Os melhores sítios para comer e beber em Cedofeita

Bekhruz e Arman são os melhores anfitriões e a dupla mais exótica por estas bandas. O primeiro nasceu no Uzbequistão e o segundo na Arménia e ambos partilhavam do mesmo sonho: ter um espaço de restauração. O desejo concretizou-se em Janeiro de 2023 quando a equipa internacional, da qual também fazem parte, montou o Alto, em plena rua de Cedofeita, um espaço dedicado a servir um brunch como deve ser: saboroso e com uma apresentação cuidada. Com uma carta viajada que espelha influências de todo o mundo, por lá encontra shakshukas, omeletes de camarão e tomate assado, mergulhadas em Singapore Chilli Sauce; tostas de abacate com ovo escalfado, servidas em pão da Ogi by Euskalduna; draniki benedict, umas panquecas de batata servidas com salmão curado na casa, ovos e molho holandês; croissants recheados com ovos mexidos, bacon, cebola caramelizada e molho barbecue e muitas outras coisas que tornam bem melhor os dias.

Encostados às paredes descansam cactos e plantas exóticas; espalhadas pelas mesas de mármore há bonitas revistas especializadas com muitas páginas para ler. Quem atravessa a ombreira da porta do Early, um éden para quem quer refugiar-se do bulício citadino, encontra um espaço desafogado com uma decoração vintage. O serviço é tranquilo, as pessoas falam a média-voz e o café bebe-se calmamente (1€). Um café torrado pela Vernazza, a torrefacção de café artesanal portuense que trabalha com lotes de café verde arábica, vindos de África e da América Latina. Mas antes de provar este café forte e de gosto aveludado, que fecha lindamente uma refeição, experimente pedir a carta. Há papas de arroz e pudins de chia para o pequeno-almoço (ambos a 4,50€), scones e banana bread (entre os 2€ e os 3,50€), e sopas, saladas e sanduíches (a partir de 5€) sempre que lhe der a fome.

Uma cozinha feita com o coração e um café cheio de sabor. Assim é o novo Protest Kitchen, em Cedofeita. Trabalham com a marca Senzu Coffee Roasters, a torrefacção portuense que fica na rua do Rosário, a dez minutos a pé dali, mas também com outras vindas de vários pontos do globo. A acompanhar as boas bebidas de cafetaria (há expressos, cappuccinos, lattes, batch brew ou iced coffee, por exemplo, entre os 2,10€ e os 5€), há a pastelaria artesanal feita por Andrey, onde brilham grossas fatias de banana bread, rolinhos de canela bem entrançados, puffs com creme de arando e buns, ainda mornos, regados com um guloso molho de caramelo e noz (3€). Se a fome pedir mais sustento, também têm muitos e deliciosos pratos para o almoço.  

Apresentam-se como um “bar de vinhos naturais, com uma comida simples, quente e afectiva” e todas as semanas têm quatro vinhos a copo sugeridos (um tinto, um branco, um orange e um clarete, por exemplo), mas há mais de 40 referências que podem ser pedidas à garrafa ou, até, levadas para casa, de produtores nacionais ou estrangeiros. “Temos também vários cocktails e uma carta de vermutes artesanais e de pequenos produtores”, explica Gustavo. Boas sugestões para acompanhar a comida de conforto de Gabriela. O menu é curto mas apetitoso. Sopa cremosa de cogumelos; pão de azeitonas de fermentação natural, acompanhado por hummus picante de feijão frade; bolinhos de bacalhau com queijo que já são um sucesso; panquecas de espinafre enroladas em ragu de alheira; torta de pato com vinho do Porto; moqueca de peixe com arroz de farofa de banana ou pasta casarecce com tomate seco, rúcula, azeitonas e ricota são só alguns dos pratos que por lá pode encontrar. 

Ao almoço servem-se pratos do dia caseirinhos mas o que mais interessa é o que servem a qualquer hora, como as torradas em pão de forma, as miniaturas (os húngaros ocupam o pódio) e os famosos croissants. Como se não bastasse, o atendimento é rápido e competente. Tudo o que se quer, portanto.

Os baos, uns pãezinhos taiwaneses recheados e cozinhados a vapor, são verdadeira comida de conforto. O Gua Bao, com barriga de porco, pickles, amendoins e coentros, é perfeito para curar neuras, ressacas e tornar felizes dias cinzentos e chuvosos. Não acredita? Experimente.

O MANNA Porto, que abriu no final de 2019 em plena Baixa da cidade, é o local ideal para escapar à agitação dos dias. Aqui, tanto pode desfrutar de uma refeição saudável como pôr a leitura em dia na companhia de uma chávena de café de especialidade, fazer uma aula de yoga ou dedicar uns minutos à meditação.

O projecto existe desde 2010 mas só agora tem um espaço físico. A padaria artesanal Masseira fica na zona de Cedofeita e todos os dias há diferentes variedades de pão de fermentação natural à escolha.

