Figurado de Barcelos
©O Valor do TempoFigurado de Barcelos
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O melhor de Portugal em Lisboa

Portugal é rico em tradições. Eis são alguns espaços que dão a conhecer o melhor de Portugal em Lisboa.

Renata Lima Lobo
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Chamamos-lhe um pequeno jardim à beira mal plantado e tem pouco mais de 92 mil metros quadrados. Mas os países não se medem aos palmos e, apesar de pequeno (não tão pequeno o Mónaco ou Andorra, mas ainda assim pequeno), Portugal é enriquecido pelas muitas regiões, do continente às ilhas, com as suas próprias tradições, gastronomia e produtos. Recomendamos que saia de Lisboa para explorar tudo o que o país tem para oferecer, mas enquanto estiver pela capital também pode sentir-se um explorador das nossas tradições, seja com uma refeição tipicamente minhota ou um casaco de lã quentinho da Serra da Estrela. 

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  • Compras
  • Arte, artesanato e passatempos
  • Baixa Pombalina

O galo de Barcelos é uma figura incontornável da cultura popular portuguesa, mas é apenas uma das muitas peças desenhadas por artesãos locais que ainda hoje continuam a contribuir para o enriquecimento do que se chama figurado de Barcelos. Músicos, procissões, presépios, santos, cabeçudos ou mulheres minhotas, tudo feito em barro, decoram as prateleiras desta loja da Baixa Pombalina. Chama-se precisamente Figurado de Barcelos e tem centenas de peças criadas por artesãos certificados. Cada um com um espaço dedicado às suas peças. Todos os meses a loja presta homenagem a um deles, num painel instalado na fachada.

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  • Mercearias
  • Baixa Pombalina

Nesta mercearia não faltam produtos da terra de Carolina Ferreira, a dona. Abriu a primeira mercearia há 12 anos, porque estava farta de vir carregadas dos Açores sempre que ia a casa, diz em jeito de brincadeira esta engenheira industrial. E é fácil matar as saudades da terra com os produtos que ela vende. Sejam os bolos lêvedos das Furnas de São Miguel, a Laranjada Melo Abreu, o Queijo Morro da Ilha do Faial ou as Queijadas de Vila Franca do Campo do Morgado.

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  • Atracções
  • Edifícios e locais históricos
  • Santa Maria Maior

A Casa de Alentejo é a verdadeira casa da região do Alentejo em Lisboa. O edifício do antigo Palácio Alverca merece, só por si, uma visita, graças à bonita decoração com traços árabes. É palco de apresentações de livros, sessões de poesia, exposições ou outros eventos e tem um restaurante com duas salas impressionantes. No pátio interior, outro espaço. A taberna da Casa do Alentejo já foi um segredo. Agora nem tanto, ainda que a música de intervenção se mantenha um atractivo interessante, a combinar com migas, queijos, tostas, petiscos e pratos do dia.

  • Cafés
  • Chiado

Agora é possível ir à Brasileira, o centenário café do Chiado, e sentar-se a ler o Terras da Beira. Ou o Campeão das Províncias. Ou – porque não? – O Interior. O grupo O Valor do Tempo, que tem a participação maioritária d’A Brasileira, decidiu trazer notícias de todo o país para o Chiado. No quiosque, igualmente histórico e onde se vendia imprensa nacional, os escaparates passaram a mostrar publicações como O Mirante, o Jornal do Fundão ou a Gazeta das Caldas.

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  • Pastelarias
  • Chiado

Auto-intitulam-se de padroeiros da doçaria conventual e dão a conhecer a história do país através dos doces com ovos. A oferta navega por todos os mosteiros de Portugal e vai dos Ovos Moles de Aveiro, Pão de Ló de Ovar ou pudim Abade Priscos, ao Papo d'Anjo de Amarante, Queijinho de Alcobaça, ou Rebuçados de Portalegre. menu é infindável e causa picos de glicémia só de ler. Também aceitam encomendas para entregas ao domicílio.

