Restaurante Zé da Mouraria
Fotografia: Arlindo Camacho
Fotografia: Arlindo Camacho

20 restaurantes em Lisboa até 20 euros

Entre comida tradicional e restaurantes do mundo, ainda há restaurantes em Lisboa até 20 euros. Estes são os 20 que lhe propomos.

Cláudia Lima Carvalho
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Sim, não escrevemos de ânimo leve. Sabemos que 20€ não é necessariamente barato, mas também já por aqui enumerámos os restaurantes até 10€ aos quais gostamos de ir. Estes que aqui lhe deixamos são os que se seguem: 20 restaurantes em Lisboa até 20€, onde de resto não precisa de gastar isso tudo para ser feliz. De boa comida tradicional a pratos do mundo, há mesas onde sabe sempre bem voltar – e é bom saber que nem só de clássicos se faz esta lista, afinal ainda há projectos a abrir onde é possível comer sem gastar demasiado.

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Os melhores restaurantes em Lisboa até 20 euros

  • Português
  • Avenidas Novas
  • preço 2 de 4

Malta nova a fazer boa comida, sem grandes subterfúgios ou manias. O Petisco Saloio é um belo exemplar daquilo que uma tasca pode ser em 2024. O restaurante é pequenino e tem duas vidas, não tão distintas assim. Ao almoço o preço é imbatível. O menu (13€) inclui o couvert, o prato, a sobremesa, a bebida e o café – há sempre três opções, uma de carne, outra de peixe e um consensual bitoque (já por lá comemos uma açorda com cavala alimada, um arroz de polvo e até uma cabidela).

  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Há muito tempo que Leonor Godinho percebeu que o seu caminho na cozinha não passava pelo fine dining. A chef, que trabalhou no estrelado Feitoria e que ficou em terceiro lugar no MasterChef em 2012, passa hoje parte dos seus dias na Vida de Tasca. Fica em Alvalade, onde durante 40 anos funcionou a Casa do Alberto, uma boa tasca portuguesa. E é esse mesmo espírito que Leonor mantém. As doses são fartas e a comida é a que se espera num restaurante do género, da grelha aos pratos do dia é tudo bom e acessível.

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  • Português
  • Alvalade
  • preço 2 de 4

O bitoque (com um molho guloso carregado de alho) é, provavelmente, o mais afamado dos pratos desta casa minhota, de onde saem também boas doses generosas de comida de conforto, dos rojões e da cabidela ao bacalhau à minhota e à lampreia, por encomenda quando é tempo dela (e já houve anos mais profícuos). É tudo anunciado à porta numa lista de pratos ainda escrita à mão. Entre as duas salas e a esplanada cabem umas 45 pessoas, mas não há nada como chegar cedo – não aceitam reservas.

  • Sete Rios/Praça de Espanha
  • preço 2 de 4

O restaurante fica nas Laranjeiras e aos almoços enche-se de uma clientela fiel. Não admira, porque a comida da Tia Alice, natural da Ilha de São Vicente, conquista qualquer um, especialmente os pratos do dia de raiz africana, da moqueca à moamba – mas atenção ao arroz de pato de fusão cabo-verdiana e às iscas de porco. O que nunca muda é a cachupa, para muitos a melhor de Lisboa, que pode ser do tipo refogada (do dia anterior, com ovo estrelado) ou cachupa rica. Resume assim o crítico Alfredo Lacerda, que deu quatro estrelas ao restaurante: "A Tia Alice é um valor seguro, pelas cachupas e não só. Tem tudo sabor, é tudo feito de raiz e é tudo a preço justo".

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  • Português
  • Lisboa

Se é verdade que é o naco na pedra que lhe dá fama há anos, é justo dizer que se multiplicam os motivos que ali levam recorrentemente dezenas de comensais – é raro apanhar a casa com pouca gente, o que por si só é já um bom sinal. A carta é farta, tem umas trinta entradas fixas, mais meia dúzia de pratos de cada dia, quase só grelha e tacho. A grelha, aliás, é exímia, garante o nosso crítico José Margarido. Seja peixe ou carne, não se falha o ponto. E ainda há o choco frito, que não costuma decepcionar.

