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Gabriell Vieira
Gabriell Vieira

Os melhores restaurantes que abriram em Lisboa durante as férias

Abrem à velocidade da luz e nas férias o mais provável é ter ficado desactualizado. No regresso à cidade, fizemos um guia dos novos restaurantes a não perder, com opções para todos os gostos

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O ano está a ser atípico mas há coisas que nunca mudam. E a verdade é que o pós-confinamento funcionou como uma espécie de rentrée e enquanto os lisboetas foram a banhos noutras paragens, a cidade não parou. Abriram novos e bons espaços para tomar pequenos-almoços demorados, muitos daqueles que apetece pôr nas redes sociais e fazer pirraça, restaurantes para almoços mais ou menos light, restaurantes de fine dining a piscar o olho à estrela, sítios para aproveitar os finais de tarde com ostras ou espaços com ritmos latinos. Antes de voltar a arrumar todos os dias o tupperware para comer na copa da firma, aproveite o regresso à cidade para provar alguns dos restaurantes que abriram em Lisboa durante as férias.

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Os melhores restaurantes que abriram durante as férias em Lisboa

  • Chiado/Cais do Sodré
  • preço 3 de 4

Sushi e carne maturada. Parece mixórdia ao estilo pizza e kebabs mas é uma junção bem pensada e cada categoria tem um chef a garantir a qualidade. Do lado japonês está o sushiman Habner Gomes (ex Hikidashi); a tratar da maturação da carne e corte das peças está o chef Maurício Varela. Pode ficar ao balcão e ser surpreendido (menu Omakase de 9 ou 12 momentos, 45€-65€) ou pedir à carta, que inclui sashimi, niguiris e gunkans, mas também ceviches ou temakis desconstruídos. No menu de carnes há croquetes de rabo de boi bem recheados, para começar, e depois entrecôte, tomahawk, chuletón ou tataki de wagyu. Tome nota: o menu de almoço é um bom investimento para o estômago. 

  • Pizza
  • São Sebastião
  • preço 1 de 4

Marina Wisniewski e Heitor Américo aprenderam a arte de fazer pizzas com um napolitano de gema. Na Tozzi Forneria Moderna servem pizzas e sandes feitas a partir de massa fermentada durante 48 horas com farinha com um nível de hidratação de 80% – são leves, finas e com bolsas de ar nos rebordos. Da pizza Margherita (10€), mais clássica, à St. Mustard (12€), com linguiça artesanal, queijo scamorza affumicata, mostarda fermentada e rebentos de dill, tem sabores para todos. Não deixe de provar as sandes (kimchi, bifana ou caponata – todas 10€). 



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  • Latino-americano
  • Alcântara

O Grupo Capricciosa fez (mais) um makeover à Doca de Santo e abriu um novo restaurante lá dentro em Agosto. O Lat.A e tem um menu carregadinho de clássicos da gastronomia latino-americana: do Brasil, Chile, México, Argentina ou Peru, sempre com batuques do samba, salsa ou merengue em loop a acompanhar. Empanadas, pastéis de vento, ceviches, guacamole e tacos são alguns dos pequenos pratos para partilhar, mas tem também há moqueca, picanha ou costeleta de boi na brasa. Aos fins-de-semana atire-se à feijoada à brasileira.  



  • Grande Lisboa

Pável Kiselev abriu este pequeno bar/café/restaurante no Príncipe Real em Agosto, inspirado pela obra Margarita e o Mestre, do romancista russo Mikhail Bulgakov e trazendo para a mesa ostras frescas vindas de Setúbal (ao natural, 1,50€ cada, ou assadas, quatro unidades 6,50€) e margaritas (5,50€). O menu completa-se com outros petiscos para partilhar, com muito sabor a mar, como o sashimi de salmão com sour cream (5,50€) ou o esturjão fumado (7,50€), um peixe típico russo.  

 

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  • Alfama
  • preço 3 de 4

O Zunzum à beira-Tejo já tinha começado há algum tempo, quando a chef Marlene Vieira anunciou que iria abrir um novo e grandioso projecto. Fez-se ouvir, e comer, finalmente no final de Julho, com uma alta-cozinha a preço acessível. A carta tem cerca de 20 propostas, todas para partilhar, com técnicas "do mundo", diz a chef, mas ingredientes e sabores bem portugueses, como feijoada de carabineiro, filhós de berbigão à Bulhão Pato, mini-sanduíches de rosbife ou beterraba. Há outros pratos maiores, como o arroz de pato ou polvo à lagareiro. Em Outubro abrirá o restaurante de fine dining, no mesmo espaço de 550 m2 projectado pelo arquitecto Carrilho da Graça. 