  • Grande Lisboa

O duplo érre em Choco Frrito não é erro ortográfico – é uma homenagem ao dialecto charroco, o nome dado ao falar sadino, que ouvirá especialmente em bairros setubalenses como o Troino. No menu desta casa da Penha de França destacam-se as tradicionais tiras de choco frito com limão, mas têm também choqrrettes, uns croquetes de choco picado com tinta, um wrap com choco marinado e uma sanduíche de choco frito, e é tudo acompanhado por batatas fritas. 

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  • Chiado
  • preço 3 de 4

Da primeira vez que entrámos na Burel Factory, ficámos pasmados com a quantidade (e com a pinta) de coisas que é possível fazer com este material. Algumas peças, mantêm o ar quentinho e tradicional da Serra da Estrela, outras arriscam no design e saem da caixa. Da decoração à moda, sem esquecer os projectos à medida, quem diria que o burel ia dar pano para tanta coisa.

  • Alvalade

Uma vez em Alvalade pode ir a Paredes de Coura almoçar. A viagem a norte é possível n’Os Courenses, um popular restaurante de origens minhotas virado para um pequeno jardim. Aqui os clientes podem-se sentar a provar iguarias como filetes de pescada e filetes de choco com arroz de lingueirão (ou arroz de feijão, se preferir) e rapar o tacho. O cozido à portuguesa sai às quintas-feiras e sábados e há sempre pratos do dia, que podem passar por um cabrito assado no forno ou filetes de polvo. A comida é um chamariz, mas Manuel Braga, um dos sócios, sublinha que outro segredo do sucesso do restaurante são os funcionários que têm muitos anos de casa e “conhecem toda a gente”, diz, referindo-se à clientela habitual. É um negócio familiar, porque o outro sócio é o irmão José Braga, mas “até o pessoal faz parte da família”.

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  • Santa Maria Maior

Em 1919, nesta loja da Baixa operava uma cordoaria e em 2006 o espaço foi remodelado e transformado numa mercearia tradicional portuguesa. Localizada a escassos metros da medieval Casa dos Bicos, manteve as antigas paredes de pedra como cenário de exposição de produtos tradicionais de todo o país, incluindo os Açores e a Madeira. Inclui pão biológico, compotas, licores, patés, vinhos, enchidos e muitas outras especialidades.

  • Areeiro/Alameda

O molho da francesinha é segredo e António Valente, que veio do Porto para abrir um restaurante por carolice há 13 anos, não o vai revelar. Portanto, passemos à frente: entre as fatias de pão há bife de vaca, salsicha fresca, linguiça, fiambre e mortadela; se quiser, mande vir batatas fritas e um ovo a cavalo na francesinha. António Valente deixou a profissão como engenheiro químico, juntou-se ao irmão Joaquim e os dois sacaram a receita à mãe. No Porto, parecida com esta, só no Santiago, argumenta – “as outras já foram”.

No mesmo campeonato, encontra boas francesinhas no restaurante MarcoA casa mãe, em Vila Nova de Famalicão, aberta há duas décadas, rivaliza com os mais conhecidos restaurantes do Porto. As salsichas e a linguiça vêm lá de cima e o sabor não engana. A clássica é a Portuense, claro, também chamada de “berdadeira”, assim mesmo com b e com tudo a que tem direito. Se for adepto de picante, arrisque tudo na Dragon Red, dizem eles que “até deitas lume dos olhos”.

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  • Lisboa

É preciso entrar sem pensar no que vai gastar. Mas entre firme e confiante de que a comida que lhe vão servir corresponde aos verdadeiros sabores portugueses, isto numa casa que se orgulha de fazer “alta cozinha de Monção”. Não olhe a meios na hora de pedir as finas fatias de presunto, daqueles gulosos que estão pendurados na montra, para aconchegar o estômago e seguir para o arroz de lagosta e gambas, uma das especialidades. O Solar é daqueles sítios que serve lampreia da boa, na época dela, e entrando os meses frios, é não deixar escapar o cozido à portuguesa, servido religiosamente todas as quartas-feiras e confeccionado em 24 horas.