  • São Vicente 

A zona está em estado de sítio devido às obras que tomaram conta de Santa Apolónia, mas a verdade é que o Casanova se mantém de pedra e cal num cais aonde chegou quando só o Lux existia. As pizzas, essas, mantêm-se motivo de romaria. Hoje não parece nada de extraordinário, mas é sempre bom lembrar que em 2000 quando Maria Paola Porru abriu o Casanova, não era assim tão comum encontrar boas pizzas, de massa fina e estaladiça, feitas em forno de lenha – apesar da massificação, ainda não é.

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  • Chiado/Cais do Sodré

A cevicheria da Bica nasceu de dois amores – o da lusa-alemã Katharina Goyke e do chileno Matías de Araujo um pelo outro, mas também pela comida peruana. No Choclo, a estrela é, claro, o ceviche, como o tradicional, com peixe branco do dia (cortesia do Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré), leite de tigre, milho peruano e batata doce; mas também algumas criações do chef, como o nikkei, com toques asiáticos, e que leva atum, leite tigre yuzu-ponzu, alga wakame, feijão edamame, amendoim japonês e abacate. Ao almoço, há um menu por 14,90€.

  • Italiano
  • Xabregas
  • preço 1 de 4

O restaurante de Erica Porru consolidou-se como um lugar de culto, no Beato. Filha da mítica Maria Paola, fundadora dos restaurantes Casanostra e do Casanova, Erica tem trilhado o seu caminho a solo, dentro da cozinha, depois de ter trabalho em cinema, como caracterizadora. Não admira por isso o nome do seu restaurante, nem a decoração cheia de cartazes de filmes bonitos, nem a clientela, feita de artistas de várias artes. Aberto só ao almoço, serve pratos de massa simples e bem feitos, das lasanhas a conchigliones com ricota e pistáchio, e tem sempre docinhos bons no final, a preços justos, como sejam a panacota e o tiramisù. Simpatia a rodos, boa vibração. 

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  • Português
  • Campo de Ourique
  • preço 1 de 4

Se há casa mais minhota do que esta em Lisboa, nós não conhecemos. E muito se deve ao senhor João, a alma do restaurante, bem como a dona Adelaide, que toma conta da cozinha como ninguém. Sem qualquer pretensiosismo e com toda a simpatia, o casal natural de Ponte da Barca recebe-nos como se da família fizéssemos parte – e a magia é que isto vale tanto para clientes de sempre como para alguém que ali chega pela primeira vez. Dependendo dos dias, há bacalhau à minhota, chanfana, cozido à portuguesa ou cabrito. Na altura certa, também a lampreia se consegue.

  • Martim Moniz

Também conhecido “como aquele sítio na Mouraria que está sempre cheio” e tem um “granda bacalhau assado”, o Zé da Mouraria é o restaurante ideal para quem quer comer muito (muitíssimo), sem ter de pagar igualmente muito e passar uma tarde pós-almoço, à mesa, sem ser enxotado. Nenhuma fotografia faz jus ao tamanho e à beleza da travessa que chega à mesa com a posta alta, as batatas e o grão. Vale a pena também ferrar o dente no entrecosto com arroz de feijão, nos bifinhos ao alhinho ou nos chocos. 

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  • Chinês
  • Martim Moniz

É o chinês mais fora da caixa (dos chineses ocidentais) de Lisboa. Entra-se e temos cadeiras e mesas dispersas e uma vitrina com produto fresco. Escolhe-se o produto, apontando com o dedo – que pode ser beringela roxa, lula, espinafres de água ou peixe tilápia –, e espera-se que o pai (por vezes, também, a mãe) do rapaz que nos atende faça a sua magia no wok, ali ao lado. Não esquecer, para petisco, o entrecosto frito ou a barriga de porco, bem como uma ou duas tigelas de arroz branco (belíssimo) para acamar. 

  • Português
  • Oeiras

Um dos bastiões da comida tradicional nos arredores de Lisboa, o Orelhas, em Queijas, é um simpático restaurante onde se come por 20€ (a menos que se estique nos vinhos). A cozinha é aberta para a sala e tem uma vitrine de carnes e bom peixe de mar para assar, tarefa sob a alçada do Sr. Travassos. A carta é feita com base no que há no dia, pode nunca chegar a vê-la e confiar no que sugerem e apanhar pratos como o rabo de boi assado, as bochechas de porco, a língua de vaca estufada ou a barriga de freira.

