Francesinha
© DR | Francesinha
© DR

Ei-las: as melhores francesinhas no Porto

As francesinhas são um dos maiores ícones gastronómicos da cidade e, tal como no futebol, cada um tem as suas preferências. Estas são as melhores francesinhas no Porto.

Publicidade

Com ou sem ovo, com molho picante ou adocicado, com bife bem ou mal passado. Criada há 70 anos, a famosa francesinha é a estrela da cidade e todas as casas lhe dão um toque especial. Há quem prefira a tradicional, com carne assada ou com um bom bife de vaca no seu recheio e, claro, com os enchidos da melhor qualidade lá pelo meio. No entanto, há cada vez mais adeptos das variações – das francesinhas vegetarianas, às que optam pela carne de frango, das que são finalizadas em forno a lenha às que adicionam camarões ao prato. 

E se de um lado temos os eternos puritanos, defensores da francesinha original, há também muitos outros fãs sedentos de inovação. Desta feita, fica difícil, muito difícil eleger a melhor francesinha da cidade. É uma tarefa árdua e ingrata (para não dizer impossível) e susceptível de criar grandes discussões à mesa. Cientes do risco que corremos, estas são, na nossa humilde opinião, as melhores francesinhas do Porto neste momento. Bom apetite.

Recomendado: As 12 melhores tascas no Porto

As melhores francesinhas no Porto

  • Cervejarias
  • Santa Catarina
  • preço 2 de 4

A francesinha do Café Santiago é uma das mais míticas da cidade, uma referência quando se quer provar um dos maiores ícones gastronómicos do Porto. Mantém-se estóica entre as melhores há vários anos e, não é caso para menos, é tratada com desvelo por quem a prepara todos os dias. Feita com pão de forma tradicional, cozido em forno a lenha, as suas fatias são aparadas para que todas tenham exactamente a mesma consistência e tamanho. Quanto aos ingredientes, conte com o bom e o melhor: com a mortadela que ampara a salsicha fresca que é grelhada na hora; com a linguiça que traz um toque fumado ao prato; e com o bom bife que vai por cima. A tudo isto juntam queijo, fiambre, um ovo e, claro, o molho. Chamado de Essência, é um segredo bem guardado. Ao almoço e ao jantar, a casa está sempre cheia e até faz fila. A fama é tal que levou à abertura do Santiago da Praça, um segundo espaço, uns metros acima do original.  

  • São Bento

A maravilhosa cozinha de Inês Diniz enche o Time Out Market, na ala sul da Estação de São Bento, de boa comida tradicional, feita como deve ser: com carinho e generosidade. No arranque do projecto, foi-lhe pedido para ter no menu uma francesinha, em representação da mais mítica sandes portuense. “E foi uma boa aposta, tem tudo a ver connosco”, conta Germano Diniz, marido de Inês e responsável pelo molho – realçado pela cerveja, mas subtil e perfeito, sem abafar os outros ingredientes. “Como somos um espaço tradicional, a francesinha aqui insere-se bem. A nossa é feita com carne assada, mais próxima da versão original. Aproveitamos a carne da nossa vitela assada, que é temperada com azeite, vinho, alho, cebola e ervas da Provença”, enumera Germano. Além deste toque, que lhe confere um sabor característico e bem guloso, a francesinha da Casa Inês leva ainda salsicha grelhada, linguiça e mortadela com bagas de pimenta preta, tudo vindo do mercado do Bolhão. O queijo e o fiambre vêm em doses generosas, o pão de forma é fino “para amparar o recheio”, e as batatas fritas são cortadas às rodelas “para ser diferente”.

Publicidade
  • Cervejarias
  • Baixa
  • preço 1 de 4

José Pinto não é propriamente o maior fã de francesinha, mas isso não o impediu de se tornar num verdadeiro mestre na arte da sua preparação. No seu pequeno espaço na rua de Santa Catarina, serve francesinhas “sem grandes invenções”. “Não temos espaço na cozinha para estar a inventar muito, nem para andar a pôr camarões ou ovos em cima ou a fazer francesinhas vegetarianas”, conta Filipa, a filha, que todos os dias lhe dá uma ajuda. “A nossa francesinha é tradicional, feita com bife, carne assada e bons enchidos, que vêm dos nossos fornecedores. Alguns deles estão connosco desde que o meu pai abriu esta casa em 1984, há mais de 40 anos”, atira. A francesinha do Bufete Fase tem uma característica particular, que a distingue de todas as outras: a linguiça salta do recheio da sanduíche para o seu topo e fica lá muito bem. 

