeria que serve refeições vegetarianas, vegan e no Verão, até cruas. Vale a pena lá ir para comprar loiças, para beber um copo no terraço e ver as vistas, ou para provar uma das saladas, sumos, bolos ou chás da casa, sempre feitos consoante a imaginação da dona. 

  • Cascais
  • preço 3 de 4

Prepare-se para entrar no laboratório com mais pinta de Cascais. No Kimya, no Sheraton Cascais Resort, toda a gente anda de bata branca, os cocktails são servidos em tubos de ensaio e há gelo seco a espalhar vapor por toda a sala. Metade bar, metade restaurante, não deixa nada ao acaso: todos os ingredientes (das bebidas e dos pratos) foram escolhidos de forma a criar uma reacção química entre si. Se quer ter nota máxima a ciências, escolha um dos menus de degustação: o Lei de Lavoisier inclui cinco minipratos e três cocktails; o Relatividade Especial, mais completo, junta numa única equação oito pratos e cinco cocktails.

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  • Japonês
  • Cascais
  • preço 3 de 4

O restaurante japonês do hotel Farol Design, mesmo em cima do mar, não tem só uma das melhores vistas da zona: tem uma carta criada pelo sushiman-surfista Nuande Pekel onde nunca falta peixe fresco. Se depois do almoço ou antes do jantar quiser dar um mergulho, a piscina do hotel fica mesmo ali ao lado. E, com aquela vista, vale cada cêntimo. 

  • Cascais

Percebes, amêijoas, ostras, canilhas, bruxas, camarões, carabineiros, sapateira, lambujinhas e, como não pode faltar numa marisqueira que se preze, pregos. Este restaurante integrado na peixaria do mercado de Cascais funciona quase como uma ida às compras: primeiro escolhe o marisco que quer, a quantidade e a forma como o quer cozinhado. Depois decide se come ali mesmo ou se leva para casa.  

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  • Cascais

Podia ser por piada, mas não é. O apelido da italiana Romina, que abriu em Janeiro um restaurante de comida italiana em Cascais, é mesmo Lamassa. “Foi uma coincidência engraçada”, ri. Está em Portugal desde 2012, é casada com um português, e apesar de ser veterinária de formação, têm uma paixão incomensurável por massa. Todos os dias de manhã faz a pasta fresca que cozinha no restaurante e que também vende para fora. O menu é simples, mas eficaz. Na lista, curta, tagliatelle carbonara ou bolognese, paccheri alla genovese, e raviólis de salmão, espinafres e ricota ou bacalhau (entre os 7€ e os 10€). E, para rematar a refeição, prepara o incontornável tiramisu e uma especialidade do sul de Itália, o bolo caprese al limone que leva limoncello e chocolate branco (ambos a 3,50€).

  • Petiscos
  • Cascais
  • preço 2 de 4

A localização não podia ser mais idílica, mesmo em cima da Baía de Cascais, e o conceito não podia ser mais apelativo: um bar-restaurante onde a comida é para partilhar. Há mesas comunitárias para grupos (ou não), há uma carta de cocktails, há várias taças de lascas para picar como as de inhame, mandioca e pastinaca, há pratos para dividir como o ovo escocês de farinheira com couve chinesa e cenoura preta ou a tempura de espargos com guacamole e há muita inspiração tradicional de Portugal e não só em transformações gastronómicas originais. Ao fim-de-semana há música até às duas.

Todos à Linha

  • Coisas para fazer
O melhor do Brasil em Cascais
O melhor do Brasil em Cascais

A história de amor e desamor (todos os bons namorados têm os seus arrufos) entre o Brasil e Portugal tem mais de quatro séculos e as notícias dos últimos dias dão conta de que há cada vez mais brasileiros a mudar-se de lá para cá. Com a invasão (bem-vinda, se perguntarem a quem vos escreve), celebra-se também a chegada de uma experiência de diversidade que vale a pena celebrar, muito para além das havaianas – a que não resistimos no Verão – ou dos brigadeiros – hoje incorporados em quase todos os cafés lisboetas, para saborear durante o ano inteiro. Sendo assim, o melhor é não tirar um cochilo (tradução: já não tem idade para sestas) e ir ver o que anda a rolar para os lados de Cascais.

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