Karater
DR | Karater
DR

Os melhores novos restaurantes em Lisboa (e arredores)

É difícil acompanhar o ritmo da cidade? Damos-lhe uma ajuda e indicamos-lhe os novos restaurantes em Lisboa (e aqui ao lado) que não vai querer perder.

Cláudia Lima Carvalho
Publicidade

As novidades na restauração multiplicam-se de tal forma que, à medida que damos conta dos restaurantes que abriram nos últimos meses, novas mesas já nos esperam. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há restaurantes de alta-cozinha, comida democrática e street food, refeições para qualquer hora do dia, do pequeno-almoço ao jantar, pratos daqui e do mundo. Fazemos-lhe um guia com os melhores novos restaurantes em Lisboa e arredores, abertos nos últimos meses. Não se deixe sentir desactualizado e marque uma mesa – é só escolher o que mais lhe apetece hoje

Recomendado: Os 124 melhores restaurantes em Lisboa

Os melhores novos restaurantes em Lisboa

  • Bairro Alto
  • Recomendado

Depois de 20 anos a viver em Portugal, Guram Baghdoshvili voltou para a Geórgia, onde abriu restaurantes e ganhou mediatismo. Agora, o chef regressou a Portugal e abriu um restaurante cheio de carácter. Desde o final de Outubro que no Bairro Alto tem sido entra e sai para provar (e repetir) a comida georgiana com um twist português, sempre com atenção ao produto e cuidado na cozinha. O espaço era uma antiga leitaria, fechada há 30 anos. Na carta, Guram destaca, por exemplo, a beringela, tão pouco explorada por cá. E no Karater, tanto é servida como chips com sal de Svaneti, mel de castanha, romã e vinagre (7€), como com uma emulsão de nozes (10€). Destacam-se ainda os khinkali, símbolo da cozinha georgiana, podem ser servidos na sua versão tradicional (10€/três), que o chef aconselha a comer-se com a mão. E o guloso khachapuri (12€), que à primeira vista podem fazer lembrar uma pizza, em que a massa de pão tem a forma de um barco e é coberta com uma mistura de queijos, manteiga e um ovo cru por cima, também não foi deixado de fora.

  • Oeiras

O Intemporal é o restaurante de fine dining que marca o regresso de Miguel Laffan a um universo gastronómico que conhece bem. No novo restaurante, em frente ao mar, o chef está sem rédeas. O restaurante é pequeno, mas nem por isso menos vistoso. Fica na antiga casa do fiscal, junto à Marginal, praticamente em cima do mar, onde fica o repuxo de Paço de Arcos. Depois de anos ao abandono, o edifício ganhou vida, cor e luz. Se antes nem se dava por ele, hoje é impossível desviar o olhar da fachada coberta de azulejos amarelo torrado, quase laranja. A entrada faz-se praticamente pela cozinha. Há um balcão que serve como mesa do chef e onde se sentam quatro pessoas. No piso de cima fica a sala com 12 lugares e com uma vista para o mar hipnotizante. A servir almoços e jantares, tem um só menu de degustação (80€/130€ com harmonização) que mudará obrigatoriamente a cada três meses. Em 12 momentos, Miguel Laffan não teve medo de arriscar nos temperos, nas especiarias e na conjugação de influências, fugindo a etiquetas que o possam pôr numa caixa.

Publicidade
  • Belém

Há dez anos, a antiga Casa do Governador transformou-se num hotel de cinco estrelas – o Palácio do Governador. No ano passado, o hotel foi renovado e o restaurante também foi alvo de remodelações. E não foi apenas o espaço e a decoração que mudaram, tudo o resto também ganhou uma nova identidade. Chama-se agora Po Tat, numa alusão às inspirações asiáticas que se fundem aqui com os produtos e sabores portugueses, e é liderado pelo chef André Santos. Na carta, vai encontrar cogumelos ostra grelhados com molho de inhame e amendoim, robalo curado com sal e açúcar e finalizado no grelhador japonês yakitori, com girassol batateiro e dashi beurre blanc de algas, feijoada de carabineiro ou presa de porco alentejano grelhada, acompanhada de puré de marmelos com shio koji, ou arroz fermentado, e alface espargo.   