  • Português
  • Grande Lisboa

A nova aposta do chef Vítor Sobral abriu em Junho e quer servir comida simples, bem feita e portuguesa. Os pratos, de preços acessíveis, giram em torno do receituário nacional. Pode seguir dois caminhos: o dos petiscos, com uma recheada lista de sugestões, ou o de pratos mais compostos. Há lâminas de língua de vaca de tomatada (6,80€), moelas fritas com picles de cebolinhas e poejos (6,80€), cachorros (3,80€), bifanas (3,50€), bifes de alcatra (11,50€) ou polvo à lagareiro com batata a murro (19,90€). Tudo a fazer lembrar a comida de tasca, cheia de memórias. 



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  • Cervejarias
  • Grande Lisboa

A nova marisqueira da cidade abriu em Julho e tem nome a condizer com a Rua dos Bacalhoeiros pintada de fresco. É um espaço de 200 metros quadrados, bem arejado (importante para os tempos que correm), onde antes funcionou a Cantina Zé Avillez. A oferta é forte no marisco da nossa costa, sem grandes invenções na confecção, das ostras da Ria Formosa (2,50€ a unidade) ao lavagante grelhado (78€/ kg) e pratos como o bacalhau com açorda de mexilhão (15,80€), o arroz de marisco (28€ para dois) ou o polvo assado (12,90€). Aos dias de semana há menu de almoço a 9,90€. 

 

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Apresenta-se como um atelier gastronómico, uma ideia de Inês Santos e Erik Ibrahim. Ainda está em soft-opening e, por isso, com um menu reduzido. Mas já dá para ter um cheirinho do que o chef Miguel Oliveira Vaz (ex-Bairro do Avillez, Herdade do Esporão e 100 Maneiras), apresenta na cozinha aberta – lollipop de gaspacho e pipocas picantes (3,50€), barriga de porco, figo e azeitona (6,50€), ovo, batata fumada e cacau (4€) ou touro bravo, pêssego e shiitake (8€) são algumas das propostas com ingredientes improváveis, todas finalizadas à mesa. Há pairing de vinhos para tudo isto, bem como cocktails e mocktails, todos de origem vínica. 

 

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  • Grande Lisboa

André Coelho e Marta Caldeirão iam abrir o â.ma.go quando a pandemia se instalou e nos mandou a todos para casa. Não desanimaram, começaram o The Sandwich Project com entregas ao domicílio, mas agora abriram finalmente o restaurante no Príncipe Real, que funciona apenas em formato “chef’s table”, com um menu de autor de cinco momentos, tudo surpresa e de acordo com a sazonalidade dos ingredientes (40€ por pessoa, sem bebidas). Devido aos tempos que correm e por a mesa ser comunitária, a reserva exclusiva é obrigatória, para jantares de grupos no mínimo de duas e no máximo de dez pessoas.

 

  • Grande Lisboa

Onde antes estava o Populi, no Terreiro do Paço, está agora o Terra Nova, o restaurante temático do Centro Interpretativo da História do Bacalhau, onde o bacalhau é, claro, o protagonista. Ele aparece de todas as formas e feitios: bochechas (10,50€), em bruschetta (9,50€), à Brás com gema confitada (15,50€), patan iscas com arroz malandrinho de feijão (13,50€) ou confitado com puré de grão (17,50€). Há alternativas para quem só come bacalhau no Natal, do tornedó de novilho ao risoto de cogumelos. 

 

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  • Mexicano
  • Grande Lisboa

O Espada já tinha uns quantos tacos na carta do restaurante aberto em 2018, mas no início de Julho resolveu dar-lhes mais destaque – aproveitando o espaço que tinham no piso inferior para abrir uma taqueria. O ambiente e a decoração são mexicanos e há tacos de tudo e mais alguma coisa, bem recheados e sempre servidos em duas unidades: camarão, polvo, costilla, frango, cachaço de porco ou vegetariano (entre os 7 e os 9€). Nem a sobremesa foge à tortilha, aqui numa versão de trigo, com leite condensado cozido, sorvete de lima e amendoim caramelizado. 

