Das Flores
Francisco Romão Pereira Das Flores
Francisco Romão Pereira

Os melhores restaurantes baratos em Lisboa

Os melhores restaurantes baratos em Lisboa não vão decepcionar a barriga nem a carteira de ninguém.

Cláudia Lima Carvalho
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Não há como evitar o elefante na sala: está caro sair em Lisboa e comer fora já foi mais barato. São vários os motivos que explicam a subida de preços, mas a verdade é que fica cada vez mais difícil acompanhar. Felizmente, restam uns quantos achados que cumprem os requisitos quando o prato chega à mesa mas também quando chega a hora de pedir a conta. Entre tascas, petiscos e cozinha do mundo, a garantia é que nestes restaurantes baratos em Lisboa, a conta nunca vai sair pesada. São os melhores restaurantes para comer muito e pagar pouco. Em alguns até consegue fazer a festa por menos de dez euros (embora para essa categoria tenhamos outras sugestões).

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Restaurantes para comer muito e pagar pouco

  • Português
  • Santa Maria Maior
  • preço 1 de 4

Numa zona pejada de restaurantes que mais não são do que armadilhas para turistas, esconde-se esta tasquinha de bons pratos tradicionais a preços de antigamente. Em tempos um segredo, hoje é preciso chegar cedo para conseguir um lugar ou arrisca-se a ficar à porta na fila – e por mais boa vontade e simpatia que tenha Carla, a filha do dono, o Sr. Américo, sempre atrás do balcão, é coisa para ainda demorar um bocado. Os pratos do dia anunciam-se à porta num papel branco com meia dúzia de sugestões, de bacalhau à minhota ao cozido à portuguesa, de jaquinzinhos com arroz de tomate a cabidela ou pernil. Depois há sempre os bons clássicos (alheira com ovo, choquinhos grelhados, bitoque) – tudo a menos de oito euros.

  • Chiado

Primeiro, um aviso: para conseguir lugar neste Das Flores convém que marque com tempo, nem vale a pena tentar aparecer sem mesa garantida. A explicação é simples: já são poucos os restaurantes como este em Lisboa, bons e baratos. Depois de várias ameaças de fim devido às obras no edifício, a verdade é que o Das Flores se mantém firme com uma cozinha imaculada. Os croquetes fritos na hora são obrigatórios, seja como entrada, ou como prato, acompanhados por arroz de tomate. Também têm fama o bacalhau ou as iscas. No fundo, é tudo caseiro e bem servido. Guarde espaço para as sobremesas.

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  • Santa Maria Maior

Ao balcão desta tasca em frente à estação do Rossio tudo acontece a uma velocidade vertiginosa – ainda nem acabou de fazer o pedido e a bifana já está à sua frente. Se lhe acrescentar uma sopa e uma imperial, a festa faz-se por pouco mais de cinco euros, mas não se esqueça: o preço é diferente ao balcão, à mesa ou na esplanada. Se quer poupar, fique de pé.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Se passar por este restaurante, na Rua de Santa Marta, e vir bastante movimento, isso significa que é dia de cozido à portuguesa (quartas-feiras e domingos). Ponha-se na fila. A dose custa 11€ e é óptima para partilhar, já que vem tudo a dobrar. Também se servem meias doses e, com jeito, até se ajusta o conteúdo da travessa para que não tenha de levar com orelha. Fora isso, também há dias de cabidela, bacalhau à Brás e afins. Ao balcão ou na mesa, esta casa de minhotos é uma boa cantina diária.

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  • Chinês
  • Martim Moniz

O Dawanmian é uma autêntica cantina chinesa no Martim Moniz com uma óptima comida. Aqui, a clientela procura noodles e petiscadas, a preços que já quase não se praticam em lado nenhum. Não se deixe enganar pela entrada pouco convidativa nem pelo serviço nada amistoso: o que interessa é o que está dentro das enormes taças de noodles. Há várias hipóteses de sopa de noodles, como a agri-picante ou a de marisco, mas a que mais sai é a de massa-fita caseira, tipo tagliatelle, com entrecosto assado no forno. Dez euros chegam e sobram, com bebida e tudo.

  • São Sebastião

Sandra Ruiz nasceu e cresceu na Cidade do México, onde sempre observou a mãe, as tias e as avós a cozinhar. Nessa altura, não imaginava que iria usar essas receitas no seu restaurante. No Potzalia, em Entrecampos, reina a comida típica mexicana, a que Sandra comia em casa. Os tacos e os burritos com molhos caseiros são um óptimo compromisso e uma porta de entrada para o México numa pequena loja em Entrecampos.

