Vida de Tasca
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

Os melhores restaurantes em Alvalade

Em Alvalade, há restaurantes para toda a hora e qualquer ocasião.

Cláudia Lima Carvalho
Publicidade

Há poucos bairros com a diversidade gastronómica de Alvalade. São muitos os restaurantes do mundo, da Itália ao Japão, mas o grande destaque, talvez, vá para a cozinha tradicional portuguesa – de tal forma que a grande novidade na zona é uma nova tasca antiga (a Vida de Tasca, de Leonor Godinho). Bons bitoques? Há. Cozido à Portuguesa? Só é preciso acertar no dia, mas também há. Peixe grelhado? Mais fresco é difícil. Cabidela? Até parece que estamos no Minho. Bem-vindos aos melhores restaurantes em Alvalade – só não se esqueça de reservar.

Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

Os 19 melhores restaurantes em Alvalade

  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Há muito tempo que Leonor Godinho percebeu que o seu caminho na cozinha não passava pelo fine dining. A chef, que trabalhou no estrelado Feitoria e que ficou em terceiro lugar no MasterChef em 2012, passa hoje parte dos seus dias na Vida de Tasca. Fica em Alvalade, onde durante 40 anos funcionou a Casa do Alberto, uma boa tasca portuguesa. E é esse mesmo espírito que Leonor mantém. As doses são fartas e a comida é a que se espera num restaurante do género, da grelha aos pratos do dia é tudo bom e acessível. 

  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

O bitoque (com um molho guloso carregado de alho) é, provavelmente, o mais afamado dos pratos desta casa minhota, de onde saem também boas doses generosas de comida de conforto, dos rojões e da cabidela ao bacalhau à minhota e à lampreia, por encomenda quando é tempo dela (e já houve anos mais profícuos). É tudo anunciado à porta numa lita de pratos ainda escrita à mão. Entre as duas salas e a esplanada cabem umas 45 pessoas, mas não há nada como chegar cedo – não aceitam reservas.

Publicidade
  • Português
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Nesta casa courense – entenda-se, de pessoas de Paredes de Coura – não há prato que desiluda, sendo a massada de peixe, o polvo à lagareiro e os bons grelhados – quer de carne, quer de peixe – uma aposta sempre segura. Na altura certa, é dos melhores restaurantes da cidade para comer lampreia, vinda precisamente do Alto Minho. Já nos dias de cozido à portuguesa (quarta-feira e sábado) o melhor é chegar cedo porque são especialmente concorridos. Das entradas às sobremesas, o difícil é deixar passar alguma coisa.

  • Asiático contemporâneo
  • Alvalade
  • preço 3 de 4

Japão, Índia, China, Vietname, Coreia ou Tailândia, eis algumas dos países por onde passa a carta do Soão, o pan-asiático que o Grupo Sea Me abriu em Alvalade. Poder-se-ia dizer que o Soão é um restaurante atípico num bairro típico. O ambiente é o de uma típica taberna asiática, com madeira tosca e candeeiros que são redes de pesca. Ao balcão, uma cozinha de onde podem sair baos, pad thai, caril ou sushi. No piso debaixo, está o bar com cocktails de autor e quatro salas privadas, para uma experiência mais intimista.

Publicidade
  • Alvalade

Paredes de Coura fica no coração do Alto Minho, mas a viagem a norte é possível n’Os Courenses, um popular restaurante de origens minhotas virado para um pequeno jardim. O cozido à portuguesa é dos pratos mais badalados da casa e sai às quinta-feiras e sábados, mas há sempre pratos do dia, que podem passar por um cabrito assado no forno ou filetes de polvo. A comida é um chamariz, mas Manuel Braga, um dos sócios, sublinha que outro segredo do sucesso do restaurante são os funcionários, que têm muitos anos de casa e conhecem toda a gente.

  • Padarias
  • Alvalade

É uma padaria e é um bistrô e é uma boa paragem tanto ao pequeno-almoço como ao almoço ou ao jantar – e não há muitos sítios em que isto aconteça. O mérito é todo de Natalie Castro, cujo trabalho chamou à atenção do grupo Paradigma (Ofício, Canalha...). Não há dia em que a montra não surpreende – e que difícil pode ser resistir-lhe (especialmente à pastelaria). Vale a pena ficar atento à página de Instagram da Isco para ficar a par das ediões especiais, mas também dos encontros que ali vão acontecendo e que costumam resultador em pratos bem gulosos.

