Dim sum do Estoril Mandarim
Fotografia: Ana LuziaDim Sum do Estoril Mandarim
Fotografia: Ana Luzia

10 pratos obrigatórios em Lisboa

Quem são as estrelas dos nossos restaurantes 5 estrelas? Relemos as melhores críticas dos últimos 10 anos e enchemos a barriga com os pratos que conquistaram os nossos ilustres especialistas

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Da requintada Horta da Galinha dos Ovos de Ouro, do Belcanto, às castiças Iscas com elas da Taberna da Rua das Flores, muitos foram os pratos que arrebataram os críticos da Time Out nos últimos 10 anos.  

10 pratos obrigatórios em Lisboa

  • Português
  • Chiado
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Tanto alarido com duas estrelas Michelin, quando a Time Out lhe deu cinco. Cinco estrelas. Enfim, prioridades. Quando Alfredo Lacerda visitou o restaurante de alta cozinha de José Avillez, enamorou-se por todo o menu de degustação Clássico, mas foi a célebre entrada Horta da Galinha dos Ovos de Ouro (35€) que o arrebatou. “De repente, uma pessoa está de olhos fechados e tem de se controlar para não gemer. Folha de ouro a cobrir o ovo escalfado (de pata?) que se desintegra languidamente sobre pão tostado, cogumelos, trufa e avelãs.” Controle-se você também, que já deve estar para aí a salivar. 

  • Português
  • Baixa Pombalina
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Lê-se na nossa bíblia de restaurantes, aka Guia de Restaurantes 2016: “Vai-se ao Uma por uma (não é piada, é mesmo assim) única razão: comer o melhor arroz de marisco da cidade.” A marisqueira que levou cinco estrelas do crítico Jaime Abreu não tem uma decoração atractiva, um ambiente cosmopolita ou uma data de pratos espectaculares: o que tem é um arroz de marisco que vale todo o tempo de espera e que vale muito mais do que os 25€ que custa.

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  • Belém
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Tem apenas oito lugares ao balcão e quatro menus, que vão dos 90 aos 150 euros por cabeça. A porta está sempre fechada e não há campainha. O espaço não é bonito, a carta de vinhos é limitada – mas Alfredo Lacerda mesmo assim deu-lhe a classificação mais alta. Não podendo destacar um prato, porque mudam todos os dias, consoante a matéria-prima e as ganas do chef Tomo (que entretanto saiu, ficando Paulo Morais à frente da cozinha exclusiva), sublinhamos o sashimi, cortado de forma sublime, sempre com as partes mais nobres dos peixes mais nobres. “O atum, obrigatório. A melhor barriga de atum da cidade sempre foi a do Tomo. E muita gente vivia órfã desse concentrado de umami. Eu vivia. Ora, no Kanazawa, está ainda mais recortada, mais intensa, perfeita.”

  • Fusão
  • Alcântara
  • preço 3 de 4
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

“Do c$#%%&.” Quando um crítico arranca um texto nestes termos, não esperamos nada menos do que nota máxima. Assim foi com o Rio Maravilha, ainda de Diogo Noronha, que Manuel Ferreira Gavetão elogiou desde a primeira garfada. “Começámos a refeição com as primeiras cinco estrelas da noite: um ovo BT com creme de queijo, panceta ibérica, marmelada e farofa de parmesão (9,8€) – de ir às lágrimas.” Além dos cocktails de autor, a presa ibérica na brasa também levou piropos: “Adoro um chef com tomates para servir porco malpassado.” O chef saiu, o ovo BT continua uma maravilha. 

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  • Português
  • Chiado/Cais do Sodré
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

As nossas estrelas não estão reservadas a pratos com técnicas moleculares ou nomes franceses. Coisas simples e honestas, típicas e castiças, como um belo exemplar de iscas, até nos apagam. As da Taberna da Rua das Flores, com batata cozida, muito alho e um molho deliciosamente gorduroso, levam nota máxima. “Uma taberna lisboeta de se lhe tirar o chapéu, sim senhor”, escreveu o crítico Jacinto Soares em 2012. Quatro anos depois, continuamos a ficar de cabelos ao vento sempre que passamos à porta.

