Melhores séries 2024
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As 10 melhores séries de 2024

Comédia, drama, espionagem, gangsters e ficção científica. Estas são as melhores séries que a equipa da Time Out viu em 2024.

Renata Lima Lobo
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Neste momento da história, são às centenas os títulos que estreiam todos os anos no pequeno ecrã. E num mundo global, Portugal não fica à margem desta força de produção. A equipa Time Out juntou as notas que foi tirando ao longo do ano para a complicada tarefa de escolher apenas 10 séries que estrearam em Portugal em 2024. Sim, ficou muita coisa de fora, mas também fizemos questão de guardar três posições para as séries portuguesas. Por isso, de Homicídios ao Domicílio a Astro-Mano, estas foram as séries que mais gostámos de ver em 2024.

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Homicídios ao Domicílio

A série criada por John Hoffman e Steve Martin brinca com a improbabilidade. A improbabilidade de haver um homicídio no mesmo condomínio a cada temporada. É, aliás, uma das graças do argumento, até porque uma das personagens secundárias (olá, Jackie Hoffman) costuma comentar isso mesmo. Mas se o enredo liderado por Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short nos prendia ao ecrã sem mais nada a acrescentar, numa fórmula que mistura o género whodunnit com a moda dos podcasts de true crime, a quarta temporada conseguiu a proeza de ser a melhor até ao momento. E terá sido, quiçá, a melhor temporada do ano. De todas. Muito porque, na televisão, fez-se uma homenagem ao cinema. Por um lado, o trio vê-se envolvido na produção de um filme inspirado no seu podcast, com Eugene Levy, Zach Galifianakis e Eva Longoria a interpretarem versões alternativas deles próprios. Por outro, a cada episódio há uma referência a um clássico do cinema, a começar no título, de Era Uma Vez no Oeste a O Casamento do Meu Melhor Amigo, ligando-os com a narrativa. E se as estrelas convidadas a cada temporada são, desde o início, um dado adquirido e apreciado, desta vez tivemos mesmo direito a uma luta entre as personagens de Meryl Streep e Melissa McCarthy. Tentem superar isso.

Disney+

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Donald Glover criou e interpretou a versão para televisão do filme que juntou Brad Pitt e Angelina Jolie, dentro e fora do ecrã. Mas deu-lhe uma volta, praticamente de 180º. Estes Mr. & Mrs. Smith fazem apenas parte do mesmo universo do filme, mas são personagens diferentes, brilhantemente interpretados por Glover e Maya Erskine. Dois agentes secretos que não se conhecem de lado nenhum e têm de juntar os trapinhos a bem da identidade secreta. Há drama, comédia, mas acção e explosões a cada cinco minutos são coisas de somenos para a narrativa central da série, que se foca no desenvolvimento da relação de confiança e também romântica entre os dois personagens, meros peões num jogo de espionagem bastante maior do que eles. Prova disso é que os dois actores não regressam aos papéis da segunda temporada já confirmada.

Prime Video

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A Amiga Genial

Não deverá ter sido tarefa simples adaptar a tetralogia napolitana escrita pela misteriosa Elena Ferrante. A história de duas amigas inteligentes (e muito diferentes) que crescem num bairro pobre de Nápoles é já um clássico moderno e a adaptação de Saverio Costanzo à televisão honra as palavras da autora, acrescentando os sons e possivelmente as imagens mais bonitas do ano. Nesta quarta e última temporada mudou, pela primeira vez, o elenco, de forma a corresponder à passagem do tempo no enredo, fazendo um círculo completo nas cenas finais. Todos os prémios são poucos para uma série absolutamente genial.

Max

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Night County é a quarta temporada da série antológica True Detective, que após uma primeira temporada bem conseguida – com Matthew McConaughey e Woody Harrelson – foi deixando de despertar tanto interesse. Cinco anos depois, parece que as mulheres chegaram para reerguer a franquia. Primeiro, na pessoa de Issa López, a criadora, argumentista e realizadora desta quarta ronda, interpretada por duas valentes actrizes: a veterana Jodie Foster (que anda a limpar os prémios de televisão com esta interpretação) e a estreante Kali Reis, ex-campeã do mundo de boxe, que formam a dupla de detectives de Night County. Desta vez, viajamos até à escuridão do Inverno no Alasca, onde desaparece uma equipa de cientistas que estava a desenvolver uma misteriosa investigação. Entre o mistério e o regresso de elementos sobrenaturais a True Detective (como na primeira temporada), a história destaca-se também por focar a exploração das comunidades indígenas do Alasca. O genérico é acompanhado pelo tema “Bury a Friend”, de Billie Eilish, artista que foi a banda sonora da escrita de Issa López para este argumento.

Max

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Disclaimer

Não é a primeira (e esperemos que não seja a última) vez que o cineasta mexicano Alfonso Cuarón se aventura pela televisão. Oscarizado pelos filmes Gravidade e Roma, é ele o criador deste thriller psicológico contado em sete capítulos e protagonizado por Cate Blanchett e Kevin Kline, eles próprios oscarizados. O cinema foi mais uma vez à televisão sem preconceitos, adaptando o romance homónimo de Renée Knight, sobre uma reputada jornalista, famosa por denunciar delitos e transgressões de outras pessoas, até ser confrontada pelos seus próprio segredos, após receber um romance de autor anónimo onde é a personagem principal. A subtileza da narrativa e a alternação entre narradores prende-nos ao ecrã, a par do talento do elenco, onde também encontramos Sacha Baron Cohen e Lesley Manville.

AppleTV+

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Tem dito uma década intensa em super-heróis com universos a andar para a frente e para trás, numa overdose de super-poderes saída dos estúdios das concorrentes Marvel e DC. Mas mesmo quando nos apetece desistir de acompanhar linhas cronológicas infinitas, Matt Reeves deu-nos The Batman, filme com pés mais assentes na terra (e três nomeações aos Óscares em categorias técnicas). É daí que nasce The Penguin, minissérie comprimida entre o primeiro e o futuro segundo filme The Batman. É novamente um irreconhecível Colin Farrell que vemos em The Penguin (de Lauren LeFranc), basicamente uma série de gangsters muito bem construída, em que nem sempre sabemos o que vai na cabeça deste anti-herói até aos últimos cartuchos. É também um conto sobre desigualdades, dos mais ricos aos mais desfavorecidos que, sem réstia de esperança, olham para um criminoso como um farol que os poderá salvar. De sublinhar também a espectacular interpretação de Cristin Milioti no papel de Sofia Falcone.

Max

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Kat Sadler nunca tinha escrito uma série. Nem estado à frente das câmaras. Argumentista de programas de televisão no Reino Unido, durante a pandemia teve um colapso mental e, ao mesmo tempo, a irmã acumulava dívidas. Foram as conversas que tiveram nessa altura por telefone que se transformaram no ponto de partida para Such Brave Girls, por uma simples razão: mesmo perante a tragédia, não conseguem ficar séries. Assim nasceu uma comédia hilariante sustentada no trauma, no qual as duas irmãs (Lizzie Davidson também em estreia) são as protagonistas de uma família disfuncional, onde também cabe o talento da veterana Louise Brealey, no papel de uma mãe sem queda para a maternidade, numa casa onde não só falta dinheiro, mas também muita noção. Such Brave Girls venceu dois BAFTA (Argumento e Talento Emergente) e todo o nosso amor.

Filmin

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Com um micro-orçamento, Pedro Ferreira e Filipe Santos fizeram um pequeno milagre. Astro-Mano é uma série de ficção científica portuguesa, género que não tem feito muita escola no nosso país, que apenas pode ser vista no streaming da RTP Play. Foi um dos projectos apoiados pelo RTP Lab, um laboratório de produção, que acima de tudo oferece uma plataforma de divulgação e algum apoio ao nível da mentoria. E é uma série que nos faz lembrar os filmes de ficção científica dos anos 1980, contando a história de um extraterrestre que, por acidente, viaja até à Terra, onde se torna amigo de Pedro, um rapaz mais ou menos falhado que nem tem coragem de dizer à companheira de casa que tem sentimentos por ela. Os criadores (que actualmente fazem parte da equipa do 5 Para a Meia Noite) são também os actores de Astro-Mano, com os efeitos visuais todos desenvolvidos pelo talentoso Pedro Ferreira, numa série que tem referências a filmes como A Guerra das Estrelas (há sabres de luz) ou Regresso ao Futuro (há Delorian).

RTP Play

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No ano em que se assinalaram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, foram muitas as produções que chegaram aos ecrãs para recordar a Revolução dos Cravos. No campo documental destacou-se a série A Conspiração, de António-Pedro Vasconcelos. E na ficção foi Sempre que nos conquistou. Não é a típica ficcionalização de histórias reais, com as grandes figuras da revolução em destaque. É sim um conjunto de histórias que não aconteceram, mas podiam ter acontecido, que focam o cidadão comum, a figura anónima apanhada no meio da tempestade. Do GNR que precisa e não consegue sair do quartel onde se refugiou Marcello Caetano, ao cantautor que regressa clandestinamente de França para tentar fazer a diferença, não sabendo que teria chegado mesmo a tempo de ver a história acontecer diante dos seus olhos. Ou do soldado negro português que se junta aos capitães, lutando pelo seu país, mesmo que outros não o vejam como igual. São histórias que nos aproximam desse 25 de Abril, feito de pessoas como nós, numa série realizada com maestria por Manuel Pureza e com um elenco que está sempre pronto para ir à luta.

RTP Play

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Há histórias que ficam nos anais, mas há sempre alguém pronto para as voltar a contar. Neste caso, Ivo M. Ferreira recupera a saga da mais sangrenta fuga de uma prisão em Portugal, e pintalgou-a com ficção. A série recorda Faustino Cavaco, de cognome “O Americano”, um dos seis homens que em 1986 se escaparam da cadeia de Pinheiro da Cruz, deixando para trás um rasto de sangue. O Americano, a série, conta-nos como um carpinteiro de profissão, dono do seu negócio e aparentemente do seu nariz, se deixou levar por uma vida de crime. Nesta espécie de western passado no Algarve, o elenco é encabeçado pelo actor João Estima, numa muito convincente interpretação, ladeado por colegas como Ivo Canelas, Adriano Luz, Gonçalo Waddington, Jani Zhao, Vera Moura, entre outros bons talentos.

RTP Play

Mais séries

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Entre conteúdos originais e reaproveitados (ou mesmo ressuscitados), a Netflix está sempre a testar a nossa resistência ao chamamento do binge watching. Títulos como Gambito de DamaOzark, Stranger Things ou The Crown são um espelho do melhor que a plataforma consegue produzir. Outros, como Breaking Bad Arrested Development, são óptimos exemplos de como levar audiência ao seu moinho (o streaming) por meios comprovados. A apontar-lhe alguma coisa, será a oscilação de conteúdos: estamos sempre na vertigem de ver a nossa série favorita desaparecer do catálogo. Por isso, não perca tempo: prepare-se para uma maratona e siga estas sugestões das melhores séries para ver na Netflix.

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O Disney+ tornou-se, em tempo recorde, um dos serviços de streaming com mais subscritores no mundo. Casa da Fox, da National Geographic e da Lucasfilm, além das produções da Disney, da Pixar e da Marvel, tem um catálogo cada vez mais diversificado. E a nova área de entretenimento Star trouxe dezenas de séries (e filmes) para a plataforma, incluindo sucessos de audiências como Uma Família Muito Moderna, um dos títulos recentes que não conseguimos retirar desta lista de sugestões. É certo que ambém por aqui se encontram clássicos como Ficheiros Secretos, Segurança Nacional, Perdidos ou PatoAventuras (sim, Ducktales, uh-uh). Mas é preciso avançar. Eis as 20 melhores séries para ver no Disney+ agora.

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O serviço de streaming e video on demand espanhol chegou a Portugal em 2016, quase uma década após ter nascido, munido de cinema independente e grandes clássicos da sétima arte. Mas aqui falamos de séries, num catálogo que também tem uma curadoria muito particular na selecção de produções. E Portugal não foge à lista da Filmin, com Aleixo Psi ou Ruth, entre outras produções nacionais presentes da plataforma de nuestros hermanos. São muitos os tesouros que os verdadeiros cinéfilos aqui podem encontrar, num dos catálogos mais independentes (e por vezes supreendente) do streaming.

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Com um rico cardápio de séries e filmes, prontos a fazer concorrência a outros serviços por cá instalados, o SkyShowtime chegou a Portugal em 2022 com conteúdos que trazem a marca dos estúdios Universal Pictures, da Paramount Pictures e da DreamWorks Animation, das redes televisivas Nickelodeon e Showtime, dos serviços de streaming norte-americanos Paramount+ e Peacock (NBC) e, claro, da produtora Sky Studios. Uma concorrência de peso aos poderes instalados em Portugal de outros gigantes do streaming, como a Netflix, a Disney+, a Prime Video, a Max e a Apple TV+. Conheça 20 melhores séries que estão disponíveis no catálogo.

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A Apple TV+ é um serviço de streaming com um catálogo limitado, mas ao contrário do que possa parecer isso não é uma desvantagem. Em época de abundância, os espectadores encontram aqui um porto seguro, que tenta ter uma oferta mais apostada na qualidade do que na quantidade. O foco são as produções originais, que a pouco e pouco vão tornando o serviço incontornável para quem gosta de boa televisão. Há de tudo, das séries de grande orçamento (destaque para Mestres do Ar) às sitcoms surpreendentes (olá, Ted Lasso), da ficção científica (ponto extra por Dark Matter) às séries documentais de fôlego (1971: The Year That Music Changed Everything é uma pérola). Feitas as contas, há 20 séries da Apple TV+ que tem de ver.

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