Golden Vista
Francisco Romão Pereira
Francisco Romão Pereira

15 restaurantes para dançar em Lisboa

Não precisa de percorrer as capelinhas todas. Nestes restaurantes para dançar em Lisboa pode fazer de tudo.

Cláudia Lima Carvalho
Colaborador: Teresa David
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Escolher um sítio para jantar é, geralmente, muito fácil. Difícil costuma ser decidir para onde seguir a noite. Nada tema. A Time Out dá conta da tendência que nos vem facilitar a vida. Um dois-em-um. O que não falta agora são restaurantes com alma de bar (ou até discoteca) para todos os gostos. Dá para jantar, beber um copo (ou dois, ou três) e deixar-se ficar para dançar noite dentro. Marque mesa num destes restaurantes para dançar em Lisboa e comece e acabe a noite no mesmo sítio. Sempre em bom.

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15 restaurantes para dançar em Lisboa

  • Belém

Na Doca de Belém, na mais antiga associação náutica da Península Ibérica, abriu o Bonança, imponente e bonito, depois de um grande investimento de diferentes sócios, nem todos ligados à restauração, que viram ali a oportunidade de criar um “espaço de alegria” e de “trazer mais vida à beira-rio”. O majestoso mural que abraça a sala, pintado em 1940 e que retrata o cortejo da embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X em 1514, agora recuperado, serve de mote. É a viagem de Vasco da Gama à Índia que é celebrada na cozinha, embora de forma subtil. À noite, aos fins-de-semana, há ainda espaço para dançar. Na cozinha, o peixe e o marisco estão na base de tudo, com algumas influências do mundo. No bar, aposta-se nos cocktails de autor.

  • Santos

Apesar de ser dos mesmo donos do Descarado (entretanto fechado), no Duro é possível jantar e ficar a beber um copo (e até dar um passo de dança), embora de forma mais contida e longe das loucuras que aconteciam nas Docas. Aos fins-de-semana, há sempre DJs. Na cozinha, a ideia é que o Duro seja um conceito mais premium com uma carta de clássicos. Junto ao balcão, fica a montra do marisco. Nas entradas, a base pode estar assente na gastronomia tradicional, mas não deixa de ir buscar algumas referências a Espanha. A carta de cocktails é grande, também ela a olhar para os clássicos, do dry martini (14€) ao old fashioned (15€), à paloma (16€) ou ao bloody mary (14€).

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  • Alcântara

Podem ser Contra muita coisa, mas de uma boa festa são sempre a favor. Aberto no lugar de um antigo e conhecido pub irlandês, nas Docas, e com a colorida estátua de Leonel Moura, “Crista Rainha” (que antes estava no Rio Maravilha), a receber quem por lá passa, o Contra quer ser tanto um restaurante de boa comida, como um ponto de encontro para copos com bons cocktails. As noites de sexta-feira e sábado são animadas por DJs. 

  • Alcântara

Depois de uma refeição com direito a baos e outros clássicos da cozinha chinesa, prepare a voz para subir ao palco para uma noite de karaoke. As músicas, mais de cinco mil, estão acessíveis através de um código QR disponível nos ecrãs espalhados pelo Golden Vista, nas Docas. Só precisa de saber o que quer cantar ou o que quer que o amigo do lado cante, com ou sem aviso prévio. Depois de escolhida a canção, resta esperar que o chamem para brilhar. De "Baby One More Time" de Britney Spears a "You Shook Me All Night Long" dos AC/DC, a lista é extensa e dá para tudo. E se o que precisa para perder a vergonha é de um trago de coragem líquida, pode sempre experimentar os cocktails. 

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  • Mexicano
  • Cascais
  • preço 2 de 4

Se pode comer e ir embora? Pode. Mas este é um restaurante para jantar e deixar-se ficar, de preferência de tequila na mão, a dançar como se estivesse no México. A partir de certa hora, as mesas do Malacopa, na Rua Amarela, em Cascais, rebatem e ficam encostadas à parede, abrindo alas para a pista de dança – ou “la puta fiesta”, como anuncia o provocador néon rosa em cima da cabine do DJ. A música só pára à meia-noite, aos dias de semana, e às 02h00, aos sábados e domingos. Os pratos são, claro, de inspiração mexicana, assim como grande parte da carta de bebidas. 

  • Hotéis
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Assim que abriu, o Mama Shelter deu nas vistas – e há vários motivos para tal. É animado, arrojado e extravagante. Na zona do restaurante (aberto a hóspedes e não hóspedes), a decoração é divertida, a ilha de bar muito generosa em tamanho, há um palco preparado para concertos e DJs, além de uma cozinha aberta. O ambiente é de borga, com música alta a acompanhar o jantar descontraído. No bar servem-se cocktails de assinatura. Se preferir beber um copo no exterior, além da esplanada do restaurante, tem ainda o rooftop do hotel, com vista panorâmica para a cidade. Antes de ir embora, não se esqueça de passar pela casa de banho para tirar uma selfie no espelho. 

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  • Grande Lisboa
  • Recomendado

O restaurante inserido no Poolside Hub, a nova casa de projectos Web3, em Alvalade, tem uma carta de sabores mediterrâneos desenhada por Jorge Redondo que junta as cozinhas de Portugal, Espanha e França. Já os cocktails de autor de Gustavo Viana são inspirados na tabela periódica. É um espaço para comer e para se deixar ficar por mais umas boas horas de copo na mão, já que volta e meia há DJ a animar todo o restaurante. Mas atenção: nada de barulho na rua para não chatear os vizinhos.

  • Grande Lisboa

Não foi o primeiro clube de praia na Costa da Caparica, mas foi talvez aquele que criou uma dinâmica que é hoje bem representativa do que é a Costa: um destino boémio e com pinta, que vive para lá do Verão. A carta é servida em qualquer lado, a qualquer hora, destacando-se as pizzas de fermentação lenta. A bestseller é a que junta stracciatella, manjericão e tomate-cereja com azeite de trufa. À noite há concertos e actuações de DJs, festas que fazem furor nas redes, quase sempre ao fim-de-semana. 

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  • São Sebastião

Por esta altura, as noites no Praia no Parque já dispensam apresentações, mas há que relembrar os mais esquecidos (ou os mais desatentos) que aqui é possível jantar e sair à noite sem sair do lugar. Quem vai jantar no restaurante mais para o final da semana, é provável que acabe a dançar de copo na mão. O entretenimento é garantido com DJs ou música ao vivo. Para quem não quer jantar, mas quer bailar, existe um cartão de consumo (sem valor estipulado). Devido à grande afluência, é feita selecção à porta. 

  • Brasileiro
  • Cais do Sodré
  • preço 2 de 4

Este boteco carioca à beira-rio, perto da estação de comboios do Cais do Sodré, é uma viagem ao Brasil sem sair de Lisboa. À mesa não faltam a feijoada brasileira (incluindo uma versão vegan), pão de queijo, mandioca e brigadeiros para sobremesa – refeição que pode acompanhar, claro, com caipirinhas ou caipivodkas. De terça a domingo pode esperar muita animação, com roda de samba ou música popular brasileira ao vivo. Seja lá dentro ou lá fora, o importante é divertir-se e dar ao pé. 

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  • Avenida da Liberdade

Olivier da Costa tem-nos habituado, ao longo dos anos, a jantares bem regados e animados. No topo do hotel Tivoli Avenida, não há refeição que não acabe em festa – ajuda a animação de um DJ residente, que lá pára de segunda a sábado. O tronco de árvore dentro do bar e as folhas a cobrir o tecto dão as boas-vindas, mas é o balcão de sushi que mais deslumbra, com a parede em frente envidraçada, desimpedindo a vista até ao rio.

  • Global
  • Chiado

Passando a agitação habitual do Bairro do Avillez, escondida naquela que parece uma simples estante fica a porta que dá acesso ao Mini Bar, que se mudou para aqui vindo do teatro São Luiz – e só isso é já motivo para se marcar um jantar. A comida é o que se espera de um restaurante de José Avillez, embora longe do que faz no Belcanto, com duas estrelas Michelin. No Mini Bar fica-se a conhecer a comida do chef, de forma mais descontraída, mas ainda assim com toda a técnica. O ambiente é festivo (há DJ e animação ao vivo) e até às 23.30 é sempre possível marcar mesa. A cozinha fecha à 01.00. A dança prolonga-se mais um pouco.

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  • Cervejaria artesanal
  • Marvila
  • Recomendado

Comida e programação fora da caixa e quase sempre irrepetíveis. Eis porque um jantar na Musa de Marvila pode ser um óptimo plano se o que procura é uma noite diferente. As novidades sucedem-se praticamente todos os meses, na cozinha e na agenda. Desde que a Musa de Marvila se mudou para esta nova casa que o espaço se tornou ainda mais convidativo. A esplanada, cheia de pinta, é óptima para famílias durante o dia (tem até um parque infantil). À noite, o mambo é outro. 

  • Chiado

Se a aristocracia do século XVIII dançasse ao som de música house e deep house, este seria o sítio. Neste palácio pode comer no salão do restaurante e seguir para o bar SALLA, no piso térreo, para ouvir música e beber um copo: há vários cocktails de assinatura e bailes de quinta a sábado. 

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Boavista Social Club

Nasceu no lugar do saudoso Pistola y Corazón, onde fomos tantas vezes felizes, quase sempre fora de horas, como agora propomos. No Boavista Social Club já não se comem tacos nem se bebem margaritas, mas continua a fazer-se a festa. A onda deste listening bar, onde se ouve apenas música de vinil, é outra, mas continua a ser boa. A música é peça essencial de tudo. Do jazz à dance music, a música está lá sempre com diferentes DJs convidados, seja durante o jantar ou noite dentro, já sem mesas a ocupar o espaço. A carta de comes é curta e vai mudando conforme a oferta, e, para beber, o destaque vai para os vinhos naturais. 

Lisboa gastronómica

Para refeições rápidas ou experiências demoradas, os balcões são quase sempre os melhores lugares de um restaurante, pelo menos para aqueles que apreciam acompanhar tudo o que se passa do lado de lá. São também companhia certeira para quem se senta sozinho. Em Lisboa, os balcões ganharam fama a partir dos anos 1950, com a proliferação dos snack bars. Caíram em desuso e voltaram nos últimos anos, cada vez com mais pinta e cuidado, cada vez mais gastronómicos até. Das tascas a estrelas Michelin, nos melhores balcões de Lisboa nunca está sozinho, ainda que se esse for o desejo, ninguém se intrometerá. 

Se é verdade que o marisco parece saber sempre melhor no Verão, especialmente depois de uns mergulhos no mar, também é verdade que as mariscadas nunca são demais – apesar de pesarem na carteira. Há que aproveitar o facto de sermos um país costeiro, rico em matéria-prima. E que belos exemplares têm estas mariscadas que lhe sugerimos aqui. Nesta lista de restaurantes de marisco em Lisboa e arredores, encontra verdadeiras instituições, clássicos reinventados e algumas novidades. O melhor é pedir um babete, sem vergonha, e deixar-se lambuzar.

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