O Francesinha Café é outro dos nomes mencionados com frequência quando o assunto é a melhor francesinha da cidade. Com fiéis adeptos nos quatro cantos da Invicta, pode pedi-la logo com batata e ovo, mas o Sr. Fernando, orgulhoso purista da iguaria, recomenda que esta seja desfrutada no seu estado mais natural. Os enchidos são do Leandro, claro, mas a mortadela e o chourição vêm de Itália. Conte ainda com um bife do lombo mal passado, suculento e tenro, e um molho mais tradicional, com um toque sedoso e uma cor acobreada adquirida pelas longas horas ao lume. É leve, acidulo e tem um travo a carne bovina que faz toda a diferença. Se ainda houver espaço, prove o prego no pão como entrada, a outra grande atracção da casa. 

Publicidade
  • Português
  • Porto
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Primeiro, o restaurante apareceu no Parts Unknown, o programa do saudoso Anthony Bourdain; depois, curioso, apareceu por lá o crítico desta revista, que elogiou a muito competente francesinha deste espaço em Cedofeita. “O pão estava torradinho e fofo, a carne do bife bem passada e saborosa, e a fatia
de mortadela com bagos de pimenta preta dava-lhe um toque interessante. E, depois, havia ainda a linguiça salgada a encher o prato de vida, muito queijo, e um molho ligeiramente picante a envolver tudo numa alarvice estonteante”, descreveu na altura, conferindo-lhe umas generosas quatro estrelas (em cinco). As francesinhas são preparadas pelo próprio Afonso, o dono, e pela mulher, os únicos a confeccionar o molho, “um pouco mais picante e acervejado do que o tradicional”.

  • Português
  • Baixa
  • Recomendado

O Golfinho é pequenino e acolhedor e quase passa despercebido na rua Sá de Noronha. Tem um balcão corrido, meia dúzia de mesas e pouco mais. Mas a escassez
é só no espaço, porque a comida é bem servida e a simpatia dos donos transborda por todos os lados. Na carta, simples e directa, encontra francesinhas que levantam a moral num dia chuvoso, com ou sem ovo, e batatas a acompanhar. De aspecto rústico e guloso, a sandes vem regada com um molho picante e as batatas fritas enxutas são cortadas à mão e fritas na hora. No menu encontra ainda pregos no prato, cachorros especiais e bacalhau à Brás. Nas sobremesas há pudim caseiro francês feito com gemas e vinho do Porto, bolo de bolacha, mousse de chocolate, natas do céu, entre outras coisas boas para devorar.

Publicidade
  • Português
  • Santa Catarina
  • preço 2 de 4

Brasão que é Brasão tem uma francesinha sempre à mão. O prato típico de uma das mais bem-amadas cadeias de restaurantes da cidade tem francesinhas para todos os gostos: no forno, para partilhar, à antiga com carne assada, com ou sem ovo, e que podem ser acompanhadas por batatas fritas às rodelas ou aos palitos e uma série de cervejas, entre elas, uma artesanal, produzida especialmente para a Brasão, a Brasão IPA by Browers. Se vir que uma francesinha inteira é demasiada areia para a sua camioneta, pode sempre ficar-se pela metade.

  • Cervejarias
  • Santa Catarina

O Lado B é outros dos grandes da zona dos Poveiros, estatuto comprovado pelas filas regulares à entrada. Segundo os donos, aqui come-se “a melhor francesinha do mundo”. A clássica francesinha Lado B é provida de bife de alcatra vitelão, salsicha fresca, linguiça, fiambre, mortadela, queijo e regada com bastante molho. Há quem a defenda com unhas e dentes, e quem prefira a sua versão mais puritana – original dos anos 60 –, preparada com lombo de porco assado. As batatas fritas aos palitos são caseiras e chegam à mesa quentes e fartas. Esta é também uma das casas mais populares para desfrutar da versão vegetariana, que leva tofu fumado, salsicha de soja, salsichão vegetal, beringela, queijo e um molho parecido, mas não igual.

Publicidade

Se hoje é dia de concerto na Casa da Música, o jantar já está assegurado. O Lemos Café é uma casa pequena e tradicional, cuja francesinha tem vindo a ganhar popularidade dentro dos aficionados. Pode pedi-la au naturel, com ovo e batata e até em formato XXL, se tiver estômago para tanto. O bife é largo e tenro, os enchidos estão bem presentes e a dose de batata (caseira!) é generosa. Já o molho, alinha-se ao tradicional, carregando um pouco mais no picante. Para sobremesa, há bolos caseiros, que variam de dia para dia.

  • Português
  • Constituição

É uma das mais adoradas e populares francesinhas da cidade e tem tudo para garantir um posto no top 5 da Invicta: tem boa apresentação; um pão torrado no ponto; enchidos de qualidade; muito queijo; um bife generoso e um molho intenso e mais complexo do que o habitual (correm rumores de que leva marisco), que é guardado pelos donos a sete-chaves há mais de 30 anos. Pode pedir a sua francesinha com ou sem ovo estrelado no topo e as batatas que a acompanham são cortadas à mão e fritas até ficarem estaladiças. Em suma, perfeita.

