Kuwazi
Mariana Valle LimaKuwazi
Mariana Valle Lima

Os melhores restaurantes chineses em Lisboa

Há muito mais do que chop suey e gelado frito nestas mesas. Esta é a nossa lista dos melhores restaurantes chineses em Lisboa.

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Lisboa é um caldeirão de nacionalidades e, felizmente para nós que aqui vivemos, são cada vez mais os restaurantes do mundo. No que à cozinha chinesa diz respeito, há muito que os restaurantes nos dão mais do que os habituais buffets que fazia furor anos 1990 e 2000. Hoje, a cidade é casa de espaços que trazem autenticidade e inovação, com menus que percorrem a diversidade gastronómica das várias regiões da China. Sem clichés, estes restaurantes chineses em Lisboa não são apenas uma refeição – são uma autêntica viagem. Vá à confiança, mesmo que nem sempre saiba bem o que está a pedir.

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Os melhores restaurantes chineses em Lisboa

  • Chinês
  • Martim Moniz

A Calçada da Mouraria é a rua das cantinas chinesas – que não são restaurantes clandestinos, atenção. Este Dawanmian, tal como o vizinho Midai, veio da região de Wenzhou, na China e tem à frente um casal de guerreiros. Chen e Ruan vieram para Portugal com uma mão à frente e outra atrás, mas trouxeram com eles boas sopinhas de massa. No caso, a especialidade são as sopas de noodles, massa feita todos os dias numa cozinha sempre a 200km/por hora, onde não faltam coisas extravagantes (para portugueses, claro), como cabeças e línguas de pato ou tendão de vaca. Não é o sítio mais arrumado do mundo, mas é especial e tem uma sopa de noodles de entrecosto que está entre os melhores pratos mais baratos da cidade.

  • Chinês
  • Lisboa

Quando no final de 2019 fizemos o balanço da década (2010-2020), não hesitámos em destacar a existência do Macau Dim Sum de Oeiras “porque nunca houve outro restaurante chinês que fizesse tão bem dumplings para o povo”. De lá para cá, foram surgindo bons exemplares na cidade, mas o Macau Dim Sum continua a ter um lugar entre as nossas preferências. Este irmão mais novo que abriu em 2015 entre Campo de Ourique e as Amoreiras, pelo menos, não nos tem desiludido com a sua comida de Cantão.

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  • Chinês
  • Cascais

Quando os restaurantes se tornam instituições correm o risco de se acomodarem. Não foi isso que aconteceu com o Estoril Mandarim, que aliás teve renovação grande em 2018, com uma nova esplanada envidraçada para dar tanto para Verão como para Inverno. E continua a ser o melhor restaurante chinês de fine dining da Grande Lisboa (do país!). A lista de pratos e sobremesas é quase interminável: tem caldos reconfortantes, assados, barbatanas de tubarão e ninhos de andorinha, abalones e mariscos secos. E tem os dim sums mais delicados (só aos almoços) e com melhor produto, da responsabiliadde do mestre Chan Kam Leong, com origem em Cantão, no Sul, uma das suas principais atracções. É prova disso o siu-mai, que aqui leva ovas de caranguejo no topo; mas também o incomparável há-kau, a massa com as dobras perfeitas, transparentes, e lá dentro gambas e cogumelos brancos picados, ou os rolos de farinha de arroz, onde aparece sempre um toque de sofisticação no recheio, sejam espargos ou porco assado. É também obrigatório provar os pastéis de nata chineses: são da família dos de Belém mas superiores a muitas natas aclamadas.

  • Chinês
  • Martim Moniz

É o chinês mais fora da caixa (dos chineses ocidentais) de Lisboa. Entra-se e temos cadeiras e mesas dispersas e uma vitrina com produto fresco. Escolhe-se o produto, apontando com o dedo – que pode ser beringela roxa, lula, espinafres de água ou peixe tilápia –, e espera-se que o pai (por vezes, também, a mãe) do rapaz que nos atende faça a sua magia no wok, ali ao lado. Não esquecer, para petisco, o entrecosto frito ou a barriga de porco, bem como uma ou duas tigelas de arroz branco (belíssimo) para acamar. 

