Geographia
©Manuel MansoGeographia
©Manuel Manso

Dezasseis restaurantes em Santos onde vale a pena reservar mesa

Há tacos picantes, ostras, hambúrgueres e muito mais. Estes são os restaurantes em Santos que tem de conhecer.

Publicidade

A grande quantidade e variedade de restaurantes que rodeiam o jardim de Santos (e não só) deixam bem claro que a zona é mais do que noite e copos. Além dos restaurantes de sempre, uma escolha segura para quem lá passa, há uma série de novidades para conhecer. Algumas vindas do Brasil, outras do Japão, umas que pendem para o gourmet, enquanto outras apostam na comida de rua. O importante mesmo é confortar o estômago — quer decida ir dar um pezinho de dança depois ou não. Eis 16 restaurantes em Santos que podem interessar.

Recomendado: 21 restaurantes em Alcântara para comer a qualquer hora

Os restaurantes em Santos que tem de conhecer

  • Estrela/Lapa/Santos

O nome – Quiçá – sugere uma dúvida, mas Alessandra Azanha e Frederico Frank não têm qualquer hesitação por saberem perfeitamente o que estão a fazer. No restaurante que abriram na Avenida 24 de Julho, no lugar do antigo Umami, procuram trazer para a mesa o Brasil que não conhecemos tanto por cá. “O mais autêntico”, diz Frederico, ou Fred como também é conhecido. Com um passado muito ligado à cozinha francesa, tendo trabalhado no Brasil com chefs muito badalados por lá como Emmanuel Bassoleil ou Claude Troisgros, o chef Frederico tem a teoria e a técnica toda. A ideia aqui é ter pratos de diferentes regiões, sempre com a preocupação de se manterem fiéis ao original e uma atenção máxima à qualidade da matéria-prima. Mas que pratos são esses afinal? O baião de dois (23€), um prato típico do Ceará de feijão com arroz com queijo coalho, carne seca e quibebe de abóbora. Nos pratos principais, destacam-se ainda o bobó de camarão com acaçá de leite de coco (23,50€/uma pessoa, 42,50€/duas pessoas), a moqueca de peixe com pirão e farofa de azeite de dendê (21€/uma pessoa, 39,50€/duas pessoas), ou o entrecôte angus no forno a carvão com mandioca, batata doce e mandioquinha (28,50€). Aos almoços, nos dias de semana, há um menu executivo que complementa a volta ao Brasil. Para beber, há caipirinhas feitas com cachaça artesanal ou uma cerveja da casa, também artesanal. 

  • Japonês
  • Santos

É sabida a devoção de São Paulo aos restaurantes japoneses. A história é longa e já soma mais de um século de relações entre os dois países. Hoje, o Brasil tem a maior comunidade japonesa fora do Japão e o resultado disso apresenta-se de várias formas e sabores, se a conversa for gastronomia. O by Koji é disso exemplo. Abriu há quase uma década no Estádio do Morumbi e rapidamente se foi fazendo notar. A marca chegou a Lisboa pelas mãos de Koji Yokomizo, o chef que lhe dá nome, e de Michel Weber, que depois de viver em São Paulo não quis passar sem esta cozinha em Lisboa. Atrás do balcão, está Shinya Koike, o chef que estava desde 2018 no Bonsai, um clássico da cidade. De um lado ficam as mesas, do outro um grande balcão com vista para a cozinha, separada entre a zona de quentes e frios. Apesar de existirem pratos quentes na carta, é para o sushi que se viram todas as atenções. Não há fogo de vista nem fusão que se sobreponha ao sabor do peixe, que em grande parte vem dos Açores.

Publicidade
  • Vegetariano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 2 de 4

As arcadas antigas, em pedra, estão intactas, o espaço está luminoso, com paredes brancas, e muitas plantas naturais a dar o verde que também se vê, depois, nos pratos. João começou a idealizar este restaurante, de cozinha vegetariana de autor, quando voltou de Bali, onde trabalhou no Fivelements, um resort com um restaurante de renome no mundo do vegetarianismo. O menu do Arkhe é baseado nas estações do ano – a cada três meses muda totalmente, mas de mês a mês vai havendo novidades – e é muito pequeno, com umas quatro entradas, três pratos principais, duas a três sobremesas, e há um menu de degustação a rondar os 35€ por pessoa, que é a melhor maneira de conhecer o trabalho do chef. Tem uma entrada, um prato principal e uma sobremesa.