Publicidade
  • Alvalade

O nome diz-lhe muito sobre esta casa de boa comida portuguesa: a salsa vem de Trás-os-Montes, os coentros do Alentejo. E nem a separação da dupla que o abriu, José Duarte e Belarmino Jesus, fez com que essas raízes se alterassem. Depois de se perder com entradinhas, dos ovos com túberas à canja de tordos, tome atenção aos pratos do dia, que tanto podem consagrar umas mãozinhas de vitela como a perdiz com lombarda. As especialidades da casa são os pratos de caça e os de bacalhau, do confitado com grão ao bacalhau com natas e coentros.

  • Chinês
  • Alvalade

É, talvez, o chinês mais português da cidade. A dona, filha do fundador, Dihuan Lin, fez cá a escola e responde sem sotaque às questões mais técnicas. Acresce que, em vez do mobiliário de plástico, há madeiras escuras, prateleiras com boas garrafas de vinho e atoalhados de pano – um ambiente confortável e sofisticado mais próximo do bistrô do que da sala-fonte-luminosa-brilhante-fluorescente. De notar, contudo, que a mesa grande redonda, com placa giratória ao centro – uma das grandes invenções gastronómicas que os chineses nos deram – não foi descartada e proporciona bons momentos a famílias alargadas.

Publicidade
  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

Com um cálice de conhaque gigante e cachecóis do Benfica e fotografias do Estádio da Luz, fica claro que, apesar do nome do bairro, o clube do Sr. Carlos não é o Sporting. Comprou a casa há  anos aos pais de Paulo Bento e conserva as fotografias do jogador nas paredes. Introduziu o arroz de moelas com gambas que tinha comido uma vez num restaurante e replicou em casa e deu fama aos caracóis, no tempo deles – é ver nas toalhas de papel na montra se há destes bichos. Remate-se com o bolo folhado com doce de ovos legítimo do Prontinho, também em Alvalade.

  • Tailandês
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Os portugueses parecem gostar mais da Tailândia, do que a Tailândia dos portugueses. Afinal, continua a ser dificílimo encontrar um bom restaurante do género em Lisboa. Este mora em Alvalade e da etnia à cozinha, tudo o mete num voo com destino a Banguecoque. Seja mais corajoso que o comum dos mortais na escolha e vá além do pad thai, em pratos como os pastéis de peixe com especiarias, a sopa tom yan goong e o pato assado com caril vermelho.

Publicidade
  • Italiano
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

Esta é a segunda casa do Pasta Non Basta, que se estreou na Avenida Elias Garcia no início de 2017. É um misto de osteria, o equivalente a uma casa de petiscos italiana com pratos para dividir, com pizzeria, onde o modelo seguido é o das pizzas de massa fina, feitas com farinha 00 em forno de lenha, e restaurante de pastas, risotos e pratos de carne. O Pasta Non Basta de Alvalade tem ainda a vantagem de ter uma esplanada e uma vertente de bar mais vincada.

  • Grande Lisboa

O restaurante inserido no Poolside Hub, em Alvalade, tem uma carta de sabores mediterrâneos desenhada por Jorge Redondo e David Nogueira que junta as cozinhas de Portugal, Espanha, França e Itália. Já os cocktails de autor de Gustavo Viana são inspirados na tabela periódica. É um espaço para comer e para se deixar ficar por mais umas boas horas de copo na mão, já que aos fins-de-semana há DJ a animar todo o restaurante.

Publicidade
  • Português
  • Alvalade

O Restaurante Mercado de Alvalade fica dentro do mercado, escondido, do lado oposto à entrada principal, na Avenida Rio de Janeiro. Para o encontrarmos, temos de ir à sua procura. Há uma porta directa a partir do mercado, mas está sempre encostada; e, do lado da rua, é preciso subir umas escadas para o encontrarmos. Mesas bem postas e atoalhadas, copos de vinho correctos e, mais do que tudo, aquela carta típica de restaurante de peixe como deve ser. Uma dúzia de “Sugestões” do dia, onde encontramos barriga de atum grelhada, lulas da costa, pregado frito com arroz de tomate, carapauzinhos, lulinhas em azeite e alho. E há depois uma secção de “Peixes”, com lagareiros, ovas de pescada, filetes de polvo com arroz do mesmo ou peixes para grelhar ao quilo, como robalos grandes, garoupa e salmonete, tudo passível de ser escrutinado na montra de peixe a um canto da sala, tudo consistentemente hirto e brilhante como raramente se vê em Lisboa e tudo acompanhado com legumes de época, seja grelos, seja feijão verde em juliana fina (e que diferença faz).

