Choclo
Francisco Romão Pereira Choclo | nikkei (15,90€)
Francisco Romão Pereira

Ceviches, tiraditos, causas. Seis restaurantes peruanos em Lisboa

Um roteiro pelos restaurantes peruanos em Lisboa para beber piscos e provar ceviches, tiraditos e muito mais.

Teresa David
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São cada vez mais os restaurantes peruanos em Lisboa. E ainda bem. Não é ao acaso que esta gastronomia é tida por muitos como a mais rica da América Latina. No Peru, fazem-se coisas deliciosas como ceviches, tiraditos ou causas. Foi o Qosqo, ali para os lados da Sé, que nos apresentou esta cozinha há mais de dez anos. Mais tarde, o chef Kiko, com a sua A Cevicheria, tornou-a ainda mais famosa. Entretanto, foram aparecendo outros: alguns de street food, outros dedicados exclusivamente ao ceviche, e até um de cozinha peruana ligada ao mar. As opções são quase infinitas. Assim, siga este roteiro e marque mesa num destes restaurantes peruanos em Lisboa. 

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Os melhores restaurantes peruanos em Lisboa

  • Chiado/Cais do Sodré

A nova cevicheria da Bica nasceu de dois amores – o da lusa-alemã Katharina Goyke e do chileno Matías de Araujo um pelo outro, mas também pela comida peruana. No Choclo, a estela é, claro, o ceviche, como o tradicional (10,90€), com peixe branco do dia (cortesia do Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré), leite de tigre, milho peruano e batata doce; mas também algumas criações do chef, como o nikkei (15,90€), com toques asiáticos, e que leva atum, leite tigre yuzu-ponzu, alga wakame, feijão edamame, amendoim japonês e abacate.

  • Chiado/Cais do Sodré

Desde Outubro que o ambiente e os sabores do número 46 da Praça das Flores nos levam para outras latitudes. É que agora quem lá mora é o El Cebichero, um restaurante descontraído, apesar da estética moderna, e que, entre outras coisas, serve ceviche, como o el clandestino (19€), uma mistura de mariscos e peixe branco com creme de coentros. Salvador Sobral, João Baptista, Bernardo Crespo e Kellman Sequeira, os sócios do El Clandestino, em Cascais, e Duarte Cardeira, que foi chef de bar do antigo El Clandestino Lisboa, são os responsáveis. De Cascais trouxeram ainda emprestado o chef peruano Teófilo Quiñones, que desenhou a nova carta.

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  • Cais do Sodré

Há ceviche, sim, mas não só. No Amaru Peruvian Street Lab, no Cais do Sodré, honra-se a comida peruana na sua forma mais descontraída – a comida de rua, aqui a da capital Lima – enquanto se bebem "unas copas". O ceviche, como o lo puro (13.50€), com corvina em leite de tigre, é um chamariz, mas não deixe passar as entradas, entre elas o tacu-tacu (4,50€), umas bolinhas de feijão. Nas bebidas vá pelo cocktail beerful chilcano (9€), preparado com sumo de gengibre caseiro, pisco, cerveja e lima.

  • Cais do Sodré

Daniel Manrique abriu o primeiro Segundo Muelle em Lima, no Peru, na década de 1990. Hoje, já conta com duas dezenas de espaços em cinco países do mundo, uma delas no Cais do Sodré. Diz-se o “peruano mais autêntico de Lisboa” e por lá serve-se uma cozinha ligada ao mar. O ceviche da casa (17,90€), com peixe branco do dia e lâminas de polvo, cobertos com molho, é sempre uma boa opção. Para beber, o melhor é optar por um dos cocktails, como o tradicional pisco sour (8,40€). 

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O restaurante na Rua dos Bacalhoeiros foi o primeiro a especializar-se em gastronomia peruana, em 2012, pela mão de Gabriela Ruiz Gordon, e mantém-se forte. De uma ementa muito completa destacam-se, claro, os ceviches, como o de ají amarillo (15.90€); os tiraditos, entre eles o de atum nikkei (13,80€); e as causas, como a clássica (8,50€). 

  • Global
  • Princípe Real

Durante a viagem que fez pelo mundo, a cozinhar em casas de famílias, o chef Kiko Martins apaixonou-se pelo prato tradicional do Peru. Trouxe-o para A Cevicheria, um pequeno restaurante com um belíssimo balcão e um polvo gigante no tecto. Além dos tradicionais ceviches e causas, também há tacos, mas o melhor é apostar na degustação (66,70€), com cinco pratos e uma sobremesa. 

Comer o mundo em Lisboa

  • Indiano

De todos os pastéis que o mundo inventou, nenhum viajou tão bem como a chamuça. Esta especialidade indiana chegou a Portugal através da culinária indo-portuguesa de Goa, Damão e Diu, outrora parte do Estado Português da Índia. Em Lisboa, a variedade é grande: não se atreva a aproximar-se dos triângulos amolecidos e oleosos de snack bar (que, bem sabemos, podem safar em alturas de grande larica). Procure pelas boas versões de carne picada (sobretudo de bovino e suíno), vegetarianas, frango e aloo. Estas últimas são as chamuças mais tradicionais na Índia, com recheio de batata, ervilhas, cominhos, coentros e assafétida, uma planta muito utilizada não só na culinária indiana, como na afegã, paquistanesa e iraniana. Se encontrar, mande a morada.

Lisboa é do mundo. Já há muito tempo que se tornou num oásis para comer especialidades mexicanas, coreanas, americanas, indianas e, claro, chinesas. Os dim sum – aqueles dumplings chineses escorregadios, cozinhados ao vapor ou fritos e servidos em cestinhos de bambu – são uma dessas especialidades que encontramos tanto em restaurantes de topo desta gastronomia como no nosso equivalente a tasca chinesa. São uma óptima entrada, mas saiba que também podem ser uma refeição completa – e a prova disso são os restaurantes dedicados em exclusivo a estes petiscos. Descubra os melhores sítios para comer dim sum em Lisboa. 

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