  • Compras
  • Mercearias finas
  • Santos

Antes de abrir a Comida Independente, Rita Santos andou a viajar pelo país, a conhecer produtores, os seus métodos e os seus produtos, a saltar de um queijeiro para um produtor de azeite e deste para o criador de gado de cada zona. A sua mercearia em Santos, que é também bar de vinhos, já dispensa apresentações e é um verdadeiro palco para produtores de Portugal inteiro, com legumes e frutos frescos, garrafeira, chás, enchidos, pão e um sem fim de outros produtos nacionais. Além da loja, que tem também petiscos bem gulosos, organizam todos os sábados o Mercado de Produtores na Praça de São Paulo.

Publicidade
  • Asiático contemporâneo
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 3 de 4

Cá fora, a empena do edifício está forrada com a imagem gigante de um homem a esticar a boca com os próprios dedos, Jorge Molder pelo fotógrafo Jorge Molder. Lá dentro, no último andar do LACS, encontra-se um restaurante inspirado na Ásia, sem ser um asiático tradicional. Não há a pretensão de ter pratos de todos os países da Ásia, mas antes um “apanhado geral” fruto de um estudo das gastronomias de cada zona.

  • Orgânico
  • Santos

A cozinha saudável do Local tem vindo a marcar terreno em Lisboa – estrearam-se no Mercado da Vila, em Cascais, e daí vieram à conquista do centro de Lisboa, com o mesmo serviço, sempre muito completo. De manhã servem papas de aveia, panquecas, bruschettas e coconut bowls, para começar bem o dia. Ao almoço e jantar, há muita escolha de pratos de peixe e carne, juntamente com opções vegetarianas e vegan. Há ainda várias opções de poke. Em Santos, a esplanada é uma mais-valia. 

Publicidade
  • Cafés
  • Santos
  • preço 2 de 4

O Heim Café, ali na fronteira de Santos com a Madragoa, veio dar vida (e um brunch) a um bairro até então precisava de alguma movida diurna. O sítio tornou-se tão popular que esperar na fila aos fins-de-semana é inevitável. Não desista, porque não sairá desiludido com as waffles, as omeletes, as saladas e os sumos. Aposte naqueles idílicos três assentos virados para a janela se não se importa de estar na montra.

  • Americano
  • Santos

Esta não é uma casa de ilegalidades, mas de comida sul-americana e carnes grelhadas que lembram os Estados Unidos. A estrela do Contrabando são as carnes fumadas. O dono do restaurante investiu num smoker para não fazer barbecues como os outros, mas com um aroma a madeira que é queimada enquanto a carne apanha aquele fumo. Os pianos (as ribs americanas) são depois grelhados e cobertos com molhos como o BBQ, o honey chipotle, onde há tanto de mel como de picante, ou o blazing habanero de malaguetas verdes mexicanas. Há ainda tacos mexicanos de tempura de peixe ou ceviches e um bar de cocktails.

Publicidade
  • Estrela/Lapa/Santos

Fica mesmo ao lado do Museu de Arte Antiga e do seu jardim e tem uma vista privilegiada para o Tejo, a ponte e o Cristo Rei. A esplanada envidraçada convida a petiscos e refrescos quer no Inverno quer no Verão. A carta de bebidas e petiscos vai mudando consoante a época, mas convida sempre a ficar.

  • Mexicano
  • Santos

Não tenha medo de dizer em voz alta o nome deste restaurante mexicano de Lisboa: El Cabrón. Em bom português pode ser ofensivo mas em espanhol não é. Os fortes da ementa são os tacos e os burritos, mas há também ceviches, tostadas (com a tortilha frita) ou um levanta muertos, uma sopa fria com polvo, camarão, caldo de marisco, cebola roxa e coentros. O bar fica à entrada e tem uma carta extensa de cocktails de autor.

