Restaurante, JNcQUOI Asia
©Inês FélixJNcQUOI Asia
©Inês Félix

Os restaurantes da Avenida da Liberdade de A a Z

A viagem tem muitas opções e sabores. Eis o roteiro dos restaurantes na Avenida da Liberdade.

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Sim, sabemos a reputação da zona. Afinal, é aqui que fazemos casa, e ela serve-nos de paisagem todos os dias. Sabemos dos índices de circulação automóvel, dos índices de poluição, dos preços por metro quadrado e da quantidade de marcas prestigiadas que fazem a vizinhança. Mas não se assuste: tal como há lojas na Avenida para todos os bolsos, também há restaurantes. Dos mais tradicionais, que seguem os bons costumes portugueses, aos italianos, vegetarianos ou saudáveis. Eis os restaurantes da Avenida da Liberdade (e arredores) onde pode marcar mesa para depois de uma ida às compras, a meio de um dia de trabalho ou para um jantar especial.

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Os melhores restaurantes na Avenida da Liberdade

  • Português
  • Avenida da Liberdade

Não sabemos quantos advogados, bancários, consultores e contabilistas da Avenida da Liberdade levam marmita para o trabalho, mas sabemos que há um lugar que nunca falha quando se quer almoçar bem nas redondezas: a Floresta do Salitre. Às 13.00 já o lugar costuma estar à pinha, com mesas cheias de tailleurs e gravatas à espera das sopas caseiras, peixes na brasa e bitoques. Não deixe de espreitar as sobremesas, que um docinho sabe bem antes de voltar para o escritório.

  • Vietnamita
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 1 de 4

Da rua, passa quase despercebido. Uma porta e uma pequena montra entre muitas portas e montras na Rua de Santa Marta, nas costas da Avenida da Liberdade. Lá dentro, não é muito diferente: um balcão e meia dúzia de mesas num espaço despido que em tempos há-de ter albergado uma pequena tasca. Só o nome, a música e as caras de quem nos recebe denunciam onde estamos: um restaurante vietnamita sem aparato que só quer servir comida autêntica a um preço acessível.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Abriu em 2010 na Barata Salgueiro, numa continuidade do projecto que já existia nas Amoreiras, trocou o nome próprio com o apelido e assim ficou a designação actual: Avenida Sushi Café. Por lá, o Japão é o tema principal e a carta tem opções que vão do tataki de atum ao sushi to sashimi – um combinado de sashimi de vários peixes –, passando também pelo katsudon. 

  • Cervejarias
  • Avenida da Liberdade
  • preço 4 de 4

Foi em 2017 que a Cervejaria Liberdade nasceu no piso térreo do hotel Tivoli, com grandes janelas viradas para a Avenida, focada em oferecer um serviço à antiga com atenção aos detalhes e apostada no marisco fresco português, como as ostras que pode escolher se prefere do Algarve ou de Setúbal. Tem uma vantagem em relação às outras marisqueiras: um menu executivo, apenas disponível ao almoço de segunda a sexta-feira (29,50€) e que inclui entrada e prato principal ou prato principal e sobremesa (mais água, refrigerante e café/chá).

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  • Cervejarias
  • Avenida da Liberdade

É uma das mais antigas cervejarias de Lisboa – celebrou em 2022 os 75 anos de existência. O saber e a exigência mantêm-se para que à mesa chegue sempre o melhor e mais fresco marisco. Em plena Avenida da Liberdade, goza de uma esplanada de luxo, apoiada por um quiosque – dali até pode não conseguir ver os aquários e a montra do marisco, mas não se apoquente porque a carta é exactamente a mesma do restaurante. O que mais sai, dizem-nos, é o camarão tigre (são cerca de 20kg por dia), mas pode sempre pedir que lhe componham a travessa com sapateira, percebes, gamba da costa ou até lagosta ou lavagante. E quer saber o melhor? O marisco é servido até tarde (01.30).

