Coisas para fazer este Outono em Lisboa

Sempre teve curiosidade em perceber como as personagens dos filmes de animação ganham vida? A nova exposição do Pavilhão do Conhecimento convida-nos a mergulhar nos bastidores dos estúdios de animação da Pixar e a descobrir como a ciência e a tecnologia de ponta dão vida a filmes icónicos, como Toy Story, Monstros e Companhia, À Procura de Nemo ou Divertida-Mente. Com mais de 50 módulos interactivos, será possível explorar, passo a passo, o processo criativo da Pixar, desde a ideia inicial até ao produto final. Produzida pelo Museum of Science de Boston e pela Pixar Animation Studios, “A Ciência da Pixar” chega pela primeira vez a Portugal como resultado do acordo de colaboração entre a Fundação ”la Caixa” e a Ciência Viva.

Depois das férias de Verão, de dezenas de horas passadas na praia, na piscina ou em esplanadas, o Outono é a estação aconchegante que nos prepara para os meses mais frios. A chuva torna-se mais frequente, os dias ficam mais curtos e o tempo passado em casa chama por nós. Mas esta é também uma das melhores alturas do ano para passear sem um calor abrasador, para fazer caminhadas românticas em parques e jardins, para descobrir um novo museu, para rechear o armário com novas colecções ou para passar uma bela noite numa sala de espectáculos. Embora seja conhecida pelo tempo soalheiro, a vila de Cascais e os seus arredores têm o seu charme de Outono – e certamente muito para fazer.

Tanto cinema, tão pouco tempo. Há filmes em cartaz para todos os gostos e de todos os feitios. Das estreias em cinema aos títulos que, semana após semana, continuam a fazer carreira nas salas. O que encontra abaixo é uma selecção do que pode ver no escurinho do cinema, mas há que fazer escolhas e assumi-las (coisa que fazemos, com mais profundidade nas críticas que pode ler mais abaixo nesta lista). Nas semanas em que há estreias importantes de longas-metragens no streaming, também é aqui que as encontra. Bons filmes.

Faz chuva lá fora e só faz sentido começar uma série se for para fazer uma maratona até de madrugada. Quem nunca?Ainda por cima, que sorte!, o pequeno ecrã não pára. A cada semana, há mais uma mão-cheia de séries para ver. As grandes plataformas de streaming como a Netflix, a Disney+, a Prime Video, a HBO Max ou a Apple TV+ batalham tanto pela nossa atenção que não nos dão descanso. E ainda há tudo o resto, das mais pequenas e direccionadas (olá, Filmin) à boa e velha televisão. Só há uma solução: escolher. Mas escolher em cima da hora dá mau resultado e provoca demasiadas frustrações. O melhor é saber antecipadamente o que queremos ver.

A programação da rentrée está cheia de argumentos de peso para nos fazer voltar às salas de teatro – um plano infalível para dias de chuva. É preciso estar atento, já que algumas peças estão poucos dias em cena, mas, seja como for, há peças para todos os gostos e carteiras. Não precisa de ir a todas, mas vale a pena arriscar. Se houver indecisão, é ver uma agora e outra depois.

Em museus, em galerias, às vezes até na rua. Lisboa está cheia de exposições, e nem o mau tempo as impede de aparecer que nem cogumelos. De fim-de-semana em fim-de-semana, é só escolher. Há oferta para todos os gostos, desde pintura a fotografia, e algumas até são grátis.

Para jogar bowling basta boa disposição e alguma (vá, muita) técnica. No Outono é uma boa solução para fugir ao vento e divertir a família ou os amigos. Mesmo que não faça strike, é certo que as gargalhadas estão garantidas.

Há uma certa melancolia na queda das folhas que inevitavelmente sinaliza o final da estação quente. Aproveite para sentir a passagem do tempo nos jardins escondidos em Lisboa. São vários os espaços que pintam de verde (e, em breve, de cores mais outonais) a cidade, mas que não são muito conhecidos do grande público.

Não precisa de ser um rato de biblioteca para ficar fascinado com os arquivos, livros, monografias, fonogramas, e periódicos disponíveis nas várias bibliotecas de Lisboa. Há espaços cuja arquitectura nos faz recuar no tempo e outros que ainda cheiram a fresco. Boas leituras.

Não são as da despensa, claro. São as dos livros, o alimento da alma. E, porque o que não falta em Lisboa são livrarias, não recomendamos umas quaisquer. Sugerimos, atenção, as nossas livrarias independentes preferidas, aquelas que não estão presas a uma cadeia, um franchising, um conglomerado ou qualquer tipo de substantivo colectivo usado para designar agremiações do género. Na hora de pensar em rechear as estantes lá de casa, lembre-se destes pequenos livreiros. Em várias zonas da cidade, encontra livrarias de bairro – e muitos livros – para todos os gostos e faixas etárias.

Não há um provérbio popular que o confirme, mas há fortes indícios de que petiscar ajuda a melhorar os dias de chuva. A qualquer hora ou a qualquer refeição, um petisco é bem-vindo. Ponha de lado o egoísmo do prato só para si e peça uma série de pratinhos para partilhar.

Edifícios relativamente novos, com linhas que são uma perdição para a fotografia, ou clássicos da cidade que são autênticas viagens no tempo. Deixamo-lo com uma visita guiada aos melhores museus da cidade, dando-lhe razões para descobrir ou redescobrir endereços obrigatórios e ideias para explorar colecções surpreendentes e que, por vezes, passam despercebidas. Paralelamente, há uma agenda concorrida de actividades, cursos, conferências, visitas orientadas, oficinas, festivais e concertos – alguns pagos, outros gratuitos – lado a lado com exposições temporárias. Tome nota e faça um programa cultural nos dias mais cinzentos.

Sim, não é o plano mais entusiasmante. Mas se o bom tempo foi desculpa para adiar a arrumação da tralha lá de casa, qual é o argumento agora? Pois, a pensar nisso, a Time Out falou com quem sabe meter tudo no sítio. Rafaela Garcez é formada em design mas foi da arrumação que fez vida – é uma das primeiras consultoras certificadas em Portugal do método KonMari™, um processo de organização japonês desenvolvido pela famosa Marie Kondo, que se baseia na ideia de manter apenas as coisas que lhe “despertam alegria”. Sim, sim: prepare-se para o desapego.