  • Alvalade

A ideia já existia de alguma forma e por isso quando a oportunidade surgiu não foi preciso pensar muito. Havia um espaço para ser explorado no Kübe Coworking e o desafio foi lançado aos sócios do Cobaia, não muito longe dali. O Cultural Club abriu com um menu curto e simples de sandes italianas. O espaço tem onda e é pequeno – ao contrário dos planos. De Itália, chegam os ingredientes escolhidos a dedo, entre vários testes. Já o pão é feito na vizinha Isco, agora nas mãos do grupo Paradigma (OfícioCanalha…). São seis as opções, mais uma especial que muda semanalmente – nos últimos dias, por exemplo, destacava-se uma sandes com salame rosa, stracciatella, pasta de trufa, pesto genovese e rúcula (12€). Em pouco tempo, a sandes de pancetta, stracciattela, pesto trapanese e agrião (12€) já se tornou na mais pedida. 

Publicidade
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

O Matsukawa Sushi & Ramen Bar fica nas Laranjeiras e combina sushi e ramen na mesma carta, dois universos que, embora pareçam próximos, não têm por hábito comungar no mesmo espaço. Mas, se é disso que os clientes gostam, é isso que Harry vai fazer. Foi em Portugal que o chef, como gosta de ser chamado e como é conhecido, teve contacto com a gastronomia japonesa. Vindo do Nepal, há cerca de 12 anos, entrou na restauração nos Meninos do Rio. Seguiram-se passagens pela Confraria Lx e pelo Arigato Sushi House, antes de chegar ao Tomo, onde acabaria por ficar à frente do restaurante depois da saída do chef Tomo. Depois de muitas formações e com a ideia de abrir o seu próprio restaurante, Harry não deixa nada ao acaso. Tudo o que pode é feito em casa, sem atalhos, incluindo a massa. A carta é extensa com espaço para tempuras e para os fritos. Nos noodles, o destaque vai para o ramen, onde Harry se orgulha por fazer seis variedades. No sushi, a oferta multiplica-se. Há também um menu omakase (65€), que obriga a uma reserva antecipada, e que oferece um pouco de tudo e combinados (30€/22 peças, 55€/42 peças). Pode até pedir só uma selecção de vários peixes em sashimi (30€/25 fatias).

  • Campo de Ourique

Grace Lora e Marc Pinto conheceram-se, há muitos anos, no Lasarte, o restaurante com três estrelas Michelin de Martín Berasategui, em Barcelona. Apaixonaram-se e foram acalentando o sonho de ter um negócio próprio que casasse os seus dois mundos (ela é pasteleira e ele sommelier), não tão distantes assim. A Kitu Champanheira é a concretização dessa vontade. Fica em Campo de Ourique e é tanto perfeita para beber um copo como para provar algumas das iguarias inspiradas no país de origem de Grace, o Equador. A carta foi pensada, contudo, para servir qualquer ocasião e, sobretudo, para acompanhar bem com qualquer champanhe, espumante ou vinho escolhido. Ao ceviche de tremoços junta-se outro de peixe (11€), esse na sua versão mais peruana, e ainda uma gamba acevichada (12€). Mas também há opções menos comuns como o alho francês com achiote e sal prieta (7€) ou a batata andina com espuma de queijo, chouriço e pickle de beterraba (9€). Nas sobremesas, a mestria de Grace mostra-se no brownie de chocolate e nozes com tamarilho e granizado de especiarias (7€) e na mousse de maracujá e alfarroba (5€).

Publicidade
  • Parque das Nações

O restaurante do hotel Eurostars Universal – o 98 Universal – está de cara lavada, inspirando-se na Expo 98. Na cozinha, encontramos o chef Tomás Pereira, que, ao reger-se pela sustentabilidade e sazonalidade dos produtos, dá a conhecer os pratos da nova carta de fine dining. Como entrada, tem a beterraba em pickle recheada com puré de beterraba e romã e uma emulsão de espinafres ou o puré de maçã, granizado de aipo e gamba violeta do Algarve. Nos pratos principais, destacam-se o arroz de bivalves, com alface do mar e alga nori, e uma espuma de bisque de marisco, que acompanham o peixe do dia e o prato de lombo de borrego, com ravioli de beterraba, amêndoa frita envolta em cominhos e açafrão, e um demi-glace de fígado de borrego. As sobremesas incluem um crud de laranja, espuma de chocolate branco e gel de especiarias e um pudim abade de priscos, apresentado em forma de porco, com gelado de citrinos, toffee e crumble de avelã. 