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Depois da pandemia, o É um Restaurante reabriu diferente, mas mais requintado e acolhedor, com uma carta também ela renovada. A missão de reinserção social, essa, mantém-se firme e já com provas dadas: apesar de todas as contrariedades, 50% dos formandos que inauguraram o projecto estão hoje integrados no mercado de trabalho. Apresentado no final de 2019 como restaurante, mas acima de tudo como projecto de reinserção social para pessoas em situação de sem-abrigo, tem o dedo da CRESCER – Associação de Intervenção Comunitária e coordenação dos chefes Nuno Bergonse e David Jesus. Os azulejos coloridos que ocupavam uma parede inteira desapareceram, os tons estão mais escuros e as mesas e as cadeiras são um contraste absoluto das anteriores. A dupla de chefs tem agora um menu com mais petiscos para partilha.

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  • Português
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Fica numa rua meio escondida, perto da Avenida da Liberdade, mas conseguimos garantir-lhe que o desvio vale a pena. O forte aqui é a comida tradicional portuguesa a preços simpáticos e sempre com doses generosas, do cozido à portuguesa aos pratos de bacalhau. O único ponto contra é que a casa enche com facilidade, mas não se preocupe porque o serviço não empata.

  • Grande Lisboa

Depois de ter conquistado o Parque das Nações e as Amoreiras, o Honest Greens chegou à Avenida da Liberdade, mais concretamente ao número 52 da Rua Rodrigues Sampaio, com um menu saudável, sazonal e o mais sustentável possível. Do pequeno-almoço ao jantar, são várias as opções. A cozinha mantém-se aberta a quem chega, tal como todo o serviço funciona de forma igual. É escolher, pedir, sentar e esperar que os pratos coloridos cheguem à mesa.

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  • Princípe Real

Sopas de lentilhas, caris de tofu e ervilhas, seitans tandooris, estufados de cenoura com harissa, esparregados e, para terminar, lasanhas de banana como sobremesa. Estes são apenas alguns dos pratos possíveis no buffet do Jardim dos Sentidos, junto à Avenida da Liberdade. Se quiser uma experiência ainda mais arrojada, reserve um jantar zen. Será recebido com uma massagem, seguida de uma refeição a dois.

  • Indiano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Eis o restaurante ideal para converter descrentes à gastronomia goesa, praticar o culto do xacuti de cabrito ou dar graças pelo cafreal de frango. As chamuças não são de se dispensar: na carta estão as de camarão, com o bicho rijo envolto numa pasta de alho, malagueta, gengibre e coentros frescos; e as mais clássicas de carne. Este Jesus é Goês é bom da primeira à última ceia. 

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  • Avenida da Liberdade
  • preço 4 de 4

Mal abriu, entrou directamente para a lista dos restaurantes mais bonitos da cidade. Mas o esqueleto do velociraptor no meio da sala, os espelhos nas paredes e portas e o belíssimo balcão não são os únicos motivos para ir ao luxuoso restaurante do grupo Amorim. Tão ou mais importante é a cozinha com clássicos italianos, franceses e portugueses. Em 2019, praticamente ao lado, ganhou um irmão mais novo, tão ou mais bonito: o JNcQUOI Asia. O dinossauro deu lugar ao dragão, a decoração respira motivos asiáticos, profundamente embebidos na presença portuguesa pelo Oriente e a cozinha, aberta, faz chegar sabores de todo o continente. Ao todo são quatro espaços distintos: cocktail bar, restaurante, sushi bar e terraço. Na carta, há especialidades das quatro regiões.

  • Italiano
  • Grande Lisboa

No Libertà não vai encontrar pizza ou carbonara. Aqui a ideia é trabalhar com a autêntica comida italiana, sem floreados, mas de maneira pouco convencional. O italiano da região de Bérgamo Silvio Armanni, ex-chef executivo do Octavium, em Hong Kong, com uma estrela Michelin, é quem assume as rédeas na cozinha, aqui sem pretensão a estrelas. Na sua carta, dá muito destaque à massa, fresca e preparada no restaurante, mas também brilham pratos de carne e focaccias. A isto junta-se um menu de almoço que vai sendo alterado regularmente. Para acompanhar, pode optar por um dos cocktails: clássicos italianos ou de assinatura. 