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  • Chinês
  • Parque das Nações

Este não é um restaurante chinês como os outros – é especialista na sofisticada gastronomia da província de Sichuan, famosa pelo uso de ma la, uma mistura potente de pimentas e especiarias que provocam aquela sensação característica de dormência sem comprometer o sabor dos pratos. Para uma experiência em família, o Pato à Pequim é um clássico, mas se preferir explorar algo diferente, aventure-se no Peixe Assado Picante.

  • Marvila

Diz Alfredo Lacerda que é o restaurante chinês mais fora da caixa de Lisboa (senão, de Chelas) e pode muito bem vir a ser, mais do que um instituto, uma instituição. O nome do restaurante aparece apenas grafado em chinês – 夜宵研究所 –, e isso também diz ao que vem. De acordo com o Google Translate, a tradução directa é Instituto do Lanche Nocturno ou Instituto do Snack Nocturno. A carta é extensa e hermética. Os preços vão desde as espetadinhas a um euro até aos 35 euros pedidos pela sopa de sapo. Ou seja, pode gastar-se pouco ou muito.

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  • Grande Lisboa

"À partida, um restaurante numa cave não é uma coisa boa. Mas se o lugar der ares de clube de universitários chineses em busca de porco de Yuxiang, tripas e espetadas de coração de frango, então uma cave é belo refeitório." A apresentação é feita pelo crítico da Time Out Alfredo Lacerda. Resta dizer que que o Kuwazi é um templo de dim sums. Não só os servem à carta, num prato composto por 15 (fritos) ou 20 (cozidos), como os vendem congelados para levar para casa, em sacos de 100 unidades, com dois recheios: couve-coração com entremeada de porco (15€) ou cebolinho com entremeada de porco (20€).

  • Grande Lisboa

É mais uma descoberta do nosso crítico que não se poupou nas estrelas: cinco. E escreveu Alfredo Lacerda: "O Sabor Oriental veio dar-nos mais opções de verdadeira cozinha chinesa. O meu sonho é que fosse acrescentando mais pratos do dia, mais tesourinhos, e que aquele pote de ferro, que os clientes chineses parecem adorar, em vez de amêijoas vietnamitas tivesse lá dentro amêijoas da Ria Formosa. São, todavia, exigências difíceis de cumprir quando a factura, num jantar a quatro, fica a 15€ por pessoa. Vão lá, vão com respeito, mostrem o vosso amor".

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  • Chinês
  • Alvalade

É, talvez, o chinês mais português da cidade. A dona, filha do fundador, Dihuan Lin, fez cá a escola e responde sem sotaque às questões mais técnicas. Acresce que, em vez do mobiliário de plástico, há madeiras escuras, prateleiras com boas garrafas de vinho e atoalhados de pano – um ambiente confortável e sofisticado mais próximo do bistrô do que da sala-fonte-luminosa-brilhante-fluorescente. De notar, contudo, que a mesa grande redonda, com placa giratória ao centro – uma das grandes invenções gastronómicas que os chineses nos deram – não foi descartada e proporciona bons momentos a famílias alargadas.

  • Chinês
  • Martim Moniz

Do alto da esplanada do restaurante chinês Hua Ta Li vemos a praça do Martim Moniz, mas esta não é a única atracção do restaurante chinês. O espaço é amplo, ideal para refeições com grupos grandes, e a carta inclui todos os clássicos de um restaurante chinês. Não falta o pato à Pequim ou o porco agridoce, tudo a preços convidativos. E nem lhe falámos do karaoke nas salas privadas.

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  • Chinês
  • Lisboa

Foi a primeira montra a sério de dim sum em Lisboa e ainda hoje não desilude. A sala deste restaurante – também conhecido como o “chinês perto da Portugália”, para mais fácil reconhecimento geográfico. O serviço pode não ser o mais acolheador, mas isso não desmerece nem a cozinha nem o menu, um verdadeiro tratado (extenso e ilustrado) de dim sums da zona de Cantão. Os dumplings são bons, mas o resto da comida também é de qualidade, com destaque para a sopa ácida-picante.

  • Chinês
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Este Chuan Yue nasceu no sítio do mítico Dragão d’Ouro, ao lado do Teatro Maria Matos e Alfredo Lacerda (quem mais?) não lhe resistiu. Na ementa, há mais de uma centena de entradas, "extenso poema gastronómico e manual de produtos, técnicas, cultura e geografia agrária". "Confirmei depois que o cozinheiro veio mesmo de Chengdu, uma
das 18 cidades gastronómicas reconhecidas pela Unesco no mundo. A cozinha desta região tem coisas delicadíssimas, nomeadamente uma tradição vegetariana requintada de inspiração budista. Mas os grandes emblemas são pratos como o frango kung pao (com amendoim, pimentos, ceboleto...) ou a carne de porco fatiada cozinhada duas vezes (entremeada finíssima, delicioso). No Chuan Yue pode contar com tudo isto e mais, e é tudo bem feito e genuíno."

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  • Carnide/Colégio Militar

Xinle Zhu abriu este restaurante em Telheiras depois de ter trabalhado e aprendido a técnica no Grande Palácio Hong Kong, em Arroios. A especialidade é, claro, o dim sum, com muitas variedades à escolha, mas também outros pratos típicos da região de Cantão, no sul da China. 

  • Avenida da Liberdade

Um restaurante escondido dentro de um restaurante, uma espécie de speakeasy que não quer ser um segredo. O Frou Frou não é um clube secreto, mas é neles que se inspira. Para aqui chegar, é preciso, primeiro, atravessar a sala principal do JNcQUOI Ásia, quase sempre agitada. Ao fundo, em frente ao bar, uma porta ostentosa, dourada e pesada. Uma vez aberta, o ambiente muda. Há música tradicional chinesa a ser tocada ao vivo, há DJ e a actuação de Miss Frou Frou – é a drag queen a estrela da noite. Nas entradas, começa a destacar-se a tosta de camarão tigre e sésamo (29€), mas são os dumplings fritos de camarão, frango e wasabi (17€) que já estão entre os mais pedidos. Há uma secção de sopas, pratos de peixe e marisco, onde se encontra o rascasso a vapor ao estilo Sichuan (48€), e carnes, com destaque para o pato à Pequim (140€). 

Mais restaurantes do mundo em Lisboa

  • Japonês

A cozinha japonesa apareceu em Lisboa nos anos 1980 mas só na década de 2000 atingiu o seu boom. Nos últimos anos a oferta de restaurantes tem crescido por toda a cidade, em parte por culpa dos buffets de sushi que democratizaram a relação dos portugueses com estas pecinhas de arroz e peixe cru. Nem tudo o que abriu, porém, tem a qualidade de matéria-prima desejada ou mãos que a saibam tratar como merece. E desengane-se se pensa que comida japonesa é só sushi. Na lista que se segue provamos-lhe que há muito mais a descobrir.

  • Italiano

A viagem é longa. Do norte ao sul, de costa a costa, Roma, Nápoles, Milão, Génova, a gastronomia italiana em Lisboa chega de todos os pontos, sem que precise de apanhar aviões para a degustar. E desengane-se quem pensa que Itália é sinónimo apenas de pizza – aliás, propositamente, deixámos as pizzarias de fora (até porque temos aqui essa lista). Pastas, risotos, polentas, ossobucos, lasanhas, tudo tem espaço nas cartas, sem esquecer as burratas, focaccias e os preceitos associados. Nos últimos anos há cada vez mais – e melhores – espaços que nos trazem o melhor da cozinha do país em forma de bota e nós agradecemos. A lista abaixo dá-lhe alguns dos melhores sítios da cidade para treinar o sotaque italiano enquanto gesticula de prazer a cada garfada. 

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