 

  • Português
  • São Sebastião
  • preço 2 de 4

O Lés-a-Lés é o novo projecto de Tito Serradas Duarte, anterior proprietário do extinto Mariscador, e de Frederico Pombares, argumentista conhecido pela autoria de programas de televisão como Último a Sair ou Telerural. Simples, com comida despretensiosa, entre o imaginário de uma tasca e o de um restaurante mais composto. Atrás do fogão está uma equipa que se conhece bem e que se mantém unida nos diferentes projectos por onde passa. André Andrade (chef) e Pedro Correia (sub-chef) são os autores de uma cozinha que mostra a diversidade gastronómica do país numa espécie de itinerário em crescendo.  A viagem faz-se em forma de itinerário gastronómico, percorrendo as diferentes regiões do país. A cabidela, a feijoada ou os sonhos são alguns dos pratos a provar. 

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Entra directamente para a lista dos restaurantes e cafés mais instagramáveis da cidade e, ainda para mais, com uma esplanada tropical escondida, mas o Yard of Greens, de Marta Magalhães Lemos (uma das responsáveis do Bowl Lisboa) e Rita Conde Pereira, não é só bonitinho. Tem uma ementa com propostas para todo o dia, todas saudáveis e para todos os tipos de dietas mas sem fundamentalismos. Na carta, o foco nos pequenos-almoços e brunches é forte e por isso têm uma carta para essas refeições, servida de segunda a sexta de manhã e à tarde, com pausa para o menu de almoço com propostas mais internacionais, e aos fins-de-semana. Há tostas de pão da Gleba com hummus, cogumelos, abacate ou manteiga de amendoim, mas também ovos Benedict e uma french toast. O menu conta também com os bowls da Bowl Lisboa, que vão sempre rodando. Mas a estrela da casa, diga-se, é um menu de panquecas onde se destaca a Rainbow Pancake Tower – uma torre arco-íris de panquecas que dá para quatro pessoas à vontade. Durante todo o dia servem também banana bread, dónutes caseiros ou até versões saudáveis dos chocolates Snickers ou Bounty. Para acompanhar a comida há infusões naturais, kombuchas e sumos de frutas, smoothies e lattes.

  • Haute cuisine
  • São Sebastião

O novo restaurante do icónico Ritz tem entrada independente do hotel e três menus de degustação com assinatura do chef Pedro Pena Bastos: à escolha tem o vegetariano Raízes (75€), o mais curto Meia Cura (85€) e o Origens (120€), uma viagem completa com sabores portugueses muito presentes. O restaurante seguirá sempre a linha da sazonalidade, como mandam os tempos e o currículo do chef, e terá sempre o produto em destaque, sem demasiados detalhes mas com muita mão de obra. Um candidato à estrelinha.

Mais restaurantes em Lisboa

Não há como evitar o elefante na sala: está caro sair em Lisboa e comer fora já foi mais barato. São vários os motivos que explicam a subida de preços, mas a verdade é que fica cada vez mais difícil acompanhar. Felizmente, restam uns quantos achados que cumprem os requisitos quando o prato chega à mesa mas também quando chega a hora de pedir a conta. Entre tascas, petiscos e cozinha do mundo, a garantia é que nestes restaurantes baratos em Lisboa, a conta nunca vai sair pesada. São os melhores restaurantes para comer muito e pagar pouco. Em alguns até consegue fazer a festa por menos de dez euros (embora para essa categoria tenhamos outras sugestões).

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Lisboa nunca teve a vida gastronómica que tem actualmente, mas ainda assim quando se trata de comer fora de horas as escolhas reduzem-se radicalmente. Não há assim tantos restaurantes abertos até tarde em Lisboa e é normal. Felizmente, ainda há uns quantos onde é possível reservar mesa depois das 22.00, hora em que começam habitualmente as negas. O Galeto, no Saldanha, é um clássico que dispensa apresentações (e onde tantas vezes se encontram aqueles que trabalham na restauração a comer quando os seus sítios já fecharam), mas há mais nesta lista de restaurantes abertos até tarde em Lisboa, de cozinha de autor a pizzas e hambúrgueres.

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