No restaurante de Antonio Mezzero, o molho de tomate, feito com 70% de tomate San Marzano e 30% de tomate pêra nacional, não leva sal nem açúcar e é um dos ingredientes indispensáveis da receita. A mozarela de búfala é cortada aos pedaços e deixada a secar para perder a água que liberta. E assim, passado um minuto, sai do forno a tradicional Margherita (16€), pronta a comer.
Este básico do cardápio italiano foi criado assim, com as cores da bandeira do país, em 1889, por Rafaelle Esposito, para a rainha Margherita di Savoia. Por ser uma pizza tradicional de Nápoles e haver muitas idênticas, surgiu a Associazione Verace Pizza Napoletana, que divulga regras difíceis mas claras para fazer uma pizza napolitana genuína – neste leque há a Margherita (tomate, azeite, manjericão e mozzarella), a Margherita Extra (que acrescenta tomates cherry frescos) e a Marinara (sem queijo, só com tomate, azeite, orégãos inteiros e alho). Ora, em Portugal a AVPN indica quatro restaurantes de Lisboa para comer la vera pizza napolitana: os Mercantina, que têm Diogo Coimbra na chefia, o Come Prima e o Forno D’Oro, ambos de Tanka Sapkota e o recente Antonio Mezzero, espaço homónimo do mestre napolitano. Mas pela cidade encontra outros sítios onde a Margherita não é certificada, mas não deixa de ser muito bem feita.
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