Cerveja artesanal é no Catraio, um dos primeiros bares a servi-la na cidade. Se gosta de acompanhar as tendências e experimentar coisas novas, tire umas horas e descubra este mundo com quem percebe da poda. Se preferir, também pode comprar as cervejas e bebê-las em casa.

Panquecas: se sempre que lê esta palavra fica com os sentidos alerta, continue. No Apartamento Café servem-nas, no mínimo, em trio, e com toppings que vão do iogurte grego ao leite condensado. Também há batidos, crepes e, para os mais saudáveis, smoothies e saladas.

Andar às compras tem muito o que se lhe diga e não são raras as vezes em que o apetite desperta enquanto se experimenta um casaco ou se escolhe uma fragrância para o ambientador lá de casa. Com isto em mente, a Eleven Lab, que abriu em 2018 o seu primeiro espaço na Foz, bem junto ao rio, decidiu vir alimentar a Baixa com os seus brunches apetitosos. Ocupa agora uma parte da mezzanine (com terraço e esplanada) da LOT – Labels of Tomorrow, a nova loja da The Feeting Room recheada de marcas independentes, que ocupa um bonito e antigo edifício na rua de José Falcão. Desta feita, pudins de chia com leite vegetal, manteiga de amendoim, puré de açaí e cajus caramelizados (9€) partilham o espaço com os cosméticos para a casa da Next Memory. As panquecas de farinha de centeio com cacau 70%, frutos vermelhos e calda de chocolate (7,50€) convivem em harmonia com as sapatilhas Sanjo. E os ovos Benedict em pão de fermentação lenta, com espinafres, cogumelos, bacon e molho holandês (9€), tampouco se importam de ter como vizinhas marcas de vestuário como a Osklen ou a Rains. Na carta há ainda muitas saladas, bowls e hambúrgueres, bem como pratos para partilhar, onde aparecem, por exemplo, trilogias de tacos. Se quiser ir à confiança, há dois brunches predefinidos. O English Breakfast leva pão de cereais, panqueca, manteiga e compota, bacon, abacate, ovos mexidos, salmão fumado, açaí com granola e frutas (12,50€). Já o Power Breakfast é composto por tortilha mexicana, ovo, bacon, cogumelos, abacate, queijo e espinafres (11€).

Parecem jóias. Perfeitamente alinhados atrás de uma vitrina imaculada, um exército de delicados bombons e quadrados de chocolate dão as boas-vindas a quem entra na Dubon, a chocolataria artesanal e cocktail bar em Cedofeita. Há-os com recheios de whiskey, hortelã-pimenta, ganache de café, cassis (também conhecida como groselha preta), framboesa ou caramelo salgado, entre muitos outros que, todos os dias, resultam da inspiração e criatividade de Keren Barnea, a chef pasteleira e mentora do projecto. Escolhe a dedo os ingredientes com os quais trabalha e o seu chocolate vem todo de França, de diferentes plantações, assim como muitas das frutas desidratadas. Os frutos secos, por sua vez, chegam-lhe de diversos países: as avelãs são de Piemonte, no norte de Itália; os pistáchios tanto podem vir da Sicília como ter origem iraniana; e as amêndoas são espanholas. “Quanto às especiarias e algumas infusões, é a minha mãe que as traz de Israel quando me vem visitar”, sorri a israelita que trocou, em 2020, Telavive pela Invicta.

Foi sentado às mesas de Madrid que Bruno Gouvêa, brasileiro que em 2021 veio viver para o Porto, descobriu o crescente e curioso mundo dos vinhos naturais. Publicitário de formação, decidiu abrir, no início de 2023, o Gito, um bar de vinhos naturais com propostas diferentes das habituais. Pelas mesas e prateleiras tem cerca de 45 referências de vinhos, muitas delas portuguesas, mas não só. Dos vinhos espanhóis aos austríacos, dos franceses aos alemães, tem de tudo um pouco. Para acompanhar, há tábuas de queijos ou enchidos, pão e azeitonas, comprados no Mercado do Bolhão. 

Dona do Boteco Mexicano, junto ao jardim da Cordoaria, e do Cruel, na rua Picaria, Marta Almendra abriu na porta ao lado deste, o Espécie, um restaurante vegetariano, com uma carta pensada pelo chef João Pupo Lameiras que é, nada mais, nada menos, do que uma viagem pelo mundo em cima da mesa — da Ásia à América Latina. A sopa de milho, servida fria ou quente, com óleo de chili, coentros e chalota frita; o pastel de massa tenra com queijo, cebola e pimento; e o KFC - Korean Fried Cauliflower, uma das estrelas da companhia, com couve-flor frita, molho picante coreano, sésamo e ceboleto são bons arranques de refeição. Mas há mais para provar por aqui, dos gulosos cogumelos à Pequim, acompanhados de crepes a vapor, alho francês, pepino, pele de soja crocante e molho hoisin de tâmara, à banana frita com paçoca e gelado de amendoim, regada com caramelo de miso. 

A Presto Pizza, que é o porto seguro de muitos portuenses apaixonados por pizza, tem vários espaços espalhados pela cidade mas o restaurante de Cedofeita, que ganha pontos no Verão por causa da esplanada nas traseiras, é um dos eleitos. Depois da pizza, peça a incrível tarte de brigadeiro.

O Selina Porto e o Lazy Breakfast Club já são vizinhos de longa data - os espaços ficam em lados opostos da mesma rua - e durante os confinamentos, quando ambos se viram obrigados a reduzir serviços, surgiu a ideia de criar uma colaboração. Passado alguns meses de negociação nasceu o Easy, um restaurante que se instalou na unidade hoteleira, que conta com um espaço interior e outro exterior no meio de um jardim. O espaço conta com uma carta extensa cheia de pratos para pequeno-almoço, brunch, petiscos e cocktails.

O primeiro bar vegan da cidade nasceu em Outubro pelas mãos de Natacha Meunier, autora do blog Vegan Purista, e dois sócios. “Decidi arriscar e criar uma coisa um bocadinho diferente com que eu me identificasse”, explica. Conte com comida sem qualquer ingrediente de origem animal, cerveja artesanal e eventos, como concertos, workshops ou conversas.

Se desespera pelo fim-de-semana para ir a um brunch em grande estilo é porque ainda não conhece o Zenith Brunch & Cocktails, que tem brunches todos os dias da semana. Cozinha à vista, algumas mesas comunitárias, um estilo vintage industrial e uma carta onde só há coisas boas: smoothie bowls de frutos vermelhos, cacau, detox e açaí; tapiocas como a de frango e a de manteiga de amendoim; uma carta de ovos onde não faltam os Benedict, servidos sobre uma tosta de pão de água com abacate; e a shakshuka, um prato do Médio Oriente, feito à base de legumes estufados e servido numa travessa para partilhar. Para acompanhar a refeição pode escolher o caminho mais tradicional – leia-se bebidas de café e sumos de fruta – ou fazer olhinhos à lista de cocktails.

Tudo o que se vende nesta famosa padaria é feito diariamente pelos padeiros e pasteleiros da casa. E estamos a falar de pão (o de hambúrguer é especialmente famoso, visto que fornece muitas hamburguerias da cidade), salgados biscoitos e bolos, dos de arroz aos de aniversário.

É um dos cafés mais badalados da Baixa e a principal razão dá pelo nome de panquecas. Há para todos os gostos, com várias coberturas e acompanhamentos. Mas não só: também há sumos, smoothie bowls e um brunch muito fotogénico para encher o Instagram de likes.

Um dos cafés mais famosos de Lisboa chegou ao Porto com uma carta completa e cheia de alternativas para todas as horas. Do pequeno-almoço ao brunch, do almoço aos petiscos de final de tarde, não faltam boas alternativas para os amantes de boa comida. Se gosta de pratos bonitos, este também é o sítio certo.

Bem no centro da cidade está a esplanada do Aduela. Mesmo ao lado de uma oliveira (que dá o nome à rua). É uma das mais concorridas da Baixa e há razões para isso. O sol dá nas horas mais desejadas, entre as 13.00 e as 18.00, ideal para um almoço leve e uma tarde em boa companhia. No que aos snacks diz respeito, o Aduela tem tábuas de queijos e até tostas abertas. 

Pela sua localização, é uma das esplanadas preferidas dos portuenses (e dos turistas) para um copo ao final do dia que, muitas vezes, se prolonga pela noite dentro.

No mais criativo dos BB Gourmet, onde a comida portuguesa continua a ser a estrela, pode provar o menu de degustação de seis pratos ou optar pela carta onde podem entrar pratos como as lulas em molho provençal, o bacalhau no forno com puré de grão e o leitão com risoto de laranja.

Neste restaurante do mesmo dono do BAO's, na porta em frente, celebra-se a gastronomia brasileira de raiz. Por isso, não há churrasco, mas antes uma carta recheada de pratos típicos de várias regiões do Brasil, como a moqueca, a carne de sol e o baião de dois.

Tem um jantar e não sabe o que levar? Passe na Gota a Gota, uma garrafeira e wine-bar em Cedofeita, e escolha um vinho (são todos portugueses) para regar o repasto. Se sair tarde do trabalho e quiser relaxar por lá, também pode: com um copo de vinho e uma tábua de queijos, tudo corre bem.

No VietView, o primeiro restaurante vietnamita da cidade, é possível experimentar alguns dos mais típicos pratos deste país asiático, como o pho, um caldo de carne de vaca com noodles de arroz e especiarias (12€), e bún thịt nướng, uma salada de massa vermicelli com porco ou frango (11€).  As especialidades feitas no wok também entram na lista, assim como as saladas. Prove a de carpaccio de vaca ao estilo vietnamita, temperada com limão, cebola, molho de peixe e hortelã (9€), e a de manga verde com camarão (8€). Ao almoço, o menu com entrada, prato e bebida custa 9€.