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  • Português
  • São Vicente 

Para grandes refeições ou para picar enquanto bebe um ou outro copo, a Penalva da Graça pode ser a resposta. Em poucos sítios de Lisboa, encontra marisco com esta relação preço/qualidade. O arroz de marisco é um ex libris da casa e a dose para dois, serve três à vontade. E ainda há os pratos do dia: cabidela, mão de vaca, cozido à portuguesa...

  • Português
  • Benfica/Monsanto
  • preço 2 de 4

O cozido à portuguesa da sexta-feira tem a mão do Sr. António, que aconselha desde já a que, nos outros dias (que o cozido é sagrado), peça o entrecosto acompanhado por arroz de feijão (servido e pago à parte, mas compensa). Nas paredes deste restaurante de Joaquim Gomes, juntam-se plantéis de muitas épocas do SLB, retratos de Eusébio e camisolas da equipa – portanto se for dia de jogo, junte-se ao plantel do serviço e cozinha para gritar golo entre garfadas que não vai ser criticado.

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  • Mexicano
  • Cascais
  • preço 2 de 4

Em 2019 quando abriu na Linha tornou-se motivo de romaria em menos de nada. Quatro anos depois, o restaurante mexicano onde reinam os tacos chegou também a Lisboa. É perfeito para ir com várias pessoas, encher a mesa de tostadas, tacos, totopos, margaritas e churros. É esta a melhor forma de aproveitar a carta mexicana, fiel ao país que lhe dá forma.

  • Lisboa

O nome pode gerar desconfiança, pelo menos Alfredo Lacerda desconfiou, mas só até provar a massa fresca de João Frazão, concorrente do Masterchef, em 2022. No programa de televisão, o chef já demonstrava a queda para as massas e nesta casa, que começou nos Anjos e ganhou uma segunda morada no Príncipe Real, é à pasta que se atira. Para o crítico, “estamos a falar da melhor-pasta-sem-merdas, com o melhor preço, que comi desde os velhos tempos do Bella Ciao (o da Rua do Crucifixo)”.

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  • Sete Rios/Praça de Espanha

O pequeno restaurante sírio em São Domingos de Benfica que conquistou recentemente o crítico Alfredo Lacerda é daqueles sítios que merecem o desvio. Aproveite para provar as chamuças, comer kufta e yalanji e beber chá de cardamomo. No final, acabe com uns bolinhos de pistáchio e sairá feliz.

  • Baixa Pombalina

Na Rua dos Fanqueiros, onde antes ficava o Terroir, abriu o Petisc’ar (e na porta ao lado, o Smash Me’at). "Começou com a ideia de trazer uma proposta qualitativa para a Baixa de Lisboa, com coisas muito portuguesas”, conta o responsável Erik Ibrahim. Guilherme Sousa, chef do Terroir, deu uma mão na carta. Nos petiscos destacam-se os pastéis de bacalhau (4€/duas uni.), mas também o camarão à guilho (10,50€), o pica-pau (12€), a salada de polvo (7€) ou o berbigão à Bulhão Pato (9€). Mas também há pratos principais, que podem igualmente ser partilhados, do bacalhau à Brás (12€) à bochecha de porco (15€). Para sobremesa, tanto há leite creme (5€), como mousse de chocolate (5€) ou pudim flan (5€).

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  • Indiano
  • Lisboa

Os restaurantes nepaleses saíram do armário há uns cinco anos, no sentido em que começaram a afirmar a sua identidade própria, sem ter de se fazerem passar por indianos. Este pequeno lugar na Alameda é isso tudo, um oásis de paz e boa comida caseira, com destaque para os caris, feitos com especiarias inteiras, e onde tudo é bom, dos momos às chamuças, não esquecendo os onion baji ou as pakora, pastéis deliciosos para barrar com chutney – e onde se está amparado de decoração das montanhas, esse talismã dos nepaleses. Muitos dos restaurantes indostânicos são inconsistentes, abrem e fecham e mudam de mãos rapidamente, mas este Nepal Curry House tem-se revelado um porto seguro na Alameda. 

  • Chiado/Cais do Sodré

A proposta do Let’s Pastrami, um pequeno restaurante instalado na Calçada do Combro, a 50 metros do Incógnito, inspira-se sobretudo nas sandes que os romenos começaram a servir em Nova Iorque, por volta de 1930, e que o célebre Katz Delicatessen transformaria num ícone da culinária internacional. E no Let’s Pastrami, o pastrami é muito competente.

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