Karater
Barbara Bhering
Barbara Bhering

20 restaurantes no Bairro Alto para qualquer ocasião

Nas ruas mais boémias da cidade também se come bem. Eis 20 restaurantes no Bairro Alto.

Cláudia Lima Carvalho
Publicidade

À primeira vista, o que não faltam são restaurantes no Bairro Alto, grande parte com mesas concorridas e cheias de vida. Um olhar mais atento – e crítico até –, revela, porém, que muitos não passam de armadilhas para turista. Ora têm sardinhas o ano inteiro, ora enchem o menu de paellas. Mas é possível ser feliz à mesa no Bairro Alto. Nas ruas mais boémias da cidade há mais do isso e bares com promoções a mojitos gigantes ou ofertas de shots. O bairro tem vindo a revitalizar-se e há restaurantes a dar-lhe novo fôlego. Da cozinha de autor de chefs como Ljubomir Stanisic, André Lança Cordeiro, Kiko Martins ou mais recentemente Guram Baghdoshvili, aos restaurantes tradicionais de boa comida portuguesa, mais as muitas paragens pelo mundo, é possível comer bem nestes 20 restaurantes no Bairro Alto

Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

Os melhores restaurantes no Bairro Alto

  • Bairro Alto
  • Recomendado

Depois de 20 anos a viver em Portugal, Guram Baghdoshvili voltou para a Geórgia, onde abriu restaurantes e ganhou mediatismo. Agora, o chef regressou a Portugal e abriu um restaurante cheio de carácter, onde a comida georgiana leva um twist português, sempre com atenção ao produto e cuidado na cozinha. O espaço era uma antiga leitaria, fechada há 30 anos. Na carta, Guram destaca, por exemplo, a beringela, tão pouco explorada por cá. O guloso khachapuri (12€), que à primeira vista podem fazer lembrar uma pizza, em que a massa de pão tem a forma de um barco e é coberta com uma mistura de queijos, manteiga e um ovo cru por cima, também não foi deixado de fora.

  • Bairro Alto

O 100 Maneiras (re)abriu em 2019, ao lado da primeira casa do restaurante, no Bairro Alto. O ambiente é escuro, nas casas de banho ouvem-se discursos de ditadores, e tudo isso corresponde ao que se esperaria de Ljubomir Stanisic. Um ano depois de fazer renascer o restaurante, chegou a estrela, perdida recentemente. O objectivo é contar histórias através dos três menus de degustação disponíveis. O primeiro, de seu nome História (170€), leva-nos às origens do chef. São 17 momentos, numa viagem física, mas sobretudo emocional. Se preferir narrativas mais curtas, fique-se por O Conto (140€), uma versão condensada do primeiro menu, explicada em 11 momentos.

Publicidade
  • Bairro Alto

Quando se fala de cozinha francesa em Portugal é o nome de André Lança Cordeiro que mais vezes surge mencionado, embora não se possa dizer que o Essencial seja um restaurante francês. Inspirado pelos seus anos em França, o que o chef faz no Bairro Alto é uma cozinha exímia onde se cruzam ingredientes essencialmente portugueses com a técnica francesa, o que pode resultar em pratos como o vol-au-vent de lavagante e moleja ou o pithivier de novilho e trufa. São dois os menus, o mais simples (50€) onde o cliente escolhe entrada, prato e sobremesa, e o de degustação (85€). A carta de vinhos é rara, com um olhar igualmente atento, mão de Daniel Rocha e Silva.

  • Italiano
  • Bairro Alto
  • Recomendado

Maria Paolo Porru, a italiana responsável pelo Casanova à beira-Tejo e o restaurante de pizza à fatia Pizza a Pezzi, abriu o Casanostra em pleno Bairro Alto há mais de 30 anos. A clientela do mundo da política e das artes ajudou a torná-lo num ícone, muito graças ao seu ambiente intimista, mas no final de contas é a vera cucina italiana que se serve aqui que merece todos os títulos. 

Publicidade
  • Brasileiro
  • Bairro Alto
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Numa cidade com tantos brasileiros, não há assim tantos restaurantes do Brasil. O Acarajé da Carol foi uma pedrada no charco de um Bairro Alto adormecido e, desde logo, prosperou: entretanto abriu outra casa na Rua de São José. Entre os pratos mais famosos está, claro, o acarajé à moda da Bahia, um pastel com camarão seco e feijão fradinho, frito em azeite de dendê e que deve ser ensopado no molho picante de malagueta, a famosa pimentinha brasileira. 

  • Bairro Alto
  • Recomendado
Sea Me
Sea Me

É uma peixaria moderna, mas já um clássico da cidade. Ao fundo, perto das mesas, fica a montra de peixe fresco, de apanha diária – e dali, pode ir para a grelha ou para peças de sushi. Se não quiser escolher, entregue-se nas mãos de quem sabe e descubra o peixe à sua medida em nove momentos. Para um almoço mais rápido, vá até ao Sea Me at the Market, no Time Out Market, onde também há peixe fresco na grelha. Na porta ao lado, fica o Sea Me Next Door, ideal para uma refeição mais rápida.

