Aqui é que a porca torce o rabo porque cozinhar rabinhos de porco tem muito que se lhe diga. “Primeiro cozinham-se as caudinhas durante seis horas a baixa temperatura, de seguida desossam-se, voltam-se a enrolar com a forma original e cortam-se às fatias. Depois são panadas, fritas e servidas com um molho agridoce que leva açúcar, tomate, gengibre, soja e coentros. São uma espécie de nuggets”, conta Miguel Peres, um dos donos do Pigmeu. Estes rabinhos não repugnam ninguém e já são dos petiscos mais pedidos da casa (4,50€/5 uni.).
Não seja enojadinho e abra os seus horizontes gastronómicos. Tal como um livro não deve ser julgado pela capa, condenar um prato à partida só porque não corresponde ao seu estereótipo de beleza é uma infâmia. Na cidade, temos chefs com estrelas Michelin a cozinharem mãozinhas de vaca e outros com décadas de experiência a transformar testículos de animais em pratos refinados. Tudo para impressionar. Por isso, vá lá, dê-lhes uma oportunidade. A eles e aos pratos mais estranhos para comer em Lisboa.