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  • Grande Lisboa

"À partida, um restaurante numa cave não é uma coisa boa. Mas se o lugar der ares de clube de universitários chineses em busca de porco de Yuxiang, tripas e espetadas de coração de frango, então uma cave é belo refeitório." A apresentação é feita pelo crítico da Time Out Alfredo Lacerda. Resta dizer que que o Kuwazi é um templo de dim sums. Não só os servem à carta, num prato composto por 15 (fritos) ou 20 (cozidos), tudo por 8,50€, como os vendem congelados para levar para casa, em sacos de 100 unidades, com dois recheios: couve-coração com entremeada de porco (15€) ou cebolinho com entremeada de porco (20€).

  • Chinês
  • Martim Moniz

Do alto da esplanada do restaurante chinês Hua Ta Li vemos a praça do Martim Moniz, mas esta não é a única atracção do restaurante chinês. O espaço é amplo, ideal para refeições com grupos grandes, e a carta inclui todos os clássicos de um restaurante chinês. Não falta o pato à Pequim ou o porco agridoce, tudo a preços convidativos. E nem lhe falámos do karaoke nas salas privadas.

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  • Lisboa

Este nepalês autêntico arrancou cinco estrelas ao crítico da Time Out Alfredo Lacerda. Os momos são os melhores que já provou na cidade, e entre as sekuwa ou espetadas, aconselha as de frango. Sobre as chamuças, também há muito a dizer, mas não se esqueça que falamos de exemplares nepaleses. Lacerda, que provou as de frango, descreveu assim: "O recheio clássico, mais seco do que o das indianas, mas saborosíssimo, a massa estaladiça como vidro, sempre impecavelmente escorrida e, sobretudo, frita num óleo limpo". Obrigatório é ainda o chatpat, que pode acompanhar o resto da refeição.

  • Indiano
  • Lumiar

Comer bem por pouco. A cantina do Templo Hindu segue esta máxima com um regime buffet de gastronomia indiana e serve almoços por 9,90€ e jantares por 11,90€. Os pratos mudam todos os dias e não há ementa que lhe dê espaço para indecisões. Também não há álcool, nem faca e garfo, coisa sem importância uma vez que o roti (pão indiano) serve de talher. Nesta cozinha, onde não entra carne, peixe nem ovos – alegria para os vegetarianos – há sempre sopa, arroz branco e leguminosas, que acompanham os pratos principais, normalmente um dhal e dois guisados. As chamuças são imperdíveis. 

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  • Português
  • São Vicente 
  • preço 1 de 4

É a escolha de muitos chefs para almoçar ou jantar numa folga, aposta segura para boa comida tradicional a preços que já pouco se encontram na cidade. Os pratos da grelha não falham, seja peixe ou carne. Há bons secretos e lagartos, bem como uma boa lagarada de bacalhau e as sardinhas na devida altura nunca desiludem. Já a chanfana é um daqueles que fideliza clientes. É feito com tempo, como manda a tradição, para que a carne de cabra velha ceda aos sabores. Não está sempre na carne, sendo habitualmente servida entre segunda e quarta-feira, de quinze em quinze dias.

  • Português
  • Lisboa
  • preço 1 de 4

O nome já deixa adivinhar a origem. É de Vila Verde que Horácio e a família são originalmente e é nesta casa, escondida numa curva da Calçada de Santana, que cada dose é uma grande travessa de boa comida – são doses verdadeiramente minhotas. É assim qualquer que seja o prato do dia (e há sempre duas ou três opções de peixe e carne). A grelha a carvão, plantada à janela direita de quem entra, é a oficina da melhor parte de uma ementa que vai rodando em dias mais ou menos fixos. Os preços já são difíceis de encontrar e isso ajuda também a explicar o sucesso da casa.

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  • Português
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4

Malta nova a fazer boa comida, sem grandes subterfúgios ou manias. O Petisco Saloio é um belo exemplar daquilo que uma tasca pode ser em 2024. O restaurante é pequenino e tem duas vidas, não tão distintas assim. Ao almoço o preço é imbatível. O menu (12€) inclui o couvert, o prato, a sobremesa, a bebida e o café – há sempre três opções, uma de carne, outra de peixe e um consensual bitoque (já por lá comemos uma açorda com cavala alimada, um arroz de polvo e até uma cabidela). 

  • Nepalês
  • Martim Moniz
  • preço 2 de 4

Escondido no Centro Comercial Martim Moniz, fica este nepalês de decoração suspeita, mas com cozinha certeira. Dependendo do dia, é ponto de encontro de nepaleses – e isso por si só é já garantia de qualidade. Aos almoços, há um menu de 10€ com vários pratos à escolha.  

