Se o nome remete para origem, na etimologia grega, o Arkhe está hoje longe do seu ponto de partida. Numa nova morada, o restaurante vegetariano de João Ricardo Alves e Alejandro Chávarro ganhou espaço para chegar à plenitude. Está maior, mais confortável e, acima de tudo, com melhores condições para todos, clientes e equipa, mantendo-se fiel ao que lhe deu forma: ser prova de que a alta cozinha não precisa de servir nem carne, nem peixe para brilhar. São três os menus disponíveis: com o “Carta Branca” (95€/sete serviços, mais 85€ a harmonização de vinhos) entrega-se nas mãos do chef, enquanto no menu “Descoberta” (75€/cinco serviços, mais 65€ a harmonização) a escolha dos pratos fica por sua conta. Há ainda o Menu de Almoço (55€/três serviços, mais 45€ com vinhos).
Houve uns anos em que se muito se falava de cozinha de autor, também graças à crescente mediatização da figura do chef. Hoje o termo parece estar em desuso, mas não a cozinha de autor (ou de assinatura) – que mais não é do que uma cozinha criativa que não abdica da técnica. São sempre apontados como maior exemplo disto os restaurantes com estrela Michelin (e em Lisboa já são 17). Mas vá por nós, há outros pratos capazes de o pôr a ver estrelas – são igualmente bonitos e, mais do que isso, saborosos. Afinal, sem sabor não há cozinha de autor que se aguente.
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