“Sustentabilidade é uma palavra muito pesada. Sustentabilidade do quê? Financeira? Temos tendência a associá-la ao ambiente mas eu tenho de fazer a gestão de uma série de sustentabilidades. Mas gosto de dizer que sou ambientalmente consciente”, diz João Sá, que tem o SÁLA, na Rua dos Bacalhoeiros. É responsável por uma cozinha em permanente mudança, sazonal mas sem recurso a carta de Primavera-Verão ou de Outono-Inverno – afinal, existem microestações – feita com aquilo que os produtores vão entregando, com os legumes em maioria, um q.b. de peixe e poucas carnes. O chef já cortou no uso de papel e pediu um orçamento para uma máquina que faz a gestão dos resíduos orgânicos, que virá da China. Na carta do SÁLA, os pratos têm identificados apenas os seus dois, três ingredientes de base, sem divisão entre entradas e pratos principais e desde a abertura já houve uma série de mudanças. Em Maio vão ter uma semana dedicada ao capão, que há-de vir de Freamunde.
Sazonal, biológico, sustentável, saudável. Os quatro conceitos andam de mãos dadas quando falamos de comida feita com produtos frescos. Há restaurantes em Lisboa que andam a tentar ser mais amigos do ambiente, ainda que não seja fácil dizer sem amarras e assumir-se como restaurante sustentável — o chef João Sá, do restaurante SÁLA, alerta que nenhum "restaurante num grande centro urbano é sustentável a nível ambiental", porque há "consumo eléctrico, água, gás", uma série de elementos impossíveis de controlar. Ainda assim, há práticas para minimizar o impacto brutal e estes restaurantes estão a tentar contornar estes gastos. Porque comer bem também é sustentável, marque mesa num destes restaurantes.
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