Dinastia Tang
Arlei LimaO novo Dinastia Tang, no Parque das Nações
Arlei Lima

Os restaurantes no Parque das Nações onde vale a pena reservar mesa

A zona mais oriental da cidade tem crescido em sabor. Estes são os melhores restaurantes no Parque das Nações.

Cláudia Lima Carvalho
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A mesa é das desculpas mais sólidas para rumar a Oriente – além de levar os miúdos a passear – e aqui tem garantidas muitas viagens, da China a Itália, de Portugal ao Japão. O Parque das Nações tem crescido muito graças à quantidade de empresas que poisaram por ali – são assim os lisboetas que ganham com novos e espaçosos restaurantes a nascer no lugar a que já chamámos Expo. Bons velhos tempos. Actualize-se no nome da zona e na restauração, que está a ganhar moradas e qualidade a olhos vistos, e siga este roteiro. Nestes restaurantes no Parque das Nações não se vai arrepender de marcar mesa.

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Os melhores restaurantes no Parque das Nações

  • Haute cuisine
  • Parque das Nações
  • preço 4 de 4

Vindo do Vistas, no Algarve, Rui Silvestre ocupou sem medo o lugar de Martín Berasategui e Filipe Carvalho no alto da Torre Vasco da Gama. O menu é apenas um e tem como nome uma data: 1497, o ano da partida da expedição de Vasco da Gama, em direcção à Índia. Em 14 momentos (235€), a identidade de Rui Silvestre, mais afastada da linha clássica do chef espanhol que o antecedeu, está bem marcada. E a ambição não é pequena. Uma estrela Michelin já não chega.

  • Português
  • Parque das Nações

Cantinhos há muitos – só do Avillez por cá há três (mais um no Porto). O primeiro abriu no Chiado, seguindo-se esta casa no Parque das Nações, com vista para o rio, e em 2019 foi a vez de Cascais. Entre os pratos, há clássicos como os peixinhos da horta com molho tártaro, os ovos à professor séc. XXI, cozidos a baixa temperatura, com chouriço salteado e crumble de pão frito, ou as lascas de lombo de bacalhau confitado, com pão de Mafra, couve-lombarda, feijão-verde, ovo cozinhado a baixa temperatura e as famosas azeitonas esferificadas.

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  • Parque das Nações

O restaurante italiano do Príncipe Real também tem morada no Parque das Nações, com as mesmas pizzas, os mesmos cocktails feitos com prosecco e charcutaria, as mesmas buganvílias a enquadrar o espaço exterior, aqui com vista para o rio. O segundo espaço da ZeroZero é bastante maior (tem capacidade para mais de 400 pessoas) com uma esplanada difícil de bater.

  • Chinês
  • Parque das Nações

O Quanjude é especialista na cozinha da região chinesa de Sichuan, que se distingue pelo uso abundante de chilis e remonta à era da dinastia Qing. Na China é a grande sensação e tem mais de 50 espaços – na Europa este é o primeiro. O prato principal é o pato à Pequim e há todo um ritual de preparação. Se não gostar de pato, nada tema: a ementa tem 50 páginas, com pratos de várias carnes, peixes, mariscos e sobremesas. Há um tabuleiro com fatias de peixe picante, robalo com vegetais, dim sums, beringela com molho de alho.

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  • Chinês
  • Parque das Nações

O restaurante do Parque das Nações é o primeiro na Europa de uma cadeia com dezenas de espaços pela China, onde os chefs passam por um processo de recrutamento, treino e selecção bem exigente. Só têm a ganhar os lisboetas, que podem provar a gastronomia de Sichuan, a mais sofisticada do país e onde o picante marca vários pontos da ementa – usam bastante ma la, uma mistura de pimentas e especiarias que deixa a boca dormente. 

  • Parque das Nações

Nas redes sociais, especialmente no TikTok, os hot pots são o novo fetiche dos foodies. E o que são? Alfredo Lacerda explica: "No centro da mesa, está o sítio do hot pot. O hot pot é uma espécie de tacho aberto com divisórias. No último almoço que lá fiz, escolhemos três divisórias para outros tantos caldos: o de Sichuan, picante (nível 3, o máximo), outro à base de cogumelos e outro com polpa de tomate. É nesses caldos que depois vamos imergir os ingredientes. Que ingredientes? A lista é imensa e exuberante. Um dos atractivos dos hot pots, para os chineses são as texturas – e também por isso o Xiaolongkan é um festim de vísceras e miudezas: línguas (de pato, porco, vaca), tripas, tendões, veias. Devemos por isso abraçar a experiência como uma aventura no mundo da anatomia animal."

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  • Parque das Nações

Este restaurante é perfeito para carnívoros ou não fossem as carnes maturadas a especialidade da casa. Vêm dos Estados Unidos, da Austrália, da Dinamarca, da Baviera, do Uruguai ou de Espanha, e tanto chegam já prontas para ser consumidas, como para serem maturadas no restaurante. Seguem depois para a grelha, sem sal ou outros temperos – prove o chuletón ou o tomahawk, ambos com 35 dias de maturação. 

  • Parque das Nações

Em 2020, o célebre restaurante Dinastia Tang, como outros negócios na Rua do Açúcar, em Marvila, foi forçado a fechar por recusa do senhorio em renovar o contrato de arrendamento. Quatro anos depois, voltou a abrir portas, mais sofisticado do que nunca. Apesar de o espaço ser agora mais pequeno, o restaurante ganhou uma esplanada com lugar para cerca de 40 comensais. Outros tantos podem sentar-se no interior. E a decoração, inspirada no design de Xangai dos anos 1920 e 1930, merece, por si só, a visita. Como acontecia em Marvila, a maior parte dos pratos são da região de Cantão, “e depois há pratos picantes de Sichuan, e adocicados da zona de Xangai e Suzhou”. Alguns dos favoritos mantêm-se, como o robalo agridoce, o frango Sichuan  e o porco às tiras com crepes. Nas novidades destacam-se os dim sum, em particular os de camarão trufado com tinta de choco, e os vegetarianos; e a massa de arroz salteada com vaca. 

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  • Italiano
  • Parque das Nações

Este restaurante e pizzaria aberto no final de 2016 tem o know-how do pizzaiolo Vítor Cunha impresso nas pizzas. A massa fermenta em 48 horas e as pizzas são feitas em forno de lenha. Há desde as clássicas parmigiana e prosciutto e funghi às gourmet, como a pizza speck ou Joselito, com o presunto espanhol. Mas há burrata DOP servida com tomate e pesto ou a focaccina com presunto de bolota pata negra com 24 meses de cura para começar a refeição. Há também boa massa fresca e  hambúrgueres no forno em massa de pizza. 

  • Cozinha contemporânea
  • Parque das Nações

Não estranhe quando lhe puserem à frente uma tábua de ardósia com linhas brancas – não são substâncias ilícitas. O “cartão de visita” do Cartel 36 são estas linhas de azeite em pó, servidas com pão torrado e azeitonas para começar a refeição. No restaurante da zona sul do Parque das Nações há variedade de proteínas – há picanha do Uruguai, lagartinhos de porco preto, maminha maturada australiana, lombo de bacalhau e bife de atum. Os “acompanhantes de luxo” são os legumes braseados, cogumelos grelhados com queijo da Ilha ou noodles com balchão e ovo curado. 

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  • Português
  • Parque das Nações

A prova de que não é preciso atravessar o país para comer um leitão a sério, assado a preceito, num forno de lenha, está neste restaurante de Moscavide. As leis são as mesmas da Bairrada, isto é, pele estaladiça, molho picante e batatas fritas às rodelas bem crocantes. 

  • Italiano
  • Parque das Nações

O La Tagliatella tem dupla nacionalidade – é uma cadeia espanhola de comida italiana das regiões de Piemonte, Ligúria e Emília-Romagna, sempre em doses generosas. O espaço em Lisboa é grande e luminoso, perfeito para famílias. A carta divide-se entre pratos mais frescos, como os tártaros, carpaccios e saladas; de carne e os grandes clássicos italianos, como risotos, pizzas e belas massadas. Pode escolher sempre o tipo de massa e o molho que quer.

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  • Hambúrgueres
  • Parque das Nações

O Guilty é um pequeno oásis no piso térreo do Tivoli Oriente que, apesar da partilha de ADN com o restaurante de Olivier da Costa na Avenida da Liberdade, abriu para subir a fasquia. Os ingredientes ganharam responsabilidade, a apresentação é pensada à exaustão, a cor é omnipresente e a sensação é de que qualquer coisa que acabemos por comer não irá desapontar. Tudo em nome de um só propósito: que o que chegue no prato seja absolutamente – ênfase em absolutamente – pornográfico.

  • Parque das Nações

Este Senhor tem um aquário que impressiona logo à entrada e peixe do bom: os salmonetes são umas das estrelas
 do menu dos grelhados, mas atenção à imponente caldeirada ou à solene massada de cherne. Para jantaradas em grupo com comida à séria, espreite os menus de grupo com peixe grelhado no carvão.


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  • Parque das Nações

Quatro anos depois de ter aberto no Chiado, o Afuri abriu uma segunda casa, maior e mais bem equipada, na outra ponta da cidade. Se o primeiro se aproxima de uma taberna japonesa, a experiência neste segundo espaço quer-se semelhante à de uma ramen shop no Japão, onde o cliente trata do pedido logo à entrada num quiosque digital. Aqui, não há sushi nem nada que se pareça, o foco são os ramens e os dumplings, e tudo é feito em casa.

  • Parque das Nações
Foi o primeiro restaurante da cadeia a abrir em Lisboa. É enorme e segue a mesma linha de decoração dos restantes Honest Greens – muitas plantas naturais, tons terra, neutros, uma esplanada gigante, uma zona lounge com sofás no interior e uma mezzanine com mais mesas. À primeira vista pode até parecer que estamos a falar de um restaurante que funciona em regime buffet, com a cozinha aberta e as malgas cheias de ingredientes frescos para serem escolhidos. Mas não, isto é apenas um dos pontos de transparência do Honest Greens, onde a escolha é feita ao balcão, há pré-pagamento, mas depois é entregue à mesa. As propostas são todas sazonais, saudáveis e sustentáveis e a escolha é feita entre pratos com proteína como base (os market plates), e outros com salada na base (garden bowls).
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  • Árabe e Médio Oriente
  • Parque das Nações

O menu do Tayybeh, o restaurante que Alan Ghunim e a mulher, Ramia, começaram como uma empresa de catering, está em constante mudança e é preparado por mãos sírias. À mesa há um retrato completo da gastronomia, com opções como fattet makdous com beringela frita, carne moída e tomate, pão frito, molho de iogurte e tahine, kibbeh labanieh – massa de carne e bulgur recheada com carne, cebola, nozes, reservada com iogurte cozido ou ainda shish bil fakara, com peito de frango, batata, cogumelos, molho bechamel e mozzarella. Se quiser continuar a viagem, o café Damascus, importado da Síria, é o desfecho mais próximo da cultura.

  • Pizza
  • Parque das Nações
Pizzaria Luzzo
Pizzaria Luzzo

A primeira pizzaria Luzzo abriu na Rua de Santa Marta, a três passos da Avenida da Liberdade, em 2014. Desde então já se espalhou pela cidade e soma já mais de uma dezena de restaurantes só na zona de Lisboa (mais uns quantos pelo país). As pizzas são de massa fina, confeccionada em forno de lenha.

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  • Português
  • Lisboa

Não é bem Parque das Nações, mas é mesmo ao lado e vale o pequeno desvio. Faz parte da colecção de restaurantes abertos por galegos em Lisboa no século XX e, tendo este aspecto em comum com o Gambrinus (já que um dos fundadores desse clássico das Portas de Santo Antão era galego), a Floresta de Moscavide já foi apelidada de "Gambrinus dos pobres" nesta revista pelo jornalista Joaquim Letria. Mais tarde, o crítico Alfredo Lacerda passou por lá e deu-lhe quatro estrelas: comeu lá uns "dos melhores filetes de peixe galo de sempre" e uma mousse de chocolate e leite creme a condizer. No fundo, só deu razão a Cristiano Ronaldo, cliente habitual desta casa forrada a azulejos e madeira.

Restaurantes por zona em Lisboa

Moderno, tradicional e guloso. Alvalade tem de tudo um pouco, uma característica que também se aplica à oferta gastronómica do bairro. E acredite que é uma verdadeira volta ao mundo em muitos, muitos pratos. A Ásia está bem representada, em pratos oriundos do Nepal, Japão, Índia ou China, mas também Itália e, claro, Portugal que tem uma das melhores cozinhas do planeta.

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Depois de tanto tempo adormecida por causa da pandemia, a zona voltou à vida de antigamente. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real. Há muito por descobrir e provar.

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