  • Baixa Pombalina

Na Rua dos Fanqueiros, onde antes ficava o Terroir, abriu o Petisc’ar (e na porta ao lado, o Smash Me’at). "Começou com a ideia de trazer uma proposta qualitativa para a Baixa de Lisboa, com coisas muito portuguesas”, conta o responsável Erik Ibrahim. Guilherme Sousa, chef do Terroir, deu uma mão na carta. Nos petiscos destacam-se os pastéis de bacalhau (4€/duas uni.), mas também o camarão à guilho (10,50€), o pica-pau (12€), a salada de polvo (7€) ou o berbigão à Bulhão Pato (9€). Mas também há pratos principais, que podem igualmente ser partilhados, do bacalhau à Brás (12€) à bochecha de porco (15€). Para sobremesa, tanto há leite creme (5€), como mousse de chocolate (5€) ou pudim flan (5€).

Publicidade
  • Marvila

O Vibra Caffé + Concept Store é uma ideia ambiciosa. Neste espaço, que se situa no 8 Marvila (fácil de encontrar pela cor vermelha com que está pintado), podemos fazer muita coisa diferente: beber um café solidário, comprar um Estúpido (uma figura antropomórfica gigante criada por Robert Panda), assistir a concertos de morna ou fado, gravar música ou comer um pica-pau. Vamos por partes. Este projecto de Miguel Domingos Garcia, director criativo, fundador da editora Vibra Worldwide e da LX-XXX, responsável pelo agenciamento de artistas, foi materializado num café-restaurante com esplanada e, mesmo à frente, uma loja onde podemos adquirir obras de arte, como uma luva gigante com a cara de Basquiat (da colecção #PUNCHINTHEFACE da artista Rueffa), livros de música da Taschen, auscultadores da Marshall ou agendas da Moleskine. 

+ Das compras ao desporto: tudo o que pode fazer no 8 Marvila

Depois de Campo de Ourique, Cais do Sodré e Saldanha, os Smash Street Burgers saíram pela primeira vez da cidade de Lisboa no início de 2025. O novo espaço da marca fica em Carcavelos e é o maior até agora. De resto, tudo se mantém: o menu focado nos smash burgers e a cozinha aberta com um espaço de características industriais.

Publicidade

A Bodega Brava é uma casa de tapas tradicional, sobretudo de inspiração catalã, pensada para os finais de tarde entre amigos, com petiscos e copos à mesa. Com um ambiente descontraído e de familiaridade, tem uma carta repleta de bons produtos, escolhidos a dedo pelo chef Henrique Rosa, que passou por gigantes da alta cozinha como o El Bulli ou o Noma antes de se dedicar ao seu próprio projecto.

Pizzas de massa-mãe e fermentação natural, que recorrem a uma mistura de farinhas biológicas e nutritivas. É o que pode encontrar nas insuspeitas Galerias Valmor, pequeno centro comercial na zona de Matarraque, em São Domingos de Rana, onde se podem provar as novas (e sérias concorrentes à lista de melhores) pizzas do concelho de Cascais. Trata-se de um negócio aberto pela ucraniana Oksana Horshchar, que trabalha com o amigo pizzaiolo Radion Petrenko, o autor das receitas.

Publicidade
  • Santos

Depois de uma aventura em Singapura, onde ajudou a conquistar e a manter uma estrela Michelin no Iggy's, e mais uns anos como chef executivo no Sublime (Comporta e Lisboa), Hélio Gonçalves realizou um sonho: abrir um restaurante próprio. Foram muitos os espaços visitados até encontrar esta morada em Santos, onde o chef espera resistir pelo menos “os próximos dez anos”. O restaurante é tão luminoso quanto harmonioso, a cozinha ao fundo está aberta para a sala, separada por uma banca onde estão expostos os peixes e o marisco, qual banca de mercado. Na carta, procurou o cruzamento entre a modernidade que o espaço aporta e a tradição gastronómica. Da montra, pede-se o peixe e o marisco, tudo cobrado ao peso. Há amêijoas à Bulhão Pato (95€/kg), gamba fresca do Algarve ao sal (98€/kg) ou gambas à guilho (70€/kg), além de carabineiros (190€/kg), lagosta (160€/kg) ou lavagante (120€/kg). Nos peixes, aos habituais robalo (80€/kg), dourada (75€/kg) e garoupa (70€/kg) – esta úlitma tanto pode ser grelhada como cozida –, juntam-se o salmonete legítimo (85,99€/kg) ou o rodovalho (75€/kg). É nos “especiais”, no entanto, que se sente a assinatura de Hélio. “São pratos que saem um bocadinho daquilo que são as marisqueiras tradicionais, apesar de termos aqui a sopa rica de peixe [18€]”, diz, referindo-se, por exemplo, ao cachorrinho de lavagante (22€), ao capellini de gamba da costa e molho yuzu (22€) e ao esparguete alle vongole (18€).