  • Estrela/Lapa/Santos
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

É a nossa esquina preferida, de todas as esquinas da cidade: a Tasca da Esquina de Vítor Sobral, o chef que anda a espalhar esquinas pelo mundo (além das de Lisboa, tem mais umas no Brasil e em Angola) e que pôs Lourenço Viegas a escrever sobre Carla Bruni. Pouco mudou desde que o crítico lá foi: subiram os preços, mas mantém-se o conceito. “Na Tasca da Esquina há três hipóteses: uma carta com pratos mais substanciais e clássicos do chef – a raia é sempre uma boa hipótese, um menu de petiscos (...) ou então deixar-se nas mãos do chef e da cozinha, que eles tratam de si.” E tratam bem.

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  • Hambúrgueres
  • São Sebastião
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Hambúrgueres há muitos. Demasiados até, com mais gourmet no nome do que no prato. “E eis que surge o Ground Burger”, começou Manuel Ferreira Gavetão. “No shit. No frills. Nem grandes pretensões de fazer outra coisa que não sejam uns hambúrgueres do caraças.” Cinco estrelas depois, o nosso coração continua a ter um espacinho especial para este diner. Derrete-se com o pão de leite caseiro, baba-se com a carne 100% Black Angus, amolece com as batatas e os aros de cebola e fica abananado com o Chilicheese, o exemplar favorito do nosso especialista.

  • Chinês
  • Cascais
  • preço 3 de 4
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Não procure mais: aqui não vai encontrar arroz chao-chao, chop soy ou fruta fa-si. Afinal, estamos a falar do melhor restaurante de alta cozinha chinesa da Grande Lisboa. “É que no Mandarim é tudo verdadeiro”, disse o crítico Lourenço Viegas pouco depois da Time Out Lisboa nascer. “Até os pastéis de nata chineses e o pudim de manga com leite não são uma invenção para os chineses de Telheiras e comem-se mesmo lá para trás do sol posto.” De entre a carta com mais de 120 especialidades destaca-se o pato à Pequim – mas só se não contarmos com o dim sum servido exclusivamente ao almoço. Celestial.

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  • São Vicente 
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Aqui na redacção parece que vivemos num constante estado de graça. Todos os dias temos desejos de alguma coisa. E se essa coisa é pizza, o lugar favorito para nos satisfazer é sempre o mesmo: o Casanova. É que “por mais pizzarias que surjam em Lisboa, ao nível das ‘pizzas do Lux’ chegam poucas. Sim, tem filas longas (...) Sim, (...) obriga-nos a roçar os cotovelos com os vizinhos do lado. Mas tudo isso vale a pena não só pela qualidade do que ali se serve, como pelo preço”, escrevemos quando tivemos de eleger a melhor pizza da cidade. A de figos e presunto é uma das nossas favoritas, mas o tempo dela está a acabar. Com a Primavera também fica muito bem servido.

  • Lisboa
  • 5/5 estrelas
  • Recomendado

Se nos perguntarem qual o nosso dia preferido, provavelmente sai um sábado. Mas se pensarmos bem, quarta-feira também é incrível, ou não fosse o dia de cozido no Solar dos Presuntos. Uma montanha de carnes, enchidos, feijão, arroz e couve capazes de aconchegar o mais insensível dos estômagos. Atenção que o restaurante não desilude no resto da semana. Contou Lourenço Viegas: “Tive um amigo (...) que dizia que se pudesse casava com o Solar dos Presuntos e, não podendo, casaria com uma mulher que fosse tipo Solar dos Presuntos. Nortenha, abastada, simples mas com amigas conhecidas, trabalhadora mas gaiteira, boa cozinheira, bom presunto.” Os anos passam, mas este continua a ser um belo partido.

Especial aniversário: 10 anos da Time Out

  • Noite
Nos últimos dez anos a Time Out escreveu sobre centenas de novos bares em Lisboa. Muitos fecharam entretanto, mas alguns continuam de portas abertas. E uma pequena fracção marcou indelevelmente a cidade. É o caso destes dez. Desde a Cerveteca, o primeiro bar de cerveja artesanal em Lisboa, aberto em 2014, às Damas, que injectaram nova vida na noite da Graça sem 2015, passando pela Pensão Amor, espaço fulcral da renovação do Cais do Sodré na presente década. Sem estes bares, Lisboa não era o que é.
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