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  • Frutos do mar
  • Benfica/Monsanto
  • preço 2 de 4

O espaço é pequeno, há bom marisco, mas são os pregos que dão fama à casa. Tem a cozinha aberta para a sala e uma ementa curta e directa. Entre os mariscos, há percebes, canilha, gamba tigre, camarão e amêijoa do Algarve, e nas carnes, dois pregos possíveis: o Sonhé, do pojadouro, e o Especial, de uma parte mais tenra do mesmo corte, ambos cheios de alho em pão de carcaça estaladiço.

  • Italiano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Maria Paola Porru, dona dos gigantes Casanostra e Casanova, atirou-se, em 2010, para um estilo de pizza pouco comum entre os lisboetas, mas muito apreciado em Itália: a pizza al taglio. Isto é, em fatias rectangulares ou quadradas, do tamanho que o cliente quiser, vendidas a peso. Entre as nossas favoritas estão a de batata com alecrim, a caprese, com mozzarella de búfala, e a de ricotta com salsicha napolitana. Pode comer ali ou pedi-las em formato take-away.

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  • Sete Rios/Praça de Espanha
  • preço 2 de 4

O restaurante fica nas Laranjeiras e aos almoços enche-se de uma clientela fiel que vai de escritorários a atletas do Benfica e do Sporting, dois clubes sempre pacificamente representados. Não admira, porque a comida da Tia Alice, natural da Ilha de São Vicente, dá muita energia, sempre pratos do dia de raiz africana, da moqueca à moamba, com passagem por Portugal (atenção ao arroz de pato de fusão cabo-verdiana ou às iscas de porco). O que nunca muda é a cachupa, para muitos a melhor de Lisboa, que pode ser do tipo refogada (do dia anterior, com ovo estrelado) ou cachupa rica. Reservar em dias de jogo do Benfica.

  • Campo de Ourique

No hummusbar, no Mercado de Campo de Ourique, todos os pratos que existem na carta (maioritariamente vegetariana e com opções vegan) têm hummus feito com grão de bico trazido do Egipto. Há sanduíches de pita bem recheadas, saladas, shakshuka e pratos de hummus, sempre acompanhados pelo pão pita fresco. O mais simples é o hummus com tahini (6,90€). Depois é consoante a fome e o tipo de refeição que quer fazer.

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  • Italiano
  • Bairro Alto

Uma boa opção para refeições leves e rápidas, para comer no restaurante ou optar pelo grab&go e seguir viagem para uma noite de copos. A massa das piadinas é caseira, aquecida na chapa, e há um conjunto de boas combinações: há a Mare, com stracchino, salmão fumado e rúcula, temperado a gotas de limão, o queijo a derreter no pão; a Bottega, com queijo provola fumado, presunto 
e rúcula ou a Grana, com grana padano, presunto, tomate, rúcula e balsâmico. Aqui é também o sítio certo para aceitar o pecado e lambuzar-se com uma piadina de Nutella. Tudo por tuta e meia.

  • Bairro Alto

Seja a que hora for, o Trevo está cheio. Tão certo como estar (quase) toda a gente a comer a bela da bifana, que até Anthony Bourdain conquistou. A frigideira está sempre ao lume, à vista de todos, com uma gordura controlada e saborosa. Também há pratos do dia a preços modestos. Além disso, o Trevo tem umas das melhores canjas da cidade, disponível todos os dias.

Outros restaurantes em Lisboa

Sim, não escrevemos de ânimo leve. Sabemos que 20€ não é necessariamente barato, mas também já por aqui enumerámos os restaurantes até 10€ aos quais gostamos de ir. Estes que aqui lhe deixamos são os que se seguem: 15 restaurantes em Lisboa até 20€, onde de resto não precisa de gastar isso tudo para ser feliz. De boa comida tradicional a pratos do mundo, há mesas onde sabe sempre bem voltar – e é bom saber que nem só de clássicos se faz esta lista, afinal ainda há projectos a abrir onde é possível comer sem gastar demasiado.

Oeiras é terra de inúmeros prazeres, já o sabemos. Há o mar, os espaços verdes, a programação cultural, mas é mesmo à mesa que somos mais felizes. Para que também o seja, indicamos-lhe as paragens gastronómicas do concelho onde só terá de puxar da carteira uma nota azulinha para pagar o repasto. Leu bem: por menos de 20 euros, vai sair satisfeito destes restaurantes em Oeiras. Procura um bom peixe fresco? Há. Boa carne? Também. Comidas do mundo? Não vá longe. Faça-se ao caminho, mas não deixe de marcar mesa.

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