  • Indiano
  • Alvalade
Everest Montanha Alvalade
Everest Montanha Alvalade

O Everest Montanha, além de ter roubado o nome à montanha mais famosa, ainda deu o mesmo nome a outros tantos irmãos em Lisboa, neste caso em Alvalade. Este nepalês não desilude na hora de pedir o que de melhor se come para aqueles lados, como é o caso do chicken vindalu, peito de frango com batatas, piri piri e especiarias; ou do saag paneer, um caril de espinafres e queijo fresco da casa e especiarias, para empurrar com o pão paratha a servir de talher. Se não quiser cuspir labaredas é melhor avisar os empregados sobre a intensidade do picante que deseja.

Publicidade
  • Alvalade

Depois de ter mudado de porta na Lx Factory, o restaurante funcional abriu em Alvalade com um terraço interior invejável e uma horta. Se em Alcântara é o público estrangeiro que ao descobrir a Lx Factory acaba por passar por ali, em Alvalade há uma vida de bairro que parece ser feita à medida do Therapist. Também por isso aqui há novidades como uma zona de grab & go com sandes e sumos prontos a serem levados e uma pequena zona de mercearia a granel, onde é possível comprar alguns dos ingredientes usados diariamente na cozinha como os blends originais ou as granolas doces e salgadas. O menu funcional é o mesmo da casa em Alcântara.

  • Português
  • Alvalade

O Tasco Force fica mesmo junto ao bulício comercial da Avenida da Igreja, mas mal lá entramos é como se estivéssemos no campo, um jardim de encantar com mesas de madeira, relva, passarinhos e limoeiros, muitos limoeiros. A carta tem vários clichés da cozinha de petisco de tasca, do pica-pau do lombo ao bitoque, das tábuas de queijo ao cheesecake de maçã. "São bons os petiscos, com matéria-prima acima da média e cozinheiro com mão nos fogões", garante Alfredo Lacerda.

Publicidade
  • Alvalade

Neste restaurante típico de Alvalade não se serve apenas um bom prego. Servem-se três, de acordo com o gosto e as possibilidades de cada um. Há um prego no pão, um prego especial no pão e um prego do lombo no pão. Muda o corte e a qualidade da corte da carne, mas mantém-se o sabor a alho e sal. É o que se quer. Saiba também que tem diante de si um dos croquetes mais competentes da cidade e que, na época devida, a lampreia do Rio Minho com arroz é uma aposta forte na carta. Uma dose, para dois, tem entre oito a dez pedaços, mas também há meias doses. Se pedir com antecedência também a fazem à bordalesa.

  • Alvalade
  • preço 1 de 4

O ramen – ou melhor, os noodles chineses – são a estrela da casa. Rijinha a massa, o caldo cheio de aromas a alho e ossos, pedaços de carne tenra, mas com nervo a desfazer-se, couve pak choi. Mas há outros pratos que vale a pena provar, de tal forma que foi na pandemia que a casa começou a ganhar nome com as encomendas para casa. A vertente da comida para fora é tão forte que estão sempre alinhados sobre as mesas vários saquinhos da Uber, prontos a encher de chop soey – mas também de pato assado, galinha com amendoins, massa de arroz com gambas (bem boa), legumes salteados com shitake (impecáveis) ou arroz chao chao com gambas (guloso).

Publicidade
  • Alvalade

Quase 20 anos depois de ter aberto no Amoreiras, e dez anos depois de ter chegado ao Oeiras Parque, o SushiCafé ganhou uma terceira morada, desta vez no Centro Comercial Alvalade. A grande novidade é que, apesar de o conceito ser exactamente o mesmo, o restaurante tem porta directa para a rua e uma esplanada. Ainda assim, não se pense que será este o restaurante a substituir o SushiCafé Avenida, fechado desde o final de 2023. Quanto à carta, é exactamente a mesma dos outros SushiCafé, destacando-se os pratos que já nas outras casas fazem sucesso, do tártaro de salmão, aos camarões enrolados e às gyosas nas entradas. Nos principais, é o combinado sushi to sashimi com 21 peças de peixes variados em sashimi, nigiri, gunkan e maki e o combinado “salmon party”, com 21 peças de salmão, que mais têm saído, a par das tempuras.

Mais que comer

A zona não é grande e pode ser difícil perceber as suas fronteiras – e não fomos demasiado rigorosos com isso, já que o que lhe queremos dar aqui é uma resposta quando o que procura é um restaurante na zona do Campo Pequeno. Seja para uma refeição antes de um espectáculo ou só porque sim. Estas refeições fazem-se com vista para a luz da rua e para as largas Avenidas Novas, em restaurantes na zona da praça de touros, mas também ali ao lado.

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Também há clássicos que resistem à gentrificação. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real. Há muito por descobrir e provar. Vá por nós e coma como um abade. Perdão, como a nobreza que merece ser. Não se esqueça é de reservar mesa porque a zona tem andado muito concorrida.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade