Restaurante, Azenhas do Mar, Peixe e Mariscos
©Duarte DragoAzenhas do Mar
©Duarte Drago

Não olhe só para o prato nestes restaurantes com vista em Lisboa

Virados para o mar, para o Tejo ou para as colinas lisboetas. Estes são os melhores restaurantes com vista em Lisboa – muitos deles com boas esplanadas também.

Cláudia Lima Carvalho
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O prato é tudo, mas se vier acompanhado de uma vista para admirar nos intervalos entre garfadas melhor. E boas vistas são o que não falta a esta cidade com as suas sete colinas, de onde é possível olhar a cidade em todo o seu esplendor, com os seus monumentos e praças cheias de gente. E se formos até Belém ou até à Margem Sul, a deslumbrante vista para o rio e para a outra margem faz-nos suspirar. Se há coisa que não falta a esta cidade são vistas e restaurantes de tirar o fôlego.

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Mar, rio ou cidade: 17 restaurantes com vista em Lisboa

  • Grande Lisboa

É muitas vezes preterido em favor do Ponto Final, um ponto de referência uns metros mais à frente, com umas cadeiras amarelas em cima de um pontão no rio. O que significa que este Atira-te ao Rio, no Cais do Ginjal, acaba por ter menos gente na esplanada, também com uma vista incrível para Lisboa (especialmente agradável numa noite de Verão ao pôr-do-sol). Já foi mais tradicional, mas ainda serve bons pratos portugueses.

  • Sintra

A idílica localidade em que está inserido deu o nome a este clássico restaurante de peixe e marisco, onde as refeições são feitas numa sala envidraçada em cima da piscina e da praia das Azenhas do Mar. E se não é mesmo isto que apetece tanto num dia de sol radioso como num de chuva e mar bravo? Das amêijoas à Bulhão Pato à salada de polvo, dos percebes à sapateira, até ao peixe da nossa costa ao quilo, que ora pode ser grelhado, ora pode ser ao sal, há muito por onde escolher.

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  • Lisboa

Apesar de bem distintos, os dois restaurantes de Vítor Matos em Lisboa, no hotel Torel Palace Lisbon, partilham mais do que se possa imaginar, a começar desde logo pelo chef residente, Francisco Quintas. Os dois querem ser descontraídos, mas o menu e o serviço não podiam ser mais diferentes. Se o 2 Monkeys foi pensado para ocasiões especiais, o Black Pavilion é um restaurante para todas as horas, descontraído, com vista para Lisboa, num bonito jardim de Inverno, mas também com uma bela esplanada com vista para a cidade.

  • Global
  • Cascais

Se as paredes do Cimas falassem não lhe faltariam boas histórias para contar. Por aqui passaram membros da realeza e políticos, artistas, intelectuais e escritores e até espiões – antes e depois do 25 de Abril. O serviço, sempre atento, é parte do sucesso da casa, feito de forma clássica. Os pratos permanecem praticamente os mesmos, como notou o crítico Luís Monteiro numa recente visita: “os salpicões e cocktails de marisco, os espargos, os gratinados, os consomés e sopas, o peixe cozido (praticamente desaparecido), a caça, a carne nos cortes mais tradicionais, os acompanhamentos (outra tradição em desuso)”. Tudo em cima da linha do mar – nos dias de sol, é obrigatório trocar as salas acolhedoras pela esplanada. 

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  • Belém
  • preço 4 de 4

Se até 2022 poucos poderiam não conhecer o nome de André Cruz, hoje o chef já não passa despercebido. A tranquilidade e segurança com que encarou o desafio de chefiar o Feitoria fazem deste hoje um dos mais entusiasmantes restaurantes de alta-cozinha na cidade – morar em cima do rio é só um bónus. Há interacção à mesa, tanto do serviço de sala, como da equipa da cozinha e do próprio chef, que mantém uma relação muito próxima com pequenos produtores (e não é cliché, já que o próprio mantém uma horta biológica, colmeias e faz criação de animais). O resultado é uma cozinha de produto sem máscaras em dois menus: um de sete (160€) e outro de oito momentos (180€) e duas versões vegetarianas (120€-140€).

  • Haute cuisine
  • Parque das Nações
  • preço 4 de 4

Vindo do Vistas, no Algarve, Rui Silvestre ocupou sem medo o lugar de Martín Berasategui e Filipe Carvalho no alto da Torre Vasco da Gama. O menu é apenas um e tem como nome uma data: 1497, o ano da partida da expedição de Vasco da Gama, em direcção à Índia. Em 14 momentos (235€), a identidade de Rui Silvestre, mais afastada da linha clássica do chef espanhol que o antecedeu, está bem marcada. E a ambição não é pequena. Uma estrela Michelin já não chega.

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  • Cascais

Quando Gil Fernandes ainda não se imaginava na cozinha, a Fortaleza do Guincho conquistava a primeira estrela Michelin, que mantém até hoje. Estávamos em 2001. Avançando para 2024, Gil é hoje a cara do restaurante. Inspirado pelo mar do Guincho que banha o restaurante e mergulhando na sua história, o chef dá-se a conhecer em dois menus de degustação (145€-190€) onde se destacam sabores bem portugueses, apresentados de forma criativa, dinâmica e cheia de técnica. Desde que assumiu o cargo em 2018, depois da saída de Miguel Rocha Vieira, na altura tornando-se no chef mais novo com uma estrela Michelin – tinha 28 anos –, que Gil se afirmou como uma lufada de ar fresco num hotel histórico.

  • Gastropubs
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

No topo do Altis Avenida, com vista para Lisboa, qualquer hora é perfeita para descobrir as propostas do chef executivo João Correia, que aposta numa carta descomplexada, mas cuidada, perfeita para ser partilhada e devorada com as mãos. No que toca a bebidas, deixe-se surpreender pelas propostas da bar manager Flavi Andrade e os seus cocktails de autor.

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  • Avenida da Liberdade

Depois de testado e aprovado em São Paulo – a revista brasileira Veja considera-o um dos melhores e mais badalados restaurantes da cidade –, o Seen instalou-se no nono piso do Tivoli, com uma vista incrível sobre a cidade. O tronco de árvore dentro do bar e as folhas a cobrir o tecto dão as boas-vindas, mas é o balcão de sushi que mais deslumbra, com a parede em frente envidraçada, desimpedindo a vista até ao rio.

  • Italiano
  • Princípe Real
  • preço 2 de 4

A versão portuguesa do restaurante italiano de Jamie Oliver tem três pisos, com direito a sala privada no -1, e dois terraços com vistas incríveis para o castelo, seguindo, em termos de decoração, a mesma linha dos restaurantes Jamie’s Italian – presuntos e alhos pendurados no bar, à entrada, e decoração em madeira, azul e cobre. A carta é grande, tem o nome dos pratos em inglês para “preservar o espírito britânico" e faz referência aos “mais famosos” ou aos favoritos de Jool, a mulher de Jamie Oliver. 

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  • Belém

A ciência não está só nos laboratórios do edifício da Fundação Champalimaud. Está também no restaurante, se atentarmos no nome, nas paredes onde há frases do cientista e até na falsa biblioteca. A Fundação Champalimaud já é envolvência arquitectónica que justifique o comentário "rica vista". Mas há mais: de lá de dentro vê-se o rio de uma perspectiva única. As massas e risotos são os pratos fortes, mas há que dar um olhinho às opções de inspiração lusa.

  • Italiano
  • Belém

O grupo Sana renovou os edifícios da antiga discoteca BBC e do Piazza di Mare, na vizinhança do MAAT. No espaço da BBC nasceu um local para receber grandes eventos privados e festas temáticas, o SUD Lisboa Hall; no Piazza di Mare está o Sud Lisboa Terrazza, com uma piscina e pool bar à noite no primeiro andar, e um restaurante com dois espaços diferentes, esplanada e quiosque no rés-do-chão. A sala do restaurante é gigante – são 240 lugares e cerca de 30 pessoas na cozinha. À entrada há um forno com os pizzaiolos ao lado e um bar onde se bebe qualquer coisa enquanto se espera ou se faz tempo até ao jantar; há uma sala com um ambiente mais calmo e recolhido e outra com muita luz e com o tecto coberto de folhas. 

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  • Global
  • Chiado/Cais do Sodré

O palacete em pleno Miradouro de Santa Catarina foi todo renovado para se transformar no luxuoso Verride Palácio Santa Catarina. No último andar, o restaurante de fine dining Suba é como se fosse um pequeno miradouro com vista sobre toda a cidade. Chefiado pelo transmontano Fábio Alves, respeita a sazonalidade e o produto com uma dose de criatividade.

  • São Sebastião

Joachim Koerper abriu o Eleven em 2004 quando Lisboa era outra, ainda longe da azáfama gastronómica que hoje se vive, vindo de restaurantes distinguidos com estrela Michelin. No topo do Parque Eduardo VII conquistou a estrela ao fim de apenas nove meses – a primeira, na altura, para Lisboa –, perdeu-a e voltou a conquistá-la logo a seguir, mantendo-a até hoje. É possível almoçar e jantar à la carte, mas não há experiência como menu de degustação – e são vários (149€-175€), entre os quais o menu lavagante, com o marisco presente do princípio ao fim (235€). Peça uma das mesas junto à janela e aproveite aquela que é uma das melhores vistas sobre Lisboa. 

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  • Princípe Real

Chegaram a Portugal há poucos anos, vindos de Espanha, mas a verdade é que não têm tido mãos a medir. A cadeia de restaurantes de comida saudável Honest Greens inaugurou este espaço na Calçada Patriarcal no final de 2023. Tem 615m2 e um total de 184 lugares, divididos entre o interior e a esplanada com vista para a cidade. O menu é o que se espera: sazonal, sustentável e saudável, com opções para várias dietas, desde a keto à plant-based. 

  • Baixa Pombalina

A vista do último piso da icónica Pollux para as ruínas do Convento do Carmo e telhados lisboetas, continua a ser um segredo, ainda que mal guardado, da cidade. Este 8.º piso já teve muitas vidas – de snack-bar passou a restaurante com dedo de Miguel Castro e Silva, voltou a café e agora é Terraço Editorial, um restaurante-bar e biblioteca de vinhos com Rui Rebelo a chefiar a cozinha.

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  • Cafés
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Por mais escondido que esteja – os mais distraídos poderão até não encontrar a entrada –, o Lost In é sempre uma boa aposta. A esplanada, abrigada e reservada, e a vista para Lisboa são imbatíveis a qualquer hora do dia, até porque a carta é versátil. Há pratos compostos, mas também petiscos rápidos e várias saladas. 

Lisboa gastronómica

A salivar por um bom bife? E já sabe como é que o vai querer? Mal passado, médio ou médio-bem? O que não falta em Lisboa são bons nacos de carne, daqueles suculentos e tenrinhos, que até se desfazem na boca. Já tínhamos desmistificado a carne maturada e mostrado os melhores sítios para a comer, mas estava a faltar uma lista essencial dos melhores restaurantes de carne em Lisboa. Entre os mais tradicionais e os mais sofisticados, há até uma das melhores steakhouses do mundo.

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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