  • Santos

Foi num jantar, depois de alguns copos, que Thomas Cecchetti, Marco von Ritter e Yann Rotundo decidiram abrir um restaurante juntos. É um lugar descontraído, onde se pode ir petiscar e beber um vinho ou um cocktail. E sem grandes pressas para sair da mesa. As influências são tal e qual os proprietários, tanto portuguesas como italianas. Destacam-se os pratos para partilhar, entre eles as pizzetas, de carbonara, provala fumada e guanciale (11€), almôndegas de atum fresco, tomate e beringela (14€), tomate vermelho e amarelo, provola fumada e pesto (10€), creme verde, kale e stracciatella fumada (12€) e porchetta, pickles e molho de salsa (13€). No bar, são servidos vinhos naturais portugueses, franceses e italianos, cerveja artesanal e cocktails. 

Publicidade
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Foi com o Santa Joana, no recém-inaugurado hotel Locke de Santa Joana, junto ao Marquês de Pombal, que Nuno Mendes regressou a Lisboa. Com Maurício Varela, que vinha a dar nas vistas no Dahlia, no Cais do Sodré, o chef quer fazer deste restaurante um sítio “boémio, divertido e sofisticado, que não seja fine dining, mas fun dining”. O espaço é imponente, qual convento, com um projecto de interiores da responsabilidade do estúdio do catalão Lázaro Rosa-Violán. É sóbrio e elegante, de tal forma que fica difícil imaginar que aqui chegou a funcionar um posto da PSP. À entrada, destaca-se um balcão alto no qual são servidos apenas pratos frios. Na mesma sala, há várias mesas. Acima, um bar; abaixo, mais mesas, num ambiente mais íntimo. Nas entradas frias, a barriga de atum maturada, com caldo do refogado, azeite maduro e flores de aliums da época e o tártaro de carne de vaca maturada, com nabos marinados em nata fresca e pinhões já dão que falar. Para principais, a dupla de chefs aposta, por agora, numa pescada escalfada com emulsão de manteiga fumada, funcho assado e ervas suculentas do mar e numa presa de porco alentejano com pasta de nozes estufadas, nabos e grelos marinados e assados. E nem as sobremesas são de passar, ou não estivesse Maria Ramos como chef de pastelaria, ela que já tinha trabalhado com Nuno Mendes no Bairro Alto Hotel. 

Mais que comer

O tema é controverso e não faltam opiniões sobre boas francesinhas em Lisboa, mesmo que haja quem diga que só no Porto é que se come bem este monumento ao colesterol. Mas que as há, há. E bem boas. Já foi eleita umas das melhores sandes do mundo, embora seja muito mais do que uma sandes, ora atente nos ingredientes básicos: bife, lombo assado, salsicha, linguiça, fiambre e queijo (muito queijo!). E depois há o molho – para muitos o segredo de uma francesinha está exactamente no molho (se houver refill, melhor ainda). Com ou sem ovo, mas sempre em camadas, dizemos-lhe nove sítios para comer francesinhas em Lisboa, sem que saia desiludido. Conhece mais algum? Diga-nos onde.

Vamos lá cambada, mas não é para andarmos todos à molhada. Todas as razões são boas para reencontros, para festas, para jantares de grupo, com a família, amigos ou colegas de trabalho. Juntemo-nos à mesa que não há melhor. Além dos restaurantes tradicionais sempre prontos para um grupo ou dos novos que têm aparecido na cidade com espaço para muitos comensais, apontamos-lhe os restaurantes que têm menus de grupo já feitos e que nos facilitam a vida na hora da escolha. À procura de restaurantes para jantares de grupo em Lisboa? Não vá mais longe.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade