Sála
Arlei Lima | Gamba listada, tom yum e vatapá
Arlei Lima

Roteiro pelos restaurantes com estrela Michelin em Portugal

Há 46 restaurantes com estrela Michelin em Portugal. Conheça cada um deles.

Cláudia Lima Carvalho
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Desde há dois anos que a Michelin, com apoio do Turismo de Portugal, decidiu criar um guia exclusivo para o nosso país. As expectativas continuam por cumprir (algum dia se cumprirão?), mas é preciso olhar para os números, recordar a história e ver como a gastronomia portuguesa se tem vindo a destacar internacionalmente. Ainda não temos um restaurante com três estrelas Michelin, nem os Açores estão representados, mas temos já 46 restaurantes estrelados (oito com duas estrelas, 38 com uma e 5 com uma estrela verde). Conheça cada um dos restaurantes com estrela Michelin em Portugal.

Recomendado: Entrevista a Vítor Matos, o chef com mais estrelas em Portugal – "Eu não vivo a pensar no Guia Michelin"

Restaurantes com estrela Michelin em Portugal

  • Lisboa

Em menos de um ano, o 2 Monkeys, restaurante onde Vítor Matos começou por dividir o protagonismo com Francisco Quintas e agora está com Guilherme Spalk, conseguiu uma estrela Michelin. Com apenas 14 lugares, distribuídos por um grande balcão que contorna a cozinha, o 2 Monkeys parte de uma premissa simples à partida: “Dois chefs, duas origens, uma experiência única”. O menu tem um preço fixo (220€/320€ com harmonização de vinhos), tudo o resto é uma surpresa. Como é prática habitual, pergunta-se, com antecedência, as restrições alimentares, mas deixa-se claro que não há menus alternativos. A partir daí, os pratos sucedem-se numa interacção constante entre cozinheiros e clientes. Tudo acontece à frente de quem se senta e todos os pratos são finalizados no balcão, de forma bem descontraída.

  • Grande Porto
  • preço 3 de 4

É entre o mar e a montanha, com o maior respeito pelo território que António Loureiro trabalha no seu A Cozinha, o primeiro restaurante a conquistar uma estrela Michelin para o Minho. Trabalhando com ingredientes locais e sazonais, num respeito enorme pela tempo de cada um, o chef tem vindo a fazer um trabalho notável na sustentabilidade. De tal forma que em 2023 se tornou no primeiro restaurante europeu a conseguir o certificado Zero Waste Business e para isso muito contou a procura incessante pelo desperdício zero e a redução drástica no uso do plástico. No que à comida diz respeito, não podia ter mais sabor. O menu de degustação tem 13 momentos (130€).

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Se houve surpresa na gala do Guia Michelin, em 2021, Luís Brito foi o protagonista. A carreira já é longa – leva mais de 30 anos nestas andanças –, mas foi a estrela que recebeu para o A Ver Tavira que o pôs debaixo dos holofotes. A ele e à mulher Cláudia Abrantes, maitre sommelier. Em plena zona histórica da cidade, junto ao Castelo, quase silenciosamente e fora da bolha mediática, a dupla tem vindo a desenvolver um importante e consistente trabalho. O menu foi afinando, o serviço refinando. Serve almoços e jantares, sempre com a possibilidade de menus de degustação ou serviço à carta. A viver no Algarve há muitos anos, Luís Brito olha a para a região e representa-a na mesa de forma sublime, sem ser previsível. Ao almoço, há um menu curto de três momentos (85€); o mais longo fica para o jantar, com dez momentos (225€). 

Cinco meses bastaram a Louis Anjos para receber, em 2021, a primeira estrela Michelin no Al SUD, o restaurante do resort Palmares Ocean Living & Golf, pensado por si de raiz. O mar ao fundo compõe a sala, com vista para a Meia Praia, em Lagos, e que vai ganhando uma vida diferente ao longo da noite e conforme a equipa vai intervindo em cada mesa. O serviço tem, aliás, uma presença bastante forte na sala, nunca se impondo demais. Pegando no receituário típico da região do Algarve, o chef apresenta uma cozinha criativa com produtos do mar, mas também da serra, num menu de dez momentos (175€), que arranca precisamente com uma interacção perfeita para se baixar a guarda. Três frascos que podiam ser de perfume servem para se escolher um cocktail através do cheiro, da mesma forma que no final os petit fours chegam numa mala de viagem com uma polaroid para se registar o momento. São detalhes que marcam pela diferença, num universo tantas vezes semelhante, como o risco de apresentar uma harmonização (95€) apenas com vinhos do Algarve. Longa vida ao Al SUD!

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  • Chiado
  • Recomendado

Henrique Sá Pessoa é uma cara conhecida, especialmente pelas receitas que há anos prepara na televisão, mas é no Alma, onde tem duas estrelas Michelin, que mostra realmente o que vale. Focado no produto português, são dois os menus propostos: no “Alma” (190€) apresentam-se os pratos clássicos do chef como a carne de porco à alentejana, com terrina de batata, massa de pimentão e molho bulhão pato; no “Costa a Costa” (190€), como o nome deixa antever, mergulha-se na nossa costa e homenageia-se o peixe e o marisco.

  • Europeu contemporâneo
  • Massarelos
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

Quando, em 2024, Vítor Matos conquistou a segunda estrela para o Antiqvvm na bonita Quinta da Macieirinha, onde está também instalado o Museu Romântico, a surpresa foi geral. Terão sido muito poucos os que anteviram tal triunfo, mas só assim foi, acredita o chef, por não estarem a par do trabalho cada vez mais afinado que ali estava a ser feito. São dois os menus de degustação, sendo o maior (235€/nove momentos) um desafio aos sentidos e às memórias que Vítor Matos tanto gosta de apelar com a sua cozinha “cultural, natural, evolutiva, social e artística”.

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  • Vegetariano
  • Avenida da Liberdade/Príncipe Real
  • preço 2 de 4
  • Recomendado

O restaurante de alta cozinha vegetariana era apontando há muito tempo para as estrelas Michelin e foi quando mudou de morada para um espaço maior e com melhores condições, no Largo do Rato, que acabou por conquistar os inspectores do Guia Michelin. A distinção, porém, deu que falar, pela ausência na gala. Quando o Arkhe foi anunciado como um dos novos restaurantes estrelados, o chef João Ricardo Alves não apareceu, nem o sócio Alejandro Chávarro, nem ninguém em representação de ambos. Com a equipa reduzida e por opção estratégica, o Arkhe passou a funcionar apenas ao jantar e com apenas um menu de degustação (115€/220€ com harmonização). Foi neste contexto também que nasceu o Arkhave – Wine Bar, um bar de vinhos a funcionar na parte da frente do restaurante de segunda a sexta-feira, a partir das 17.00.

  • Santa Catarina

Se é verdade que Marlene Vieira foi celebrada por conquistar a desejada e ansiada estrela Michelin, é justo dizer que Rita Magro, chef executiva no Blind, também o foi, apesar de a chef (que já tinha conquistado no ano passado o prémio de jovem chef do ano) partilhar o protagonismo com Vítor Matos – aliás, no site do restaurante, o chef é anunciado como “Blind Master” e Rita Magro como “Mini Princess Blind Master”. À Time Out, em Dezembro, o chef explicou que depois de algumas mudanças de conceito, o restaurante foca-se agora “no produto e no sabor” em dois menu de degustação (155€/10 momentos ou 175€/12 momentos).

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  • Português
  • Chiado
  • Recomendado

É, talvez, o mais emblemático dos restaurantes com estrela Michelin no país e tudo se deve a José Avillez e à sua equipa de luxo perfeitamente alinhada. Com duas estrelas Michelin – e num trabalho que procura de forma clara e merecida a terceira –, o Belcanto é uma experiência desde o momento em que se passa a porta. Num ambiente requintado, mas ainda assim descontraído para que todos se sintam à vontade e aproveitem a experiência como esta deve ser aproveitada, o chef propõe um menu de degustação (265€), com diferentes opções de harmonização (120€-450€), que reflecte tanto a história do restaurante, como a sua evolução permanente.

Assumiu a cozinha do Bon Bon quando ainda poucos o conheciam, depois de projectos em Lisboa como os restaurantes Pão à Mesa ou o Clube Lisboeta. Também passou pelas cozinhas do Eleven ou do A Ver Tavira, sendo o Bon Bon, onde está desde 2021, o primeiro grande palco de José Lopes. Aqui, o chef tem-se proposto a “ousar, fazer diferente, trazer a gastronomia tradicional com um toque contemporâneo”. Ao almoço, há dois menus mais curtos – 90€/três momentos ou 155€/seis momentos –, enquanto ao jantar a experiência pode ser maior (175€/nove momentos) – há menus vegetarianos também.

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  • Leça da Palmeira
  • preço 4 de 4
  • 4/5 estrelas
  • Recomendado

A morada podia ser tudo, depois há a cozinha. Mas vamos por partes e expliquemos o que faz da Casa de Chá da Boa Nova tão especial, a começar desde logo por ficar num edifício desenhado pelo Pritzker Álvaro Siza, classificado como monumento nacional. Em cima do mar, perfeitamente encaixado nos rochedos, o restaurante onde Rui Paula tem duas estrelas Michelin é singular. Na cozinha, é ao mar que o chef vai buscar a inspiração (e grande parte da matéria-prima), inspirando-se nos cantos de Luís de Camões – assim está dividido o menu. O maior tem 21 cantos, ou momentos, e custa 275€ (há outros dois mais curtos: 215€/12 momentos e 175€/seis momentos). 

  • Haute cuisine
  • São Sebastião

Depois de Pedro Pena Bastos lhe ter dado forma, o Cura segue uma nova fase nas mãos de Rodolfo Lavrador, até então sous chef. Apesar de estar há três anos no restaurante do Ritz, o novo chef não quer quebrar com o passado, mas dar-lhe continuidade. Num trabalho próximo com os pequenos produtores, privilegiando sempre o produto português, Rodolfo procura aliar tradição e contemporaneidade. São dois os menus, um mais curto de cinco momentos (145€) e outro de dez (185€).

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Foi uma das surpresas na gala do Guia Michelin do ano passado, mas quando Octávio Freitas abriu o Desarma em 2022 sabia bem ao que ia e o queria, não por acaso conseguiu convencer a administração do hotel The Views Baía a transformar o último andar no seu restaurante de sonho. A partir dos ingredientes da estação e da sua terra, o chef procurar praticar uma “cozinha simples onde, sem floreados, os sabores desarmam quem os prova”. São três os menus, de seis (195€), de nove (225€) e de 12 momentos (275€). A harmonização não é de se passar, não fosse também Octávio Freitas um homem do vinho e com uma garrafeira que é um verdadeiro luxo.

  • São Sebastião
  • Recomendado

Joachim Koerper abriu o Eleven em 2004 quando Lisboa era outra, ainda longe da azáfama gastronómica que hoje se vive, vindo de restaurantes distinguidos com estrela Michelin. No topo do Parque Eduardo VII conquistou a estrela ao fim de apenas nove meses – a primeira, na altura, para Lisboa –, perdeu-a e voltou a conquistá-la logo a seguir, mantendo-a até hoje. É possível almoçar e jantar à la carte, mas não há experiência como o menu de degustação – e são vários (149€-255€), entre os quais o menu lavagante, com o marisco presente do princípio ao fim. Ao almoço, há um menu executivo (89€). Peça uma das mesas junto à janela e aproveite aquela que é uma das melhores vistas sobre Lisboa. 

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  • Chiado
  • Recomendado

Quando o prato de cenoura em diferentes texturas com leite de caju se começou a destacar no Belcanto, entre pratos de carne, peixe e marisco, José Avillez percebeu que havia um caminho a desbravar no universo dos vegetais. Não que não o soubesse antes, mas num restaurante como o Belcanto não havia espaço para o fazer com a dedicação necessária. Muitos testes depois, o chef abriu o Encanto. Na cozinha está Diogo Formiga, que tem vindo a fazer um trabalho único – e para isso muito poderá contribuir a sua formação em biologia. A estrela chegou apenas nove meses depois de ter aberto, tornando-se no primeiro restaurante vegetariano da Península Ibérica a conseguir a proeza. Já na gala Michelin de 2025, o Encanto foi o único restaurante a receber uma estrela verde, pelo seu trabalho na área da sustentabilidade. Não há pratos à carta, apenas um menu de degustação com 12 momentos (155€).

  • Chiado
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Há mais de duas décadas em Portugal, foi só em 2018 que Vincent Farges abriu o primeiro restaurante em nome próprio. O Epur tem uma cozinha com grandes janelas viradas para o Largo da Academia Nacional de Belas Artes e três salas distintas no interior, altas, com vista para o rio Tejo. Como nos foi habituando, o chef segue a linha da cozinha francesa, que tão bem domina, mas sem perder o rasto aos ingredientes portugueses de pequenos produtores. O restaurante encontra-se neste momento fechado para umas obras de renovação, depois de ter sido comprado pela Casa do Marquês, empresa de eventos e catering. 

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  • Cozinha contemporânea
  • Bonfim
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

É sem amarras que Vasco Coelho Santos se apresenta no Euskalduna Studio, um restaurante fora da norma. Em tudo se assemelha a um omakase japonês, assente sempre numa grande proximidade com o cliente. A cozinha, essa, é tudo menos oriental, embora possa haver uma ou outra inspiração, do Japão ou do México ou de Espanha, onde trabalhou em restaurantes de vanguarda como o El Bulli ou o Mugaritz. O menu (160€/dez momentos) é uma surpresa constante – foge da régua e esquadro, bem como todo o ambiente descontraído. A estrela Michelin chegou em 2022, depois de o chef se ter destacado em anos anteriores entre as várias apostas.

  • Belém
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Se até 2022 poucos poderiam não conhecer o nome de André Cruz, hoje o chef já não passa despercebido. A tranquilidade e segurança com que encarou o desafio de chefiar o Feitoria fazem deste, hoje, um dos mais entusiasmantes restaurantes de alta-cozinha na cidade. O chef mantém uma relação muito próxima com pequenos produtores (e não é cliché, já que o próprio mantém uma horta biológica, colmeias e faz criação de animais). O resultado é uma cozinha de produto sem máscaras em dois menus: um de sete (160€) e outro de oito momentos (180€) e duas versões vegetarianas (120€-140€).

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  • Haute cuisine
  • Parque das Nações
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Vindo do Vistas, no Algarve, Rui Silvestre ocupou sem medo o lugar de Martín Berasategui e Filipe Carvalho no alto da Torre Vasco da Gama. E não podia ser mais diferente. A sala é dinâmica e ganhou vida e na cozinha o chef segue uma linha mais arrojada, sem descurar a técnica. O menu é fruto das suas memórias e influências, tendo as suas origens bem vincadas (tem uma avó indiana, a mãe é moçambicana e o pai português). Em 14 momentos (235€), a identidade de Rui Silvestre, mais afastada da linha clássica do chef espanhol que o antecedeu, está bem marcada. E a ambição não é pequena. Uma estrela Michelin já não chega. Falta dizer que o restaurante é casa também de Marc Pinto, que na Gala Michelin deste ano foi distinguido como o melhor sommelier.

  • Cascais
  • Recomendado

Quando Gil Fernandes ainda não se imaginava na cozinha, a Fortaleza do Guincho conquistava a primeira estrela Michelin, que mantém até hoje. Estávamos em 2001. Avançando para 2024, Gil é hoje a cara do restaurante. Inspirado pelo mar do Guincho que banha o restaurante e mergulhando na sua história, o chef dá-se a conhecer em dois menus de degustação (145€-190€) onde se destacam sabores bem portugueses, apresentados de forma criativa, dinâmica e cheia de técnica. Desde que assumiu o cargo em 2018, depois da saída de Miguel Rocha Vieira, na altura tornando-se no chef mais novo com uma estrela Michelin – tinha 28 anos –, que Gil se afirmou como uma lufada de ar fresco num hotel histórico.

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  • Grande Porto
  • preço 3 de 4

Foi na sua terra e com a família, contra o que poderia ser expectável quando se quer fazer um certo caminho na alta cozinha, que Óscar Geadas fez nascer o G Pousada, conseguindo a primeira (e única) estrela Michelin para Trás-Os-Montes em 2019. Na cozinha, o chef prova que a cozinha regional pode ter uma adaptação contemporânea e uma assinatura. Com respeito à história, sem medo de dar um passo em frente, e atento aos produtores locais. O menu (155€) muda consoante a época e de acordo com a paisagem. 

  • Castelo de São Jorge

Foi no renovado Palácio Belmonte, no Pátio de Dom Fradique, praticamente ao lado do Castelo de São Jorge, que o francês Philippe Gelfi abriu o Grenache, uma das novas estrelas da cidade. O seu caminho tem sido discreto e foi com emoção que subiu ao palco da cerimónia de entrega das estrelas. “Comecei a minha carreira com 15 anos e a estrela Michelin sempre foi um sonho”, disse. O chef chegou a Lisboa depois de ter passado por várias cozinhas em França. Não é de estranhar que a escola francesa esteja na base de tudo, com uma boa dose de criatividade. Há dois menus, o Grenache (105€) e o Experience (135€).

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Heinz Beck é alemão, mas é em Roma que vive há mais de duas décadas. Na cidade italiana tem o Pergola, o único restaurante com três estrelas Michelin de Roma, no Cavalieri Hotel Hilton. No Conrad Algarve, na Quinta do Lago, a experiência não é, obviamente, a mesma, até porque falamos de um restaurante diferente, mas está lá assinatura do chef, cada vez mais preocupado em trabalhar com produtos locais. O resultado é, muitas vezes, uma cozinha mediterrânica, de influência italiana a saber a Portugal. São dois os menus, de sete (165€) e de nove momentos (180€). 

  • Atracções
  • Quintas

Em Reguengos de Monsaraz, a Herdade do Esporão é o único restaurante com uma estrela Michelin no Alentejo. Soma a isso uma estrela verde, pelas boas práticas sustentáveis – e aí tem a companhia, na região, da Herdade da Malhadinha Nova. No Esporão, Carlos Teixeira cozinha o terroir. O restaurante abastece-se na sua horta, os vinhos e os azeites são também produzidos ali e tudo o que pode é feito ali, de fermentações a preservações. O meu de degustação (105€/cinco momentos e 125€/sete momentos) varia por isso conforme a necessidade. A envolvente e a vista do restaurante são únicas, com a característica de este ser um dos poucos restaurantes com estrela Michelin em que as crianças são bem-vindas – há um menu especial para as crianças até aos 13 anos por 28€.

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  • Haute cuisine

Benoît Sinthon é, provavelmente, o francês mais madeirense que há e não será exagero dizer que o chef conhece a ilha e as suas pessoas como poucos. Está no Il Gallo D’Oro há 21 anos e conseguiu de chamar à atenção do Guia Michelin logo em 2008, quando o restaurante se tornou no primeiro da ilha com uma estrela Michelin. A segunda chegaria em 2017 e em 2021 a estrela verde, um selo de compromisso com a sustentabilidade ambiental e não se deve só à horta que criou e onde já produz cerca de 50 variedades de vegetais ao longo do ano. A experiência completa faz-se com vista para o mar (e para a horta do chef) com o menu de 12 momentos (295€).

  • São Sebastião

Tem sido agitada a vida no Kabuki Lisboa, mas a estrela chegou e mantém-se, para lá das mudanças na cozinha. Depois da saída de Andrés Pereda e, mais tarde, de Paulo Alves, hoje é Sebastião Coutinho quem lidera a cozinha deste restaurante nas galerias do Ritz, cuja história começou em Espanha, onde o Kabuki é uma marca consolidada. Por cá, mantém-se o ponto de encontro à mesa entre a cultura japonesa e mediterrânica, sempre marcado pela excepcional qualidade da matéria-prima e pela simplicidade da sua preparação, mas há espaço também para abordar a cozinha japonesa mais próxima do tradicional. É possível pedir à carta, mas a experiência só se entende realmente com o menu de degustação (125€). Ao almoço, há também um menu executivo (49€).

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  • Belém
  • Recomendado

Não é possível falar da gastronomia japonesa em Portugal sem se referir Paulo Morais, decano da cozinha oriental. A estrela ao Kanazawa chegou no final de 2022, quando o chef já nem a esperava. Em Algés, no pequeno restaurante aberto ainda pelo japonês Tomoaki Kanazawa, que quando regressou ao Japão, em 2017, escolheu Paulo Morais para o seu lugar, homenageia a tradição japonesa como se fosse a sua. Com apenas oito lugares ao balcão, o chef entrega-se à cozinha kaiseki, que tem como pontos fundamentais a sazonalidade e a qualidade do produto. Há quatro menus de degustação, num ritual pensado ao detalhe – três sem bebidas incluídas de 60€, 90€ e 100€ e um de 150€, com tudo incluído. À sexta e ao sábado, o restaurante transforma-se ainda num salão de chá japonês para um lanche especial.

  • Sintra

Se há restaurante que consegue ser laboratório para a criatividade de um chef é o LAB by Sergi Arola. O nome não engana, mesmo que o chef catalão não esteja sempre por lá. A consistência e continuidade é assegurada tranquilamente pelo chef residente Vladmir Veiga, discreto e focado, não acusando nunca o peso que a ausência de Sergi Arola que dá nome ao restaurante pode acarretar. À mesa há muitas influências espanholas pontuadas com ideias de outras paragens, a começar desde logo pelo arranque no menu que é uma autêntica viagem por Portugal. O Em Memória (158€) é uma forma de se aventurar, mas se se quiser alongar experimente o Herança (192€).

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  • Francês
  • Aliados

É ao seu país que Julien Montbabut que vai buscar a escola e a técnica, mas é nos ingredientes locais que o chef francês se inspira, cruzando assim no restaurante com uma estrela Michelin no hotel Le Monumental Palace as cozinhas francesa e portuguesa. À mesa, o chef propõe uma viagem pelo nosso país. Dependendo da disponibilidade, pode fazer uma “Grande Viagem” (180€), de Norte a Sul de Portugal com passagem também pela Madeira, ou um “Passeio” (140€) mais curto.

  • Estrela/Lapa/Santos
  • Recomendado

Sem menu, sem regras que não as próprias da casa e apenas com produto português de produtores cujo percurso e trabalho Alexandre Silva conhece bem. É assim o LOCO, restaurante com uma estrela Michelin, que o chef mantém, sem nunca vacilar nos princípios que ali o levaram. O menu não desvenda nada do que vem para a mesa, mas deixa pistas: “O LOCO é orgânico, valoriza os produtos nacionais e a natureza. Vive ao sabor das micro estações, inspira-se na tradição e nas referências identitárias da gastronomia nacional, mas subverte e eleva-as a um outro nível conceptual, desafiando a regra através da pesquisa e experimentação de novos procedimentos. O LOCO é uma corrente criativa constante, uma atitude. É uma experiência total, que promove a relação entre os clientes e a cozinha do restaurante”. No fundo, é confiar. No total, são 16 os momentos (160€/250€ com harmonização).

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  • Alfama
  • Recomendado

Era só uma questão de tempo e a ovação na gala Michelin foi disso prova. Portugal tem, finalmente, uma mulher com uma estrela Michelin. A antecipada e muito desejada estrela chegou finalmente a Marlene Vieira com o seu Marlene, aberto em Santa Apolónia há dois anos. É por inteiro e sem medos que a chef se apresenta com dois menus de degustação (150€/12 momentos ou 115€/9 momentos), que não se anunciam por estarem dependentes do produto e dos seus produtores, bem como da sua criatividade. É cozinha portuguesa e internacional, é a vida e o percurso de Marlene até aqui.

  • Grande Porto
  • preço 3 de 4

Do centro de Viseu a Silgueiros são cerca de 15 quilómetros, vinte minutos de carro, mais coisa, menos coisa. Na zona, é a Quinta de Lemos a principal atracção. Foi na década de 1990 que Celso de Lemos, com carreira feita na indústria têxtil, fez nascer a quinta com o objectivo de ali fazer o melhor vinho. O sonho foi ganhando forma e em 2014 no cimo das vinhas era inaugurado o Mesa de Lemos, com Diogo Rocha a chefiar a cozinha – haveria melhor forma de dar os vinhos a provar? Uma década depois, o restaurante é paragem de apreciadores de todo o mundo e para isso muito ajudou a estrela Michelin conquistada em 2019 e, mais tarde, a estrela verde. À mesa, são servidos apenas os vinhos e os azeites da quinta. Já o menu conta com uma dose de ingredientes da horta, mas também de produtores locais e certificados. São dois os menus: um de seis momentos (130€) e outro de oito (160€). A cada prato, uma descoberta, num cruzamento entre tradição e inovação, sem grandes alaridos, numa cozinha tão autêntica e honesta quanto o seu chef, num restaurante que tem tanto de bonito como de minimalista, idealizado pelo atelier de arquitectos Carvalho Araújo. Uma experiência única.

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  • Japonês
  • Sintra
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

O restaurante que tem feito escola na gastronomia japonesa e que desde 2018 ostenta uma estrela Michelin tem, desde 2023, um novo chef residente. Pedro Almeida mantém-se como chef consultor, mas está agora em Portland, nos Estados Unidos. Tiago Santos é quem comanda a cozinha de onde saem pratos delicados. São dois os menus de degustação, o Kiri (158€/oito momentos) e o Yama (192€/nove momentos).

  • Grande Lisboa

A ardósia que anunciava os pratos mesmo por cima da cozinha já não existe – e era ela que saltava à vista quando se entrava na Taberna Ó Balcão, em Santarém. Aí, destacam-se agora vinhos, e as paredes brancas deram lugar ao verde. Mudaram as mesas e as cadeiras, mas está lá o balcão forrado a azulejos e os pratos que decoram a parede à entrada. São resquícios da taberna que agora se chama apenas Ó Balcão. O pequeno restaurante refinou-se, sem que tivesse perdido a alma ribatejana, sempre tão presente em Rodrigo Castelo. A carta chega agora à mesa num envelope fechado, marcando o tom da experiência que acontece sempre num registo de proximidade. O menu de degustação (130€), que é agora a aposta forte da casa, foi pensado ao mais ínfimo detalhe. Não há nada aqui que não seja feito em casa, do pão aos fumados, da salmoura à cura, tão importante nos peixes de rio que Rodrigo trabalha, mas também nas carnes. É isso também que distingue o seu trabalho. Rodrigo Castelo está preso à terra onde cresceu e homenageia-a como ninguém. 

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Ocean
Ocean

Hans Neuner é irrequieto, com uma energia que parece não esgotar-se, e uma paixão irresistível. Respeitado e admirado pelos pares, o chef à frente do Ocean, o restaurante com duas estrelas Michelin do Vila Vita Parc Resort & Spa, em Porches, é hoje um dos melhores chefs do país e um dos melhores do mundo, de acordo com os The Best Chef Awards. A viver em Portugal há quase 20 anos, é quando o Algarve adormece que Hans aproveita para viajar. E foi quando o país se fechou que aprofundou a ligação a Portugal. De mochila às costas, desbravou o continente para o representar à mesa. Um ano depois, passou para as ilhas, em 2022 seguiu as pisadas de Vasco da Gama e no ano seguinte atravessou o Atlântico para apresentar o menu “Memórias do Brasil”. Já no ano passado, o chef fez uma “Expedição pela Ásia” para agora assentar e combinar todas estas latitudes num menu (295€) com pratos que nunca são óbvios. A irreverência do chef é também a da equipa que o acompanha numa sala luminosa e leve virada para o mar. 

  • Grande Porto

No novo hotel de Vila de Conde, o The Lince Santa Clara, Vítor Matos fez nascer o Oculto, num projecto a quatro mãos com Hugo Rocha, com quem trabalhou muito tempo no Antiqvvm, onde hoje tem duas estrelas. O nome é uma alusão ao facto de o restaurante ficar numa cave que só foi descoberta durante as obras de renovação do mosteiro. À semelhança do que tem vindo a fazer no 2Monkeys, também no Oculto o chef aposta num contacto próximo com os clientes, desmistificando o fine dining. Independentemente do menu – e são três (100€/120€/160€) –, tanto os snacks iniciais como os petit fours no final são servidos na cozinha, aberta para a sala.

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  • Grande Porto

Aberto há cerca de um ano, o Palatial, chefiado por Rui Filipe, conseguiu a primeira estrela Michelin para Braga – a segunda no Minho, depois de A Cozinha, de António Loureiro, em Guimarães, por onde Rui Filipe também passou. No currículo, o chef conta ainda com passagens pela Fortaleza do Guincho e o Costes, em Budapeste, ambos ao lado de Miguel Rocha Vieira. No Palatial, “um projecto invulgar”, segundo a Michelin, pela “diversificação de uma empresa familiar, dedicada ao mundo das piscinas, da alta gastronomia e do alojamento premium”, Rui Filipe olha para a tradição gastronómica portuguesa de forma criativa. É possível pedir à carta, mas só se fica a conhecer realmente a sua cozinha com os dois menus de degustação (90€/120€).

  • Porto
  • preço 4 de 4
  • Recomendado

Pedro Lemos tem o seu nome escrito na história da gastronomia nacional por ter sido o seu restaurante homónimo o primeiro no Porto a conseguir uma estrela Michelin. Estávamos em 2014. Uma década depois, agora numa nova morada, Pedro Lemos continua a honrar a nossa cozinha, com uma visão estimulante do que uma refeição pode ser: clássica, sem ser ultrapassada, criativa, sem nunca se desvirtuar. Atento à sazonalidade, o chef propõe um menu de sete momentos (160€). A garrafeira tem sido um grande investimento e guarda algumas relíquias.

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  • Europeu contemporâneo
  • Santa Maria Maior
  • preço 3 de 4
  • Recomendado

Quando há um ano João Sá recebeu a estrela Michelin, em palco, acabou a resumir na perfeição o Sála, que mantém há seis anos na Rua dos Bacalhoeiros: “É um restaurante independente, pequenino, mas ambicioso”. A cozinha, essa, faz-se de misturas. Uma viagem gastronómica que começa em Lisboa e que se estende a outras latitudes, da Índia a África. Há muamba, moqueca, caril, tom yum, mas também caldeirada ou coentrada. Em dois menus (120€ e 150€), a carne existe apenas como um apontamento e nunca como um prato.

  • Restaurantes
  • Vila Nova de Gaia
  • preço 4 de 4

Em Vila Nova de Gaia, o The Yeatman pode bem ter umas das melhores vistas para o Porto e para o rio Douro, mas é dentro de portas que a verdadeira magia acontece – e as duas estrelas são disso prova. Destaca-se o serviço clássico, a cozinha aprimorada de Ricardo Costa e uma das melhores selecções de vinho no país. O menu (260€) divide-se em 18 passos e não se circunscreve à mesa. Começa na área comum do hotel (para os primeiros snacks) e segue para a sala, depois de uma visita rápida à cozinha, onde é servido um prato. Com criatividade e técnica afinada, o chef homenageia a cozinha portuguesa, cruzando-a com as suas memórias.

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  • Europeu
  • Foz

Arnaldo Azevedo cresceu no meio dos tachos no restaurante dos seus pais. Desde cedo, conheceu os caminhos dos mercados e dos fornecedores e a importância (e a diferença) de se trabalhar com bom produto. É o cuidado pelo produto, precisamente, que o distingue também. No Vila Foz, na primeira linha do mar, foca-se essencialmente no peixe e no marisco, cruzando tradição e contemporaneidade com criatividade, daí também o nome dado ao menu, “Maresia” (190€). Já o “Novo Mundo” (150€) promete uma viagem de sabores “a outras latitudes entre hemisférios”.

Quase que poderíamos dizer que Dieter Koschina é o pai dos chefs em Portugal e não é pela idade, mas por tudo o que significa para a gastronomia nacional. Aterrou no Algarve, vindo da Áustria, em 1989, e a primeira estrela acabaria por chegar em 1995. Em 1999, o Vila Joya tornou-se no único restaurante com duas estrelas em Portugal, lugar que ocupou sozinho durante 13 anos – não há, aliás, outro restaurante em Portugal com estrelas há tanto tempo. Há dois menus, um fixo (275€) e outro que muda todos os dias e só está disponível ao almoço (275€). 

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  • Vila Nova de Gaia

Às duas estrelas no Alma, Henrique Sá Pessoa somou agora uma no Vinha, o restaurante gastronómico do hotel de cinco estrelas Vinha Boutique Hotel, em Vila Nova de Gaia. Foi em 2022 que o chef foi desafiado a fazer deste espaço uma referência. Com o chef residente Jonathan Seiller, Sá Pessoa apresenta um menu (125€) com vários pratos influenciados pelas suas viagens pelo mundo, destacando-se sempre, ainda assim, o produto português. O guia destaca, por exemplo, a “sapateira, vieira & caviar” e o “carabineiro do Algarve, tapioca de coco, batata-doce e caril, uma potente combinação de sabores que nos fala em uníssono da Europa, Ásia e América”.

Naquela que é, provavelmente, a rua mais esquizofrénica de Portimão, onde reina a histeria e a desordem, fica um dos melhores restaurantes do país – e nada nisto é um exagero. Em cima da Praia da Rocha, o restaurante Bela Vista Hotel & Spa é uma porta de entrada para um mundo delicado. João Oliveira, que antes de aqui chegar em 2015 passou pelas cozinhas estreladas do Largo do Paço, em Amarante, do The Yeatman, em Vila Nova de Gaia, e do Vila Joya, em Albufeira, está seguro do caminho que percorre. O menu nunca esteve tão afinado. Apesar de não ser algarvio, o chef representa a região à mesa, da serra ao mar, focando-se essencialmente no peixe e marisco num conjunto de pratos em que não falta cor, sabor e textura. O menu (225€) está em constante evolução e pratos como aquele que serve diferentes variedades de tomate e camomila, numa combinação também de diferentes técnicas, pode nunca ser bem o mesmo. O serviço, atento e imaculado como se espera num restaurante do género, serve a sala, luminosa e bonita, e o chef tem a capacidade de quebrar o gelo logo ao início ao receber os clientes na cozinha, onde são servidos os primeiros snacks.

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  • Haute cuisine

Pouco mais de um ano bastou para que o William, o restaurante de fine dining do Reid’s Palace, no Funchal, conquistasse uma estrela Michelin, em 2016. José Diogo Costa, que saiu premiado este ano na gala Michelin como jovem chef, chegou ali em 2023. Natural da Madeira, o chef inspira-se nos sabores da infância, apoiando-se nos pequenos produtores e com a preocupação latente de tornar aquele num restaurante cada vez mais sustentável. Virado para o Oceano Atlântico, é o peixe o marisco que mais brilham no seu menu (190€). 

  • Estrela/Lapa/Santos
  • Recomendado

Quando abriu, no Verão de 2024, Habner Gomes não escondeu nunca ao que ia. O objectivo era uma estrela Michelin. Oito meses depois, ela chegou, no restaurante pensado e desenhado por si. O balcão com nove lugares apenas está no centro de tudo. Não há ruído, nem excesso. O nome é uma referência aos quatro elementos (fogo, terra, ar e água) e no menu (95€) não há descrição de pratos ou ingredientes, apenas técnicas listadas: sakizuke, hassun, otsukuri, yakimono, suimono, niguirizushi, makimono, agemono, yogashi. Do lado de José Balau, também sócio, fica a harmonização (45€).

Conversas na cozinha

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