Orteá
Mariana Valle Lima
Mariana Valle Lima

14 restaurantes vegan em Lisboa que tem de conhecer

Aqui animais só entram para fazer companhia. São os restaurantes vegan em Lisboa que tem de conhecer.

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Felizmente, já não há praticamente restaurante sem opção vegetariana ou vegan, mas se o que procura mesmo é fugir a qualquer produto de origem animal, o mais seguro é apostar nestes restaurantes vegan em Lisboa. Apesar dos nomes de muitos pratos – hambúrgueres, pizzas e até bifanas e francesinhas –, aqui não há qualquer proteína animal. Também por cá encontra saladas (mais que muitas) e outras combinações surpreendentes. Descubra o que comer nestes espaços, mesmo que continue a ser um carnívoro inveterado. Carne? Peixe? Entre entradas, pratos principais e sobremesas, nem se vai lembrar disso.

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Restaurantes vegan em Lisboa

  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Pensar num restaurante italiano sem queijo pode parecer uma incoerência, mas o novo Giulietta é prova do contrário – e também a confirmação de que se pode esperar de um restaurante vegan tudo o que se espera de qualquer outro restaurante. A carta tem a divisão clássica de um menu italiano: antipasti, insalate, risotti, pasta, second piatti, pizze e dolce. Tudo o que a completa é que pode surpreender. Há por exemplo um spaghetti alla bolognese (12,50€), que em vez de carne leva cogumelos e tofu biológico. Ou uma lasanha (12€) feita com esta mesma bolonhesa, com um molho béchamel e mozzarella vegetal. Nas pizzas, a Giulietta (13,50€) leva tomate, mozzarella vegan, cebola roxa caramelizada, cogumelos, rúcula e nozes.

  • Vegano
  • Avenidas Novas

Já com quatro casas (três em Lisboa, uma em Cascais), a carta do Green Affair é 100% vegetal. Nada é de origem animal e a ideia é apresentar pratos inteligentes, inspirados em cozinhas internacionais, com um empratamento apelativo. Antes de seguir para pratos como o bife de seitan com molho de pimenta, com o seitan feito de raiz, perca-se nas entradinhas, onde há opções como as “coxas” de couve-flor panadas, as gyosas de vegetais ou os croquetes de espinafres.

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  • Vegano
  • Chiado/Cais do Sodré

Em 2018, O Botanista, no Cais do Sodré, deu nas vistas. Talvez pela vasta carta sem ingredientes de origem animal, mas bem variada e temperada; talvez pela decoração instagramável e a puxar para o zen, carregadinha de plantas. Seja como for, consta que desde o início do projecto o plano era mais ambicioso, e em 2021 o espaço assumiu-se como Orteá – Vegan Collective (chama-se assim por lembrar uma horta grande, onde se semeiam várias ideias). Agora, além de restaurante, é uma mercearia, uma queijaria, uma oficina de ​​kombuchas e, brevemente, um bistro.

  • Beato

Diogo Noronha, Damian Irizarry e Marta Fea criaram, em tempos de pandemia, o colectivo FoodRiders. Foi daí que nasceu esta Ameaça Vegetal, casa de hambúrgueres vegan que aposta nos diferentes produtos de época com conjugações improváveis. Acompanham com batatas fritas, shakes, kombuchas e vinhos naturais.

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  • Vegano
  • Grande Lisboa

Chama-se AlterEgo, pertence ao grupo Atalho – especializado em carne –, e oferece street food vegan. O restaurante abriu em Julho de 2021, no Mercado de Campo de Ourique, e apresenta um novo conceito no que respeita a refeições vegan. Prima pela semelhança à carne, tanto no aspecto exterior, como no sabor. Há empanadas, chamuças, salsichas, hambúrgueres e tacos para desfrutar. 

  • Vegano
  • São Vicente 

O nome é difícil de pronunciar, mas a comida é fácil de digerir. No Tataoim recuperam-se energias com doses generosas de refeições de origem vegetal, nas quais se incluem adaptações de pratos tradicionais brasileiros, hambúrgueres e até um brunch. A oferta gastronómica cabe em praticamente todos os estilos de alimentação e intolerâncias, já que não tem ingredientes de origem animal ou artificial. O ambiente é leve e descontraído, evidenciado pelo som do samba de roda e da bossa nova que ecoa nas colunas.

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  • Vegano
  • Areeiro/Alameda

O Mother Burger é uma hamburgueria 100% vegan que se estreou em Lisboa no final de 2019, tendo feito o seu caminho pelos food courts do Atrium Saldanha ou do Amoreiras Shopping Center com opções como o Burger Your Mamma, com seitan crocante, pickles e cheddar, e provando que também estes podem ser apetitosos e instagramáveis. O negócio cresceu e em Maio de 2021 ganhou casa junto à Avenida de Roma, onde além da lista de hambúrgueres, dos nuggets ou das bolas de “queijo” picantes, passou a ter uma nova carta de pequeno-almoço com opções de pastelaria e bebidas quentes, dos pastéis de nata aos croissants.

  • Vegano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Este restaurante vegano chegou para nos provar que fast food e animal não precisam de fazer parte da mesma frase. Há asinhas com molho barbecue picante que ao invés de frango são de couve-flor, um mac&cheese, escolha de tacos com tortilhas mexicanas de milho e senhores hambúrgueres, bem decadentes como se quer. A acompanhar tudo há cocktails e, para rematar, sobremesas como a tarte de manteiga de amendoim ou o bolo de chocolate death by chocolat, com bolacha oreo.

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  • Vegetariano
  • Chiado

É 100% vegan, mas isso não quer dizer que não se degustem "bifanas", como a sublime, com seitan marinado com tomilho e mostarda, em pão bolo do caco, "queijo" cheddar e cogumelos salteados, ou apenas com o seitan marinado em bolo do caco. Há também "francesinha", com camadas de pão recheadas com seitan caseiro ou petiscos clássicos como o "choco" frito com maionese de limão e tábua com vários clássicos em versão vegan. 

  • Vegano
  • São Sebastião
  • preço 1 de 4

No My Mother’s Daughters, o café de três filhas e sua mãe, no Largo de São Sebastião, comem-se pratos sem produtos de origem animal, tendencialmente biológicos, com superalimentos à mistura e muita atenção ao desperdício – há quase sempre na carta uma entrada que se vende pelo nome “desperdício zero”. Funciona assim: o que sobrou do prato do dia de ontem é a entrada de hoje. Há bowls fotogénicas, entradas como o hummus com palitos vegetais e crackers de caju, e pratos do dia que tanto pode ser uma lasanha de cogumelos como uma tarte de abóbora.

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  • Vegano
  • Lisboa

Esta pequena cafetaria em Arroios serve bolos sem ingredientes de origem animal – peça o bolo de chocolate com amendoim, o único que repete todos os dias, caseirinho e húmido q.b. Os restantes vão variando, pela mão de Ana Filipa Tereso, a cozinheira e dona do espaço. Serve também refeições ligeiras, começando pela sopa todos os dias diferente ou a quiche.

  • Vegetariano
  • Lisboa

É uma pastelaria vegan que nos dá tudo a que temos direito – café, croissants de frutos vermelhos, pãozinho com queijo e pão de beterraba – mas sem uma única molécula animal. O dono é Renato Lai, taiwanês que chegou a Lisboa depois de passar pelo Brasil. Ao almoço, serve sopa de noodles, dumplings vegan, tostas, hambúrgueres e sumos naturais. Também pode levar os seus congelados vegan quer do espaço nos Anjos, quer do mais recente em Alvalade.

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  • Grande Lisboa

Todos os dias há buffet vegan aos almoços (8,50€) e jantares (10,50€) no Jardim das Cerejas. O banquete pode incluir lasanha com recheio de beringela, couve-flor e carne de soja, bróculos com tofu biológico, caril de grão de bico com curgete, cenoura, batata doce e molho de coco e manga ou umas almôndegas de legumes com molho de maracujá. A estes pratos, que todos os dias mudam, junta-se sempre o arroz basmati com nozes e sultanas, paparis, pizza, pakoras e saladas.

  • Grande Lisboa

Leonardo Lattari, sushiman, tinha um restaurante japonês tradicional em Lisboa, o Takumi Lounge. Um dia a filha pediu-lhe para parar de “matar peixe” para fazer as pecinhas, recusou-se a comer e Leonardo, que já estava no processo de se tornar vegetariano, começou a fazer rolinhos com legumes e plantas. O arroz de sushi e a alga é exactamente igual, mas não há salmão, atum ou peixe branco no recheio. Não ter o sashimi, as fatias finas de peixe, foi o mais difícil, mas o sashimi da casa aqui é um tofu especial. Na loja, não há espaço para sentar, mas é possível pedir através do Machimbombo, umas portas abaixo. 

Lisboa verde

  • Compras

Afinal o que são produtos biológicos? É coisa de grilos e de vegetarianos? É para malta que não usa casacos de peles e que se ata a chaminés de navios em defesa dos direitos do ouriço-do-mar? O engenheiro agrónomo Nélson Silva, especializado em agricultura biológica, diz que é simplesmente o futuro da alimentação. E garante que é para todos e que torna a alimentação mais saudável. Até para os aficcionados da carne mal passada e da feijoada à transmontana.

  • Coisas para fazer

Lisboa (tal como muitas outras grandes cidades) tem toneladas de lixo para tratar e milhares de mentes para moldar. Embora haja cada vez mais humanos preocupados com o planeta Terra, não é tarefa fácil reverter os danos causados desde a Revolução Industrial. Há quem atire a toalha ao chão e quem questione mesmo o aquecimento global, mas também há quem não desista e faça a sua parte na luta por um mundo mais verde e, por arrasto, com uma esperança de vida mais longa.

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