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  • Chiado
  • preço 2 de 4

Esta foi a primeira loja de A Vida Portuguesa a vir ao mundo. Hoje, continua de pedra e cal no Chiado e é um corrupio de estrangeiros, mas também de lisboetas em busca de presentes originais com um quê de saudosismo. Um fenómeno que cresceu e que resultou na abertura de outros espaços muito portugueses noutras zonas da cidade.

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  • Areeiro/Alameda

Justa Nobre é uma estrela da cozinha portuguesa e um marco na história da restauração lisboeta. Na casa que tem junto ao Campo Pequeno há uns bons anos, mostra os melhor da sua cozinha de inspiração transmontana, mas sempre a cruzar outras regiões do país. Há de tudo, desde as iscas de cebolada aos ovos mexidos com tomate, desde o folhado de caça brava aos camarões de fricassé. E há uma família inteira a servi-lo com um sorriso de orelha a orelha. Marido e filho na sala, irmãs a contribuir na retaguarda – sobretudo nas sobremesas.

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  • Mercearias finas
  • Santos

Do pacote de sal grosso da Salmarim ao único vinho português com certificação biodinâmica, o verde tinto Palmeirinha, Rita sabe contar a história de tudo o que tem na sua loja em Santos. Passou um ano a viajar pelo país, a conhecer produtores, os seus métodos e os seus produtos, a ser encaminhada de um produtor de azeite para um queijeiro e deste para o criador de gado de cada zona, acabando por conhecer os clusters onde a produção artesanal de qualidade continua no país. O resultado deste trabalho de investigação com ar de grande reportagem ou de tese de mestrado não foi para ficar no papel, mas para erguer a Comida Independente, uma mercearia com produtos de pequenos produtores de todo o país, onde tanto se vendem iguarias muito específicas, dignas de gastrónomos, como os legumes e o pão fresco do dia.

Aposte nos produtos portugueses

  • Miúdos
  • Vendas

Baba (ou fica verde de inveja) sempre que vê um bebé ou criança com estilo para dar e vender no Instagram? Está na hora de ir às compras para os petizes da família. Eles também gostam de andar bonitos, dos pés à chupeta, e o que não faltam são marcas portuguesas de roupa e acessórios para crianças capazes de virar cabeças: a sua, a deles e a dos vizinhos. É verdade. Desde mordedores e prende-chuchas, passando por peças artesanais feitas exclusivamente com algodão orgânico e até estampados divertidos, as propostas são várias, para todas as idades e gostos. Ora, espreite.

Não é só mais uma bebida para acompanhar refeições ou beber quando tem sede. A kombucha tem muito que se lhe diga e basta dar três dedos de conversa com quem está metido no negócio de produção desta bebida para perceber que é na verdade a descoberta de todo um mundo em crescimento, que busca nas bactérias uma série de benefícios.

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  • Compras

Chaves, porta-moedas, creme de mãos, carregadores, pastilhas, lenços, snacks, água, canetas, batons ou álcool gel, está aqui uma bela lista de coisas que as malas e carteiras têm por hábito carregar. São autênticas caixinhas de pandora quando abertas, cheia de surpresas que não sabia que andavam por lá, seguindo aquela velha máxima de “cabe sempre mais alguma coisa”. Enfim, as malas são acessórios de moda, é verdade, mas também peças essenciais no dia-a-dia, para carregarmos connosco este mundo e o outro. Já não vale não ter consciência na hora de comprar, por isso mais vale esquecer as marcas que gostam de estampar em letras garrafais o seu nome nas ditas cujas e optar por comprar o que é nosso, comprar português e com consciência. Conheça estas marcas portuguesas de malas e carteiras, das mais clássicas em couro às que recuperam a tradição do junco. Descubra-as.

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