Pastelaria - O Careca
@José Fernandes
@José Fernandes

Os melhores sítios para lanchar em Lisboa

Para ficar a comer e conversar toda a tarde ou sossegado a ler, estes são os melhores sítios para lanchar em Lisboa.

Teresa David
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A meio da manhã ou a meio da tarde, há dias em que o ratinho no estômago precisa de ser consolado com mais do que uma bolacha de água e sal ou um papo-seco sem graça. E depois também há dias em que o que sabe mesmo bem é tirar a tarde para que se possa dedicar à nobre arte do chá das cinco, sem pressas ou correrias. Nestes sítios para lanchar em Lisboa, pode deixar-se ficar, entre um docinho ou um salgadinho. Há novidades e clássicos, sítios luminosos e espaçosos, alguns até com esplanadas bem apetecíveis. Se for caso disso, também são bons sítios para trabalhar descansado.

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Os melhores sítios para lanchar em Lisboa

  • Cafés
  • Avenidas Novas

Não esperamos de um brioche que seja macio, húmido, mas no Croissant da Serra, nas Avenidas Novas, os sentidos confundem-se à medida que o croissant se derrete na boca e o aroma, doce, nos aquece os pulmões. Esta é a segunda loja da marca, que em Maio de 2021 se lançou na Malveira da Serra, com croissants à moda do Porto, com uma calda brilhante. A compor os croissants, recheios para todos os gostos. Os mais requisitados são o tradicional doce de ovos (1,90€), o creme de cacau e avelãs (1,90€), o doce de leite com amêndoas (2,80€), o salmão fumado (3,90€), frango grelhado (sim, aqui não há pastas, 3,70€), pera rocha e canela (3€), e, claro os simples (1,30€). O doce de ovos, o doce de leite e o chocolate negro (2,60€) são produção caseira.  

  • Cais do Sodré

O nome deve-se aos bolos caseiros que compõem o balcão e que todos os dias podem ser diferentes, mas da cozinha deste número 160 da Rua de São Paulo também saem torradas, tostas, panquecas, e até sopas e saladas. A The Cakery é uma pastelaria mimosa e um café para todas as horas. Os bolos são as estrelas da casa, havendo sempre quatro ou cinco à escolha. Para comer aqui, o melhor é pedir à fatia, mas saiba que também pode encomendar um bolo inteiro (e aí a lista é bem maior). O banana bread, por exemplo, há todos os dias, assim como uma opção de bolo de chocolate como o bolo mousse de chocolate com natas e frutos vermelhos. Para lá dos bolos, o menu da Cakery dá para pequeno-almoço, brunch, almoço ou lanche, com opções que ficam bem a qualquer hora, como umas panquenas de nutella e morango, uma tosta de abacate com ovo escalfado, tomate e rúcula, ou um mais robusto bolo do caco com frango de caril e rúcula e chips de vegetais.

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  • Bairro Alto

A SMØR é uma pastelaria artesanal e não faltam os brigadeiros de vários sabores aos brownies, que tanto podem ser simples como levar cobertura de brigadeiro, nido com nutella ou doce de leite, até aos croissants e bolos. E é nos bolos que Thaís Pires, a responsável, é especialista. Para comer à fatia, há bolo do dia e bolo de coco, mas também há a mais-valia de haver sempre bolos maiores para levar para casa (perfeito para safar qualquer data que mereça um bolo que não foi encomendado a tempo). Sendo Thaís brasileira, não podia faltar aqui o famoso e guloso pão de queijo, embora de uma forma diferente do habitual. Em vez de uma pequena bolinha, o pão de queijo da SMØR tem a forma de uma waffle. E há ainda um pequeno menu brunch disponível todos os dias. Por 9€, inclui uma bebida quente, um sumo de laranja, um croissant, ovos mexidos e uma fatia do bolo do dia.

  • Cafés
  • Belém

Haverá croissant açucarado mais famoso do que o d'o Careca? Os croissants de massa folhada vêm quentes e polvilhados de açúcar cristalizado e são, definitivamente, as estrelas da casa. A receita é mantida em segredo há mais de 30 anos e a fama traz até ali visitantes, além de gente do bairro, que usa o espaço para reuniões e ponto de encontro. No Careca também se vê muita gente sair de saco na mão: também ali se faz pão, há salgados e folhados e não faltam opções doces, incluindo miniaturas e biscoitos, que podem comprar-se ao quilo. Os duchesses quase conseguem rivalizar com os croissants.

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  • Pastelarias
  • Sete Rios/Praça de Espanha

É uma loja dedicada ao croquembouche, um doce francês que agora tem casa própria na Estrada de Benfica. Filipa Vitorino, a fundadora da Marie-Thérèse Croquemboucherie, quer que todos caiam de amores por esta receita típica francesa que se traduz em torres compostas por conjuntos de bolos semelhantes aos profiteroles, chamados choux. O país de origem é o mesmo, mas a receita é outra: os croquembouche são assados, e não fritos, não levam fermento e incluem variados recheios feitos com creme de pasteleiro. Na Marie-Thérèse Croquemboucherie encontra sabores como pastel de nata, frutos vermelhos ou merengados, que podem ser comprados avulso. Mas as estrelas da companhia são as típicas torres croquembouche, feitas por encomenda, que podem levar entre 21 a 23 choux na torre mais pequena, 31 a 33 choux na torre média e 55 a 60 choux na torre grande. Nesta loja decorada em tons de pêssego e cor-de-rosa, e bastante instagramável, é também possível comprar éclairs; chouquettes, igualmente feitos com massa choux, mas sem recheio; ou paris–brest doces e salgados, outra sobremesa francesa feita com a mesma massa.

  • Cafés
  • Chiado/Cais do Sodré

O Café Joyeux é um projecto solidário vindo de França, onde já conta com cinco espaços, e chega a Portugal, mais concretamente a São Bento, mesmo em frente à Assembleia, pela Associação VilacomVida. O objectivo? Provar “que é possível empregar estas pessoas e ter um negócio de sucesso”, diz Filipa Pinto Coelho, presidente da IPSS. “Tem sido uma alegria enorme porque percebemos que, de facto, estas pessoas estão preparadas, entusiasmadas, e os clientes também estão a sentir esta alegria e este amor que se vive aqui”, afirma. Aqui, são garantidos o pequeno-almoço, almoço e lanche, com opções típicas de cafetaria, saladas, quiches e também pratos do dia. Também está à venda merchandising do projecto, que acaba por reverter para a missão.

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  • Cafés
  • São Sebastião

Não há dónutes mais famosos em Lisboa do que estes que todos os dias nos deixam a babar nas redes. Foi em Setembro de 2018 que os donos da hamburgueria Ground Burger se aventuraram no mundo dos dónutes frescos e artesanais – a loja com uma pequena esplanada abriria em 2020. Todos os dias, há mais de uma dezena de variedades, sendo a massa de todos brioche, fermentada durante 24 horas. Além dos dónutes americanos, com uma infinidade de sabores, tem café de especialidade e outras bebidas especiais desenvolvidas na casa. 

  • Cafés
  • Cais do Sodré

Não vivemos sem café, mas uma bica às vezes já não nos chega. É com alegria que vemos o café de especialidade ganhar terreno – há cada vez mais espaços em Lisboa para se estar e para se apreciar café. E a Baobá é talvez o melhor exemplo. Abriu há pouco tempo na Rua de São Paulo e deve o nome à Fazenda Baobá, no Brasil, em São Sebastião da Grama, no estado de São Paulo, de onde chegam os grãos verdes. A torra é feita neste espaço em Lisboa e tudo é explicado aos clientes com uma simpatia desarmante. Para acompanhar o café do meio da manhã ou do meio da tarde, há torradas (2,60€) e tostas com o pão da The Millstone Sourdough, de uma simples com presunto (4,50€) a outra com abacate com tomate e rúcula (5,50€) ou tomate e queijo de cabra curado (5,70€). Há ainda pães de queijo (2€) e doces da Oficina Chocolate Branco, como brigadeiros (1,80€) ou bolo de chocolate (4€).

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  • Cafés
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real

A vista para a cozinha da Bread & Friends, no número 8 da Avenida Fontes Pereira de Melo, faz parar quem passa. É que o chef de padaria, Tiago Vaz, entra ao serviço pelas 03.30 (quatro horas antes do horário de abertura, às 07.30) e é possível vê-lo a trabalhar a partir da rua. Lá dentro, a paisagem estende-se, com uma das paredes em vidro. A ideia é tornar o processo totalmente transparente e convidar os clientes a acompanhar a produção, tanto do pão de fermentação longa como da pastelaria de assinatura. O conceito é do grupo Sana, que não se esqueceu do hábito bem português de beber café e apostou também numa máquina de torrefacção, instalada mesmo à entrada do espaço. 

  • Santos

Da Cidade do Cabo para Lisboa, Rachael mudou de vida e concretizou um sonho de adolescência: abrir uma loja de bagels. A Good Boy Bagels abriu portas não só para proporcionar refeições rápidas em plena Avenida 24 de Julho, mas para ser um ponto de encontro de apreciadores desta iguaria, mas também de duas rodas. Isto porque o projeto faz parte da Lisbon Bicycle Kitchen, que reúne no mesmo espaço uma loja e uma oficina de bicicletas, responsabilidade do namorado, Luke. De volta ao menu, as receitas são elaboradas por Rachael, os ingredientes são preparados do zero e os bagels resultam de um processo de fermentação lenta.

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  • Geladarias
  • Princípe Real

Quem disse que gelados não podem ser uma boa opção para lanche? Na Nivà, uma cremeria italiana, o gelado artesanal tem a consistência de uma mousse gelada. Stracciatella e morango são dos sabores mais pedidos, mas a carta é variada e vai mudando conforme a estação. Para além dos gelados, há outras opções igualmente tentadoras. Há expressos com chantilly, chocolate quente, e granitas ou milkshakes. O espaço é pequeno, mas convidativo, com mármores embutidos e um fresco no tecto, bem ao estilo da renascença italiana. À porta, há duas mesas. 

  • Compras
  • Mercearias
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Há quem anseie pelo aniversário para encomendar o famoso e muito guloso bolo de morango e natas do Frutalmeidas. Compreende-se. Mas quem lá passe para lanchar é legítimo que prefira os (igualmente conhecidos) pastéis de massa tenra, uma especialidade da casa a par da tarte de requeijão e da tarte de amêndoas. A acompanhar, prove um dos sumos de fruta natural à disposição. E se de cada vez que lá for levar também um cesto de fruta fresca, melhor.

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  • Cafés
  • Baixa Pombalina

Foi a confeitaria que trouxe o bolo-rei para Portugal, uma receita que se mantém inalterada desde 1875 e continua a ser motivo de romaria por altura do Natal. Nesse ano, já a casa fundada por Balthazar Roiz Castanheiro funcionava há 46 anos e seis gerações passadas continua a cargo da mesma família. Na casa-mãe, localizada na Praça da Figueira, pode bebericar um chá e decidir-se entre algumas das especialidades, como pastéis de nata, duchesses ou enfarinhados (massa de amêndoa envolvida numa boa camada de açúcar em pó).

  • Cafés
  • Chiado/Cais do Sodré

Os grãos de café são colhidos na Etiópia, no Brasil ou na Guatemala, mas viajam até à Dinamarca para serem torrados, antes de chegar ao Príncipe Real. No Copenhagen Coffee Lab bebe-se café artesanal, de saco e filtrado na hora. Também se comem por ali as especialidades típicas da casa-mãe de Copenhaga – o projecto foi trazido para Portugal por três amigas dinamarquesas. Há pão escuro de centeio com sementes e sabor amargo (rye bread) e também o cinnamon bun, adocicado com canela.

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  • Cafés
  • Avenidas Novas

É uma das pastelarias mais bonitas de Lisboa, inaugurada em 1922, com os tectos trabalhados, espelhos em art nouveau e candeeiros de cristal. Desde então, mantém-se como referência também em tudo o que serve, o que torna as vitrinas desta pastelaria numa das mais gulosas da cidade. Na Versailles não lhe falta nada: há pastéis de nata, éclairs, bolos de chocolate e muito, muito mais. 

  • Francês
  • Estrela/Lapa/Santos

A cozinha está à vista e a primeira sensação é olfactiva e chega directamente do forno. Os tabuleiros de croissants são uma tentação assim que se entra na Boulangerie. Os simples, de massa folhada e estaladiça, são uma aposta segura, mas há sempre bons pães da casa, do tradicional às baguetes, pain au chocolat ou cookies, para que nada lhe falte no lanche.

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  • Cafés
  • Chiado/Cais do Sodré

O Pão de Canela está diferente, mas continua o café de bairro de sempre com uma esplanada irresistível sobre o jardim da Praça das Flores. Se do lado de fora tudo parece estar igual, lá dentro mudou tudo, estando o espaço agora mais funcional (finalmente há ligação entre café e restaurante) e moderno. No restaurante, a carta está cheia de novidades, mas do lado da cafetaria mantém-se a oferta generosa de sempre – os scones (1,80€) e os brioches (1,80€) são irrecusáveis, bem como os bolos do dia que dão cor ao balcão. Se é fã de tostas mistas ao lanche, saiba que a do Pão de Canela, feita em pão de aldeia (3,70€), é obrigatória.

  • Cais do Sodré

Este all day café faz jus ao seu conceito – tanto é café para pequenos-almoços e lanches como restaurante e bar.
Para o lanche, sugerimos-lhe o pão de banana com mascarpone de expresso cremoso e amêndoas (4,50€) ou o waffle caseiro com chocolate e nozes (7€), se estiver com vontade de um docinho. Se quiser algo salgado, tem mais por onde escolher, das baguetes francesas com halloumi grelhado (7,50€) aos nachos com cheddar derretido, chili com carne, queijo fresco, salsa e cebola (7€), perfeitos para partilhar, já em registo lanche ajantarado.

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  • Cafés
  • Chiado

O café vienense da Rua Anchieta abriu em 2008 e desde então que é um dos sitios mais gulosos para lanchar. Doces austríacos é coisa que não falta aqui, entre os quais o famoso strudel (4,20€ a fatia). O que também vale muito a pena é a tarte de framboesa e maçã (4,20€ a fatia). Segundo Violeta de Vasconcellos, crítica da Time Out, é "deliciosa!".  

  • Francês
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4

Os éclairs da L'Éclair, a pastelaria francesa de Matthieu Croiger, brilham na vitrine da loja das Avenidas Novas. São coloridos, cremosos e frescos. Todas as estações há novidades, tal qual as colecções de moda de Primavera/Verão e Outono/Inverno. A eles juntam-se outras especialidades francesas, como os macarons. É para ficar e provar vários sem pensar na dieta. 

Lisboa doce

São pequenas bolinhas de felicidade importadas do Brasil, mais especificamente de São Paulo. E não é fácil resistir a este doce que na sua versão mais tradicional é feito à base de leite condensado e chocolate (qual bomba calórica) e com uma preparação relativamente rápida e fácil de reproduzir em casa. Entretanto já há brigadeiros de todos os sabores, do amendoim ao morango, caramelo, caju, limão. Há até uns com nacionalidade luso-portuguesa que mantêm a base de leite condensando mas sabem a arroz doce, pastel de nata ou baba de camelo. Prove os brigadeiros destes oito sítios.

Doces ou salgados, folhados, tipo brioche ou até uma mistura dos dois. Simples, com recheios clássicos ou opções mais arriscadas. Não param de abrir croissanterias em Lisboa, e nós agradecemos. Fazemos-lhe um roteiro para saborear croissants a qualquer hora do dia. Sabem bem ao pequeno-almoço, também ao lanche, mas também podem bem ser opção ao almoço, acompanhados de um sumo do dia. À procura de um bom croissant? Veio ao sítio certo. Há queijo e fiambre, doce de ovos, oreo, nutella, salmão, presunto e até caramelo salgado. Nestas croissanterias, só a gula é o limite. 

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