Publicidade
  • Português
  • Santos
  • preço 2 de 4

A casa-mãe em Vila Nova de Famalicão, aberta há quase duas décadas, compete com os mais conhecidos restaurantes do Porto. Só isso já é um bom cartão de visita para os dois restaurantes de Lisboa (em Odivelas e em Santos). As salsichas e a linguiça vêm lá de cima e o sabor não engana. A clássica é a Portuense, claro, também chamada de “berdadeira”, assim mesmo com b e com tudo a que tem direito. Se for adepto de picante, arrisque tudo na Dragon Red, dizem eles que “até deitas lume dos olhos”.

  • Grelhados
  • Santos
COW Beef & Cocktails
COW Beef & Cocktails

O COW, do mesmo dono do El Cabrón, é um restaurante especializado em carnes. Tem por isso diversos cortes: lombo black angus, picanha nobre, entrecôte ou fraldinha maturada. Mediante disponibilidade há chuleton (um senhor naco com 800 gramas), vazia rubia galega, vazia wagyu, t-bone ou um tomahawk de cerca de 1kg. Os acompanhamentos são todos à parte. Há uma boa carta de cocktails, a fazer jus ao nome do restaurante.

Publicidade
  • Mercearias finas
  • Chiado/Cais do Sodré

É metade cafetaria, metade mercearia, mas tudo biológica. Na parte da mercearia há uma boa dose de produtos portugueses. O maior fornecedor de produtos frescos é a Horta do Adão, uma horta de Loures, mas também tem muitas coisas da Biofrade. Há prateleiras repletas de granolas, como a da portuguesa Eattitude, que servem aos pequenos-almoços na parte da cafetaria, em taças de açaí ou em iogurtes; produtos da Iswari ou da Origens bio; barrinhas energéticas da Roobar ou da Raw Bite; uma garrafeira completamente biológica e portuguesa com Hummus, Vale da Capucha ou Casa de Mouraz, cerveja Vadia orgânica, mel artesanal da Meirinho ou enchidos espanhóis da Ecoriera. Na cafetaria há vários pratos de ovos e saladas, entre outros pratos fixos. 

  • Santos

Da Cidade do Cabo para Lisboa, Rachael mudou de vida e concretizou um sonho de adolescência: abrir uma loja de bagels. A Good Boy Bagels abriu portas não só para proporcionar refeições rápidas em plena Avenida 24 de Julho, mas para ser um ponto de encontro de apreciadores desta iguaria, mas também de duas rodas. Isto porque o projeto faz parte da Lisbon Bicycle Kitchen, que reúne no mesmo espaço uma loja e uma oficina de bicicletas, responsabilidade do namorado, Luke. De volta ao menu, as receitas são elaboradas pela por Rachael, os ingredientes são preparados do zero e os bagels resultam de um processo de fermentação lenta.

Publicidade
  • Português
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 2 de 4

A frescura do peixe que leva para a mesa é certa e agraciada por toda a clientela habitual – e pelos novos clientes, que se rendem facilmente – deste restaurante típico junto ao rio. Continua a só servir almoços, mas fá-lo bem e sempre com uma extensa e quase imbatível carta de peixes e moluscos que desfilam para a grelha com a maior das pintas. Além da vista para o Tejo, há peixe-espada, chocos, douradas, pampos ou ovas grelhadas, tudo servido nas tradicionais travessas de inox.

  • Fusão
  • Estrela/Lapa/Santos
  • preço 2 de 4

O restaurante apresenta-se como tendo uma carta com comida que fala português cruzando as cozinhas de territórios de língua portuguesa na mesma mesa, do Brasil a Goa, passando por Angola, Timor, Macau ou Moçambique, de um caril de camarão à goesa a um bacalhau Geographia.

Os melhores restaurantes por zona

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Depois de tanto tempo adormecida por causa da pandemia, a zona voltou à vida de antigamente. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real. Há muito por descobrir e provar.

Se há zona de Lisboa que nunca fica igual é o Cais do Sodré, conhecido pela movida nocturna, mas cheio de vida durante o dia. Há cada vez mais novos projectos a regenerar o bairro, de restaurantes a bares onde também se come bem, há um mudo de opções. Restaurantes de peixe, de carne ou de comida do mundo tornam possível comer de tudo um pouco sem sair do quarteirão. Não sabe onde reservar mesa? Comece por aqui e durante os próximos tempos não tem de se preocupar.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade