Os melhores restaurantes românticos no Porto

A comida que o chef Rui Paula cria é apaixonante – e os seus espaços também. O DOP, na Baixa, instalado no bonito Palacete das Artes, é o sítio ideal para provar boa comida de autor, numa viagem feita através de pratos clássicos portugueses reinventados, com um forte apelo à memória e ao sabor. Camarão vermelho com citrinos e estragão; caviar, vieira e sabugueiro; lagostim com caril e milho; corvina, acelga e Champanhe; polvo à lagareiro ou rabo de boi com aipo e queijo da Ilha são algumas das boas propostas deste restaurante. Para rematar em beleza, há sobremesas preparadas com lichia, amora e alcaçuz ou, então, a muito reconhecida Bolacha Maria. Bom apetite.

O restaurante de Vasco Coelho Santos, com uma estrela Michelin, é um ponto de paragem obrigatório para foodies e curiosos da gastronomia. Tem um menu que vai mudando consoante a época e é uma verdadeira experiência para o palato. E não temos medo de lhe dizer que esta degustação, composta por dez momentos, vai, seguramente, tornar-se num dos jantares da sua vida. Por alguma razão, este é dos poucos restaurantes a receber as cinco estrelas de um crítico da Time Out. “Prato após prato, brilhava o produto, sempre bem confeccionado”, escreveu o crítico na altura sobre o espaço, no qual o balcão, com uma vista privilegiada para a cozinha, é o melhor sítio para se jantar (e se apaixonar). Reserve já. Rápido.

A história deste restaurante respira romantismo e pode até servir de inspiração. O chef argentino Mauricio Ghiglione apaixonou-se por Elisabete Martins, natural do Porto, e mudou-se para Portugal. Juntos, decidiram abrir um espaço que reúne o melhor das duas gastronomias. Aliado a uma decoração que prima pelo conforto e um ambiente acolhedor, o Belos Aires propõe uma viagem pelos sabores da cozinha mediterrânea, com pratos portugueses e argentinos, onde se destaca a qualidade da selecção de carnes. Para acompanhar esta viagem, há bom vinho escolhido com todo o cuidado.

Com um currículo de fazer inveja – que soma passagens por restaurantes com estrelas Michelin, como o Pedro Lemos, o Noma, na Dinamarca, o The Yeatman e, mais recentemente, o Euskalduna Studio –, Daniel Carvalheira lançou-se à aventura e o Liz é o seu primeiro projecto gastronómico a solo. “Para aqui, quis preparar pratos que eu gostasse de comer; quis criar algo harmonioso, sem estar muito preso a receitas e tradições”, diz, acrescentando que gostava de “fazer algo diferente”. “Como acho que há uma escassez de bistrôs mais gastronómicos no Porto, gostava que as pessoas pudessem ter uma experiência mais fine dining a preços mais acessíveis”, explica. Tanto o menu de degustação, como os pratos que também podem ser pedidos à la carte, incidem, sobretudo, sobre os vegetais e os produtos vindos do mar. E o ambiente é do mais intimista que há.

No Cibû, o restaurante do chef Hugo Portela, em Leça da Palmeira, faz-se uma cozinha moderna, mas com uma orientação bem portuguesa e com um vincado apelo à memória. Para este dia dedicado aos namorados, prepararam um menu de inspiração tradicional portuguesa, com a temática “o amor não é coisa do passado”. Será composto por seis momentos que incluem uma bebida de boas-vindas, snacks, entradas, um prato de peixe e outro de carne para partilhar e ainda sobremesa. Rissol de pescada de linha, bolo de arroz de cogumelos silvestres, tártaro de novilha maronesa e folar de Bragança, açorda de polvo algarvio com pimentos e ervas, e arroz de vitela arouquesa com molho de cebola serão os pratos apresentados. Para terminar, há pêra bêbada com calda de vinho do Porto Tawny Nieport 10 anos com creme de bergamota e crumble de amêndoa tostada. O menu tem um valor de 75€ por pessoa e, ao longo da refeição, pode ainda esperar várias surpresas…

O Palacete Severo, inaugurado recentemente, é um dos mais bonitos e românticos espaços do Porto, por isso, apostar numa noite aqui ou numa ida ao spa a dois é um excelente plano, vá por nós. Mas se o interesse de ambos recai em experimentar a comida de autor do chef Tiago Bonito, o espaço tem duas boas opções. Além dos menus habituais, tanto o Bistrô Severo, o restaurante mais informal, como o Éon, o fine dining, têm propostas para o dia dos namorados, disponíveis entre os dias 14 e 16 de Fevereiro. No primeiro, serão servidos pratos como tártaro de vieira com maracujá e lima; moqueca de garoupa e camarão com arroz pilaf e frutos secos; magret de pato com batata rosti e molho de especiarias e ainda uma sobremesa com chocolate quente, caramelo salgado e amendoim (85€/pessoa). No Éon há à disposição um menu gastronómico de 11 ou 8 momentos. Caviar 3.0; carabineiro com caril verde e laranja e gengibre; e o chocolate chuncho com lima caviar e café são algumas das propostas (entre 100€ e 150€/pessoa).

Começando pela vista para o Douro que não deixa ninguém indiferente, a Enoteca 17.56, situada no Cais de Gaia, é uma boa escolha para quem procura um ambiente acolhedor e mais intimista. Integrada no centro de visitas da Real Companhia Velha, conta com restaurante, duas salas privadas e um terraço panorâmico. Na carta há muito por onde escolher, desde pratos portugueses de carne, peixe e marisco a comida asiática, pizzas gourmet e outras propostas de gastronomia italiana, além de uma oferta de queijos e, claro, uma vasta selecção de vinhos portugueses e internacionais. 

Localizado junto ao Museu Romântico, o Antiqvvm, do chef Vítor Matos, é uma das estrelas Michelin do Porto. Um lugar que alia o conforto e requinte do interior ao espaço exterior que conta com uma paisagem única como pano de fundo e perfeito para um ambiente mais romântico. Aqui, está prometida uma “cozinha de influência mediterrânea, criativa e multissensorial”, numa carta que oferece experiências orgânicas e ensaios sensoriais.

Aqui não há moda que pegue. O Portucale, na Cooperativa dos Pedreiros, é um dos clássicos da cidade e mantém a decoração e a carta há vários anos, recheada de grandes clássicos. Aposta numa gastronomia tradicional portuguesa e internacional, aliada à cozinha de autor, e alguns dos pratos são acabados de confeccionar à frente dos clientes. O que também não mudou – e ainda bem – foi a incrível vista panorâmica para o Porto. A acrescentar a tudo isto, há arte em toda a decoração, com as tapeçarias do pintor Guilherme Camarinha. Tudo reunido, portanto, para um bom jantar a dois. 

Este Dona Maria é muito caloroso — pela arte de bem receber, pela carta aconchegante e pelo espaço decorado com cores quentes, poltronas de veludo cor de caramelo e uma vista sobre o Douro e o Porto que aquece corações. Instalado no The Lodge, hotel com cinco estrelas em Vila Nova de Gaia, o restaurante aposta no receituário português, acompanhado de bons vinhos, claro, não estivéssemos nós paredes meias com as caves onde se armazena um dos mais famosos e cobiçados fortificados do mundo.

Inaugurado no final de 2021, o Real by Casa da Calçada é o mais recente projecto na Invicta da Casa da Calçada, em Amarante. Apostam numa carta sustentada em três grandes pilares: portugalidade, sazonalidade e proximidade. Por isso, prepare-se para provar pratos que são uma ode à gastronomia portuguesa e portuense. Há ainda boas sobremesas e uma garrafeira com mais de cem referências vínicas.

Um restaurante com a decoração de Paulo Lobo é um restaurante onde apetece sempre estar e pode ser uma boa opção para um jantar a dois. Para ajudar à festa, o Wish, localizado na Foz do Douro, tem também uma carta internacional, de inspiração mediterrânea e japonesa, com autoria do chef António Vieira.

Este pequeno restaurante tem, normalmente, todos os lugares ocupados, por isso tente reservar com antecedência. A culpa é da boa comida portuguesa que por aqui se faz e do ambiente familiar e acolhedor que pede mesmo a companhia ideal. O arroz de marisco é para partilhar, por isso, já sabe o que tem a fazer.

O chef Arnaldo Azevedo fez-se ao mar (e ao que dele vem), na Foz. É, desde Maio de 2019, o comandante dos dois restaurantes do Vila Foz, hotel num palacete do final do século XIX em plena Avenida Montevideu. O Flor de Lis (a figura heráldica está presente em alguns elementos decorativos originais da mansão) tem 55 lugares e uma carta com pratos de época e forte influência portuguesa, a preços mais acessíveis. 

A grande particularidade deste restaurante é não saber ao que se vai. Mas algumas coisas podemos revelar. A comida é boa e preparada com cuidado e o menu é mantido em segredo (no início da refeição entregam-lhe um envelope com a descrição do que irá comer, tente não espreitar). É composto por seis momentos que incluem couvert, amuse-bouche, entrada, prato de peixe e prato de carne e sobremesa. Quanto ao espaço, é bonito e cheio de potencial. As paredes em pedra e a garrafeira em madeira, com cerca de 200 referências de vinhos, dão-lhe aconchego nos dias frios. E o pátio, lá fora, com vista sobre o Douro, grita por dias quentes de Verão.