lampreia do solar dos presuntos
Fotografia: Francisco Santos
Fotografia: Francisco Santos

Restaurantes para comer lampreia em Lisboa

Chegou a época do bicho feio. Dizemos-lhe sete restaurantes para comer lampreia em Lisboa.

Cláudia Lima Carvalho
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Tem sido mais difícil comer lampreia em 2022. Com a falta de chuva e o consequente menor caudal dos rios, o bicho tarda em aparecer e escasseia à mesa. Mesmo assim, apontamos-lhe as mesas em Lisboa que não falham na hora de servir lampreia. Mas não se esqueça de confirmar antes de se fazer à mesa, o segredo para conseguir satisfazer o desejo de lampreia pode ser encomendar com uns dias de antecedência – e não estranhe os preços, havendo menos, fica mais caro. No esperado arroz ou à bordalesa, assada ou até de escabeche, saiba quais os restaurantes para comer lampreia em Lisboa.

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Sete restaurantes para comer lampreia em Lisboa

  • Português
  • Campo de Ourique
  • preço 1 de 4

Se a comida honesta e saborosa dá nome à casa, é o senhor João que nos convida sempre a voltar, como se da sua família fôssemos – e a magia é que isto vale tanto para clientes de sempre como para alguém que ali chega pela primeira vez. Em ano de pouca lampreia, o senhor João tem até medo de falhar. “Tenho tido tanta encomenda, há filas de espera”, conta ao telefone. A lampreia, vinda de Ponte da Barca e preparada pela sua mulher, mais conhecida por dona Adelaide, é vendida à unidade (140€) e a especialidade é o arroz de lampreia. “E dá bem para quatro pessoas”, diz João. Só há uma forma de garantir que come o bicho feio: ligando e deixando contacto. Até “Março ou Abril”, o senhor João liga de volta.

  • Português
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Nesta casa courense, não há prato que desiluda, sendo a massada de peixe, o polvo à lagareiro e os bons grelhados – quer de carne, quer de peixe – uma aposta sempre segura. A lampreia, vinda de Lanhelas (Caminha), é feita de duas formas: em arroz ou à bordalesa (35€), mas atenção que esta última requer encomenda com dois dias de antecedência para que o bicho esteja à altura do prato. O arroz de lampreia é mesmo o mais pedido e o melhor é ligar sempre antes, dizem-nos. Afinal, estamos num ano difícil.

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  • Português
  • São Sebastião

É um dos clássicos intemporais da cidade, bastião da cozinha tradicional portuguesa e paragem obrigatória para todos aqueles que nesta altura do ano se querem repimpar com um belo prato de lampreia – já o servem desde Janeiro. O bicho até pode estar escasso, mas por aqui não falta. Isabel, uma das caras do restaurante, explica: “Trabalhamos com o mesmo fornecedor, de Vila Nova de Cerveira, há muitos anos. Queremos qualidade e não discriminamos preços.” Quer isto dizer que, mesmo que a lampreia esteja mais cara, a Adega da Tia Matilde não a recusa. Na carta, há sempre lampreia à minhota e à bordalesa e o preço é feito ao pedaço (13€), “uma pessoa pede habitualmente quatro pedaços”. Por encomenda, há lampreia no forno e aí entra o ciclóstomo todo (98€). Seja como for, Isabel diz que o melhor é sempre reservar antes porque já aconteceu a lampreia não chegar ao jantar.

  • Português
  • São Sebastião

Durante anos gabámos-lhe aqui os rissóis de camarão e os vários pratos de gambas, mas o clássico de São Sebastião tem mais qualidades e uma carta cheia de bons pratos tradicionais. Nesta altura, a lampreia é incontornável e diz quem por lá passou por estes dias que está bem boa. A especialidade é o arroz de lampreia (39€) e, a correr bem, fica na carta até Abril. Pelo sim, pelo não, o ideal é ligar a reservar, visto que nem sempre o bicho chega para tantos pedidos. 

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  • Lisboa

O ano mal tinha começado e Pedro Cardoso filmava-se no Instagram a falar com João, “o fornecedor habitual de lampreia, de Lanhelas”. Os primeiros espécimes chegavam ao Solar dos Presuntos no mesmo dia e desde então que a lampreia não sai da carta, com a curiosidade de aqui também se poder provar lampreia de escabeche (18,50€). Mas é, habitualmente, pelo arroz de lampreia e a lampreia à bordalesa (38€) que os comensais aqui chegam, ou não fosse esta a casa da alta-cozinha de Monção. Há ainda lampreia inteira assada no forno (105€).

  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

Na Adega Solar Minhoto, boa casa com sotaque, onde não falham os rojões e o bacalhau à minhota, a lampreia tem sempre saída e não chega para a procura, de tal forma que hesitam até em publicitar o prato. O bicho vem de Vila Nova de Cerveira e é preparado a preceito para ser servido com arroz (32€) – à bordalesa só por encomenda. Mas atenção, com tão poucas lampreias a subir o rio, não é certo que se sirva todos os dias. O melhor a fazer é ligar antes e, idealmente, encomendar com uns dias de antecedência. 

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  • Alvalade

Alvalade podia bem ser a capital da lampreia, dado o número de restaurantes por metro quadrado que a servem (ajuda para isso a naturalidade minhota dos proprietários), e o Tico Tico, cujos donos são de Paredes de Coura, não fica de fora. Desde Janeiro que a servem. Por aqui, faz-se arroz de lampreia e lampreia à bordalesa (40€). Se quer ter a certeza que não lhe falham, não se esqueça de encomendar.

À mesa em Lisboa

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Felizmente, os projectos que tinham ficado em suspenso dão-se agora a conhecer. Há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa, abertos nos últimos meses.

Comer de forma saudável não é equivalente a passar fome. E, em Lisboa, há cada vez mais restaurantes com opções leves, mas muito saborosas, perfeitas para desintoxicar o organismo depois de alguns excessos. E não. Não falamos só de saladas e de comidas de passarinho. Falamos de alimentos nutritivos, saciantes e bem apetitosos. Assim, se segue ou quer seguir um estilo de vida mais saudável, vai querer experimentar alguns destes espaços na cidade, que se adaptam a todos os gostos e também às mais variadas restrições e preferências alimentares.

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