Irmão
Arlei Lima
Arlei Lima

As melhores esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica

Nem só de praias se faz a Margem Sul, como provam estes bares e restaurantes na Costa da Caparica onde não é preciso muito para ser feliz.

Cláudia Lima Carvalho
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Há areais e marés para todos os gostos, destinos clássicos e paragens menos óbvias na Costa da Caparica, uma zona que tem vindo a crescer muito nos últimos anos. São 15 quilómetros de costa e muitas praias por onde escolher. Mas e na hora de matar a fome ou beber um copo? Fica perdido, sem saber para onde se virar e como distinguir os bons restaurantes das armadilhas para turistas e veraneantes? Estamos cá para ajudar. Reunimos 16 esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica, dos que o servem mesmo em cima da areia, aos que se afastam ligeiramente das ondas para servir brunches a qualquer hora do dia, peixe fresco, sushi ou até pizzas.

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Os melhores restaurantes na Costa da Caparica

  • Grande Lisboa

Não foi o primeiro clube de praia na Costa da Caparica, muito longe disso, mas foi talvez aquele que criou uma dinâmica que é hoje bem representativa do que é a Costa: um destino boémio e com pinta, que vive para lá do Verão. Há qualquer coisa de Burning Man aqui. A carta, essa, é servida em qualquer lado, a qualquer hora, destacando-se as pizzas – uma escolha à partida inusitada para um restaurante de praia. Nas mesas ou no areal, há sempre pizzas a passar, até dentro de caixas, já que é possível pedir para take-away. São pizzas de fermentação lenta, que podem ter base de tomate ou de queijo. Destaque ainda para o programa nocturno, cuja fama se estende para lá da Caparica. Há concertos e actuações de DJs, festas que fazem furor nas redes, quase sempre ao fim-de-semana. É ficar atento porque este Irmão nunca pára.

  • Grande Lisboa

Mário Ribeiro não é um estranho na Margem Sul. Era ele o chef executivo do Sushic, o japonês que se tornou motivo de romaria em Almada. Dali saiu para abrir o Nómada em Lisboa, mas em 2019 decidiu voltar para o lado de lá do rio e abriu este Honor. O sushi é o de fusão com os melhores produtos, como o peixe vindo de pescadores da zona. Na carta, brilham, por exemplo, o carpaccio de lírio dos Açores (15€), braseado com azeite de alho e molho ponzu trufado; o crocante de atum marinado (17€), feito com lombo de atum marinado em soja, envolvido em massa kataifi; e o tártaro de toro com camarão violeta e caviar (24€). Há makis, gunkans, sashimi e ossomakis que, na dúvida, é deixar que o chef escolha.

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  • Grande Lisboa

Numa vivenda azul, bem distinta da paisagem à sua volta, esconde-se este café com uma bela esplanada, sossegada e protegida. O brunch é o que se destaca na carta, mas o A(mar)ia Café é mais do que isso. É verdade que há um menu fechado (15€) que inclui sumo do dia, uma mini-bowl (há três opções), uma torrada (outras três opções) e uma panqueca, além de café. Há tacos, saladas e tostas, como seria de esperar de um sítio assim. 

  • Grande Lisboa

As pizzas são o grande chamariz, mas a boa onda do espaço é inegável. Assim que abrem portas, na avenida junto à praia, a esplanada compõe-se, mesmo nos dias frios, numa mistura de portugueses e estrangeiros que tão bem caracteriza a Costa da Caparica hoje. A Blitz é, na verdade, o melhor retrato da mudança na zona. Depois de ter começado a fazer pizzas para os amigos e de ter tido uma food truck na Hungria, em Portugal David Liptay foi desafiado a voltar a pôr as mãos na massa. O forno destaca-se, a carta é simples. Há cinco pizzas com base de tomate e quatro com base de queijo. Nas foccacias, mais umas tantas opções. Conforme a inspiração, há sempre uma ou outra novidade.