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A cozinha saudável do Local tem vindo a marcar terreno em Lisboa – estrearam-se no Mercado da Vila, em Cascais, e daí vieram à conquista do centro de Lisboa, com o mesmo serviço, sempre muito completo. De manhã servem papas de aveia, panquecas, bruschettas e coconut bowls, para começar bem o dia. Ao almoço e jantar, há muita escolha de pratos de peixe e carne, juntamente com opções vegetarianas e vegan. Há ainda várias opções de poke.

  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A avó não está louca. Na verdade, é quase uma figura mitológica que inspira Matteo, um italiano a viver em Portugal e que de um dia para o outro, em Outubro de 2020, criou a Nonna Goes Crazy. A ideia era entregar massa fresca e pronta em casa e o sucesso foi tal que a ambição já não cabia apenas no Instagram, onde tudo parecia acontecer. A Nonna Goes Crazy é agora um pequeno restaurante, quase escondido, entre a Avenida da Liberdade e o Príncipe Real. Há poucos lugares sentados, mas uma esplanada que se estende à escadaria em frente da porta. Para comer, há sempre quatro pastas, entre elas uma de tomate-cereja, burrata, pistáchio cremoso e crocante, e a inusitada “carbobora” – uma representação da carbonara – com abóbora, panceta crocante, burrata e nozes torradas. Já para terminar, há o tiramisù da Tiramisusi.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
O Cartaxinho
O Cartaxinho

Maria Júlia Cabral não tem mãos a medir em dias de cozido, especialmente porque, da sala, cada um pede à sua maneira – sem orelha, sem couve – "às tantas deixa de ser cozido", diz. Nesta tasca a atirar para o restaurante nas traseiras da Avenida, a travessa vem personalizada, seja ao domingo e à quarta — dias de cozido durante a sua época —, ou nos dias de cabidela, bacalhau à brás e afins. Ao balcão ou na mesa, esta casa de minhotos é uma cantina diária como Lisboa gosta.

  • Vegetariano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

É impossível passar à porta d’Os Tibetanos e não virar a cabeça para a entrada. Seja pelo cheirinho que vem da cozinha e chega cá fora, seja pelas bandeiras coloridas penduradas no exterior. Quem entra dá de caras com um sítio tranquilíssimo e uma ementa 100% vegetariana, ligada à cozinha do mundo, onde convivem os papadams indianos, com os momos nepaleses, isto é, uns pastéis tibetanos recheados de espinafres e queijo, e onde há caris, massas, saladas e até bifes de tofu e seitan, com fama em Lisboa inteira.

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  • Avenida da Liberdade

O Oui Mais Non, que conta com um interior amplo e uma esplanada, nasceu há cerca de um ano, no número 180 da Avenida da Liberdade, onde antes morava a Ladurée. A responsável, Schellyna Bhanji, quis manter a estética francesa, mas dar-lhe um toque inglês, já que além do brunch e de algumas opções para almoço é uma casa de chá. É por essa razão que na decoração do espaço há apontamentos punk a complementarem o estilo parisiense, como um quadro de Maria Antonieta com brincos alargadores nas orelhas.

  • Lisboa

Depois de umas obras que levaram anos, e que até desenterraram 28 esqueletos com dois milénios, o Solar dos Presuntos apresentou-se em 2021 como novo. À primeira vista, ainda do lado de fora, parece que nada mudou – e mesmo sabendo que o restaurante que apregoa ter “alta cozinha de Monção” e que se tornou numa referência de Lisboa está diferente, é impossível imaginar uma transformação tão radical e, ao mesmo tempo, tão subtil. Um investimento de cerca de quatro milhões e meio de euros transformou o Solar dos Presuntos, tornando-o não só maior como mais luminoso e contemporâneo. Ganhou uma esplanada com uma centena de lugares e um mural de Vhils a homenagear Evaristo Cardoso e a mulher, Maria da Graça, o casal que abriu o restaurante em 1974. No meio de tantas mudanças, há três coisas, essenciais, que não mudaram: a carta, as fotografias na parede, e o atendimento familiar.

