Não é difícil comer que nem um príncipe na casa real de Alcântara. E nem precisa de chegar ao marisco, porque aqui há pratos do dia capazes de ser a especialidade da casa, como a cabidela feita todas as terças-feiras. A honrar a tradição, esta cervejaria dos anos 1980 mantém os bancos altos ao balcão para que qualquer solitário ou apreciador da conversa dos funcionários aproveite a sua ameijoa à Bulhão Pato, os percebes das Berlengas, os cavacos dos Açores ou o pica-pau com molho glutão — o tempero secreto e especial da casa que tanto aparece em carnes como esta ou o leitão da bairrada, ou em mariscos, como o lavagante ou a lagosta. Se acha que este balcão é demasiado faustoso para um cavaleiro solitário (enfim, sempre estamos no Palácio), peça antes um pratinho de caracóis, que já se está no tempo deles.
Olhe os néons à entrada, cumprimente o empregado de camisa irrepreensível, faça um adeus às lagostas de molho. É por aqui o caminho para as melhores cervejarias em Lisboa, para as antigas, as mais carismáticas e as mais recentes. E ainda lhe arranjamos uma que lhe serve um brunch todos os domingos. Preparámos-lhe um verdadeiro menu com tudo o que se espera de uma cervejaria ou marisqueira lisboeta: por aqui há saladinhas frias, pratões ornamentados de marisco nacional, travessas de alumínio com ameijoas à Bulhão Pato, um pratinho de salgados, tachinhos com açorda e um prego no final. Não se preocupe com as imperiais, são tiradas por profissionais.
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