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  • Grande Lisboa

Depois de quase 20 anos na praia, João Tiago Pinho mudou-se para um bairro residencial. Ele que teve o Jamming, na Praia do Castelo, entre 2004 e 2010, e depois o Lorosae, na Praia de São João, até 2019, tem hoje um restaurante mais pequeno e tranquilo que só encontra quem ali quer ir, num bairro bem pacato. O Dois Oito 25 (código postal da Caparica) abriu em 2021 com uma carta mais tradicional, mas em 2023 evoluiu para uma cozinha de fusão com um casamento entre os pratos portugueses e os asiáticos. São exemplo disso o camarão thai ou o ceviche de corvina (12€) nas entradas. Já nos pratos principais, que também podem ser partilhados, destaca-se agora o nasi goreng de camarão ou o caril verde de frango.

  • Cafés/bares
  • Grande Lisboa

A inspiração para o beach bar de Olivier da Costa veio dos melhores beach clubs internacionais. O apoio de praia tem direito a todas as mordomias, serviço personalizado e uma carta própria. Já no restaurante, tratam-lhe da papinha toda, preparando-lhe o peixe para que não tenha de se preocupar nem com as espinhas. Das entradas como as amêijoas à Bulhão Pato ou o camarão à la guilho ao arroz de choco com carabineiro. O peixe do dia é sempre uma escolha segura.

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  • Grande Lisboa

Pode ser muito concorrido para casamentos, batizados, ou festas de aniversário, mas o Kailua é, sobretudo, um bar de praia que convida a um copo junto ao mar. À mesa chegam pratos de várias partes do mundo, a maioria para partilhar, bowls e pizzas, e a extensa carta de bebidas não fica atrás.  Há de tudo: vinhos, sangria, caipirinhas, mojitos, champanhe e espumante, gin, sumos de fruta, smoothies de gelado, e ainda uma infinidade de cocktails com e sem álcool. 

  • Português
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

Este retiro honesto na Fonte da Telha fica mesmo na praia e está aberto todo o ano. Servem bom peixe fresco – quando lá chegar e disser que é isso que quer comer, chegam-lhe com uma travessa à frente para ver o peixe do dia (vá à confiança, que se não estiver fresco avisam). Há cadelinhas, amêijoas e outros petiscos para começar a refeição com o pôr-do-sol no horizonte. A caldeirada à Pescador ou a massada de tamboril também são apostas seguras. O melhor é reservar porque a casa é muito concorrida.

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  • Grande Lisboa

As cores são as de uma piscina, mas é a praia da Fonte da Telha que fica aos pés. Abriu em Julho do ano passado pelas mãos de Bernardo e Manu, dois franceses a viver em Portugal há mais de cinco anos, ambos ligados à restauração. Há uma longa lista de pratos para partilhar, com tudo o que se espera de um restaurante de praia, das habituais amêijoas à Bulhão Pato às entradas cada vez mais frequentes, como ceviche. Há também petiscos menos frequentes, como arancini de polvo e sriracha. Na cozinha está Márcio Rodrigues, chef que chegou recomendado pelo fornecedor do peixe. Foi de Márcio a ideia de introduzir sushi no menu. Não há combinados, mas diferentes peças que se podem combinar. 

  • Grande Lisboa

O restaurante da Praia da Princesa renasceu em 2016. O chef Miguel Simões de Almeida começou por fazer a consultoria, mas acabou por ficar neste espaço com um deck de cores claras. A carta foca-se muito no peixe grelhado em carvão, mas tem bons pratos para dividir como o arroz de peixe e camarão ou o arroz negro de choco. Há saladas frescas e sumos de fruta natural com propriedades desintoxicantes, além dos habituais petiscos de Verão (salada de polvo, amêijoas à Bulhão Pato...).

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  • Grande Lisboa

Vincent Farges tem uma estrela Michelin no Chiado, mas na Aroeira, na Charneca da Caparica, não quer usar o nome para chamar clientela, até porque a cozinha que aqui se faz, apesar de toda a exigência, está longe da realidade do Epur. A cinco minutos da praia, com uma esplanada tão grande como a sala interior, o La Villa tem ainda um bar com grill, um jardim, uma horta. Dividido entre petiscos para partilhar, entradas, pratos principais e sobremesas, o menu combina pratos tão distintos como um creme de castanhas com faisão e foie gras até uma marmita de peixes com bivalves, molho de vinho branco e combava. Há ainda o hambúrguer La Villa, que também se tem vindo a distinguir. 

  • Frutos do mar
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4

É um dos restaurantes mais conhecidos da Costa da Caparica, muito por causa da devoção de António Ramos, o próprio do Barbas ao SL Benfica. Este ano, com as obras de requalificação da zona chegou a ameaça de despejo, depois de 45 anos na linha do mar por. A Câmara negou a ameaça e o Barbas mantém-se, em plena Praia do CDS. A caldeirada é a especialidade.

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  • Grande Lisboa

Quando tudo à volta começou a mudar, o Casablanca não quis ficar para trás. A cor branca de outrora deu lugar aos tons argilosos, mais em comunhão com a paisagem à volta, numa renovação que mexeu com o espaço todo, até mesmo com a área da praia, que agora ganhou também uma zona mais protegida dos olhares alheios, com camas em que é possível comer. Mantém-se a zona das mesas na areia, um dos ex-libris do sítio, e a sala de grupos, mais afastada da praia. Mas, entre um lado e outro, é visível a mudança. A sala principal, por exemplo, agora é fechada, para que no Inverno o Casablanca se possa manter aberto. A carta foi afinada e reduzida. 

  • Grande Lisboa

Na Praia da Mata, o restaurante com o mesmo nome é uma continuação do areal. É óptimo para beber um copo no fim da praia, como é perfeito em dias mais frios quando se quer apenas sentir a brisa do mar – o rooftop virado para a praia é ideal para isso. Há petiscos como choco frito, bolinhas de alheira e até caracóis no tempo deles, mas também hambúrgueres e saladas para refeições mais rápidas. Acompanhe tudo com um dos cocktails.

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  • Grande Lisboa

Assim que abriu em 2022, na Praia do Pescador, tornou-se numa das paragens obrigatórias desse Verão. Quase dois anos depois, nada mudou. A Casa Reîa continua a ser um bom sítio para se estar, seja para comer ou apenas para beber um copo. A carta é mediterrânica, com uma atenção dada aos ingredientes sazonais e não falta, claro, o peixe. Para a nova época, o restaurante ganhou um irmão na praia, a Cabana. Além de comer e beber, a Casa Reîa aposta forte na programção, de aulas de yoga a festas, animação nunca falta.

  • Grande Lisboa

Esta não é mais uma história de um bar que acaba de abrir. É antes um percalço, chamemos-lhe assim. Sergei e Elena Borisovy viviam em Moscovo, na Rússia, quando a guerra rebentou na Ucrânia. Ela, ucraniana, e ele, russo, não quiseram esperar por um desfecho do conflito e fizeram-se à estrada rumo a Portugal. Apesar de serem os vinhos naturais o grande chamariz, com umas dezenas de referências (18€-79€ a garrafa, 6€-15€ o copo) de vários países, há uma carta de petiscos e pratos simples para acompanhar. Entre as 09.00 e as 16.00, há ainda uma carta de pequeno-almoço e brunch onde se destacam as syrniki, tradicional do pequeno-almoço ucraniano, com iogurte e frutos vermelhos.

Já sabe a Verão

Restaurantes de peixe em Lisboa? A resposta mais imediata talvez aponte para as mesas à beira‑mar (em Cascais há várias), mas também no centro da cidade se come bom peixe fresco, na grelha ou no tacho. Seja em restaurantes em que as bancas se parecem às dos mercados, carregadas de peixes; seja nos mais tradicionais, em que o peixe também faz parte dos pratos do dia. Nestes restaurantes de peixe em Lisboa e nos arredores há boas esplanadas (algumas para comer mesmo com o pé na areia), mas acima de tudo peixe sempre fresco.

  • Coisas para fazer
  • Caminhadas e passeios

Parta à descoberta dos melhores jardins e parques em Sintra, um trabalho que o ajudamos a fazer com todo o gosto. Há verde de todos os tipos: desde o parque no meio da vila aos parques e jardins românticos escondidos nas encostas da serra, obras-primas de arquitectos e paisagistas do século XIX, que foram mantidos e recuperados nos séculos seguintes. Mas também aqui encontra o jardim francês, com as suas sebes de buxo milimetricamente aparadas, ou um mais robusto parque de merendas, se tudo o que precisa é de ouvir passarinhos refastelado à sombra das árvores. Venha a Sintra conhecer três jóias portuguesas da Rede Europeia de Jardins Históricos.

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