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  • Avenida da Liberdade

Estar sentado à mesa do Rubro é estar sentado num qualquer restaurante tradicional de Madrid ou Sevilha. Até as madeiras do espaço fazem lembrar o décor do país vizinho. Da cozinha saem ovos rotos com presunto, revueltos de espargos verdes, puntillitas, batatas bravas ou pica-pau de solomillo de buey, que fazem do Rubro o sítio ideal para quem gosta de petiscos. Depois e se lhe sobrar fome, peça um dos nacos de carne maturada de buey, também parte de uma secção da carta para dividir.

  • Avenida da Liberdade

Depois de testado e aprovado em São Paulo – a revista brasileira Veja considera-o um dos melhores e mais badalados restaurantes da cidade –, o Seen instalou-se no nono piso do Tivoli, com uma vista incrível sobre a cidade. O tronco de árvore dentro do bar e as folhas a cobrir o tecto dão as boas-vindas, mas é o balcão de sushi que mais deslumbra, com a parede em frente envidraçada, desimpedindo a vista até ao rio.

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

No Stanislav Café, a segunda vida do extinto restaurante de especialidades russas Stanislav Avenida, há propostas de pequeno-almoço, brunch e lanche para toda a família. Mas além de ovos estrelados e torres de panquecas, há também sopas e pratos do dia como frango à Kiev. Para as crianças, uma zona dedicada, com uma casinha de bonecas, lápis de cor e desenhos para pintar.

  • Japonês
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A marca japonesa de Olivier da Costa deixou a Rua da Escola Politécnica para se instalar no clássico Olivier Avenida. E tudo mudou, do chão ao tecto, ganhando uma decoração oriental e um pequeno jardim interior. A vontade de dar nova vida ao Yakuza já existia e a pandemia só a acelerou, afinal o restaurante estava num espaço arrendado (onde antes funcionou a Rota das Sedas). Há peças decorativas do velho restaurante, como o samurai à entrada, qual porteiro da festa, ou a tela sob o balcão de sushi em madeira e as lâmpadas de papel a iluminar, tenuemente, o espaço. Ao menu, carregado de fusão e outras especialidades de peixe fresco, juntam-se algumas novidades, como o nigiri de toro e caviar ou o de carabineiro, a pata de caranguejo grelhada com molho miso, o lombo de merluza no miso ou mesmo o preguinho yakuza, uma espécie de nigiri, mas aqui com base de pão brioche com cogumelos, lombo de novilho, caviar e trufa. Continuam os tacos e há ainda propostas a sair da grelha japonesa robata, como é o caso das asinhas de frango com flor de lima e sal. 

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  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

Fernando Sá e Thiago Silva abriram o Zenith no Porto em Maio de 2017 com mesas carregadas de comida em pratos instagramáveis e com cocktails a acompanhar – sem menus e com a ideia de mostrar que brunch é mesmo uma refeição, como o almoço e o jantar, e não é um pacote”. A norte foi um sucesso tal que o trouxeram para Lisboa, mesmo colado à Avenida da Liberdade. 

Comer e beber em Lisboa

À beira-rio ou mais para dentro, clássicos de sempre convivem com novidades que dão cada vez mais cor e vida a Alcântara. Tanto há tascas tradicionais a preços acessíveis como um estrela Michelin, restaurantes de diferentes latitudes, espaços pensados para levar a família e restaurantes que à noite viram discotecas. As Docas, agora renovadas, voltam a ter a vida de outros tempos, enquanto a LX Factory continua uma paragem obrigatória. Nestes restaurantes em Alcântara, há opções para todos os gostos e ocasiões.

Se há zona de Lisboa que nunca fica igual é o Cais do Sodré, conhecido pela movida nocturna, mas cheio de vida durante o dia. Há cada vez mais novos projectos a regenerar o bairro, de restaurantes a bares onde também se come bem, há um mudo de opções. Restaurantes de peixe, de carne ou de comida do mundo tornam possível comer de tudo um pouco sem sair do quarteirão.

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