Publicidade
  • Bairro Alto

Servem comida tradicional portuguesa, incluindo grelhados e pratos de tacho, com preços ligeiramente acima dos da típica tasca (a própria decoração é mais cuidada), mas com boa qualidade e com doses grandes, perfeitas para partilhar. Comece com uma trilogia de entradinhas típicas, com misto de enchidos, salada de polvo e pataniscas de bacalhau, enquanto se decide ora pelo bacalhau assado à lagareiro, com batatas a murro e azeite quente aromatizado com coentros, ou a carne de porco à alentejana.

  • Italiano
  • Grande Lisboa
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

Fica no Bairro Alto e o forte são as pizzas – biológicas. O pizzaiolo é António Menghi, um italiano da região da Apúlia, que trata das massas que ficam umas 48 horas, no mínimo, numa câmara de fermentação e são feitas com grão europeu, importado de Itália. Além das pizzas na carta, há sempre uma ou duas do dia (em destaque na ardósia em cima do balcão), tal como uma pasta do dia. Deixe espaço para a sobremesa, do guloso tiramisú ao bolo de chocolate, é tudo bom.

Publicidade
  • Bairro Alto

À primeira vista, poder-se-ia dizer que estamos perante um bar de vinhos, com pinta e onde é possível também comer alguma coisa, mas a carta denuncia. É mais do que isso. Não há pratos batidos, nem vinhos escolhidos ao acaso. Não abriram à procura de um público fácil, apesar de estarem num dos mais movimentados bairros de Lisboa. O objectivo é servir e agradar a quem gosta de comer bem. O foco está no produto, seja nos pratos de partilha, seja nos vinhos naturais.

  • Mediterrâneo
  • Bairro Alto
  • Recomendado

É o nome de uma pequena aldeia a norte de Telavive e também de um restaurante israelita no Bairro Alto. É uma cozinha mediterrânea que junta influências do Norte de África, Médio Oriente e Sul da Europa, mas que não se esgota no hummus. Têm, por exemplo, uma secção da carta dedicada à shakshuka (o típico prato comido pelos israelitas de manhã), têm uma série de pitas, pão caseiro feito em forno de lenha e vários petiscos.

Publicidade
  • Grande Lisboa

É uma das tascas no Bairro Alto onde a comida não falha, especialmente a da grelha. O serviço pode ser demorado e o espaço muito barulhento, mas o que chega ao prato é caseiro e bem feito, sendo o frango assado um dos grandes destaques. Tem outros pratos portugueses e sugestões mais em conta para todos os dias. 

  • Bairro Alto

O enorme aglomerado de luzes suspensas chamará à atenção só por si, de noite ou de dia (sim, são assim tão luminosas), mas há muito mais a saber sobre este restaurante no Bairro Alto. Este número 57 recebeu durante três décadas um vaivém de políticos, intelectuais e figuras das várias artes – foi a casa do restaurante Pap’Açorda, que em 2016 se mudou para o Time Out Market. Agora é casa da Cultura do Hambúrguer, um negócio que começou em 2014 na Rua das Salgadeiras, também no Bairro Alto. Os hambúrgueres são, claro, a estrela do menu, simples e eficaz.

Publicidade
  • Bairro Alto

Seja a que hora for, o Trevo está cheio e arranjar um espacinho ao balcão pode ser um desafio. Tão certo como estar (quase) toda a gente a comer a bela da bifana, que até Anthony Bourdain conquistou. A frigideira está sempre ao lume, à vista de todos, com uma gordura controlada e saborosa. Também há pratos do dia a preços modestos. Além disso, o Trevo tem umas das melhores canjas da cidade, disponível todos os dias.

  • Pizza
  • Bairro Alto

O Esperança é boa mesa para quem quer comer fora de horas para os lados do Bairro Alto. É o irmão do Esperança da Sé, com uma esplanada colada ao muro da Sé, e para quem gosta de pizzas fechadas, há quatro calzones a compor a ementa. Para sobremesa têm garantido gelado artesanal italiano da Nannarella.

Publicidade
  • Chiado/Cais do Sodré
  • Recomendado

As filas à porta tornaram-se uma constante, ali no limite entre o Bairro Alto e o Príncipe Real onde o El Cladestino chegou a dar que falar. O restaurante mexicano fechou, mas em 2021 abriu este Leonetta, uma espécie de gastroteca italiana com massa fresca feita à mão todos os dias. O menu é feito de clássicos e uma carta de vinhos maioritariamente biológica, com propostas portuguesas e italianas. A decoração também tem sido uma das razões por que as pessoas ali gostam de parar. Na falta de mesa, pode sempre espreitar o Rosamar, mesmo ao lado, dos mesmos donos, o grupo belga Vida Plena, que têm na carteira outros restaurantes deste segmento (Farés, Dallas, Javá, etc.).

  • Bairro Alto

Restaurantes tradicionais no Bairro Alto há muitos. Como este é que não – não será por acaso que o Alfaia se aguenta há mais de 140 anos. Pratos simples, bem feitos e cozinha constante. Do bacalhau à alheira, é tudo bom e bem servido. Foi aqui, depois de um penoso confinamento, que António Costa e Eduardo Ferro Rodrigues escolheram almoçar para marcar a reabertura da restauração. 

Publicidade
  • Bairro Alto

Se há coisa que podemos esperar de Kiko Martins são ideias fora da caixa. Arrojado, mas fiel à sua filosofia de viajante do mundo, o que o chef Kiko faz neste La Dos Manos é juntar as cozinhas do México e do Japão, numa simbiose que respeita os clássicos mexicanos, mas que lhe acrescenta apontamentos e técnicas japonesas. O trabalho feito mereceu já uma menção do Guia Michelin que recomendou o restaurante. O espaço, bonito e com um ambiente descontraído, é ornamentado com cactos, mas também barris onde antes se transportava o saké, e nas paredes de azulejo azul sobressaem as figuras da pintora mexicana Frida Kahlo e de uma gueixa japonesa.

  • Bairro Alto
  • Recomendado

Nasceu no lugar do antigo Calcutá e é a Goa que o chef Hugo Brito, responsável aqui pela carta, foi buscar o receituário, acrescentando-lhe o seu toque, sem grandes fundamentalismos. No Laranja Tigre, a cozinha é goesa, mas nem por isso tradicional. É contemporânea, de autor qb. Veja-se o exemplo da chamuça de frango assado. Nas entradas, destacam-se ainda as pakoras de camarão e Bulhão Pato ou os baji-puri de batata-doce de Aljezur. Já nos pratos principais, são muitas as opções, todas elas também perfeitas para partilha, do xec xec de caranguejo de casca mole ao caril de camarão tigre. O pica-pau de novilho açoriano à Cafreal e o vindalho de cachaço de porco ibério saem da caixa e já fazem sucesso.

Publicidade
  • Mexicano
  • Bairro Alto

Depois do sucesso na Linha, em São Pedro do Estoril, o Paco Bigotes instalou-se também em Lisboa, com um restaurante em tudo parecido à casa-mãe. Fica em pleno Bairro Alto, a dois passos do Chiado. Está disfarçado, mas nem por isso escondido. O menu, esse, é exactamente o mesmo, das tostadas aos tacos que tanto têm fidelizado clientes. Em cima, fica o bar; em baixo as mesas. À falta de lugar, é sempre possível esperar confortavelmente enquanto bebe uma margarita.

  • Chiado
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Depois de algumas mudanças e das saídas, em tempos diferentes, dos chefs que lhe deram vida – Nuno Mendes e Bruno Rocha, o BAHR segue com novidades, agora com Fábio Pereira, vindo do Ritz, na chefia da cozinha. Com respeito ao passado, mas dando já alguns passos em frente, na carta, não faltam pratos novos, seja ao almoço, onde há um menu executivo com pratos mais de cariz tradicional, seja ao jantar, onde o chef dá asas à criatividade com aquilo que os pequenos produtores (e a sazonalidade) lhe trazem.

Os melhores restaurantes por bairro

O Príncipe Real é o bairro com as lojas mais alternativas, as noites mais coloridas e os restaurantes do momento – muitos deles de janelões abertos para a rua a convidar a um copo antes de entrar. Também há clássicos que resistem à gentrificação. A oferta é variada e não desilude. Asiáticos, italianos, cozinhas de autor: abram alas para a corte de restaurantes do Príncipe Real. Há muito por descobrir e provar. Vá por nós e coma como um abade. Perdão, como a nobreza que merece ser. Não se esqueça é de reservar mesa porque a zona tem andado muito concorrida.

  • Português

Apesar de todas as transformações na zona, Benfica continua a ser um bairro tradicional, onde é possível conhecer e tratar os vizinhos pelo nome. Há restaurantes que resistem há décadas e se tornaram destino por si. Mas também há novidades do mundo e propostas contemporâneas. Nestes restaurantes em Benfica, há acima de tudo lugar para toda a família, mesmo para quem não mora no bairro. Pizza, marisco, peixe ou carne? Não procure mais. O que não pode é esquecer-se de reservar porque há restaurantes onde é sempre difícil ter mesa. Bom apetite!

Publicidade

Há poucos bairros com a diversidade gastronómica de Alvalade. São muitos os restaurantes do mundo, da Itália ao Japão, mas o grande destaque, talvez, vá para a cozinha tradicional portuguesa – de tal forma que a grande novidade na zona é uma nova tasca antiga (a Vida de Tasca, de Leonor Godinho). Bons bitoques? Há. Cozido à Portuguesa? Só é preciso acertar no dia, mas também há. Peixe grelhado? Mais fresco é difícil. Cabidela? Até parece que estamos no Minho. Bem-vindos aos melhores restaurantes em Alvalade – só não se esqueça de reservar.

Recomendado
    Também poderá gostar
    Também poderá gostar
    Publicidade