Publicidade
  • Cervejarias
  • Pinheiro Manso

Só três pessoas conhecem a receita do molho servido na Cufra, que abriu as portas no revolucionário ano de 1974, na Avenida da Boavista. "O segredo é nosso, o prazer é vosso", lê-se na carta das francesinhas. A francesinha especial, preparada com lombo assado, leva fiambre, mortadela, salsicha e linguiça frescas e queijo gratinado, mas também a pode pedir com bife, com camarão e até com bife e camarão – ou não estivéssemos nós na presença de uma das mais conceituadas marisqueiras e cervejarias portuenses. Se for pessoa de muito alimento, pode ainda pedir a francesinha especial, que chega à mesa com dois camarões gigantes e dois ovos, ou a francesinha Real à Cufra, servida com o dobro dos crustáceos.

Aberta desde 2017, esta casa tornou-se, desde logo, conhecida pela sua francesinha com batata e ovo. O bife é tenro e sem nervo, os enchidos são típicos e de qualidade e o ovo vem embrulhado numa camada generosa de queijo. Por cima, o molho é tradicional, denso e com um toque mais forte a saber a tomate. Além da francesinha típica, o Casanova é igualmente conhecido pela sua opção vegan, que conta com uma grande variedade de enchidos vegetais. Se o tempo o permitir, desfrute da refeição na esplanada, que é grande e airosa.

Publicidade

Não é só no Porto que se pratica a arte da francesinha. Aliás, Vila Nova de Gaia, do outro lado da ponte, é casa de algumas das mais deliciosas francesinhas desta lista. É o caso do Alkimia Grill, perto do João de Deus. Há francesinha tradicional, mas é a francesinha à Alkimia a estrela do estabelecimento. É bem avantajada, feita em pão rústico, com bife de alcatra, e aos enchidos tradicionais (do Leandro) acrescentam bacon. Vem coberta com um molho igualmente guloso e uma dose generosa de batata caseira a acompanhar. 

  • Cervejarias
  • Aliados
  • preço 1 de 4

O Porto deve à Regaleira uma parte importante da sua identidade gastronómica. Foi aqui que Daniel David da Silva, um emigrante regressado da França, inventou a francesinha. Em 1952, inspirado na sandwich francesa croque monsieur, criou uma iguaria nova, aproveitando as carnes e os fumados portugueses e regando-a com um molho de sabor apurado, que prometia tornar as mulheres portuguesas tão “picantes” como as francesas. Após três anos encerrado, o restaurante reabriu em 2021, ainda na rua do Bonjardim, mas agora na porta 83. A receita original da francesinha, com o molho secreto e a perna de porco assada, mantém-se até hoje.

Publicidade
  • Baixa

Há mais de 30 anos que a preparam como manda a lei, mas a francesinha do Miranda’s Kaffe tem sido apontada, recentemente, como uma das melhores da cidade. E são vários os factores que contribuem para esse posto: o pão de forma alto e tostado; uma linguiça grelhada e saborosa e um bife do lombo irrepreensível, tenro, rosado e escolhido a dedo “entre nove ou dez talhos diferentes para assegurar a qualidade”, garante o senhor Manuel, que rodopia diligentemente entre as mesas cheias à hora do almoço. O molho é ligeiramente picante e bom, e as batatas fritas aos palitos são cortadas à mão e acompanham muito bem.

  • Cafés
  • Constituição
  • preço 1 de 4

Venham altos e baixos, épocas boas e outras assim-assim, o Barcarola Café está cá para as curvas. Ao fim de 50 anos, continua a ser uma referência na cidade no que às francesinhas diz respeito. Além do restaurante original na rua Costa Cabral, com a actual gerência desde 1993, tem também outros dois espaços em centros comerciais – no Alameda e no Arrábida – e em todos eles servem francesinhas bem competentes. A clássica leva um bife da alcatra, mortadela, linguiça fresca, chourição, queijo e molho. Pode ainda pedir com ovo, com gambas, em pão rústico ou de hambúrguer, sem enchidos ou a sua versão vegetariana. Esta é preparada com enchidos e hambúrguer vegan, cogumelos e vegetais, e é uma das mais afamadas dentro deste nicho. 

Publicidade
  • Pizza
  • Grande Porto
  • preço 2 de 4

Prometemos que esta francesinha vale o desvio a Canelas, em Vila Nova de Gaia. É cozinhada em forno a lenha e conta-se que o dono, antes de abrir este espaço em 1995, andou um mês a provar os diferentes molhos que já existiam pela cidade e arredores. A grande particularidade da francesinha aqui servida é que sai do forno com o molho a borbulhar e com o queijo gratinado, fundindo-se no fundo do prato. A clássica é boa e recomenda-se, mas a francesinha Locanda Real, em pão bijou com bife, ovo, chourição, mortadela e linguiça fresca é a estrela da casa. Também encontra por aqui uma francesinha de perú, uma vegetariana, uma vegan e até em formato calzone.

  • Cervejarias
  • Porto
  • preço 2 de 4

Casa emblemática da cidade do Porto, com mais de meio século de experiência na arte de bem servir, a francesinha aqui é rainha e este prato típico foi assim mesmo baptizado. A francesinha Rainha vem com os ingredientes do costume, com um ovo no topo a fazer figuraça e batatas a acompanhar. Mas se preferir variar um pouco, fique a saber que pode escolher entre outras boas opções, como a francesinha tradicional em pão bijou, a que leva bife do lombo ou a sevilhana apetrechada com camarões.

Publicidade

Aberto na Rua da Constituição desde 1981, o Bugatti Caffe orgulha-se da sua francesinha despretensiosa: o pão vem tostado, os enchidos são frescos e o molho do mais tradicional que há – espesso, com uma boa dose de picante e deliciosamente infundido com sabor a carne. 

  • Cervejarias
  • Vila Nova de Gaia

O Tappas Caffé é um caso de sucesso. O negócio começou com um restaurante pequeno no Candal, depois nasceu esta casa na Madalena e, entretanto, já são ao todo cinco espaços, não só em Vila Nova de Gaia e no Porto, mas também em Lisboa. Aqui pode experimentar a tradicional francesinha, com o toque especial do forno a lenha, ou a versão com bife de frango. Estas casas disponibilizam igualmente uma série de outros pratos típicos, revestidos a molho de francesinha, como o hambúrguer, o cachorro e a tosta mista.

Publicidade

Na central das francesinhas, ou seja, os Poveiros, a Santa Francesinha é outro dos destaques e as opções por lá são várias. A especialíssima adiciona bacon aos ingredientes habituais e já vem com ovo e batata. Mas o prato que rouba o nome ao restaurante, pega nela e acrescenta-lhe ainda um hambúrguer e cebola caramelizada, para os mais corajosos. Há ainda a opção com bife de frango, com camarões e com bife picado em pão bijou. O Santa Francesinha destaca-se ainda pela sua francesinha 100% vegan, com bifinhos de seitan, enchidos vegetais e cogumelos Portobello, uma das mais populares neste campo. Ganha sobretudo pontos à conta do seu molho, com bastantes fãs pela cidade.

"53 anos de vida / A servir-vos com toda a dedicação", lê-se no menu da Onital, uma humilde casa onde a francesinha com batata e ovo é, claro, a estrela. Não se põe com invenções: vem bem composta, com enchidos de qualidade e um bife no ponto, embrulhada num molho leve e mais líquido do que o normal. As batatas são caseiras, estaladiças e nada contadas. Também fazem francesinha vegetariana por encomenda. 

Mais que comer

O Porto é uma cidade que se reúne em torno da mesa, onde toda meia dose dá para dois e ninguém nunca se levanta até a última migalha ser vertida. A cozinha da cidade é um reflexo de sua gente: frontal e afectiva; sem afectações, mas exigente. Entre tripas e francesinhas, os portuenses tendem a discutir (às vezes alto!) sobre o que acreditam ser melhor e pior, mas conseguem acabar sempre a brindar como amigos a empunhar finos nas mãos. Nos últimos anos, a cena gastronómica tem-se transformado rapidamente, como reflexo de uma cidade cada vez mais aberta ao mundo – e que conquista mais e mais turistas a cada Verão. De restaurantes de cozinhas internacionais a bares de vinhos modernos, de muitas casas tradicionais a chefs que querem mostrar que é possível elevar a gastronomia local a novos patamares, o Porto tem a mesa posta. É puxar uma cadeira e sentar-se num destes restaurantes. 

  • Português

Não é difícil experimentar pratos de outros cantos do mundo na cidade mas, verdade seja dita, poucas coisas sabem melhor do que uma refeição de comida caseira, temperada no ponto e servida em doses generosas. Nesta lista, com os melhores restaurantes de comida tradicional no Porto, há pratos para todos os gostos, do cozido à portuguesa ao galo à bordalesa, passando pelos filetes de pescada e pelas sardinhas fritas com arroz de feijão. Se não troca a comida da avó e da mãe por nada deste mundo, leia o que se segue. Se prefere alargar as suas opções e ir além da comida tradicional, passe os olhos por esta lista dos 44 melhores restaurantes no Porto.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade